Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 41
Capítulo 41




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Oi lindas, aqui estou eu atualizando falso amor também. Não vou reclamar do capítulo dessa vez mas acrescentar que queria ter feito no final dele o que já está na minha mente, mas não ia caber, além de ter me faltado a concentração necessária para fazer, então me contentei de fazer ele no próximo para já postar o que eu já tinha pronto. Então espero que gostem!

 

 

 

O dia tinha raiado. Maria de pijama e toalha na cabeça mais calma e sentada no seu sofá da sala, tomava chá em uma caneca. Luciano também de pijama mais em pé, a olhava. Ela já tinha contado a ele tudo que havia acontecido aquela noite com ela e Estevão e onde ela tinha terminado sua noite. Assim, os dois ainda sem dormir principalmente Maria, ouviram passos que se aproximavam deles.

Estrela apareceu de pijama também, rosto amassado de sono e cabelos revoltos. Ela tinha saltado da cama quando abriu os olhos e percebeu que estava em um novo dia, dia no qual ela sabia que deveria ir para casa do pai.

Que então ela já disse.

—Estrela: Eu vou chamar a polícia se me obrigarem ir para casa de Estevão! Eu conheço meus direitos de menor de idade!

Depois de falar, ela cruzou os braços e Maria se virou de lado para mirá-la. Estrela notou o rosto abatido da mãe, os olhos dela vermelhos por estar sem dormir e pelo choro quando havia chegado. Que então assim, ela disse sem esperar Maria falar algo.

—Estrela: O que aconteceu? Está bem, mamãe?


Ela correu rápido para estar próximo de Maria, sentou a frente dela e lhe tocou na bochecha conferindo com carinho a temperatura dela.


Maria então deu um sorriso leve pra filha, pegou na mão dela e disse.

—Maria: Não vai para casa de seu pai hoje, filha, não se preocupe mais com isso.


Estrela sorriu animada e buscou olhar para Luciano, crendo que ele tinha feito algo e disse, correndo para abraça-lo.


—Estrela: Eu sabia que quando estivesse aqui as coisas iam voltar como antes, como eram em Londres, Luciano!


Sem poder cortar a animação de Estrela, Luciano apenas olhou Maria que pigarreou os olhando. Não sabia como falaria para Estrela que Estevão sofreu um ataque do coração, que por isso ele havia passado por uma cirurgia cardíaca, na verdade, Maria não sabia como ela reagiria, ainda que não temesse uma reação, mas tinha que dizer. Que por isso, colocando a caneca que tinha em uma mão ao lado dela em um móvel, ela disse.

—Maria: Estevão ficou mal e precisou ser operado com urgência, Estrela, por isso não vai precisar estar na casa dele.

Estrela se afastou de Luciano, ficando um silêncio estranho entre os três, que ela percebeu que os adultos esperavam a reação dela. Que então ela olhou suas unhas pintadas de cores alegres, olhou o chão e depois elas de novo. Havia ficado sem fala. Já que estava feliz que não ia até a casa de Estevão, mas também se sentia estranha sabendo o motivo que não iria mais. Que então depois dela olhar Maria e suspirar, ela disse.

—Estrela: Bom espero que ele fique bem, né.

Ela deu de ombros sem sorrir tanto como antes mas também sem transparecer qualquer preocupação.

Luciano olhou Maria de novo que ela, buscando olhar a filha, a questionou.

—Maria: Não vai nem perguntar o que ele teve?

Estrela deu de ombros outra vez e depois, respondeu Maria agora tendo imagens na mente dos momentos que teve Estevão diante dela.

—Estrela: Não. Ele é tão azedo que tenho certeza que foi a pressão dele ou o coração.


Maria respirou fundo. Estrela não podia ter uma reação diferente da que tinha, Estevão não havia dado motivo algum para isso. Que então ela o respondeu.

—Maria: Sim. Foi o coração.


Estrela então suspirou e depois dos 3 voltarem ficar em silêncio, ela disse mudando de assunto.


—Estrela: O que têm para o café? Estou cheia de fome.

Como nem Maria e Luciano havia ainda comido algo, a não ser chá e café, Luciano disse.

—Luciano: Se me ajudar, preparo panquecas doces para nós em um segundo.


Estrela sorriu recordando das várias panquecas que Luciano já havia preparado para ela e Maria quando ainda viviam em Londres e disse, voltando a sua animação de antes.


—Estrela: Só se for agora.

Ela foi na frente e Luciano falou com olhar com Maria, que ela entendeu que pelo momento iria distraí-la na cozinha.


Maria então sozinha, fechou os olhos enquanto puxava fundo o ar do seu peito pensando.

Queria naquele momento ser como a filha que só tinha 15 anos e não tinha se afetado com a notícia do homem que as jogou em um mundo sozinhas, sem piedade alguma. Afinal, tudo que Estevão havia feito a ela no passado, ela já estava grávida e ele não sabendo não tirava o peso de sua covardia.


O telefone então tocou a assustando, e ela atendeu.


Era Heitor do outro lado da linha, que disse.


—Heitor: Mãe, ele ainda não acordou.

A voz de Heitor era de choro. Por toda noite Maria teve ele menino outra vez nos braços dela. Que ainda que estiveram em uma situação que o fazia sofrer, Maria não deixou de desfrutar cada momento que o filho buscou os braços dela, o afago dela e ainda a chamando de mãe em todos momentos, mesmo tendo Alba também presente todo o tempo entre eles.

Que assim depois de suspirar, Maria o respondeu.


—Maria: O médico disse que ele poderia acordar ao meio do dia, filho. Seu pai fez uma cirurgia cardíaca, não é simples a volta dela pra nenhum paciente. Leva horas querido para que o efeito da anestesia passe.


Heitor que entrava na mansão San Román aquele momento, fechou a porta e disse.


—Heitor: Se ele não acordar e morrer, acho que morrerei junto, eu só tenho ele senhora.


Maria se levantou rápido ficando de pé e disse.


—Maria: Não diga isso, você não tem só a ele, tem a mim também e ele não vai morrer, não vai filho. Estevão sempre foi forte e dessa vez não será diferente.


Maria fechou os olhos lembrando que por toda noite enquanto Estevão passava pela cirurgia que foi submetido, pensou da forma que falava com Heitor. Enquanto Heitor suspirou parando na ponta da escada, mirando o chão onde Estevão havia perdido os sentidos e disse.


—Heitor: Eu acabei de chegar, tia Alba ficou com ele . Então só voltarei mais tarde. Vai estar comigo, não vai?


Maria suspirou . Ouviu vozes alegres vindo da cozinha de Estrela e Luciano, tinha eles mas tinha também que estar com Heitor. Afinal, estando com ele mostraria que ele não estava sozinho como dizia, nem estaria muito menos naquele momento, que então assim ela disse.


—Maria: Claro, filho. Só preciso dormir um pouco e também você deve fazer isso, passamos a noite em claro e então depois vamos quando quiser.


Heitor deu um curto sorriso e disse.


—Heitor: Obrigado mãe por estar comigo nesse momento. Porque eu não confio em mais ninguém, nem mesmo na minha tia Alba.

Maria ficou calada. Ouvir aquilo era como música. Saber que Heitor foi criado por Estevão cercado das mentiras que lhe foi contadas e ouvi-lo dizer que não confiava nos próprios que lhe haviam mentido, era um triunfo já garantido para ela. E era naquilo que ela devia voltar focar. Na verdade que buscava, no amor entre mãe e filho que ela também buscava restaurar com sua voltava. Estevão tinha que ser esquecido. O amor que ainda sentia por ela tinha que ser esquecido no passado outra vez. Que assim, depois de meditar, ela o respondeu.


—Maria: Não me agradeça, filho. Meu desejo por todos esses anos, sempre foi estar ao seu lado quando precisasse e agora posso realizar isso. Sua mãe está de volta e seguirá ao seu lado sempre, querido.


Heitor deu outro sorriso e se despediu dela. Maria então suspirou e caminhou indo até a cozinha . Comeria algo e dormiria que então encontrando Luciano e Estrela fazendo graça com a massa da panqueca, ela sorriu e disse.


—Maria: Achei que iam fazer panquecas e não sujar toda minha cozinha.


Estrela riu e disse a olhando.

—Estrela: Podemos ir no cinema depois? Só nós três?


O só nós três, Estrela deixava claro que não haveria espaço para Heitor, que Maria pôde entender, entender que Estrela estava animada com aquela ilusão de ter os 3 juntos como eram em Londres.

Mas sabendo que não poderia fazer o que ela pedia aquele momento, disse..


—Maria: Não vou poder Estrela. Mais tarde voltarei ao hospital, Heitor precisa de mim nesse momento e…

Estrela bufou ficando vermelha e disse interrompendo a fala de Maria.


—Estrela: Sempre Heitor. Heitor daqui, Heitor dali, e eu sigo sendo a segunda opção, mamãe!


Maria respirou fundo não querendo lidar com a histeria adolescente de sua filha causada pelo ciúmes que deixava ela como ela não aprovava como mãe, que era vê-la sendo egoísta.

Que então ela disse séria.


—Maria: Heitor está com o pai no hospital, Estrela. Como quer que eu vá a esse passeio com seu irmão aflito em hospital? E não me interrompa mais como fez!


Estrela sentiu seus olhos molharem de lágrimas e Luciano disse limpando suas mãos em um guardanapo .


—Luciano: Podemos deixar o cinema pra outra hora. Afinal não vou embora tão cedo, tenho alguns deveres aqui também antes de ir.


Ele sorriu querendo amenizar aquela questão. Maria então o mirou dispensando o clima que Estrela tinha deixado entre elas e disse indo até a cafeteira de café sobre o balcão do armário .

—Maria: Deveres?

Ela começou encher um copo de café fresco. E Luciano disse, largando o guardanapo na pia.


—Luciano:Sim. Tenho uma reunião com Geraldo Salgado por exemplo.

Quando Maria ouviu o nome do seu chefe se queimou com o café que então, Luciano pegando o guardanapo outra vez para socorrê-la disse.


—Luciano: Geraldo é meu amigo também lembra, não vamos falar só de nossas firmas de advocacia.


Maria suspirou com ele cobrindo a mão dela com o pano . Agora pensava que depois de contar como havia contado que ela e Estevão fazem mais do que brigar, como falaria que o amigo dele estava flertando com ela? Definitivamente os homens que a cercava, sempre era para lhe trazer mais dilemas.

A manhã passou e Maria dormiu em toda ela. Dormiu demais até quando pediu para ser acordada e percebeu que não foi.

Ela então sentou em um pulo da cama e procurou seu celular no criado mudo que carregava. O aparelho estava desligado, ela então ligou querendo ver a hora e se levantou.

Abrindo a cortina das janelas, pelo sol quente Maria entendeu que não era mais manhã, que por isso ela correu até o seu celular e viu marcar duas da tarde.

Ela arregalou os olhos. Pensava que até aquele horário, Heitor já podia estar de volta ao hospital e Estevão até acordado.

Que então ela saiu e chamou por Estrela e Luciano.

O apartamento em silêncio, demonstrou a ela que estava sozinha nele. Que então encontrando um bilhete ao meio da mesa na sala, ela pegou e leu.


“Maria, juro que não queria sair antes que acordasse, mas Estrela quis ir ao cinema junto a uma amiga que ela diz que a conhece. Eu fiquei em dúvida de deixa ela ir só. Então estou indo com elas e aproveito para encontrar com Geraldo. Me liga quando acordar.”

Ela então rápido pegou o telefone fixo e ligou pra ele.


No hospital.


Estevão tinha acordado da cirurgia.

De início ainda grogue mas depois foi despertando sua consciência, formulando melhor suas palavras e tendo recordações do que o tinha levado de novo pra uma cama de hospital. Maria. Ela de novo tinha sido capaz de alterar seus batimentos cardíacos ao ponto dele ter um ataque… Mas daquela vez mais grave.

O efeito da verdade começando ser estampada em sua cara, havia sido como um tiro que o tinha causado medo. Medo de carregar uma culpa que dificilmente teria perdão. Medo de não ter acreditado na mulher que lhe implorava uma chance para encontrar a verdade e ser ele agora que imploraria, mas por perdão.

Havia tantas coisas para conversar com Maria. Porque era aquilo que ele queria. Queria voltar a falar com ela do que antes falavam, antes dele não suportar e perder a consciência. Com o peito antes rasgado e agora um curativo entre ele, Estevão estava inquieto com tanto que pensava e ainda por saber que não sairia dali tão cedo não podendo tirar assim, aquelas dúvidas se não tivesse logo Maria em sua frente.

Ele levou a mão devagar na frente de seu peito. Uma veia artéria do coração dele havia entupido, precisando assim que ele passasse por uma cirurgia chamada revascularização, para impedir que ele sofresse um infarto que o levasse de fato a morte. Mal cuidado com sua alimentação e saúde era o que tinha levado onde estava, mas ele sabia que tinha sido mais que sua condição relaxada na saúde por não obedecer prescrições médicas e não teria paz se não conseguisse o que estava desejando mesmo ainda naquela cama.

Que assim, na companhia de Alba todo aquele tempo, Estevão disse agoniado deitado em seu leito.

—Estevão: Onde está Heitor, tia? Maria já está com ele? Eu pedi para que ele a chamasse.

Alba revirou os olhos vendo Estevão tentar sentar e não conseguir, que então saindo do sofá que tinha no quarto e indo até ele o fazendo sentar outra vez, ela disse.

—Alba: Por Deus Estevão, deite-se e esqueça essa mulher. Foi por culpa dela que mais uma vez está nessa cama!

Estevão resmungou sentindo zonzo e olhou Alba, segurou em um braço dela e disse.


—Estevão: Preciso falar com ela tia. Temo que errei, que sigo errando todo esse tempo…

Ele fechou os olhos depois de falar e levou a mão no peito cansado.

Alba suspirou e disse, nervosa pela conversa dele.

— Alba: Por que está dizendo isso, Estevão? Ninguém errou aqui, somente ela!

Ela andou pelo quarto inquieta e Estevão respirou fundo. Estava confuso, de novo inquieto queria conversar com Maria, queria entender o que ela tinha tentando dizer a ele, queria entender o que o corpo dela havia dito, revelado e ele cego não havia compreendido. Queria ouvi-la. Ouvi-la como não havia se permitido ouvir.

Maria chegou no hospital entrando nele em passos largos. Tinha pressa, havia prometido a Heitor que seguiria ao lado dele naquele momento que Estevão estava no hospital. Que assim que ela passou pela recepção, ela o viu de celular na mão e em um de seus ouvidos, ela parou e a olhou e ele fez o mesmo, até que ela se aproximou mais e o cumprimentou com um beijo na bochecha e disse.

—Maria: Desculpe a demora querido, acabei que exausta perdi hora. Como está? E seu pai?


Ela tocou no rosto dele e Heitor guardando seu celular no bolso, disse.

—Heitor: Estou bem, ele acordou e já está aqui, então estou bem, senhora. Agora ele quer ter ver e não sei se é uma boa ideia.

Maria suspirou nervosa, não tinha interesse de voltar estar cara a cara com Estevão ainda mais naquele hospital e depois de descobrir que ainda o amava. Tinha sido duro descobrir aquela verdade, ainda era, mas estava disposta a ignorar sua descoberta, aquele amor ainda vivo e voltar enterrá-lo como por 15 anos havia feito. Que por isso decidida e satisfeita que ele já tinha acordado e estava bem, ela disse.

—Maria: Bom, estou aqui por você filho, ainda que me alivia saber que ele já acordou mas penso como você, não é uma boa ideia que eu e ele converse neste momento e nem aqui.

Heitor que não era bobo deduzia que no momento que ele e Alba haviam chegados, os dois mais uma vez brigavam que por isso estava relutante em deixar eles mais uma vez sozinhos e com Estevão recém operado que por isso ele disse.

—Heitor: Não preciso perguntar a senhora nem a ele para ter a certeza que brigavam antes de tudo isso acontecer, por isso penso que essa conversa pode ser mais tarde.

Maria quando o ouviu encolheu os ombros e disse.

—Maria: Eu não sabia que ele passava mal quando chegaram e nem que Estevão já sofria males como esse. Ele sempre foi forte quando éramos casados, nunca o vi realmente doente, filho.

Heitor deu um sorrisinho curto e a puxou para o peito dele devagar e disse quando a tinha abraçada e ele.

—Heitor: Eu sei, senhora. Eu sei que não sabia e sei também que meu pai não se cuida como deveria, não poderia imaginar que ele andava com a saúde fragilizada.

Maria pensou no medo que teve da possibilidade que Estevão poderia morrer aquela noite na mansão ou durante a cirurgia e suspirou fechando os olhos. Tinha que esquecer o que sentiu, tinha que enterrar…

Que assim eles ali, ouviram uma voz conhecida por eles dizer.

—X: Vim ver seu pai Heitor. Ele já pode receber visitas, não é?

Por trás de Heitor sem ver que Maria estava com ele, Patrícia depois de falar baixou a cabeça e mexeu em sua bolsa guardando o celular.

Maria e Heitor se separaram e ambos se viraram para ela. Que só então ao subir a cabeça, Patricia viu Maria ali.

As duas se miraram, Maria com um olhar de raiva e Patrícia de assombro, que então ela disse.

—Maria: Patrícia…


Ela levantou a cabeça empinando o nariz, tendo novamente lembranças do passado e que nelas traziam a sua ex melhor amiga que assim, Patrícia disse mansa.

—Patrícia: Maria, não esperava te ver aqui.

Maria deu um sorriso sarcástico de lado e tocou os cabelos com uma mão e depois falou.

—Maria: E por que eu não estaria aqui, Patrícia?É o pai de meu filho que está aqui e estou aqui para apoiá-lo nesse momento.

Maria agora olhou para Heitor que passou o braço ao redor do corpo dela e ela o mirou sorrindo boba. Gostava, gostava de ter Heitor mostrando cada vez mais afeto a ela e publicamente. Que assim ele disse, agora respondendo Patrícia.

—Heitor:Ele já acordou, irei perguntar se ele quer te receber. Já volto mãe.

Heitor beijou a cabeça de Maria a deixando com Patrícia que assim depois que as duas ficaram sós, Maria desfez o sorriso que tinha nos lábios e encarou a ex amiga enquanto Patrícia mostrou o corpo tenso e na defensiva. Que assim depois, Maria disse.

—Maria: Queria que fossemos a um lugar mais privado para conversarmos, antes que Heitor voltasse, Patrícia. Sabe que temos essa conversa pendente e eu não gostaria já que estamos aqui outra vez juntas, de adiá-la. Ou vai fugir, como seu olhar entrega que está preste a fazer?

Patrícia então ergueu a cabeça e disse nervosa para esconder que realmente era aquilo que queria fazer.

—Patrícia: Eu não tenho para que fugir, eu não fiz nada. Não fiz nada do que te fizeram.

Abrindo a boca e fechando, Maria surpresa entendeu mais uma vez depois de pensar que aquilo poderia ser certo, que Patrícia sabia muito, que ela também poderia ter sido beneficiada pelo que havia acontecido com ela, que então de corpo agora todo rígido, ela pegou em um braço dela no desespero de ser capaz de tirar dela ali mesmo o que ela sabia que então, ela disse.

—Maria: O que sabe Patrícia? O que sabe sobre o que me fizeram? Não me referi ao que seria nossa conversa!

Patrícia puxou o braço com força olhando dos lados e Maria tentou se controlar para não fazer uma loucura naquele momento, que assim, ela disse.

—Patrícia: Sei mais do que pode imaginar, mas nada vai tirar de mim Maria! Nada!

Maria a encarou.. Já tinha tirado, tirado a certeza que ela precisava que por isso, ela disse, querendo usar o que ela pensava que era o que tinha movimentado aquele plano todo contra ela e as empresas San Roman.

—Maria: Nem por dinheiro?Qual é seu preço? Qual foi seu preço, Patrícia?

Maria ofegou depois do final de suas palavras ter aumentado a voz, mas que Patrícia sem poder responder, Heitor chegou e disse.

—Heitor: Minha tia vai deixá-lo para que entre no quarto, Patrícia.

Maria agora mirou com os mesmos olhos de raiva que olhava há pouco Patrícia, Heitor. Não havia gostado de saber que Estevão depois de chamar por ela, agora receberia Patrícia. Um sentimento de revolta que ela sabia ainda mais que nome dar ele se apoderou dela.

Que assim, Patrícia os deixando, Maria deu as costas para o filho e fechou os olhos enquanto tentava esconder a mistura de sentimentos que sentia dentro de si. Pensava que precisava esconder o que sentia, tinha que ser forte, tinha que voltar ser a mulher fria que foi todos aqueles anos…


Que assim a olhando de costa para ele, Heitor disse.

—Heitor: Vamos tomar um café? E me diga como está minha irmã. Ela já sabe?

Maria respirou fundo e se virou para ele aliviada por Heitor querer falar de Estrela que então segundos depois, eles caminharam juntos até a cantina do hospital.

Dentro do quarto que Estevão se recuperava, sozinho ele esperava por Patrícia. Queria conversar com Maria, desesperadamente, mas naquele momento Patrícia também servia, afinal, ela havia sido a melhor amiga dela, então ela servia para ele abordar questões também do passado com ela que agora o intrigava fortemente.


Enquanto no corredor, Alba e Patrícia se cruzaram, que então Alba disse cochichando depois de pegá-la no braço..

—Alba: Eu não sei o que se passou com Estevão e Maria, mas ele está desconfiado e vi nos olhos dele o que até agora não vi Patrícia, arrependimento. Então tome cuidado o que vai falar se ele te perguntar algo sobre o passado. Tome cuidado!

Patrícia assentiu com a cabeça e depois voltou caminhar até o quarto que Estevão estava.


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