Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 42
Capítulo 42




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Oi minhas lindas, eu sentei hoje pela tarde e disse, vou escrever capítulos de minhas fics nem que seja na base do ódio e consegui assim terminar esse capítulo kkkk então espero que gostem!!

Obs: Eu usei uma música no meio do capítulo e no final dele está o link dela no youtube!

 

 

Estevão tinha os olhos fechados quando ouviu a porta do quarto que estava se abrir. Ele olhou então Patrícia e respirou fundo. Ela havia sido a melhor amiga de Maria, saberia ela de alguma verdade que ele não sabia?

Ele então tentando se sentar no leito, disse.

—Estevão: Queria falar contigo, que bom que ao menos você veio, Patrícia.

Patrícia suspirou e disse indo até o lado da cama que estava.

—Patrícia: Deite-se Estevão, podemos falar como está, querido. Fiquei tão preocupada.

Ela deu um selinho rápido nele depois de falar. Estevão respirou fundo e quis ir logo ao assunto que o fez querê-la ali.

—Estevão: Patrícia, você foi a melhor amiga de Maria? Por acaso ela não te confidenciava nada? Eu, eu já não sei se ela foi culpada de tudo. Já não sei mais se acredito nisso.

Depois de falar Estevão tocou a testa pensativo. Se sentia tão confuso, tão perdido no que fazer depois dali. Enquanto Patrícia arregalou os olhos, agora entendia o que Alba falava, que por isso ela disse rápido.

— Patrícia: Por favor Estevão, todos viram o que Maria foi capaz de fazer, você teve as provas em suas mãos. Ela te traiu e roubou!

Estevão bufou inquieto virando o rosto para o outro lado. Aquele era o ponto. O que sempre acreditou já não podia mais seguir acreditando tão fielmente. Se não podia confiar nas palavras de Maria, se em todo aquele tempo acreditou que não, havia colocado a verdade dela na única coisa que ele acreditava que sempre seria verdadeiro. O corpo dela que nunca havia mentido para ele e ele tinha o revelado uma verdade que ela confirmou em uma confissão que e o levou ali onde estava.

Que assim voltando a olhar nos olhos de Patrícia, ele disse, ainda não convencido.

—Estevão: Eu disse que já não sei o que pensar, Patrícia. Ela regressou ainda jurando ser inocente, por que ela ainda segue negando? Hum? E você? Não me respondeu! Foi amiga dela, em nenhum momento ela não disse a verdade a você, se foi culpada, se não? Por Deus ela teria que dizer algo...

Soltando o ar pela boca Estevão terminou de falar deixando Patrícia mais nervosa por vê-lo como estava com aquelas questões na cabeça, que assim se afastando da cama ela disse.

—Patrícia: Ah, por Deus Estevão, eu era a melhor amiga dela, mas você era o marido, e nem você foi capaz de prever o que ela tramava, muito menos de acreditar nela!

A verdade no final das palavras ditas por Patrícia deixou Estevão mais inquieto. Não tinha sido mesmo capaz de acreditar nela. Agora só passava na mente dele, o “se” o “talvez” e se tivesse acreditado em Maria? E se talvez tivesse aceitado buscar a verdade com ela e não agido como havia feito tomado pela dor da mentira o que havia causado, como estariam agora?

Ele então respondeu Patrícia descontente.

—Estevão: As aquelas malditas provas e fotos, me cegaram. E agora temo ter errado no meu julgamento. Entende o que me passa Patrícia? Eu posso ter condenado a mulher que eu amava, a mãe de meus filhos por um erro que ela não cometeu. Se fiz isso eu nunca serei digno do perdão de Maria.

Ele fechou os olhos se sentindo zonzo e tentou ficar quieto para aquela sensação passar. Patrícia o mirou por alguns minutos calada, até que o questionou.

—Patrícia: O que aconteceu que agora está pensando assim, Estevão? Você não errou! Maria sim, só ela! Não esqueça.

Estevão abriu os olhos agora com seu rosto tomando um tom de vermelho. Não queria Patrícia ali para ouvir algo que ouviu durante 15 anos. Que por isso ele a respondeu.

—Estevão: Então não vai responder minha pergunta, Patrícia? Se foi capaz de ter um caso com o ex marido dela, da mulher que chamava de amiga, também poderia ser capaz de esconder um segredo como esse que se Maria foi realmente culpada, ela poderia ter confidenciado alguma vez que me traia, para você, Patrícia.

Patrícia tocou nos cabelos cansada de ver Estevão querendo coloca-la contra parede e disse, histérica.

—Patrícia: Está louco, Estevão! Operaram seu cérebro e não seu coração! Só pode ter sido isso que aconteceu com você!

Estevão então nervoso, a respondeu.

—Estevão: Não estou louco! Só quero agora entender o que passou de verdade há 15 anos. Tem algo que não está encaixando e quero saber! Quero saber!

O aparelho que ligava ao peito de Estevão monitorando seus batimentos, apitou chamando atenção de enfermeiros que ao ouvirem entraram no quarto e em seguida o médico.

Horas passou...

Maria seguia no hospital. Na sala de espera, ela tinha as pernas cruzadas sentada em um sofá na sala de espera. Heitor tinha se afastado com Vivian que o buscou depois que ele disse onde estava a alertando o que se passava, que assim, ela suspirou. Tinha falado também com Luciano que ia ao hospital com Estrela, que assim ela olhou os chegando e se levantou.

— Luciano: Como Estevão está, Maria?

Assim que cumprimentou Maria, Luciano perguntou por saber que ele havia sido medicado por ter se exaltado.

Que assim, ela o respondeu depois e dar um suspiro.

—Maria: Agora bem, ele dorme no quarto, só isso que sei enquanto Alba segue como cão de guarda ao lado dele.

Ela torceu o lábio de lado por saber que depois que Patrícia deixou o quarto que Estevão estava, Alba voltou estar com ele até aquele momento. Luciano fixou os olhos notando descontentamento ao final das palavras de Maria, mas que não podia ser capaz de comentar aquilo ali. Enquanto Estrela que olhava dos lados a movimentação do hospital, voltou olhar a mãe e disse, se queixando que teve que ter Luciano ao lado em seu passeio com Maggie por simplesmente seguir sem o celular.

—Estrela: Mãe, devolve meu celular, Luciano teve que ficar como uma babá comigo a todo momento, porque não tenho ele para me comunicar com vocês. Por favorzinho...

Ela abraçou Maria pela cintura manhosa. Luciano deu de ombros e disse, entregando a adolescente.

—Luciano: Ela veio se queixando disso o caminho todo, Maria. Segundo ela, ela já está grandinha para ter alguém como babá.

Luciano riu e Maria acabou rindo também por já ter escutado aquilo e disse.

—Maria: Assim que voltarmos para casa resolvemos isso.

Estrela se animou e a respondeu sem soltá-la.

—Estrela: Então vamos agora?

Maria então se separou dela e disse, decidida no que passou a querer.

—Maria: Agora não, antes tenho que falar com seu pai e me despedir do seu irmão.

Estrela então deu de ombros e disse.

—Estrela: Disse que ele está dormindo então ele está bem. Vamos embora e pediremos pizza quando chegar.

Luciano enfiou as mãos no bolso, observava o desdém que Estrela seguia em relação a Estevão. Enquanto Maria suspirou. Deveria ela mudar aquilo? E por que faria? Ainda que fosse naquela situação, cobrar afeto de Estrela em relação ao pai para que tivessem uma aproximação, era passar por cima do seu orgulho, era dar a Estevão o que ele não deu a ela quando ela havia regressado, a ajuda para que ele recuperasse Heitor e pudessem estar já como estavam. Estevão não merecia aquele seu ato de bondade que ela buscou dele e não teve.

Que pensando assim, ela ficou séria pensando em tudo que já tinha passado. Para ter Heitor a abraçando em público, teve que passar por cima de Estevão e suas vontades para chegar até ele...

Ela então ouviu um pigarrear atrás dela e depois se virou vendo Heitor ao lado de Vivian, o que a deu entender que os jovens já estavam as boas.

Heitor mirou Luciano sério, Maria mirou ele e rápido voltou olhar Luciano para apresenta-los.

—Maria: Luciano, esse é meu filho mais velho, Heitor.

Maria sorriu orgulhosa e então ele disse, estendendo a mão a Heitor.

—Luciano: Eu vi Heitor ainda criança, Maria. Prazer, Heitor.

Heitor sério deu a mão para Luciano e quando tiveram de mãos dadas, ele disse.

—Heitor: Então, é o Luciano que esteve ao lado de minha mãe e irmã até aqui.

Maria então sorrindo cheia de gratidão, rápido disse.

—Maria: Luciano, sempre foi um bom amigo todos esses anos, filho. Já disse como ele nos ajudou.

Estrela então passando se metendo na conversa, disse.

—Estrela: Não só amigos, teve um tempo que também namoraram e deviam voltar a fazer isso.

A menina pegou na mão dos dois, Vivian que observava viu Maria ficando vermelha naquela saia justa, até que ela resolveu dizer.

—Vivian: Oi, Luciano, sou Vivian, a melhor amiga de Maria e ainda trabalhamos juntas.

Ela deu a mão a Luciano se apresentando daquela forma e depois o beijou no rosto e então, Luciano disse sorrindo.

—Luciano: Maria tem a mania de fazer sempre bons amigos onde trabalha.

Heitor buscou olhar Maria de lado, enquanto ela sentia o olhar dele sobre ela, até que ela disse.

—Maria: Se puder ver se Estevão pode me receber eu gostaria de vê-lo antes de ir filho.

Heitor entendeu que ela aquele momento cedia para a conversa que Estevão queria ter com ela desde que havia acordado, que então assim, ele disse.

—Heitor: Claro, senhora. Irei ver se ele está bem para recebe-la.

Ele saiu sério e Maria respirou fundo não entendendo aquele senhora novamente vindo dele, mas dessa vez tão seco. Ficaram assim, ela, Estrela, Vivian e Luciano em pés no meio da sala de espera. Até que passou alguns minutos e Alba apareceu com cara de poucos amigos.

Alba olhou todos ali, e seus olhos bateu em Estrela. Primeira vez que a via. Via a filha mais nova de Estevão que a encarava de volta desconfiada.

Estrela pegou no braço de Maria deitando a cabeça no ombro dela. Enquanto Maria de olhar sério sem perder sua pose de cabeça erguida, olhava sério Alba olhando sua menina. Até que ela ouviu Alba suspirar antes de dizer, mas sem tirar os olhos de Estrela.

— Alba: Estevão te espera, Maria. Mas tome cuidado para não terminar seu trabalho e mata-lo!

Maria abriu a boca, mas Estrela disse passando a frente dela.

—Estrela: Quem você pensa que é para falar assim com minha mãe, senhora?

Maria pegou no ombro da menina e disse calma, mas olhando Alba nos olhos.

—Maria: Estrela, essa é tia de Estevão, Alba. O que faz dela também sua tia. E comece desde já ignorar tudo que ela falar, sua tia é uma mulher que não se deve dar confiança alguma.

Alba abriu a boca indignada por ver como Maria falou dela para Estrela, que a mediu dos pés à cabeça o que ela fez igual com sua mais nova sobrinha e depois a menina deu de ombro dando as costas a ela e disse.

— Estrela: Não demora lá com Estevão. Eu quero ir embora, mamãe.

Maria assentiu e depois a beijou no rosto e saiu acenando com a cabeça para Luciano e Vivian que os deixariam ali.

Estrela então voltou olhar Alba que ficou ali e depois dela alisar o queixo disse, ao ter analisado a adolescente todo aquele tempo.

—Alba: Não há dúvidas a quem puxou, menina. Têm o mesmo gênio do seu pai.

Estrela fez cara feia com aquela comparação e a respondeu.

—Estrela: Eu puxei a minha mãe!

Alba riu de lado. O desdém de Estrela por conhecer agora ela e o mal humor escancarado sem poder disfarça-lo o que sentia, era claro para ela que aquela menina era a cópia do pai sem precisar que ela passasse mais que alguns minutos ali para comprovar.

Que antes de responde-la o celular de Alba tocou dentro da bolsa que ela trazia debaixo do braço que antes de ir dali para atende-lo, ela disse.

—Alba: Não adianta negar o sangue dos San Roman, menina, tem mais dele do que de sua mãe.

Ela então saiu, e Estrela sentou no sofá de braço cruzados e depois disse reclamando.

—Estrela: Eu não gostei dessa mulher. Eu não gosto daqui.

Ela olhou Luciano olhando para ela e Vivian fazendo o mesmo sem saber o que opinar enquanto Luciano disse.

— Luciano: São sua família também, Estrela.

Estrela então o respondeu.

—Estrela: Minha família é minha mãe e você Luciano.

Vivian então acrescentou por naquela parte ter o que opinar.

—Vivian: E Heitor.

Estrela então ficou quieta.

Enquanto de frente com a porta do quarto que Estevão estava. Maria viu Heitor que estava ali a esperando.

Que assim ela disse baixo.

—Maria: Não se preocupe prometo não me exaltar nem que Estevão o faça, filho.

Heitor assentiu com a cabeça e antes que fosse ele disse.

—Heitor: Posso ter uma conversa com Luciano, enquanto tem outra com meu pai, senhora?

Maria então suspirou e o perguntou.

—Maria: Então é por isso que está assim de repente frio comigo, voltando me chamar de senhora, querido? É por ter visto Luciano? Ele não vai incomodar seu pai. Como viu, ele chegou com sua irmã.

Heitor suspirou e deu de ombros com o que Maria disse. Não permitiria que Luciano fosse até o pai dele caso ele quisesse, mas também não era tal hipótese que o incomodava, era sim ter aquele desconhecido que era para ele, ao lado dela. Que assim ele disse.

—Heitor: Sei que já disse o que ele fez por vocês e que não foram amantes, mas...

Maria suspirou com pesar e acrescentou as palavras dele.

—Maria: Mas sempre terá esse mas entre nós enquanto eu não prove que nada fiz, não é?

Heitor então sabendo que era aquilo que ainda passava na relação deles entre mãe e filho, disse.

—Heitor: Para isso vamos achar a verdade, senhora. Para vivermos em paz como sempre deveria ser.

Maria deu um sorriso curto querendo mais chorar do que sorrir e depois Heitor antes de ir, voltou a falar.

—Heitor: Bom, vou deixa-la entrar no quarto e vou fazer o que disse, não queria fazer por suas costas. Quero que sejamos claros.

—Maria: Eu entendo, filho. Toda a verdade que tinha já contei e sei que Luciano poderá confirmar ela.

Maria então olhou Heitor ir baixou a cabeça e olhou para o teto do hospital como que tivesse olhando para o céu, perguntando a ele quando teria Heitor e seu amor por completo e não pela metade como tinha e ainda cheio de desconfianças. Ela então encarou a porta à frente e puxou o ar do peito. Estevão também era o culpado talvez o maior dela não ter seu filho mais velho ao lado.

Ela então empurrou a porta e lá estava Estevão, um pouco pálido vestido em uma camisola de hospital e a olhando com seus intensos olhos verdes. E ela segurou a respiração no instante que os olhos dela também cruzou com os deles.

Ficaram em silêncio se olhando.

Baby, Can I Hod You? (Querido posso te abraçar?)

Estevão puxou o ar do peito a olhando, havia escutado a voz dela ainda fora do quarto e seu coração recém operado havia saltado dentro de seu peito na ansiedade de tê-la em sua frente.

Sorry (Desculpa)

Esteve ensaiando todo o tempo que havia acordado aquela conversa, mas não sabia por onde começar, o que falar. Voltaria bater na mesma tecla que doía? Cutucaria o passado, mas agora mais fundo? Como começaria a fazê-lo? Pediria desculpa pelo passado? Desculpa por não ter dado o que ela lhe havia pedido quando ainda havia tempo e menos erros?

Maria ergueu a cabeça, notava no olhar dele, suas íris mais dilatada, úmidas. Estevão a mirava diferente. Lembraria ele da conversa que tinham antes dele se encontrar naquele leito do hospital? Lembraria ele de sua confissão?

Ela virou o rosto agora quebrando os olhares.

Is all that you can't say? (É tudo o que você não pode dizer?)

Estevão não podia lembrar que ela não havia sido capaz de ser mulher durante aqueles 15 anos. Ele não podia lembrar do seu momento que estava em fúria ter confessado aquela infeliz verdade. A verdade que trouxe logo em seguida a ela, que o amava. Que se não pôde fazer amor com outro homem, era porque não havia voltado amar. O amor, o amor agora tachado como falso por ele todos aqueles anos, esteve encubado, enraizado, adormecido, mas que ao voltar a estar nos braços do único homem que amou, não só o desejo, mas também aquele amor todo, havia despertado.

Years gone by and still, words don't come easily (Os anos passaram e mesmo assim as palavras não vêm tão facilmente)

Estevão abriu a boca, fechou, tentou abrir de novo saindo só as iniciais do nome dela fazendo ela voltar olhá-lo.

O que fez ele puxar o ar do peito como podia, fechar os olhos por alguns segundos e dizer baixo.

—Estevão: Se por acaso eu precisasse do seu perdão, me daria, Maria? Daria ele?

Maria o mirou agora engolindo em seco, Estevão nervoso não deixava de olhá-la. Se houvesse de fato outra verdade naquela história, ele era ciente do muito que tinha feito, era ciente dos erros, do pior deles que talvez não tivesse perdão. Havia a condenado passar 15 longos anos sem o filho deles. A mãe o perdoaria? E a mulher que havia voltado estar com ele? Regressaria por amor e não apenas por desejo?

Like sorry, Like sorry ( Como Desculpa?)

Maria deu um sorriso de lado, cheio de rancor. Aquele por acaso dele. Aquele suposto pedido de perdão, sem ele ter certeza que o devia a ela. Como não senti-lo como um cutucão em sua ferida ainda aberta?

Forgive me (Me perdoe) Is all that you can't say? (É tudo o que você não pode dizer?)

Um pedido de perdão, claro, alto e certo era o que ela gostaria de ouvir, era o que ela merecia ouvir. Mas se ele fizesse? Ela o perdoaria? Maria não saberia responder a pergunta que se fazia, ainda mais naquele momento que Estevão parecia incapaz de reformula-lo como devia.

Os olhos dela, lagrimejou-se em lágrimas. Chegou a imaginar um momento parecido, mas que foi se tornando impossível, com cada dia e depois anos passados. Ver Estevão começar falar de perdão era um desejo esquecido que podia ter sido feito antes, tão antes que ela fosse embora ainda grávida e deixado seu filho ainda pequeno.

Maria chorou levando a mão na frente do rosto. Não queria se quebrar ali e com tão pouco, com apenas uma insinuação que Estevão poderia estar acordando para verdade e a reconhecendo como inocente.

Years gone by and still, words don't come easily (Os anos passaram e mesmo assim as palavras não vêm tão facilmente)

Estevão molhou a garganta com saliva vendo que Maria se abalava, que chorava e ele sentiu temor. Via ali a sua, a Maria que havia se casado. E por que só aquele momento conseguia vê-la daquela forma? Ele apertou os olhos o fechando. Sentiu lágrimas vindo neles. Queria falar mais, falar tanto, mas ainda não sabia como seguir a conversa depois de sua pergunta sem resposta.

Like forgive me ( Como, me perdoe?) Forgive me (Me perdoe)

Ele então suspirou e voltou a tentar dizer.

—Estevão: Me, me responda Maria, por favor, querida.

Maria puxou o ar do peito, andou dando as costas para ele. Não queria que ele a olhasse nos olhos, não para encontrar neles o que ela sabia que evidenciava.

Que então assim, ela disse.

—Maria: Para que necessita saber disso, Estevão se para você serei sempre a mulher que te roubou e traiu.

Ela então se virou rápido para ele e deu um sorriso agora deixando ele vê-la. Aquele sorriso mascarando uma dor e expondo sarcasmo enquanto lembrava dos nomes que ela havia levado com aquela falsa traição revelada e também com sua volta. Uma mulher promiscua. Ele já havia chamado ela assim.

Estevão então engoliu em seco não precisando ser um vidente para deduzir que aquele sorriso dela depois de falar, trazia nela as lembranças mais dolorosas do passado deles.

Que assim ele disse.

—Estevão: Talvez as coisas estejam mudando, e eu, eu preciso saber, Maria. Preciso saber se algum dia teria seu perdão.

Maria então fez um sinal que não com a cabeça, respirou fundo e o respondeu.

—Maria: Não, Estevão. Não teria, jamais teria. Na verdade, eu não entendo porque teme agora que precise me pedir perdão. O que mudou? Foi saber que não fui capaz de ser de outro homem todos esses anos? Essa era a verdade que precisava para crer na minha? Porque agora não vale! Não vale seu pedido de perdão só agora, Estevão!

Maria nervosa tocou nos cabelos chorando e Estevão também ficou nervoso. Ouvia de novo da boca dela aquela verdade que fazia seu coração se desesperar. Queria descer daquela cama e ir até ela, mas sabia que estava impossibilitado de fazer aquilo recém operado e ainda tendo fios e soro ligado a ele.

Ela enfiou as mãos entre os cabelos baixando a cabeça e sentando no sofá que havia no quarto e Estevão disse agoniado.

—Estevão: Sabe que não posso ira até você, Maria. Eu queria fazer isso direito.

Ela então se levantou rápido. O que era direito para ele? Como era fazer direito algo que ela havia necessitado antes do amor que sentiam se tornar um buraco negro cheio de ressentimentos e rancores?

But you can say: Baby (Mas você pode dizer, querido)

Baby, can I hold you tonight?( Querida, posso te abraçar essa noite?)

Maybe if I told you the right words( Talvez se eu lhe tivesse dito as palavras certas)

At the right time You'd be mine( No momento certo, você seria minha)

E Maria então do respondeu abalada.

—Maria: Não tem uma receita, uma formula para que volte atrás com nosso passado Estevão, porque nele que precisei do seu pedido de perdão quando me tirou Heitor e eu ainda estava no país! Agora já tarde, já disse que nada vale mais seu pedido de perdão nem seu arrependimento!

Ela andou até a porta e Estevão aflito pelas palavras dela, a respondendo disse rápido.

—Estevão: Talvez não seja tarde! E não penso isso só porque me confessou a verdade, que, que seguiu sendo minha, Maria, mas também pela minha verdade. A minha que também te confessei. Lembra? Tem que lembrar, Maria!

Maria que não o olhava mais, devagar virou o rosto para ele lembrando sim que verdade ele falava. Só tinha focado na dela, na sua injusta realidade de ter descoberto que ainda o amava e tinha esquecido da dele também. Que por isso ela de peito acelerado disse nervosa.

—Maria: Não sei de qual verdade fala, Estevão. Estava bêbado falou tantas coisas que eu não me recordo mais.

Estevão então bufou levando a mão peito. Sabia pelo nervosismo dela que ela lembrava ainda que negava, que por isso ele disse, de tom mais sério.

—Estevão: Eu disse que te amava, Maria. Que apesar de tudo e dos anos, eu segui e sigo te amando, que agora tenho o valor de te dizer. Posso ter bebido mas lembro de tudo que nos dissemos!

Maria então riu deixando uma lágrima correr dos seus olhos e disse.

—Maria: Nunca me amou Estevão tampouco ama agora!

Ela cruzou os braços e virou o rosto para o outro lado. Enquanto ele disse tentando se sentar.

— Estevão: Sei do que sinto, Maria. Sei que por esse amor ainda cravado em mim não fui capaz de refazer minha vida, de amar novamente. Mas e você, hum? Me ama? O amor que jurou sentir por mim, ainda existe?

Maria ficou calada, mas o mirou. Seu corpo todo tremia e pensava que ia passar mal denunciando apenas com seu corpo a resposta dela que para ela ia ser incapaz de sair dos lábios.

I love you (Eu te amo)

Is all that you can't say? (É tudo o que você não pode dizer?)

Years gone by and still, Words don't come easily (Os anos passaram e mesmo assim as palavras não vêm tão facilmente)

Like I love you, love you (Como um eu te amo, eu te amo)

Estevão então disse outra vez.

—Estevão: Diga Maria, me responda. Não vê que se ainda nos amarmos juntos encontraremos uma solução para tudo que nos separou!

Estevão depois de falar, tossiu, sentindo dor no peito e deitou fechando os olhos.

Maria então se apressou em respondê-lo, negando o que sentia.

—Maria: Eu não te amo. Não te amo mais, Estevão! E é melhor terminamos essa conversa. Sabe que falar do passado não nos leva a lugar algum, não nos leva!

Estevão então deitado e ofegante disse.

—Estevão: Mas é do nosso futuro que estou falando. Se ainda nos amarmos Maria poderemos mudar tudo, tudo.

Maria então disse com os olhos cheios de lágrimas e se aproximando dele vendo o botão para chamar uma enfermeira, alguém que pudesse socorrê-lo por daquela vez temer ver ela passando mal outra vez.

—Maria: Nada pode ser mudado, Estevão. Nada!

Ele segurou em um braço dela, puxou para ele trazendo ela mais próxima fazendo o rosto deles ficarem próximos e disse, quase que desesperado.

—Estevão: Pode sim. Disse que foi vítima de uma armadilha, vamos achar os culpados!

Maria quando o ouviu pensou que o que ouvia não era real. Quis tanto ouvir aquilo quando jurou que era inocente. Com Estevão ao lado dela, Maria sempre soube que seria fácil chegar na verdade. Com o dinheiro dele, com o amor, ela havia jurado que conseguiriam. Mas para ela de novo era tarde, além de ser revoltante ter aquela proposta dele só aquele momento que por isso ela puxou o braço com força saindo do agarre dele e disse aos choros e quase gritando.

—Maria: Não pode fazer isso agora comigo, Estevão! Não pode!

Ela chorando buscou a bolsa dela e Estevão vendo que ela ia sair a gritou.

—Estevão: Não fuja, Maria! Volte!

A porta bateu e Maria saindo por ela, duas enfermeiras entrou rapidamente para ver o que acontecia.

But you can say: Baby (Mas você pode dizer, querido)

Baby, can I hold you tonight? ( Querida, posso te abraçar essa noite?)

Maybe if I told you the right words,

At the right time you'd be mine (Talvez se eu tivesse dito as palavras certas na hora certa você seria minha.)

Maria saiu chorando do quarto, andou pelos corredores de mão na boca e cega pelo seu estado emocional.

Desse modo ela chegou até a recepção onde Estrela estava com uma garrafinha de água e então ela socorreu a mãe dizendo.

—Estrela: Mamãe, o que houve?

Maria levou a mão na testa sentiu que sua pressão estava baixando que tudo estava rodando, que então ela caiu ao chão, desmaiando.

Estrela gritou alto chamando atenção de médicos e enfermeiros que passavam e que foram até elas.

Fora do hospital, Heitor estava com Luciano.

Luciano conversou com Heitor, notando ele desconfiado, mas também enciumado em relação de Maria com ele e ainda o hospedando no apartamento dela.

Que entre a conversa ele tentando relevar o rapaz e o que ele sentia, ele dizia.

—Luciano: Aconteça o que acontecer, acredite em Maria, Heitor, acredite na sua mãe. Não deixe ninguém separá-los mais.

Heitor ia responder, mas Vivian apareceu onde eles estavam, branca como um papel, dizendo.

—Vivian: Aconteceu algo com Maria!

Os dois então correram para dentro do hospital assim que a ouviu.

Alba tinha voltado para mansão, quem chegava no hospital era Bruno ao lado de Demétrio.

Na recepção eles perguntaram pelo estado de Estevão e o quarto que ele estava, enquanto agora Vivian no meio da sala de espera tentava acalmar Estrela.

Enquanto Heitor estava preocupado agora com os pais e não só com Estevão que havia sido posto para dormir novamente por sofrer alterações em sua pressão arterial e agora Maria que era atendida no consultório de um médico depois de ter desmaiado.

Que dentro do consultório ela, sentada a frente de da mesa de um médico de meia idade depois de ter tornado do desmaio, ele disse.

—Médico: De fato sua pressão baixou, senhora Maria. Mas devo dizer de novo que deveria fazer alguns exames já que está aqui, não demoraria mais que meia hora a coleta deles.

Maria negou com a cabeça. Não queria trazer mais preocupação a ninguém como ela já imaginava que tinha dado depois de seu desmaio. Que então ela respondeu o médico, apenas achando que precisava descansar.

—Maria: Obrigada, doutor, mas não é preciso. Estou sobre forte pressão emocional. Sei que foi isso que baixou minha pressão e a má alimentação do dia de hoje.

Ela tocou a testa ainda sentindo fraqueza, enquanto o médico notando que o tom pálido do lábio dela não ia embora, fazendo uma receita, disse.

—Médico: Está bem, mas vou passar uma leve vitamina e aconselhar que vá a um ginecologista.

Maria então sem entender a fala dele disse.

—Maria: E por que eu deveria ir? Estou com meu exame anual ainda em dia.

O médico dando a receita a ela, disse.

—Médico: Desmaiou no meio de um hospital, está pálida, devia ir se não quer fazer nenhum exame aqui, e conferir com seu médico como anda seu ciclo menstrual. E tome essa vitamina meia hora antes do almoço por 7 dias.

Ela olhou o papel tremendo agora e não era de fraqueza e disse rindo de nervoso.

—Maria: Eu não estou grávida se essa é sua dúvida doutor, meu ciclo estar por vim, bom tinha que ter vindo...

Ela então se levantou devagar pensando no dia que deveria menstruar e olhou os dedos de tão nervosa para fazer a conta das semanas nele. E ela concluiu que tinha 5 dias de atraso. E então mais pálida que antes ela mirou o médico dizendo.

—Maria: Quantos dias eu tenho que esperar para constar se estou grávida ou não doutor?

O médico então estendeu a mão para ela sentar na cadeira a frente da mesa dele outra vez, dizendo.

—Médico: Tem que contar quando foi sua última relação sexual junto com os dias de atraso.

Maria então sentou trazendo na memória a última vez que esteve sexualmente com Estevão. E ela lembrou que ele tinha usado proteção e nem chegado ao final, ela então respirou aliviada dando um sorrisinho e disse.

—Maria: Tem quase uma semana e não tem como eu estar grávida.

Ela se levantou novamente pegando a receita e depois de agradecer atenção, ela saiu do consultório do médico.

Ela começou então andar pelo corredor do hospital com seus pensamentos ainda na questão que o médico havia levantado. Ela então parou quando um “se” apareceu. Tinha poucos dias passados que tinha estado com Estevão no sofá do apartamento que morava, e não tinha como ter ficado grávida naquele momento. Mas ela fechou os olhos quando lembrou da noite que tiveram no hotel, fazia bem mais que uma semana que tiveram. E se nela tivesse ficado grávida? Ela sacudiu a cabeça nervosa depois de se perguntar.

Lembrava que também haviam se protegido naquela noite. E outro “se” apareceu na mente dela. Apenas 2 preservativos haviam sido usados para uma noite inteira. E ela sentiu o ar lhe faltar, mas o sangue correr mais rápido nas veias. Andava, mas não sentindo o chão. Vivian, Estrela, Luciano e Heitor quando a viram foram até ela e falaram com ela, mas era como que as vozes deles tivessem ficado em segundo plano e só a da mente dela importava.

 

Se ela tivesse ficado grávida na noite que teve com Estevão quando foram ao hotel, tudo estaria perdido. Ela estaria perdida. Teria 3 filhos com o homem que amava, mas que queria odiar mais que tudo.

 

 

 

Essa é a música que usei no capítulo. bjs

   

 https://www.youtube.com/watch?v=kjRo_CHSdt0


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