Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

oi meninas, eu queria me desculpar por um erro meu eu colei esse capitulo aqui errado mas agora já está certo. Eu tinha colado o capitulo 12 nesse aqui que seria o 11, mas uma linda me avisou. Me perdoem !!!



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Olá lindas aí vai mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem!!!! 

Maria estava no escritório dela, era fim de tarde e ela tinha que por em ordem as cláusulas para o divórcio de Cecília antes de deixar a firma. Sozinha na sua sala e sem Vivian, ela suspirou exausta do dia que estava tendo. Estava correndo contra o tempo. José esteve na delegacia representando Cecília quando Manolo foi detido no seu gabinete, mas como Maria previa, ele foi liberado por fiança e então ele enfrentaria o processo em liberdade, não só da tentativa que se qualificou de homicídio, que ele negou, mas também o processo de divórcio e guarda da filha dele com Cecília. E assim, um texto destacando alguns bens que o senador possuía e exigências dos direitos como esposa que Cecília teria com o fim do casamento, era passado para o word por Maria. Aquela cláusula seria apresentada por ela para os advogados do senador e por isso, até o final do dia ela tinha que estar pronta. E então, tirando a atenção de Maria que digitava em seu notebook apenas para o trabalho, Geraldo Salgado apareceu com um capuccino na mão, enquanto ela tinha um sobre a mesa .

E ele então disse entre a porta da sala.

— Geraldo : E Vivian?

A mesa de Vivian ao lado da de Maria tinha alguns pertences dela, mas ela nem tinha ficado mais que alguns minutos no escritório naquele dia .E Maria deixando de fazer o que fazia, suspirou e respondeu Geraldo.

— Maria : Ela está no hospital. Cecília depois da cirurgia está estável, mas não deve ficar sem um de nós no hospital. Nunca se sabe se algum advogado amando do marido dela apareça para persuadi-la .

Geraldo fez um sinal de positivo com a cabeça e a respondeu.

— Geraldo: Estão corretos, Maria. Não devemos deixar nossa cliente sozinha. Agora José segue na delegacia?

Maria tinha pego seu capuccino bebido e deixado na mesa outra vez. E depois que fez, respondeu Geraldo.

— Maria: José ainda está na delegacia e eu aqui tentando cumprir o prazo para essas cláusulas. Temos que fazer isso antes que sejamos convocados pelos advogados do marido de Cecília.

Maria respirou fundo ao fim das suas palavras e Geraldo observou  ela levar aos lábios o copo de capuccino dela, e ele bebeu do dele também e depois disse.

— Geraldo : Vi nos jornais que ele já foi liberado. E sei que já contava com isso, Maria. Então sabe que essa batalha vai ser longa.

Maria assentiu de rosto cansado mas não desanimada. E então ela disse.

— Maria :Vai ser longa, mas não impossível, Geraldo. Esse homem não é um deus, portanto ele não está acima da lei.

E Geraldo concordou com ela dizendo.

— Geraldo : Claro que não. Mas só tomem cuidado, você Vivian e José.  Se não serei obrigado entrar nessa briga com vocês.

Ele riu e Maria também. E depois ela olhou a hora no seu relógio de pulso, fechou no notebook dela e disse.

— Maria : Acho que já tomou. É em nome de sua firma que estamos brigando por Cecília. E tomaremos cuidado, Geraldo. 

Ela se levantou começando arrumar as coisas dela da mesa para ir embora . E logo em seguida, ela levou a bolsa no ombro e o notebook em uma mão e Geraldo disse, sabendo que o horário do expediente dela assim como da maioria havia terminado.

— Geraldo :  Até amanhã, Maria.

Maria sorriu, passou na frente dele mas então ouviu ele dizer quando quase cruzava a porta.

— Geraldo:  Sempre reservamos um dia do mês para alguns de nós do escritório confraternizar em algum bar na região, Maria. Sinta-se convocada para a próxima .

Maria o olhou e depois perguntou curiosa.

— Maria : Confraterniza com seus funcionários?

Geraldo tinha levado uma mão no bolso e a outra ainda segurava seu capuccino. E então ele assentiu para Maria sorrindo e a respondeu.

— Geraldo : As maiores dores de cabeça fica comigo, acho que sou o mais que tem o direito aqui de sair pra beber uma vez no mês.

Ele riu e Maria então pensando na convite dele, como mãe de uma adolescente que lhe faria perguntas e nada acostumada em sair entre  amigos de trabalho mesmo ainda em Londres, ela disse.

— Maria : Certo. Mas não sei se irei. Não garanto. Tenho uma filha e...

E Geraldo não deixando ela terminar disse.

— Geraldo : Disse que sempre reservamos um dia do mês para ir, não precisa ir nesse mês, terá outros.Sem pressões. Elas só tem que existir no trabalho. Até amanhã Maria.

Maria ficou por um momento só analisando a convocação de Geraldo e não o convite. Não sabia se era do normal dele, ainda que ele seguia mostrando  não ser um chefe carrasco, mas começava pensar se aquela “convocação” dele era apenas por ela agora fazer parte de sua firma ou algum interesse a mais. O que ela desejava que só fosse a primeira opção. E então sorrindo ela o respondeu para logo ir embora .

—Maria : Até, Geraldo.

Maria então cruzou a porta. Que enquanto andava, sentia os olhos de Geraldo sobre as costas dela, mas que ela não se atreveu olhar para trás. No caminho cruzou com alguns colegas do trabalho deixando também o escritório, e logo então dividiu o elevador com dois deles.

Momentos depois de carro já a noite, Maria chegava em casa . Mas já na calçada de seu prédio, ela viu Arnaldo de preto claramente na espera dela. E ela respirou profundamente antes de descer do carro dela.

E assim que ela desceu e estava na frente dele, ela ouviu ele dizer.

— Arnaldo: Estevão mandou que eu te levasse até a mansão, senhora. Ele acredita que já não pode recordar o endereço.

Maria soltou um riso irônico quando ouviu o motorista de Estevão, enquanto sentia seu corpo tenso ao imaginar que logo pisaria na mansão San Román outra vez. Nunca esqueceria o endereço da onde viveu cinco anos de sua vida e deixou um filho nela . Que para Maria, Estevão com seu motorista novamente a frente da sua porta, só queria se assegurar que ela iria estar na mansão da forma que ele havia exigido, já que ela o havia ignorado o dia todo. Mas iria estar na mansão apenas  lpelo filho dela e não por ele. Mas já que ia, iria como ela queria, ou seja com o carro dela.

E então ela disse, de cabeça erguida para Arnaldo.

— Maria : Diga a Estevão que recordo muito bem aonde ele mora. E estarei lá no horário combinado! Ele não precisa mandar ninguém atrás de mim!

Ela passou brava e entrou logo em seguida no condomínio que morava, deixando Arnaldo para trás. E ele em seguida ligou para Estevão, que o mesmo mandou ele ficar aonde ele estava, para depois segui-la até a mansão. O que era, o que Arnaldo seguia fazendo em alguns turnos.

Quando Maria passou pela porta do seu apartamento, o que a abraçou primeiro em seu lar, foi o cheiro do jantar que Marta preparava e o estômago dela resmungou de fome. Mas era uma fome que ela não teria tempo de saciar.

E assim ela então, jogou a bolsa no sofá e seu notebook que havia subido com ele . E chamou, dando um sorriso mais que feliz pela primeira vez em seu dia. 

— Maria : Estrela, filha, cheguei!

Estrela saiu do quarto dela quase correndo quando ouviu Maria, e Marta saiu também da cozinha.

E assim a menina disse alegre por só aquele momento do seu dia estar vendo a mãe.

— Estrela: Já chegou!

Estrela foi até Maria a beijou no rosto e a abraçou, e rápido demais começou puxa-la pela mão para leva-la até o quarto dela, aonde ela tinha separado a roupa dela em cima da cama.

— Estrela : Eu separei a roupa que vai usar na casa de Estevão. Tem que chegar lá linda! 

Maria riu quando a ouviu e disse.

— Maria : Calma, filha. Estou com pressa mas podemos conversar um pouco.

E Marta que apareceu disse, vendo Maria sendo puxada.

— Marta : Boa noite, senhora. Vejo que chegou bem na hora do jantar.

Maria então parou no caminho e Estrela bufou.

— Maria : Sim. Mas não poderei ficar para o jantar. E não precisa me chamar de senhora, Marta. Não precisamos de tantas formalidades.

Ela sorriu e Marta assentiu dizendo.

— Marta : Claro, como quiser. E sei que tem um compromisso, senhora, digo, Maria. Ficarei com a menina até a hora que precisar.

Maria assentiu. Marta não seria só de ajuda na casa e cozinha, ficaria também com Estrela como foi passado a ela e se precisasse também dormiria no apartamento e no único quarto de hóspedes que tinha nele.

Estrela então comprada por um bolo de chocolate, desmanchou a cara que tinha e disse.

— Estrela: Mãe, Marta fez um bolo  de chocolate. Que não é melhor que o seu mas é bom também. Gostei dela! Ainda que penso que já posso ficar sozinha.

Maria riu com o jeito da filha que falava demais o que pensava. E então, deixou Marta olhar as panelas e foi guiada para o quarto dela pela menina como estava sendo.

Maria na cama logo viu um conjunto de roupa sobre o colchão, uma caixinha que ela sabia que tinha um par de brincos e um par de sapatos.

E Estrela por trás dela, disse.

— Estrela : Tem que mostrar para Estevão o que ele perdeu. E para Heitor, a mãe estupidamente linda que tenho!

Quando Maria ouviu Estrela falar. Nada importou a ela, a não ser o fato que finalmente sua filha tinha agora entendido que a ida dela para mansão San Román era precisa, que assim ao se virar pra ela, ela disse de sorriso no rosto.

— Maria :Obrigada pelo apoio, meu amor, sei que por você não iria. Mas está aqui me apoiando.

Ela beijou o meio da testa de Estrela e a menina disse.

— Estrela : Só se cuida lá . E volta logo.

Enquanto na mansão San Román.

Estevão tinha sido avisado por Arnaldo que Maria já estava a caminho. E na sala ele enchia seu copo de conhaque. Enquanto Alba o observava de costas para ele e via o quanto ele estava nervoso.

Era dez pras sete da noite, e Maria para ele estava atrasada demais. Havia desejado ela mais cedo para poderem conversar, mas Heitor já estava também a caminho. Ele havia passado o resto do dia querendo falar com Maria sobre o caso que ela tinha em mãos, mas foi ignorado em tantas chamadas e mensagens que ele desistiu de tentar falar com ela por telefone para falar pessoalmente. Que se ela cria uma super heroína das mulheres pelo jeito que ela falava cheia de si, naquela vez ele tinha certeza que ela iria perder. Ele sabia que ia! Manolo era mais forte que ela, mais ágil, mais poderoso, mais perigoso.

Ele virou parte do conhaque goela abaixo e sentou no sofá. Não tinha que se importar com a parte que Manolo era perigoso. Maria era muito bem crescida além de ter estudado para ser quem agora era profissionalmente, mas ele estava certo que ela não sabia o que fazia. Não naquele caso, ao se meter com alguém tão sem escrúpulos como aquele senador. E ele não devia mesmo se importar pelas decisões que ela tomava profissionalmente. Mas só em pensar em algo acontecendo a ela, seu corpo ficava todo rígido e ele sentia necessidade de beber bem mais do que bebia.

Havia passado 15 anos sem saber de Maria e agora a tinha de volta há quase uma semana, e tudo vinha de avalanche com o regresso dela que ele pensava que tinha ela de regresso para sua vida há mais dias que aqueles. Mas não, não fazia muito que a teve em carne e osso em sua frente.

E ele ouviu Alba que trouxe ele de seus devaneios, dizer.

— Alba : Não estou acreditando que permitiu assim tão fácil, Maria voltar a apisar aqui Estevão.

Ele suspirou sentado no sofá de pernas cruzadas e depois de beber um pouco de seu bebida, ele disse com sua fingida frieza perante tudo que estava acontecendo.

— Estevão : Essa Maria não vai parar até estar de frente com Heitor, então é melhor que ela faça aqui e diante dos meus olhos, tia.

Eles dois ouviram a campainha tocar e o coração de Estevão saltou como um louco do peito .

Fora da mansão, Maria não tinha apertado a campainha assim que chegou no portão. Já que quando viu a fachada da mansão seu corpo todo tremeu. As pernas não a responderam, o que fez ela demorar sair do carro e quando saiu, teve vontade de correr dali e chorar como uma criança. A última lembrança que teve quando cruzou aquele portão, foi de mãos para trás algemada como uma criminosa e escoltada por dois federais. E tudo acompanhado e permitido por Estevão .

Mas foi depois de um forte suspiro, que a ansiedade de ver Heitor pessoalmente depois de 15 anos foi que encheu Maria de coragem de descer do carro. A mãe tinha que buscar essa coragem, porquê se dependesse da mulher ferida e ressentida, Maria sabia que não cruzaria aquele portão nunca mais.

E quando ela se identificou no interfone e o portão destravou, ela se apegou na imagem de Estrela na mente, que ela sabia que não importava o que acontecesse naquela noite, a teria em seus braços cheia de amor. E então ela entrou.

Estevão não aguentou esperar Maria sentado e foi até a porta, e Alba riu.  No meio daquela história toda, ela era aquela pessoa que estaria sempre do lado que lhe convinha estar. E via que não demoraria muito em pular do barco que estava e trocar de lado se fosse pra se salvar.

Estevão abriu a porta no mesmo momento que Maria já ia agarrar o trinco dela . E então os olhos deles se encontraram.

Como Maria enfrentava sua própria luta interna em estar  novamente naquele lugar, Estevão também tinha a sua. Novamente muitos sentimentos se encontrava como se fosse a primeira vez que ele via Maria. Ela pisava na casa que viveram por cinco anos felizes. Cada parede, cada canto podia contar a história deles naqueles míseros anos comparados aos longos anos de separação que já levavam.

E ele teve que respirar fundo assim como Maria fazia desde que desceu do carro. E então, ele disse sério.

— Estevão : Passe...

Ele fez um gesto com o braço que a convidada para entrar, e Maria ergueu a cabeça com os olhos ainda pregados nos olhos dele, e passou para dentro da mansão.

Ela vestia preto. Um terninho básico, calça, cabelos soltos e um batom claro, sombra nos olhos e com sua bolsinha sempre pendurada embaixo do braço.

Parecia estar de luto. Mas pela morte da dignidade de Estevão , que a comia com os olhos outra vez, quando ela deu as costas para ele e olhou toda aquela entrada da mansão.

Alba havia parado ao lado de uma mesa com flores logo a frente da escada e assistia a cena com atenção.  Maria varria com os olhos aquele lugar, que não via muita diferença. O que reforçava para ela as lembranças que tinha daquele lugar, que quando os olhos dela pararam na escada, ela se viu jogada ali em prantos. E nos olhos dela quiseram brotar lágrimas, mas ela virou o rosto pra outro lado cruzou os braços e disse, sem poder olhar para os olhos de Estevão aquele momento.

— Maria : E meu filho? Só estou aqui por ele.

Estevão buscou os olhos de Alba, depois levou as mãos no bolso de sua calça, respirou fundo e disse.

— Estevão : Está a caminho. Vamos até meu escritório para espera-lo. Acredito que lembra o caminho até ele.

E ele então esticou um dos braços a frente do corpo para mostrar a direção que iam seguir. E Maria levou os dedos em um dos olhos que desceu sem ela querer grossas lágrimas e o respondeu rápido.

— Maria : Lembro de cada canto, cada detalhe dessa casa e do que vivi nela até os últimos segundos, Estevão . Não se preocupe que sei o caminho!

Ela terminou de falar e os olhos dela penetraram os de Alba que buscou novamente os de Estevão, e como tivesse ficado em choque ali. Alba saiu do lugar para se aproximar a eles e disse.

— Alba : Nunca pensei que voltaria vê-la aqui, Maria. Na verdade, não sabia que teria o valor de pisar nessa casa, nem muito menos Estevão de recebê-la.

Maria ergueu a cabeça para encará-la. Não estava disposta levar desaforos muitos menos de Alba que pelos anos que viveu casada com Estevão ela não passou de uma sonsa, o que Maria tinha certeza agora como a mulher que ela tinha se tornado, que ela nunca foi.

— Maria: Vê como são as coisas, Alba. Tampouco, pensei que teria o valor de me mirar nos olhos e está fazendo isso. Sei que sabe que fui inocente e aqui você, e Estevão são dois falsos! Mas agora já sei o terreno que piso ao voltar estar nesse lugar.

Alba riu de lado. Agora contemplava com seus próprios olhos a Maria que Estevão falava. Mas então ela a respondeu.

—Alba : Não foi fotos minhas nua ao lado de um homem que foi encontrada por meu marido, tão pouco uma conta que tinha o dinheiro dele! Então não penso que foi inocente, Maria.

Alba cuspiu aquela falsa verdade com falsas provas mas que ela sabia que tinha contra Maria assim como Estevão tinha. E Maria de braços cruzados, deu dois passos a frente, fixou o olhar olhos nos dela e disse.

— Maria : Será que não pensa, Alba? Era só de observar, estava sempre a espreita. E se foi você que tramou tudo, quando pensei que era apenas mais uma que não fazia diferença? Talvez eu tenha te subestimado demais!

Alba sentiu todo seu corpo tremer ainda mais por saber que tinha os olhos de Estevão sobre ela. E então nervosa ela respondeu Maria.

— Alba : Então vai jogar em mim a culpa que tem sobre as costas?!

E Maria então refazendo os passos que deu, a respondeu.

— Maria : Não só em você. Porque quando penso, sei que deve ter mais envolvidos na sujeira que me fizeram. Só precisaria descobrir quem e porquê!

Estevão nervoso com aquele tema da conversa de Maria com Alba aonde ele se sentia a única vítima de tudo, que assim, o lembrava de como foi usado e via duas mulheres discutindo como, disse.

— Estevão : Já chega! Não estamos aqui pra falar do passado e nem fazer acusações a ninguém! Vamos Maria.

Ele então ao fim de suas palavras, tocou nas costas de Maria, mas no mesmo momento que a mão dele lhe tocou nas costas para irem em frente, Maria se esquivou do toque dele rápido demais e disse.

— Maria: Recordo que disse que lembro o caminho. Então não me toque, Estevão!

Ela passou na frente e ele foi atrás, até virarem o corredor e ela parar na frente da porta do escritório dele, e novamente algumas recordações do que viveu por trás daquela porta lhe invadiram a mente.

De todos os lugares daquela casa, depois do quartos deles, era ali por trás daquela porta era que Maria e Estevão, haviam vivido seus maiores momentos quentes . De um sexo lento em cima do sofá daquele escritório ao selvagem em cima da mesa. E alguns que podia recordar passavam como borrões na mente de Maria.

E ela quis recuar a partir dali. Preferia lidar com as lembranças dolorosas que a impulsavam a querer sua justiça e alimentava o desprezo que tinha por Estevão, do que lidar com as felizes que lhe vinha na mente dos momentos com ele. Havia pensado que tinha sido tão amada, tão desejada por ele que só lembrava o quanto ao estar ali. E ela bateu com as costas no peito de Estevão quando deu passos para trás. Ele também tinha as mesmas lembranças e pelo corpo todo rígido de Maria, ele tinha certeza que ela passava pelos mesmos recordos. O que com o passar dos anos ainda vivendo na mansão, ele precisava agora buscar lembrá-los, e não só estar ali como Maria estava para lembrá-lo de como foram felizes sendo marido e mulher. Mas que vendo ela ali, preste a entrar, lhe veio cada detalhe mais vivos que nunca de como ele a fazia vibrar, de como ela gostava que ele a tocasse na hora do amor. Lembrava de como ela havia sido como mulher para ele, uma que tinha seus naturais pudores, mas que quando se encontrava excitada perdia cada um deles.

E assim ele respirou fundo e disse baixo, tão abalado com as lembranças quanto ela.

— Estevão: Entre . Não seja covarde, Maria .

Ele abriu a porta e Maria pôde ver parte do escritório. De cara ela viu que o papel de parede era o mesmo e que tudo parecia igual como foi há 15 anos, e ela suspirou com aquele jogo que parecia que o destino jogava contra ela. E assim ela respondeu Estevão.

— Maria : Aqui só existe um covarde, Estevão e não sou eu!

Ela então adentrou dentro do escritório ignorando o que sentia, que para seu martírio, ela viu melhor que os móveis ainda que novos, estavam no mesmo lugar que há 15 anos .

E quando passou. Estevão bateu a porta e a viu no meio do escritório de bolsa na mão olhando tudo. E então ele disse.

— Estevão : Aceita uma bebida?

Maria então se virou para ele e o respondeu certa que o álcool a ajudaria muito ficar ali dentro.

— Maria : A mais forte que tiver, por favor.

Estevão caminhou em silêncio até o bar de bebidas e Maria caminhou até o sofá de madeira e estofados azul no canto da parede.

Ele ficou de costa para ela servindo uísque puro em um copo e depois passando para outro . E caminhando até ela com os copos nas mãos, ele disse  quebrando aquele silêncio.

— Estevão : Tome . É a mais forte que tenho aqui no escritório . Uísque quente, forte e sem gelo.

Maria já sentada no sofá, pegou o copo. Se lembrava bem, sabia quais eram as bebidas que Estevão tinha ali.

E ela depois levou nos lábios. O gole que tomou lhe desceu rasgando a garganta, mas ela evitou fazer cara feia ou algum gesto que diria a Estevão que ela ainda não tinha estômago para aquela bebida que ele tomou como água o gole dela.

E o silêncio novamente se fez por alguns segundos. Até Maria dizer, com Estevão a olhando de pé e copo na mão.

— Maria : Heitor chega que horas? Disse que às 19:00 era pra mim estar aqui. E estou, mas ainda não o vejo.

Ele suspirou e andou para longe dela e a respondeu.

— Estevão : Chegou às 19:23, o que parece que ele não cumpri horários como você e por isso ainda não chegou.

Maria deu um riso de lado sabendo que ele falava daquela forma pelo atraso dela também no restaurante, e disse.

— Maria : Algo de mim ele tinha que puxar.

E Estevão depois que se encostou em sua mesa, ele assumiu mesmo a contra gosto .

— Estevão : Heitor tem mais de você do que de mim. Mas não se engane com ele .

Ele bebeu mais um gole a olhando sentada e Maria se levantou rápido e disse, ignorando as palavras dele mas não o fato do que acontecia com eles ali sozinhos e de portas fechadas.

— Maria : Acho que poderíamos espera-lo na sala não aqui.

Quando ela foi deixar o copo na mesinha ao lado do sofá, ela viu um quadro de Heitor sozinho na foto. E ela então pegou na mão e Estevão ficou a olhando em silêncio .

— Maria : Ele já está um homem feito e lindo.

Ela passou os dedos no quadro apaixonada pela foto que Heitor estava vestindo social e tinha os braços cruzados enquanto sorria demais nela.

E Estevão a respondeu, enquanto ela alisava a foto.

— Estevão : Passou quinze anos, não quinze dias. Nosso filho já está um homem crescido.

Maria então deixou o quadro devagar no lugar. A emoção de ver aquela foto deu lugar ao rancor que ela tinha guardado deve Estevão. E assim, depois de ouvi-lo, para usar o que ela sabia que também poderia toca-lo, ela disse de sorriso no rosto.

— Maria : A sua filha também está crescida, Estevão . Ela é uma moça linda de 15 anos.

Ela riu mais de lado em um riso irônico e Estevão mudou a expressão que tinha no rosto ficando vermelho quando a ouviu. Maria estava ali confirmando a ele outra vez que Estrela era sim filha dele. E então ele disse bravo, e deixando seu copo de bebida na mesa ao sair da frente dela.

— Estevão : Aonde quer chegar com isso, Maria? Confirma que essa menina é minha filha, mas não se dá o valor de dizer que vai ceder a prova que preciso . O que quer com isso?

Quando terminou de falar grosso, ele já estava a frente dela e Maria ergueu a cabeça e o respondeu no mesmo tom que ele já nervosa.

— Maria : Quero meu filho, Estevão! Quero o direito de poder ser a mãe dele que você me roubou durante todos esses anos!

E assim ele exigiu também sem quebrar o olhar com ela assim como ela fazia com ele.

— Estevão:  E eu quero o mesmo! Quero o mesmo em relação a Estrela! Me tirou ela!

Maria então soltou mais um riso irônico que ela não sabia o efeito dele sobre Estevão, e o respondeu.

— Maria : Só provou do seu próprio veneno, Estevão.

Ela então pegou a bolsa dela do sofá, ia deixar aquele escritório antes que se exaltasse mais que já estava e Heitor voltasse a vê-la depois de quinze anos daquela maneira. Mas Estevão quando viu a intenção dela disse, mudando radicalmente de assunto pra não entrarem naquela discussão que estavam já que ele tinha cada vez mais certeza que aquela briga deles seria resolvida em um fórum.

— Estevão : Conheço o senador que te vi acusar na televisão essa tarde. Deixe esse caso Maria. Para seu bem. Porquê não vai vence-lo.

Depois de soltar suas palavras, ele caminhou de copo na mão até o bar outra vez, para encher mais ele e ouviu Maria rir pelas costas dele.

Ela havia jogado a bolsa de volta no sofá, querendo agora discutir sobre aquilo com ele e disse de sangue nos olhos.

— Maria : Não me surpreende que o conheça. São da mesma classe de homens.

E foi Estevão que riu e virou para ela de copo na mão e já cheio. Quando fez, os olhos dele passeou no corpo dela, enquanto bebia um pouco de seu uísque. Até que ele disse, certo que não tinha tocado nela como Manolo tinha feito com a esposa dele, mas recordava que teve momentos que ela gostou de ter no corpo dela as mãos dele mais pesada do que em uma simples carícias.

— Estevão : Não me recordo de ter tocado em você como ele fez com a mulher dele. Mas se não me falhe a memória, havia momentos que gostava de ter minhas mãos digamos, que mais agressivamente sobre você, hum.

Maria sentiu um rubor no rosto quando entendeu o que Estevão falava e lembrou do que ele insinuava. E aquele leve rubor não passou despercebido por Estevão, que fixou o olhar no rosto dela para ter certeza do que via. E então depois de tomar fôlego ela o respondeu dura, para escapar das palavras dele.

— Maria : Não precisou que quebrasse meu maxilar como ele fez com a mulher dele, pra te igualar a ele, Estevão! Há feridas que um homem pode causar em uma mulher sem simplesmente toca-las!

Estevão assentiu perante as palavras dela. Ele sabia que ela estava certa mas sabia também por sua experiência própria que uma mulher também poderia ferir igualmente um homem, e então ele rebateu todo cheio de rancores.

— Estevão : E as feridas que as mulheres nos causam, hum? A que você me causou por exemplo. Não conta? Não te coloca em uma certa classe de mulheres?

Maria virou o rosto e cruzou os braços. Não era cega de não ver que Estevão sofria pela mentira que acreditava que ela tinha feito contra ele. Mas nenhum sofrimento que ele poderia ter passado, se compararia ao dela, o que ele tinha a feito passar, que mesmo a livrando de alguns anos de prisão ela sentia que jamais seria capaz de perdoa-lo. E assim ela voltou olha-lo para dizer.

— Maria : O que pensa que te causei, não justifica o que me fez Estevão! Tampouco há justificativas para o que aquele maldito senador fez com minha cliente!

E Estevão então depois de bufar bateu seu copo de volta na mesa, e de costa para ela disse, grosso.

— Estevão : Largue esse caso é a única coisa que te digo.

Maria riu tocando os cabelos. Não faria o que ele pensava que mandava, por aquilo mesmo, por mandar mas mais ainda por ver que ele a subestimava. E assim ela disse.

— Maria : Claro. Eu farei isso só porque quer e porquê está me subestimando.

Ele então se virou para ela, e tentou falar mas manso ainda que manteve seu tom de voz sério.

— Estevão : Peço isso porque sei quem é esse homem e do que ele é capaz, Maria. Então não seja tola se metendo em rios que desconhece!

Ele virou para pegar seu copo e beber e Maria o olhando de costa tantava digerir as palavras dele e o que parecia mais claramente a ela o porquê delas. E então ela disse.

— Maria :  Fala como que se tivesse preocupado comigo, Estevão. Se eu não soubesse o quanto seus sentimentos em relação a mim foram e ainda é falsos, eu poderia acreditar nisso.

Estevão puxou o ar do peito. Estava deixando tão evidente o que sentia que se amaldiçoou por dentro . Mas então ele se virou para olha-la e disse rápido.

— Estevão :  Não me importo contigo. Mas com minha filha. Pense nela e saia desse caso!

Alguém bateu na porta e Maria olhou para trás e viu a cabeça de uma mulher aparecer. E era Rebeca, a governanta da casa que ela viu que ainda trabalhava nela.  E a senhora tinha um telefone na mão, que disse.

— Rebeca : Heitor está no telefone.

E como um louco o coração de Maria acelerou a deixando muda e sem reação.

Estevão então pegou o telefone, levou no ouvido e ouviu Heitor dizer, depois que ele disse alô.

— Heitor : Não posso pai. Não posso estar aí e vê-la.

Estevão olhou para Maria que já tinha lágrimas nos olhos assim que ouviu Heitor. Ela morria em simplesmente poder ouvir a voz do filho naquele momento. E então, Estevão virou de costas para ela não podendo com aquele olhar de uma mãe desesperada e disse.

— Estevão : Aonde está, hum? Ontem conversamos e ficou de acordo .

Heitor estava no apartamento de Leonel. No sofá dele ele sentou e levou a mão na cabeça quando ouviu o pai.  De repente teve medo de estar a frente de Maria. De repente sentiu que não estava preparado para vê-la. Estava com medo do que podia acontecer. Os ressentimentos que tinha dela não podia deixar que ela lhe mirasse os olhos sem se quebrar.  E por isso escolheu fugir daquele momento do que encarar como pensou que faria. E então ele apenas disse.

— Heitor: Estou no Leonel. E ele está a caminho de nossa casa para levar os documentos que fiquei de entrega-lo. Eu não posso pai. Não posso encara-la. Me desculpe.

Estevão suspirou com pesar. Pensava naquele momento que sua vontade de ter Maria nas mãos usando o filho o tinha cegado para não perceber que aquele momento não seria nada fácil para ele. E então ele disse.

— Estevão : Não se desculpe, filho. Só quero que esteja bem aonde está. Eu não devia força-lo a isso. Não precisa vim se não quer.

E Maria por ter entendido as palavras de Estevão, disse aflita e de voz que mostrava seu abalo.

— Maria : O que houve, Estevão? Meu filho não vem? Deixe eu falar com ele . Por favor.

Heitor ouviu pela primeira vez depois de anos, a voz dela e se tremeu todo. Ainda criança quando a viu pela última vez, pouco se lembrava dela e da voz não seria diferente. E assim ele se levantou do sofá todo abalado e disse.

— Heitor : Não papai, não deixe ela falar comigo.

E Maria fez o que Estevão não esperava, tirou o telefone da mão dele e saiu andando pra outro lado do escritório com ele em sua olheira, e implorou aos choros.

— Maria :Filho, meu amor. Por favor, venha. Eu estou aqui por você. Estou a sua espera. Por Deus, esperei tanto por esse momento em poder te ver, te abraçar. Por favor Heitor, filho.

Heitor ficou paralisado com voz de Maria enquanto sentiu lágrimas descerem do seu rosto. Mas Estevão puxou o telefone da mão de Maria e desligou a ligação. Ele havia sentido medo. Medo das palavras dela tocarem Heitor e ele correr da onde estava e cair nos braços dela .

Maria tinha o rosto banhado em lágrimas. Sofria com o desprezo de Heitor negando vê-lá . E quando viu que Estevão lhe tirou o telefone e desligou a ligação, ela o olhou com todo ódio que sentia que tinha por ele. Ele era todo o culpado de Heitor não querê-la.  Era o único e principal culpado dela ter que deixa-lo escolhendo assim Estrela ainda em seu ventre e não a ele.

E então ela gritou em lágrimas.

— Maria : Isso é tudo culpa sua, seu maldito infeliz! Eu te odeio, Estevão! Te odeio!

Ela furiosa o socou no peito, uma, duas, várias vezes e desferiu mais que um tapa no rosto dele. Que descontrolada ela chorava e o agredia. Até que ele largou o telefone na mesa e a pegou firme pelos braços.

— Estevão : Pare de me bater! Parece uma louca! Se controle!

Maria lutou nos braços dele. Sentia que nenhum tapa desferido contra ele seria suficiente para ela acabar com a furia que sentia. Que era tanta que ela pensava que se tivesse uma arma, faria uma loucura. E aos berros ela disse, querendo ser solta.

— Maria : Me solta! Me solta Estevão! Eu te odeio! Te odeio!

Maria o cuspiu e quando Estevão soltou um braço dela para limpar o rosto ela voltou fora de si o socar com uma mão enquanto a outra ainda era presa por ele.

Até que o corpo de Maria não aguentou o dia corrido, a má alimentação em todo ele e as emoções a flor da pele aquele momento e desmaiou.

Mas Estevão conseguiu pegá-la antes que o corpo dela encontrasse o chão e a suspendeu nos braços para levá-la ao sofá.

E de repente tudo voltava estar em silêncio com ela ali desmaiada. Apenas o coração dele que batia tão forte e rápido, era o que podia ouvir no escritório.  Maria desmaiada deitada no sofá, parecia que só dormia totalmente inofensiva. E Estevão se ajoelhou ao lado dela para vê-la naquele momento, que ela só era uma indefesa mulher desacordada.

O rosto dela banhado em lágrimas, ele passou as costas dos dedos na bochecha dela para limpa-la. Uma parte dele sentia muito por elas por saber que tinha culpa, já que quem chorou daquela forma na frente dele foi a mãe que ele feriu. E assim, ele disse sussurrando.

— Estevão : Sei que te causo dessa dor . Sei que sou o culpado.

Ele passou a ponta do dedão nos lábios dela e voltou a dizer.

— Estevão : Por que nos ferimos tanto assim, Maria?  Porquê?

Ele ficou em silêncio depois de suas últimas palavras. Sabia como devia socorre-la para que ela tornasse. Mas em troca de fazer algo, só queria observa-la daquela maneira que ele sabia que não faria com ela acordada, tão pouco como ela estava momentos antes tão furiosa.

E ele suspirou só a olhando. A via linda. Que para ele, ela seguia linda como desde da primeira vez que a viu mas que  poderia jurar que até mais. E o dedo que ele contornou o lábio dela, agora junto aos demais acariciou o rosto dela em uma carícia lenta, que entre ela ele disse.

— Estevão : Essa sua beleza me têm cativo de você todos esses anos. Todos esses anos...

Ele então não resistiu mais e se aproximou dos lábios dela e a beijou. Beijou sem medo que ela poderia acordar quando o lábio dela fosse tocado com o dele.

E então passou mais de cinco minutos com ela desmaiada, Estevão olhou no relógio no seu pulso o tempo que ficou a olhando como se ela fosse uma obra de arte para ser apreciada, com ele sentado no chão fazendo aquilo. Mas que então pelo tempo passado ele se levantou disposto a ligar para seu médico privado. Mas quando se voltou para mesa, ele ouviu Maria gemer no sofá atraindo o olhar dele. Maria sentava no sofá,  e o olhava sentindo que sua visão ainda não era das melhores e que tudo rodava. Mas ainda assim, disse.

— Maria : O que aconteceu, Estevão?

Ela levou a mão no meio da testa e ele deixou o telefone na mesa e a respondeu.

— Estevão : Desmaiou.

Ela passou a mão entre os cabelos sabendo o porquê do desmaio já que não tinha se alimentado direito, e disse.

— Maria : Hoje não estou em meus mais calmos dias e ainda não me alimentei como se deve nele. 

Estevão a ouvi-la só pensou no que poderia deixa-la melhor . E então ele disse, manso.

— Estevão : Isso explica o desmaio. Fique para o jantar .

Maria riu com aquele convite e se levantou sentindo que tudo rodava, o que fez ela levar a mão na parede achando que ia cair, que assim, Estevão logo esteve ao lado dela e lhe tocou no braço. Mas ela o puxou e disse voltando ao mesmo modo que  esteve com ele antes de desmaiar.

— Maria: Não me toque, Estevão. Tenho nojo de você.

Estevão bufou se afastando dela e disse bravo a vendo pegar a bolsa pra ir embora.

— Estevão : Essa foi a última vez que me bateu como fez!  A última, Maria! E é melhor que u tenha sido claro com você!

Ele disse sério, e como estava se tornando costume dele ver, Maria riu outra vez dele e disse.

— Maria : Vai me devolver a agressão se volto fazer? É isso?

Estevão bufou outra vez a respondeu mais sério.

— Estevão : Experimente me tocar mais uma vez e verá, hum.

Ele caminhou de volta para mesa dele visando seu copo de bebida ainda nele e Maria o provocou pelas costas, dizendo.

— Maria : Vou te tocar sempre e quando me der vontade, Estevão! Merece mais que isso de mim! 

Estevão engolia a bebida dele. E engoliu toda e bateu o copo vazio na mesa que quando fez, ele riu e se virou para Maria e caminhou até ela dizendo.

— Estevão : Então farei o mesmo com você, começando com agora.

Ele então a puxou pela cintura, levando uma mão na nuca dela enquanto a outra a prendeu contra ele e sua boca a tomou em um beijo furioso. Como no primeiro beijo, o lábio de Maria sentiu os de Estevão exigentes sobre o dela, mas que ela com as mãos levou a frente do peito dele para tentar ainda sem força o empurra-lo pra longe dela.

Estevão sentia o corpo dela ainda fraco em seus braços, o que para ele era um bônus, que então ele aproveitou disso, e q encostou na parede ao lado do sofá.

E ele sem ter mais os lábios nos dela que não havia correspondido ao beijo, ele desceu uma mão até o meio das pernas dela e apalpou. Quando sentiu a mão dele aonde estava, Maria sentiu que seu coração ia sair pela boca. Sua respiração se pôs mais irregular que antes esteve e sua boca secou lhe tirando qualquer coerência que poderia usar em alguma palavra. Enquanto Estevão sentia que poderia morrer com o tesão que apoderou seu corpo mais forte do que antes tinha sentido quando voltou a vê-la e a beijou . E então rouco entre o desejo que sentia sem ousar tirar a mão da onde estava, ele disse perto do ouvido dela .

—Estevão: Se me bate outra vez. Não terá nada que impeça minha mão de tocá-la dessa forma na próxima vez que fizer isso.

Maria tinha a boca aberta com coração ainda em desparada e o rosto virado pro lado, enquanto Estevão não só mais apalpava ela como esfregava os dedos por cima da calça nela. Ela não tinha um toque daquela forma nela vindo de um homem a tempo suficiente que a fazia jurar que não precisava de um toque daquele modo mais, a colocando assim para lista das mulheres totalmente frigidas. O que ela via outra vez que era totalmente mentira aquela condição dela já que Estevão de novo era o causador da faísca que ela sentia acender dentro  dela outra vez. Mas não com tamanha intensidade para ela se ver cega como Estevão parecia estar, o que faltou nas palavras dela, sobrou na força da mão que a fez esbofete-lo.

Que em seguida, ela o gritou.

— Maria : Não ouse mais me tocar assim, Estevão!

Ela o esbofeteou novamente mas do outro lado e Estevão todo vermelho, a pegou novamente com força e a virou como uma boneca contra a parede e de costa para ele, que fez ela gemer da forma rude que ele a virou mas que ao mesmo tempo ela sentiu sua calcinha drasticamente molhar. E ela olhou pra baixo, vendo que uma da mão dele estava em sua barriga por abraça-la por trás  e a outra lutando para abrir agora a calça dela.

E ela só lembrou do passado, quando daquele mesmo modo ele a tomou pela última vez em uma cela e ela permitiu. E assim ela fechou os olhos e abriu a boca soltando um gemido tão baixo que Estevão não pôde ouvir mas ela ouviu o dele que detonava o estado que ele estava, que disse logo em seguida perto de seu ouvido. 

— Estevão: Está duvidando de mim e do que sou capaz, Maria. Por isso vou te dar uma lição para que deixe de me tocar!

Ela apertou forte os olhos e moveu o corpo rápido mas em vão por Estevão usar a favor dele seu tamanho e força, além do fato que não fazia muito que ela tinha desmaiado.  Que então, ela só fez virar a cabeça para o lado dele e dizer.

— Maria : Pare! Não me toque. Não me...

Maria se calou e fechou os olhos quando a mão dele dentro da calça dela e da calcinha, tocou finalmente a vagina dela. Estevão gemeu rouco sentindo sua ereção já presente entre eles pulsar. Ele tocava ainda que com dificuldade a vagina dela que ele sentia lisa entre os dedos dele, enquanto um deles lutava para tocar melhor o clitóris dela.

E como Maria tinha falado e virado o rosto para ele, ele beijou ela . Beijou e tirou a mão da onde estava subindo as duas mãos para os seios dela. Ele apertou eles por cima da roupa e Maria não pôde mais, de olhos fechados ela apenas correspondeu ao beijo dele como fez nas empresas San Román.

E quando Estevão sentiu a língua dela tão sedenta como a dele naquele beijo, a virou de frente para ele. A queria de pernas  abertas para voltar toca-la como antes fazia.  E um de frente para o outro, com Maria tocando nos braços de Estevão e ele a tocando desesperadamente em todos os cantos do corpo dela, depois de alguns segundos em um beijo molhado com ambos respirando irregularmente, ela abriu os olhos. Estevão a desejava como um louco, de novo ela podia sentir e comprovar aquele fato. Mas que ainda não podendo negar para si mesma que os toques dele a acediam, ela tinha certeza que não acendiam totalmente para que ela perdesse totalmente o controle como via que ele havia perdido. Ela havia passado tantos anos sem ter um homem que não seria apenas aquilo que ele teria o que claramente procurava desesperadamente ter. Mas que pensava que entre todos os homens, ainda que como uma maldição, estava sendo ele que estava despertando nela o desejo de estar com alguém outra vez, não queria estar com ele.  Que por isso lutaria contra seu corpo e seus desejos de mulher para não voltar cair nos braços dele. Mesmo que para isso tivesse que feri-lo como ela já sabia como fazer para não se entregar e tê-lo como estava com ela.

Que assim acreditando que suas palavras seria um xeque mate a ele, quando os beijos dele já descia ao pescoço dela por vê-la entregue, ela disse.

— Maria : Prefiro estar com qualquer homem que me aparecer do que voltar estar com você, Estevão. Então tire a mão de mim.

Estevão quando a ouviu se afastou lentamente. Se tinha algo que doía mais nele, era o fato que ele pensava que ela esteve com outros homens, que como ela acabava de dizer, havia preferido seus amantes do que ele . E como Maria sabia disso, viu que sua jogada tinha surgido efeito mais rápido que ela havia pensado. 

E Estevão então disse baixo mas de olhos frio.

— Estevão : Saia da minha casa, Maria.

Maria por um momento pensou no que tinha feito, mas não deixou que os olhos de Estevão lhe trouxesse qualquer remorso que ele não teve quando havia desligado o telefone com ela na linha com Heitor. E então ela arrumou os cabelos e desceu a mão logo depois na frente da calça dela e Estevão baixou os olhos pra ver ela fechar, e suspirou ao lembrar que na ponta dos seus dedos havia sentido ela molhada por ele.

Mas ele não conseguiu formar palavras alguma. Só a queria longe dele. A queria longe, porquê sabia que ela era sua maior Kryptonita, sua droga, a maior de suas debilidades e talvez seu maior castigo.

E Maria quase pronta pra deixar o escritório, disse por ter Estevão agindo com ela como fez há 15 anos atrás mas que agora o final tinha sido outro.

— Maria : Quando voltar tentar algo comigo quando já me ouviu dizer não e meu pedido de pare, como fiz há 15 anos naquela maldita cela e agora, Estevão. Lembre-se que não é o único homem que pode me dar prazer, para ter a dignidade de tirar as mãos de mim.

Ela pegou a bolsa do sofá e passou as mãos nos cabelos para arruma -lo outra vez . E Estevão depois de ouvi-la disse, totalmente despeitado  e em fúria.

— Estevão : É uma mulher promíscua, Maria!

Maria riu  ao ouvir outra vez aquela ofensa vindo dele, o que doía mas não a matava. E então ela disse.

— Maria : Isso me ofenda por não ter aberto as pernas para você, Estevão.

E Estevão disposto a fazê-la pagar pelo o desprezo que mostrava ter dele como mulher, ele disse querendo tocar na mãe.

— Estevão : Não vou permitir mais que se aproxime do meu filho e vou tirar minha filha de você, Maria! Vou fazer isso, mesmo que seja a última coisa que eu faça na vida!

Maria não se surpreendeu pelo que ouvia. Tinha lhe cutucado a ferida e era daquela forma que Estevão sabia respondê-la, cutucando a dela.

E então pronta para ir, ela apenas disse.

— Maria : Isso é o que veremos, Estevão.

Maria então saiu pela porta e Estevão se sentiu o mais humilhado dos homens, que ainda assim tinha uma ereção entre as calças por uma mulher como era Maria. Que para ele, era bem pior que ele sustentou todos esses anos apenas como a que havia jurado um amor falso a ele . Já que ele via agora uma Maria fria e vingativa.

 


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