Conectando-se escrita por Dri Viana


Capítulo 9
Capitulo 9 - Mais próximos... Mais íntimos... Mais amigos


Notas iniciais do capítulo

Izabela e Eliane sejam bem-vindas. É uma satisfação imensa ter novas leitoras aqui na fic.

A vocês duas e as demais leitoras, tenho apenas quatro palavrinhas a dizer: retinha final da fic. :-(



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Ao longo de duas semanas, as trocadas de mensagens entre Arthur/Grissom e Sara foram diárias e constantes. Sequer houve um dia em que passaram sem se falar por pelo menos uma vez que fosse. De manhã, a tarde ou a noite, eles estavam trocando mensagens, partilhando os mais diversos assuntos, acontecimentos de suas vidas e rotinas.

De Santa Mônica, Grissom sempre ficava atento em não dar furo e se comprometer dizendo algo nas conversas que pudesse lhe entregar. Fez o possível para ser ou pelo menos chegar perto de ser, como Arthur lhe disse que era seu comportamento com Sara. E a julgar pela forma como sua amada subordinada conversava com ele e, o fato de ela não comentar nada sobre ele talvez estar 'diferente', significava que o supervisor estava conseguindo imitar bem o outro Arthur.

Porém, o que Grissom nem imaginava, ou ao menos desconfiava, é que sua amada notou sim, uma leve mudança no comportamento de seu amigo. Arthur não era mais TÃO engraçado quanto costumava ser e nem soltava mais seus comentários divertidos. Mas em compensação, continuava o mesmo preocupado, gentil e atencioso de sempre. Por isso mesmo, Sara não quis comentar sobre seu amigo não estar mais tão "gracioso". Resolveu guardar para si aquela impressão e 'tocar em frente' a boa amizade com Arthur.

E a medida que as conversas foram ocorrendo ao longo dessas duas semanas que se passou, os dois amigos virtuais por consequência se tornaram muito mais próximos, íntimos e amigos do que já eram. Ainda que Sara sequer sonhasse que ela e este Arthur em questão, na verdade, já eram tudo isso desde certa palestra há alguns anos. Só perderam a familiaridade devido ao distanciamento e aos medos bobos de Grissom.

O supervisor por sinal, se sentia no céu toda vez que falava com Sara. Inclusive passou a não se desgrudar do celular por causa dela. Andava com aparelho para cima e para baixo na casa de sua mãe, somente para não perder quando a amada lhe mandasse alguma mensagem. Gostava de responder a ela o mais rápido que desse, se possível até imediatamente. E o fato dele quase não largar mais o celular, chamou a atenção de sua mãe certa vez. Beth achando que fosse por conta do trabalho aquele apelo todo do filho ao aparelho celular, chegou a ralhar com Grissom sobre isso. O supervisor por sua vez tratou de esclarecer a mãe que não era coisa de trabalho, que apenas conversa bastante com uma amiga. Não quis entrar em detalhes com ela, porque talvez sua mãe não entendesse toda aquela coisa. E sua explicação para ela bastou momentaneamente.

Do lado de Sara, em Las Vegas, ela também se sentia no céu a cada vez que trocava mensagens com seu amigo. Seu amigo do Alabama era a primeira pessoa com quem ela falava ao despertar e a última a falar antes de dormir!

Podia não saber como era o rosto dele, porque até agora Arthur não lhe mandou uma foto sequer apesar de um novo pedido da perita semana passada; ou não ter ideia de como era sua voz, já que ele nunca lhe mandou uma mensagem de áudio nesse tempo em que já estavam de papo pelo aplicativo de mensagens. Mas ainda assim, para ela seu dia não parecia ter sentido se não 'falasse' com Arthur ao menos uma vez que fosse, pelo menos para receber dele um bom dia, ou boa tarde ou boa noite. Arthur alegrava seu dia de um jeito bom e especial. Inclusive de três dias para cá começou também a figurar em seus sonhos, mesmo a perita não tendo ideia de como fosse sua real aparência.

As poucas informações que ele lhe deu sobre suas características físicas (branco, nem gordo e nem magro, ficando entre o meio termo dessas características; altura mediana, cabelos escuros e lisos cortados bem curtos, sem barba, olhos castanhos e usava óculos apenas para leitura), ainda na época em que conversavam lá no site de bate-papo, lhe fizeram criar um sujeito bonito e bem apessoado.

"E aí, animada para sua primeira sessão de fisioterapia?"

Ao ler a mensagem, Sara apenas espichou os lábios em um breve sorriso forçado enquanto estava sentada no sofá, devidamente pronta e no aguardo da chegada de Greg aquela tarde. Seu colega lhe levaria para a primeira sessão de fisioterapia, apesar dos protestos de Sara que alegou poder ir perfeitamente sozinha e de táxi. Contudo, Sanders nem deu bola para os protestos da amiga. Bateu o pé que a levaria e assim ficou decidido.

"Troque o animada pelo apreensiva!"

Hoje há poucos dias de completar um mês de seu acidente, Sara iniciaria suas sessões de fisioterapia, tomada por sentimentos de apreensão e nervosismo.

"Por que apreensiva? Vai dar tudo certo."

Grissom tentou tranquilizá-la. Segundo Sara já havia lhe relatado mais cedo pela manhã, quase não havia conseguido dormir direito tamanha era sua ansiedade misturada com nervosismo, por iniciar as sessões de reabilitação.

"É que o médico disse que as primeiras sessões podem ser um pouco desconfortáveis para mim. Talvez eu sinta um pouco de dor."

"Ei, relaxa e fica tranquila. Pensamento positivo de que não vai doer tanto, querida."

Ela sorriu ao ler sua mensagem que veio acompanhada daquele apelido carinhoso pelo qual Arthur passou a se dirigir a ela, mais um emoji sorrindo e outro de uma mão fazendo sinal de figa. Arthur sempre tentando passar tranquilidade a ela e sendo carinhoso. Era tão reconfortante tê-lo como amigo.

Se bem que, ela já começava a vê-lo com outros olhos e a sentir-se diferente em relação a ele. Havia um sentimento além da amizade e da empatia surgindo; algo bacana, leve e que ela julgou ser quase semelhante ao que de início foi nascendo por Grissom, na época em que o conheceu em São Francisco.

Seu supervisor lhe despertou tantos sentimentos bons e bonitos naquela época em que o conheceu, sendo posteriormente, o amor o principal deles. Pena que o passar dos anos lhe mostraram que tal sentimento era apenas da parte dela por ele, ou seja, não havia recíproca.

Mas ela havia decretado virar a página desse amor platônico e superar tal sentimento, que concluiu ser unilateral.

E aos poucos, ainda que de maneira lenta, começava a notar que vinha conseguindo seu propósito. O contato diário com Arthur vinha ajudando e contribuindo nessa 'empreitada'. Mas, obviamente, que ela ainda nutria fortes sentimentos por seu sisudo supervisor. Não era em um estalar de dedos que ia conseguir apagar um sentimento que vinha carregando há anos, mas de pouco em pouco já sentia-se desgarrar-se dele. Já não vinha mais doendo tanto, pensar em seu chefe.

A bem da verdade, é que a frequência com a qual passou a pensar em Grissom caiu em relação há dois meses atrás, por exemplo. E ela associou isso a nova amizade que fez e ao surgimento de novos sentimentos em relação a esta mesma amizade. Arthur vinha fazendo só bem a ela e a sua vida.

"Adoraria que fosse você a me acompanhar nessa fisioterapia, Arthur. Mas, infelizmente, moramos tão longe um do outro."

Seu amigo Greg que não soubesse disso, senão ia surtar de ciúmes. Ele já andava meio enciumado da amizade dela com esse 'desconhecido' do Alabama, apesar de negar veementemente isso e alegar que era só preocupação.

Não era a intenção de Sara que fosse do conhecimento do amigo e companheiro de trabalho, sobre a amizade virtual que acabou arranjando, mas Greg acabou descobrindo sem querer na semana passada.

Durante o intervalo de um programa de Tv que a morena assistia na companhia de Greg, Sara foi ao banheiro e nisso acabou deixando o celular dando sopa na mesinha de centro. Segundos após ela sumir, um ruído sonoro vindo do aparelho chamou a atenção de Sanders. Curioso como ele só, resolveu dar apenas uma espiada na tela para saber quem era, já que sua amiga aquele dia não se desgrudava do celular e vire-mexe consultava o aparelho, como se estivesse a espera da chegada de alguma coisa.

Foi com surpresa que Sanders leu que o remetente da mensagem se chamava Arthur e ao lado do nome dele havia um coração. Na mensagem enviada pelo sujeito, dizia: "Oi, querida! Desculpe o pequeno sumiço esse dia. Estivesse ocupado,mas agora estou livre para falar com você. Me conte como está sendo seu dia?"

Quando Sara retornou, Greg não pensou duas vezes em questionar a amiga sobre ela estar namorando.

"Não! De onde tirou isso?", Ela ria enquanto se acomodava ao sofá com o auxílio de seu amigo e das muletas.

Greg revelou sobre a mensagem que 'sem querer' viu na tela do celular dela. Diante disso, Sara resolveu contar a verdade e, foi assim que seu amigo soube de Arthur, a quem apelidou de 'desconhecido do Alabama'.

"Eu te acompanharia com todo o prazer.", Grissom enviou como resposta.

Se ele não tivesse sido tão covarde a ponto de renegá-la ao longo desses anos todos, poderiam estar juntos agora e ele não só a acompanharia nas fisioterapias, como cuidaria dela e de sua reabilitação como um bom namorado que se preze. Mas se aquele plano de Arthur no fim das contas der o resultado que o supervisor espera, então futuramente, ele e Sara terão sua chance de estarem juntos, como já devia estar acontecendo há tempos.

O barulho de chave na porta indicou a Sara que Greg havia chego. A perita então tratou de mandar uma rápida mensagem de áudio se despedindo de Arthur.

"Meu amigo que vai me levar a fisio chegou...", Nesse momento Greg abriu a porta e todo sorridente já ia falar algo, quando Sara fez um sinal de silêncio para ele. "...Quando eu voltar pra casa, provavelmente, lá pelas seis e meia, te conto como foi na fisioterapia. Beijos, Arthur!"

Greg entortou a boca ao ouvir a última frase de sua amiga. Não se agradava nada de Sara estar conversando com alguém que eles sequer conheciam. O trabalho deles já mostrou algumas vezes que essas amizades virtuais podem ser uma furada ou pior, terminar pessimamente. E Greg se preocupava com a segurança de sua amiga, apesar de ela achar que sua preocupação fosse ciúmes. Não era ciúmes! Era zelo, preocupação mesmo. Vai que esse tal sujeito do Alabama fosse um mentiroso mal-carater que só estava mal-intecionado.

— Que cara é essa hein, Greg? - Sara se colocou de pé com o auxílio das muletas, após ler a resposta enviada por Arthur na qual ele dizia que ia ficar no aguardo da mensagem dela.

— Só espero que esse tal Arthur seja quem ele diz ser e não esteja te enganando, Sara. Ele já te mandou uma foto?

— Não! - ela respondeu em tom áspero ao passo que se aproximava de seu amigo que segurava a porta aberta para ela.

— E nem uma mensagem de áudio?

— Também não.

— Sara...

— Ai, Greg! De novo não, vai. - ela o interrompeu, pois já imaginava o discurso dele. - Agradeço sua preocupação e até entendo-a, de verdade. Mas eu não sou uma adolescente ingênua e inconsequente. Sei me cuidar.

— Tá bom. - ele ergueu as mãos em rendição. Não queria criar outra treta entre eles como na vez passada em que seguiram por essa mesma conversa. - Só me promente que quando esse sujeito te mandar uma foto dele, você vai me repassar pra eu procurar no sistema se ele tem a ficha limpa.

Ela esboçou um sorriso.

— Se isso fizer você ficar menos preocupado, eu repasso a foto tá bem? - ele confirmou com um movimento positivo de cabeça. Só ia ficar tranquilo quando soubesse que esse sujeito não era algum charlatão ou maníaco da internet. - Agora vamos!

***

— Acho que vou vir te acompanhar em todas as trinta sessões da fisio. - com a mão direita tapando a boca Greg cochichou a Sara, ao mesmo tempo, em que com um movimento discreto com os olhos apontou o motivo dessa sua disposição em vir: a jovem atendente do consultório, uma moça morena, mignon, de jeito super educado e uma voz doce e delicada.

— Ai, Greg, você não tem jeito.

— Você não quer me dar uma chance, então eu tenho que ir a luta, Sara.

— Engraçadinho!

— Sempre!

O paciente que entrou no consultório antes de Sara, saiu naquele momento e o médico que o acompanhava após se despedir do sujeito sinalizou para Sara.

— Vai lá, Sarinha. Vou ficar aqui te aguardando.

— Aposto que nem vai se importar de tomar um chá de cadeira de uma hora né? - ela cochichou ao olhar discretamente para atendente ao telefone.

— Apostou certo. - Greg cochichou de volta e piscou para amiga. Ele aproveitaria aquele tempo para conhecer a jovem e bonita atendente.

Sorrindo e balançando a cabeça, Sara seguiu na direção da porta do consultório a qual seu médico segurava aberta para ela.

— Olá, Sara! Como vai? - doutor Rolt a saudou quando passou por ele na porta. 

— Oi, doutor. Vou bem.

— Pronta pra começar suas sessões?

— Sim!

Não foi preciso doutor Rolt estar olhando para o rosto de sua mais nova paciente para detectar a falta de animação dela com a fisioterapia.

— Ih, não senti muito firmeza assim na sua resposta, hein? Vamos melhorar esse ânimo. - tentou descontrair o doutor de ótimo alto-astral. - Bora pra sua sessão?

— Sim!

Ela não tinha escolha mesmo senão ir!

A fisioterapia ocorreu em uma sala anexa ao consultório. A sessão toda foi bem chata e penosa para Sara. Ela passou praticamente a uma hora de fisioterapia deitada fazendo inicialmente analgesia, que é a utilização de recursos eletrotermofototerapêuticos que usam estímulos elétricos, estímulos térmicos ou de luz. Depois vieram os alongamentos, que acabaram trazendo mais desconfortos e dores em Sara, assim como já havia sido durante o uso dos recursos de estímulos elétricos. E quando a sessão terminou, Sara agradeceu enormemente por se livrar daquela "tortura". Pena que aquela tinha sido apenas a primeira de mais vinte nove que viriam. Seriam três sessões de fisioterapia por semana, em dias alternados. Segundas, quartas e sextas.

— Nos vemos depois de amanhã, hein!

Sara assentiu em resposta ao seu médico e eles trocaram um cumprimento de despedida.

Ao sair do consultório, Sara encontrou Greg apoiado a mesa da atendente, todo cheio de papo e sorrisos para a jovem. Pelo menos para seu amigo essa uma hora foi divertida, já para ela a diversão passou bem longe.

— Vamos, Greg.

— Já? - ele se virou surpreso para ela. Foi impressão sua ou o tempo passou muito rápido?

— Já! Vamos? Estou cansada.

— Claro!

Sara viu Greg antes se despedir da atendente de nome Sheryl e trocar número de contato com ela, depois disso Sanders e Sara se dirigiram para a saída do local.

— Como foi lá a fisio?

— Uma tortura! - exagerou emburrada.

Greg riu e não perdeu a chance de brincar com sua amiga.

— Puxa então como não ouvi seus gritos ao ser torturada lá dentro?

— Vai ver porque estava muito entretido de papo com a atendente.

Durante o trajeto para casa, Sara relatou como foi a sessão de fisioterapia para Greg. Depois foi a vez dele de contar todo empolgado como foi o papo com a atendente do consultório. Segundo Sanders o papo foi bem proveitoso e rendeu boas informações. Por exemplo, ele descobriu que Sheryl tinha 26 anos, trabalhava naquele consultório há dois anos. Filha única, ela morava ainda com os pais e era SOLTEIRA.

— O que achou dela?

Sara lançou um olhar investigativo ao amigo, que estava atento a rodovia bem movimentado aquele horário de fim de tarde.

— Ah, ela me pareceu bem legal. É super educada, tem uma fala mansa e um sorriso fácil. Riu por diversas vezes de algumas coisas que eu disse.

— Você quer dizer das besteiras que disse.

Ele olhou para Sara e lhe mostrou a língua, parecendo um garoto birrento e depois riu.

Eles ainda pararam na sorveteria perto da casa de Sara a pedido insistente da morena e tomaram um sorteve cada. Sara de chocolate com creme e Greg de morango. Depois disso, Sanders deixou sua amiga no apartamento dela e foi para o laboratório.

***

Assim que se acomodou no sofá, Sara largou as muletas de lado e resgatou o celular de dentro da pequena bolsa que levou. A intenção era única: contar a Arthur como foi a fisioterapia.

Ela digitou um "Oi, cheguei!" e enviou ao amigo. A resposta dele demorou longos dez minutos para chegar, porque segundo Arthur explicou ao responder a saudação dela, estava no banho e só quando saiu do banheiro foi checar as horas no celular, e viu a notificação da mensagem de Sara.

"Como foi a fisioterapia?", Grissom se sentou a beira da cama com o celular em mãos e 'vestido' ainda somente com a toalha.

"Uma tortura!", Exagerou Sara enviando junto à mensagem dois emojis chorando.

Grissom se preocupou com a resposta que leu. Que tipos de exercícios ela terá feito?

"Me conte com detalhes como foi tudo, querida!"

Assim ela fez em três áudios picotados com duração de quase vinte segundos cada, que enviou em sequência ao amigo.

"Acho que não quero ir à essa tortura de novo, Arthur!", Ela enviou em um quarto áudio.

"Você sabe que é essencialmente necessário que vá as sessões de fisioterapia, para ter uma boa reabilitação. Não pode deixar de fazê-las, querida.", Grissom enviou em texto.

"Eu sei. Mas se todas forem chatas e dolorosas como foi essa primeira, então prefiro não fazer o resto, não."

"Ei, foi só a primeira. Tenho certeza, que as outras serão de boa."

"Assim espero!"

***

A segunda sessão foi a mesma coisa da primeira. Analgesia e novos alongamentos. Como esta ainda houveram mais três. Aí, então Sara iniciou exercícios para o fortalecimento de tibial e panturrilha. Duas semanas depois ela enviava a Arthur um áudio toda feliz contando que o ortopedista havia lhe liberado do uso da bota.

"Que maravilha, querida!", Grissom enviou antes de girar a chave e por fim abrir a porta de seu apartamento. Depois de 45 dias longe estava de volta a sua casa naquela tarde.

Ainda se lembrava bem da recomendação de sua mãe sobre não deixar passar mais três anos para ir visitá-la e, principalmente, que da próxima vez ele levasse Sara junto para se conhecerem.

Na última noite na casa da mãe, Grissom acabou revelando a Beth sobre Sara e todo o plano de Arthur. A mãe de Gil não achou aquela forma a melhor de seu filho se reaproximar da mulher que amava, mas disse que torceria para no final tudo dar certo e Sara e ele ficarem juntos. 

Largando a mala próxima ao sofá, o supervisor sentiu falta da festa que Hank sempre faz ao lhe ver. O cão havia ficado em um hotel para cachorros e somente amanhã Grissom o buscaria.

O vibrar do celular em sua mão, fez o supervisor voltar a atenção a tela do aparelho onde havia uma nova notificação de mensagem de Sara.

"Nem me fale. Tudo o que eu queria era me livrar dessa bota já. Agora passarei a usar uma tala, que pode ser usada com calçado normal."

Por esse áudio era nítido para Grissom no tom de voz de Sara o quão contente ela estava por deixar a bota para trás.

"E por quanto tempo vai usar essa tala?"

"O médico disse que por pouco tempo."

"Ótimo. Sua recuperação está indo de vento em poupa, querida. Mais um pouco e logo estará retornando ao trabalho."

Tal fato escrito por Grissom deixou o supervisor meio apreensivo. Ele não tinha ideia de como ia se portar diante de Sara quando futuramente ela voltar a trabalhar. Temia acabar se traindo e, deste modo, deixando que ela descubra a verdade de maneira inesperada, sem que pudesse lhe explicar direitinho.

O bom que para o retorno dela ao trabalho ainda faltava um mês no mínimo. Sendo assim, teria esse período pela frente para descobrir como ia se portar. Ou então poderia se revelar a ela antes de Sara retornar ao trabalho. Mas essa última questão ainda lhe apavorava um bocado. Temia não só a rejeição de Sara, como também ganhar sua raiva, ou pior ainda... Seu ódio!

Por isso o supervisor ainda ia estudar bem qual seria o momento mais propício de contar a verdade a sua amada. Só não podia demorar muito tempo em descobrir isso.

"Pois não vejo a hora de voltar mesmo ao trabalho."


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Notas finais do capítulo

Beijos e até mais, amadas ❤



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