Conectando-se escrita por Dri Viana


Capítulo 6
Capítulo 6 - "Você está apaixonado por ela, Arthur?"


Notas iniciais do capítulo

Me diverti com os comentários de vocês. Peguei a maioria de surpresa com a revelação de que "o fantasma" não era o Gil e adorei, porque era isso mesmo que eu queria kkkkk

E, Fofura, você que ficou meio confusa com alguns detalhes, te esclareço sem problema as suas duas dúvidas. Bora lá...

1ª: o nome do amigo do Gil é Bartholomew Arthur. Ou seja, eles têm o mesmo segundo nome como se vê.

2ª: a idade do Gil aqui nessa fic é 48 anos, coincidentemente a mesma também do amigo dele. Só que no capítulo passado o Arthur disse para a Sara que tinha 38 para passar por mais novo.

Espero com isso ter 'desconfundido' sua cabeça, coração



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— Você tem certeza que elas são a mesma...

— É claro que tenho, Arthur. - ele interrompeu seu amigo respondendo com aspereza e lançando um olhar raivoso ao mesmo, mas logo depois tratou de pedir desculpas ao reitor por isso.

— Que droga! - praguejou Arthur.

Tantas mulheres para conhecer naquele site e ele foi justamente, papear e se encantar pela dona do coração de seu amigo. Mas também como ele ia imaginar isso? Em Las Vegas poderia ter inúmeras 'Saras'. Além do mais, sua amiga disse que era professora. Se ela tivesse dito que era perita, ele poderia, ainda que tardiamente, cogitar a ideia de que as duas mulheres, na verdade, são a mesma pessoa.

— Isso só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto. - lamentou Arthur apoiando os cotovelos a mesa e cobrindo o rosto com as mãos.

Se os copos de suco ingeridos fossem na verdade de cerveja, ele diria que estava bêbado e ouvido coisas demais. Mas não era o caso. Estava mais que sóbrio e completamente aturdido com a recente descoberta de que sua amiga Sara era a mulher que seu amigo ama.

— Foi o mesmo que pensei segundos atrás. - olhando para seu amigo Grissom resmungou em um tom baixo, mas audível o suficiente para ser ouvido por Arthur. 

— Gilbert... - o reitor fez uma pausa e encarou seu velho amigo sem saber ao certo o que dizer de verdade. Era muita falta de sorte aquela coincidência toda. - Lamento muito por isso. - foi a única coisa que ele conseguiu formular em meio a confusão que havia acontecido, criando um clima estranho entre dois velhos amigos.

Em meio a situação o supervisor não via culpados. Para ele seu amigo foi apenas uma vítima do acaso e tratou de deixar isso claro.

— Não se preocupe, Arthur. Você não tem culpa das peças que o destino nos prega. Ou neste caso... A internet mesmo. - Grissom estendeu o celular de volta ao amigo.

O outro sujeito apanhou o aparelho e se recostando a cadeira suspirou ao visualizar mais uma vez a foto do contato de Sara, a qual ainda tomava toda a grande tela de seu celular.

— É muito doido isso, Gilbert.

Se era mesmo! Sábado mesmo ele estava ouvindo seu amigo partilhar seus sentimentos secretos por uma integrante de sua equipe, Sara era o nome dela. E sem saber, Arthur conversou pela internet na noite anterior justamente com a mesma Sara e vinha desde então conversando, criando de maneira rápida uma empatia e um carinho enorme por ela.

— Ela é um encanto de mulher. - sorriu Arthur.

Aquela sua confissão carregada de sentimentos que Grissom não soube bem distinguir quais eram, causou no supervisor uma pontada de ciúmes. E ainda que a verdade pudesse arrebentar com seu coração, ele resolveu pagar para ver e questionou o reitor:

— Você está apaixonado por ela, Arthur?

Por dentro Gil implorou com todas suas forças por uma negativa de seu amigo, pois não saberia como ia lidar naquele momento com o contrário.

Em silêncio o reitor olhava para seu velho amigo e permaneceu assim por quase uns dez segundos. No entanto, para o desgosto de Gil, Richard apareceu de volta a mesa naquele instante e privou o reitor de responder a questão lançada pelo supervisor. E o pior foi o comentário que o sujeito teceu ao ver o celular na mão de Arthur com a foto de Sara.

— Ah, está mostrando a ele a foto da sua mais nova amiga gostosa de Las Vegas?

Não gostando nada daquele comentário, Grissom se levantou da cadeira abruptamente fazendo a mesma tombar para trás. Quase que imediatamente Arthur o imitou e se colocou entre seus dois amigos pedindo calma a Grissom e depois se dirigiu a Richard lhe dizendo que não falasse daquele modo de Sara.

— Repita o que disse aí sobre ela? - indagou o supervisor tentando peitar o outro sujeito, mas a presença de Arthur entre eles impedia aquilo.

Grissom nunca foi um homem violente, muito pelo contrário. Era pacífico até demais e detestava resolver as coisas no soco. Acha irracional demais isto. Mas se aquele sujeito ousasse repetir com TODAS as letras o que disse, ele estava pronto para jogar aos ares sua pacificidade e racionalidade para acertar uns bons socos no queixo daquele sujeito.

— Ei! O que há com ele, Barth?

Richard não estava entendendo aquela repentina raiva que via estampando as feições do "forasteiro". Ele parecia prestes a lhe atacar ou era impressão sua?

— Depois eu te explico. Melhor você nos deixar sozinhos.

Arthur temia um possível confronto entre seus dois amigos e por isso mesmo, apreciaria bastante se Richard acatasse seu pedido. Não queria confusão na festa, ainda mais, entre dois caras por quem ele tinha apreço. E foi com alívio que escutou Richard concordar.

— Tá, eu vou mesmo que é melhor. Inclusive tinha vindo me despedir. Uma amiga ligou, marcando um encontro em meia hora na casa dela. - ele avisou sem tirar os olhos de Grissom que o encarava acintosamente. 

— Otimo! Então até mais, Richard. Nos falamos amanhã. - Arthur o despachou com pressa. Queria que o outro homem se fosse o quanto antes para não soltar outra "pérola" impertinente a respeito de Sara, que fizesse Grissom voar de vez em seu pescoço.

Tão logo Richard partiu, Arthur fez Grissom se acomodar contra vontade em sua cadeira e juntando a cadeira do outro do chão, se acomodou nela.

— Eu sinto muito por isso, Gilbert.

— Você viu a forma como ele se referiu a ela?

O termo pelo qual Richard usou podia ser até encarado pelo mesmo como um suposto 'elogio', mas para Grissom não soou assim. Lhe pareceu uma forma um tanto vulgar e indelicada de se referir a uma mulher, que Richard sequer conhecia. E ainda que conhecesse, não era uma boa forma de se falar.

— Apesar disto, Richard é uma boa pessoa, Gilbert. Eu garanto.

Ele suspirou já sentindo um princípio de enxaqueca vir lhe visitar. Ficar ali com aquela música alta e aquele tanto de gente circulando por perto só ia piorar seus estado. Sentia-se sufocado, enjoado e tonto. Precisava ir embora para seu hotel e digerir na solidão e no silêncio de seu quarto toda aquela situação.

— Eu vou embora, Arthur. - ele se pôs de pé novamente e viu seu amigo lhe imitar um segundo depois.

— Te levo ao hotel, Gilbert.

— Não é preciso. Eu vou a pé mesmo.

Seu hotel ficava a 20 minutos a pé da Universidade e ele iria aproveitar a caminhada solitária até lá para pensar e organizar a mente confusa por aquela coincidência toda. 

— Faço questão de te acompanhar até lá, por favor.

Eles precisavam terminar a conversa que Richard interrompeu. Mas Arthur concluiu que ali não parecia o local mais apropriado de se fazer aquilo.

— Você é o reitor tem que ficar aqui na festa até o fim.

— Me dê dois minutos e nós vamos.

Arthur não esperou pela resposta do amigo e se levantou de sua cadeira, saindo dali as presas.

***

Já fazia cinco minutos que eles estavam caminhando lado a lado em total silêncio, cada qual tentando ordenar seus confusos pensamentos e sentimentos. O silêncio ainda perdurou por mais dois minutos inteiros, até Arthur enfim tomar a iniciativa de se pronunciar.

— Sobre o que me perguntou antes do Richard aparecer de volta a mesa...

— Arthur, por favor... - Grissom o interrompeu na hora. - Prefiro não saber mais a sua resposta com relação ao isso.

Seria merecido e muito bem feito para ele se seu amigo tivesse se apaixonado por Sara e mais ainda, ela por ele. Teria que conviver com o fato de tê-la perdido para sempre por ser medroso demais para agir. O que lhe reconfortaria nisso tudo, se é que ele podia chamar assim, é saber que Sara estaria com alguém de boa índole e que poderia fazê-la feliz como ele em sua inabilidade, não seria capaz de fazer.

A resposta atravessada de Grissom rendeu a Arthur um suspiro triste. E pela segunda vez o silêncio se instaurou entre eles, porém durou até pararem em uma esquina a fim de esperar o semáforo abrir para atravessarem, o que levou um minuto.

— Eu NÃO estou apaixonado por ela, Gilbert! - revelou Arthur.

Aquela suas palavras foram um feche de luz no meio da escuridão de medo e tristeza, a qual o supervisor já se via imerso.

— Não? - ele se virou para o amigo e o encarou mal acreditando ainda no que ouviu.

Sara era altamente apaixonante e cativante que Grissom achava improvável de ela não ter conquistado seu amigo. Mas ao que parece não conquistou ou foi o contrário, e ele por respeito a amizade de anos que tinham, estava se negando a admitir os sentimentos pela morena para, quem sabe, não feri-lo

— Não! - sorrindo Arthur reiterou, posto que aquela era a verdade.

Apesar de sua amiga vir se mostrando uma pessoa maravilhosa, ele não havia se apaixonado por ela. O máximo que se sentia em relação a ela era um fascínio pela boa pessoa dela mesmo!

O sinal abriu para eles atravessarem, mas os dois permaneceram parados onde estavam.

— Está sendo sincero ou está querendo me poupar de saber dos seus reais sentimentos por ela?

— Em todo esse tempo que somos amigos, eu jamais faltei com a sinceridade à você e não será agora que isso acontecerá, Gilbert.

O supervisor notando que claramente seu amigo se ofendeu com sua fala, pediu-lhe desculpas.

— Me desculpe, Arthur. Não quis te ofender.

— Tudo bem. Eu sei e te entendo. Mas quando digo que não me apaixonei pela Sara é verdade. Mas não nego que ela me encantou. Pelas conversas diárias que nós trocamos, Sara se mostrou ser uma pessoa especial, totalmente encantadora. E quando vi sua foto ontem, eu admito... Me encantei muito mais ainda por ela. Contudo... - Arthur fez uma longa pausa e só após depositar uma das mãos no ombro de Grissom, ele tornou a se pronunciar. - Não há paixão, amor ou algo do tipo. O que há é uma grande empatia, carinho e amizade.

Grissom até acreditava nas palavras do amigo. Mas podia apostar que era questão de tempo para Arthur cair de amores por Sara. Como seu amigo mesmo afirmara, a morena é encantadora. E foi, justamente, por ela ser assim, que o supervisor acabou se apaixonando por ela lá atrás e desde então vinha amando-a até o hoje, seis anos depois.

— Mas logo vai se apaixonar.

— Não, porque agora que sei que ela é a sua Sara. Eu vou tirar meu time de campo e parar de falar com ela para que não haja confusões de sentimentos de ambas as partes. Você é meu amigo, Gilbert. E jamais me envolverei com uma mulher que seja do seu interesse.

O supervisor ficou momentaneamente sem saber o que dizer. Aquela era uma bela prova de amizade, que mostrou a Grissom o quão Arthur o respeitava como amigo e, principalmente, respeitava os sentimentos dele por Sara a ponto de deixar de falar com a morena por ele. Contudo, Grissom achou de um extremismo exagerado aquela atitude de Barth.

— Arthur... - com delicadeza Grissom segurou no corovelo do amigo e o puxou para atravessaram a rua, já que o semáforo havia aberto outra vez para eles. - ... Não é necessário que faça uma coisa dessas. Isso não tem cabimento.

— Gilbert... É como eu te disse... Não quero correr o risco de haver confusão de sentimentos tanto da parte dela quanto da minha.

— Estar se referindo a se apaixonarem?

— Sim. E eu sei que isso vai criar um clima estranho na nossa amizade. - apontou para eles dois. - Já que você a ama, ao menos foi o que me disse com todas as letras no sábado, não foi?

Ele havia aberto o coração sem reservas para o amigo. Contou sobre aquele sentimento enorme que estava lhe consumindo por dentro; a maneira como vinha tratando Sara desde que ela veio trabalhar com ele; os inúmeros foras que ele deu nela ao longo desse anos. Precisava desabafar e ouvir uma segunda opinião a respeito de como vinha agindo. E desabafou. Arthur foi seu ouvinte assim como Heather havia sido algumas noites atrás durante a conversa que tiveram ao telefone. E assim como a dominatrix opinou não achando certo o que Grissom fazia, Arthur também não concordou com o comportamento do amigo.

— Foi. Mas ela não merece um sujeito como eu.

Se achava tão pouco para ela. Sem contar que era um sujeito complicado, metódico e cheio de manias estranhas que certamente afastaria logo qualquer mulher de si. Só que Sara não era qualquer e ele sabia disso.

— Gilbert, eu te falei sábado, mas vou falar de novo hoje... Você deve deixar que ELA decida isso, e não decidir por ela.

Heather havia dito exatamente a mesmíssima coisa.

— É complicado, Arthur.

— Mas você gosta dela e ela de você. Portanto, eu não ficarei entre vocês.

— Ela te falou que gosta de mim?

Ele ficou surpreso com o fato de ela ter contado isso a Arthur, sendo que segundo seu amigo havia dito antes de lhe mostrar a foto de Sara, ele e sua amiga virtual vinham conversando só tinha apenas uma semana. 

— Sim, mas sem revelar seu nome.

— O que ela te disse exatamente?

— Bom... Ela contou que gostava de um colega de trabalho, mas que não havia recíproca de sentimentos. Ela pensa que não gosta dela e isso nós dois bem sabemos que não é verdade.

Se ele fosse menos cabeça dura e medroso, ELA saberia dos seus sentimentos verdadeiros por ela. Saberia que já era correspondida há tempos e com uma intensidade absurda. Mas não! Ele era covarde de lhe partilhar o que gritada dentro de si. Homem medroso! Vai ver que ele não era merecedor dela mesmo.

— É melhor para ela continuar achando que não há recíproca mesmo.

— Gilbert...

— Por favor, Arthur... Chega desse assunto. E não se prive do... Contato com ela por minha causa. Eu sobreviverei caso a amizade entre vocês... Evolua para... algo mais.

Só de pensar na possibilidade de isso vir a se concretizar, seu coração já se despedaçava. Mas como ele acabara de dizer... Sobreviveria aquilo. Ou ao menos tentaria, mas tendo a certeza de que falharia miseravelmente nisto.

Arthur pode ver o quão dolorido foi para seu amigo dizer aquela última parte. E a certeza de que ele amava demais Sara ficou mais clara ainda aos seus olhos.

Como amigo de ambos (pois já se sentia amigo de Sara apesar do pouco tempo e das milhas de distância os separando), jamais ia ficar entre aqueles dois corações claramente apaixonados um pelo outro. Apesar do que Grissom disse, o reitor estava decidido mesmo a se afastar de Sara enquanto ainda dava tempo. Enquanto só estava encantado e não, apaixonado. Temia muito agora manter o contato com sua amiga virtual e acabar se apaixonando por ela, algo muito provável de se acontecer sendo ela do jeito cativante que era.

"Melhor prevenir, do que remediar", e visando isso que ele estava convicto de sua decisão.

O restante do curto percurso até o hotel foi feito em silêncio pelos dois amigos. E somente quando pararam em frente a entrada doo Hotel Hampton, que coube desta vez ao supervisor tomar a iniciativa de falar.

— Então... é aqui que nos despedimos.

— Ainda não. Eu venho te buscar amanhã para te levar ao aeroporto.

— Não é preciso, Barth. Eu posso pegar um táxi e...

— Nada disso. Eu te levo ao aeroporto e não se discute isso.

Ele resolveu não discutir mesmo com seu amigo. Estava com dor de cabeça e cansando mentalmente para entrar em conflito com Arthur por mais aquilo.

— Se você quer fazer isso então, tudo bem.

— A que horas tenho que estar aqui?

— Meu voo para Califórnia está marcado para as nove.

Agradeceu o fato de ir passar o restante de suas férias com sua mãe, porque voltar agora para Las Vegas não seria tão agradável assim.

— As oito então estarei aqui em frente com meu carro para ti levar.

Ele assentiu e os dois trocaram um abraço de despedida. Arthur ainda pensou em insistir um pouco mais no assunto "Sara", mas desistiu. Talvez, amanhã, fizesse isso.

***

Pegar no sono aquela noite foi custoso para ambos os amigos. Enquanto Grissom era assombrado por flashes de Sara com Arthur onde eles estavam felizes e apaixonados, enquanto ele era um mero espectador da felicidade deles. Seu amigo reitor pensava na amiga virtual e a lástima que seria se afastar dela. Já havia criado em tão pouco tempo um grande laço afetivo por ela, já que foi fácil gostar de Sara e nutrir empatia pela mesma. Mas sua decisão estava tomada muito em prol de uma velha amizade.

— Sinto muito, Sara... Mas Gilbert é meu amigo de anos e te ama. Eu não vou ser o sujeito a ficar entre vocês. Não mesmo! - falou, encarando a foto da amiga virtual. 

Foi então que uma ideia um tanto descabida e até maluca lhe ocorreu. Ele podia não ser o homem a ficar entre aqueles dois, mas podia vir a ser o homem a dar o empurrão necessário para tentar juntar aqueles dois. A ideia que teve só precisaria ser construída melhor e ter a total colaboração de Grissom para dar certo.

— É isso aí. - o reitor vibrou cheio de alegria e expectativas com sua boa ideia.


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Notas finais do capítulo

Grissom deu muita sorte do Arthur ser um bom amigo, porque senão...

Até o próximo capítulo.



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