Bem Perto escrita por ro_dollores


Capítulo 7
Interação


Notas iniciais do capítulo

Novas aventurinhas



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“Oi mãe?”

Sara estava indo até a cozinha, quando seu telefone tocou, Grissom estava no sofá, lendo um artigo sobre o seu laboratório, muito interessante. Ele parou o que estava fazendo, prestando atenção na interação dela com a família.

“Oi meu amor … como está indo tudo aí?”

“Muito bem … estou muito feliz aqui …”

De repente uma chamada de vídeo, ela se afastou um pouco mais e ligou a câmera.

“Oi … estou sentindo tanto sua falta, você está linda, querida, corada, estou tão aliviada em poder ver com meus próprios olhos.”

Ela riu com gosto, sua mãe era uma extremista quando se tratava do amor a ela.

“Que exagero mãe, onde está meu pai?”

“Foi até a corporação, tem treinamento para os novatos, ele está eufórico com a convenção anual, eles competirão na categoria revezamento, pense em um homem ansioso.”

“Que bom … ele precisa mesmo de muitas atividades.”

“Quando pretende voltar, querida?”

“Ainda não sei, eu aviso … a consultoria tem dado muito certo …”

“E suas dores? Está fazendo os exercícios que o médico prescreveu?”

“Todos os dias e estou me sentindo uma fortaleza!”

“Não minta para mim, Sara!”

“Mas é verdade … quero que pare de se preocupar comigo e aproveite as folgas do papai!”

“Ele está construindo um novo deck para a piscina, temos saído muito pouco!”

“Onde foi parar a promessa que ele me fez das viagens que pesquisamos?

“Estamos nos programando, será em breve …” - De repente a mãe dela ficou estranha, muda …

“O que foi mãe? O que está me escondendo?”

“Nada … meu amor … Peter está aí?”

“Não … ele nem estaria por aqui hoje! Estou sozinha, por quê?”

“Hum … apenas para saber … nós podemos lhe fazer uma visita, se quiser!”

“Não!” - Ela respondeu de repente como se a proposta fosse uma ofensa, Sara não agia daquela maneira, estava diferente.

Na verdade, com a mudança de mão do telefone, o ângulo da câmera permitiu que sua mãe visse os pés de um homem e, não era Peter! O que ela escondia? Se perguntasse, com toda certeza, ela se exaltaria, mesmo depois de muito tempo da morte de Bruce, ela não admitia que se metessem em sua vida sentimental. Como poderia abordar sem que ela ficasse afetada com a intromissão?

“Querida, está tudo bem mesmo?”

“Você acabou de me dizer que estou bem, mãe, o que há com você?”

O radar de Sara estava desligado, relaxada, apenas percebeu que ela queria saber sobre seu coração, como sempre!

“Minha menina … não precisa ficar nervosa.”

“Dê um beijo no papai por mim … preciso desligar, nos falamos no final de semana!”

“Eu darei … se cuide, meu amor!”

“Sempre!”

Ela desligou e ajeitou em uma bandeja o suco de laranja e alguns petiscos de queijo.

“Por que exercícios prescritos por médicos, Sara?” - Quando conversaram, ela não tinha dito nada sobre qualquer assunto médico.

Ela sabia que  ele ouvira a conversa, tranquila se sentou ao seu lado e explicou com detalhes sobre o atentado que sofrera, ela ergueu sua blusa e mostrou a cicatriz da bala de raspão em sua costela, era pequena, quase imperceptível, ele mesmo não havia notado, depois abaixou a cabeça e uma outra cicatriz bem maior em sua nuca que quase a levara para outro plano.

“Meu Deus, Sara!”

“Está tudo bem, estou totalmente recuperada, os exercícios não são mais necessários, mas minha mãe não precisa saber!”

“Tem certeza?”

“Absoluta!”

Depois daquela conversa, ele se tornou mais silencioso, mais observador e aquilo a incomodou, mas nada disse, apenas imaginou que fosse surpresa por algo tão grave ter acontecido.

A impressão passou e eles tiveram mais alguns dias antes do final de semana e a festa do condomínio que seria no sábado. Ela confirmou a presença deles e acertou uma mesa para que ficassem confortáveis. Ela mostrou a ele o folheto e algo chamou a atenção dele.

“Este valor deve ser pago antecipado, não é?”

“Sim … eu já realizei o pagamento, os proprietários têm desconto e direito a  um acompanhante.”

“Isso não está certo!”

Ela tentou ignorar, sem sucesso, enquanto ele olhava para ela com o papel balançando em sua mão.

“Sua parte foi um bônus, não posso aceitar seu dinheiro, Grissom … e não há mais discussão sobre isso!”

“Mas …”

“Você paga as bebidas … pronto, resolvido!”

De novo ele fez aquela expressão estranha, contrariado e o silêncio mais uma vez imperou.

O que ela não sabia era que ele tinha percebido o quanto ela era teimosa e intransigente quando se tratava de algo sobre si mesma. Ele podia suportar aquilo, mas não impedia que se sentisse aviltado. Cada vez que acontecia, ele pensava em como ela gostava de esconder suas emoções com relação a suas decisões. E Bruce continuava sendo seu principal ponto!

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“Acabei de enviar o material, Alfred … estou cumprindo todos os prazos que  combinamos!”

“Não recebi!”

“Como não?”

“Opa … acho que encontrei, que cabeça dura eu sou, desculpe Gil!”

Muitas coisas haviam acontecido, as portas dos incidentes estavam abertas. 

NIck,, um de seus subordinados, havia sido atacado por um dos suspeitos de um caso que estavam investigando, um braço quebrado e alguns pontos na testa. Grissom conseguiu se acalmar assim que falou com ele por telefone.

Catherine estava nervosa e com Brass de férias, estava batendo de frente com seu substituto! Pelas palavras dela, o inferno astral estava visitando seu laboratório!

Ele foi até o quarto e ajeitou a gravata borboleta de seu smoking. A barba bem aparada, e uma última conferida para saber se algo pudesse estar fora do lugar. Minutos depois, ele estava apertando a campainha de sua namorada.

Nos últimos dias, eles estiveram juntos o quanto puderam, com tanta pressão tanto da parte dela quanto à dele, o tempo ficou escasso. Ela estava envolvida em uma trama sórdida de um caso muito forte, e precisa de concentração, o mesmo acontecia com as pesquisas para compor seu livro. Foi com grata surpresa que ela descobriu que ele era fã ardoroso de beisebol, assim como seu pai! Eles haviam combinado até em assistir um jogo juntos na ESPN.

Grissom havia perguntado com muito cuidado, após um delicioso café da manhã na cama, sobre ela não se importar com a diferença de idade entre eles. Ele sentiu o quanto ela ficou estarrecida, desprezando totalmente aquele detalhe tão insignificante aos olhos dela, quinze anos, para ela parecia mais que perfeito. Ela o elogiou em sua aparência, seu desempenho invejável, depois confessou que ele era um homem atraente, muito acima da média dos homens com quem convivera. Em seu íntimo, ele imaginou se ela estava o comparando a Bruce. Foi muito constrangedor quando ela se mostrou encantada com seu traseiro bem recheado.

A porta se abriu e ele precisou se apoiar no batente da porta!

“Gil? Você está bem?”

“Você … está … deslumbrante!”

O vestido azul acentuou seus cabelos escuros, a pele alva, as sandálias altas enobreciam suas pernas bem torneadas! Ele estava completamente bêbado por ela.

“Você também … está um charme!”

Ele bicou seus lábios, descansando a mão em sua cintura, com muito cuidado, contendo o impulso de despí-la e fazer amor com ela por toda a noite.

“Vamos … antes que … eu mude de idéia.”

Ela riu e limpou seus lábios, borrados com seu batom.

A noite estava perfeita, boa comida, boas canções, boa companhia. Ela estava atraindo muitos olhares, e ele estava se corroendo de ciúmes, como nunca havia acontecido, não conseguia desgrudar os olhos dela nem mesmo a caminho do toalete.

Ele precisava dizer a ela que estava completamente apaixonado, que ela era a coisa mais fantástica que havia lhe acontecido.

“Está tudo tão lindo aqui … vamos dançar?”

Sara estava feliz, Grissom estava completamente vidrado nela, não se importando em disfarçar e era tão delicioso saber o quanto era desejada. 

Ele a segurou em seus braços, a primeira vez que compartilhou uma dança com ele tinha sido tão mágico, mas nada superava aquela noite. 

Talvez fosse a maneira que seus olhos a devorava, ele estava consumido pela paixão, seu corpo estava trêmulo, muito quente, sua anatomia ajustada à dela como uma luva.

“Sara …” - A voz rouca em seu ouvido a fez estremecer, antecipando o que estava prestes a compartilhar com ela. - “você está virando minha vida de cabeça para baixo … e eu gosto disso!”

Os olhos dela brilharam com a confissão, lágrimas embaçaram sua visão e ela o beijou, sem se importar com a platéia. Que se explodisse tudo ao seu redor. 

Ele estava lhe dando o coração e ela estava aceitando, derramando entre eles muita ternura e emoção. Talvez fosse a canção, ou talvez fosse a reciprocidade do sentimento.

“Oh … Gil … isso é tão maravilhoso … 

Ele estava inquieto, suas mãos procuravam a dela a todo instante.

“Podemos ir para casa?”

Assim que ela abriu a porta de sua casa, ele a agarrou com força, não havia a menor condição de esperar mais, ele estava obcecado para fazer amor com ela e nada o faria mudar de idéia. Incentivado pelo desejo que ela também não escondia, ele jogou a gravata para longe.

As peças foram jogadas uma a uma pelo caminho, quando chegaram na cama, vestiam apenas suas roupas íntimas.

A casa estava na mais completa escuridão, o tato apenas potencializou a sensação de intimidade. Sua boca em cada recanto de seu corpo, o arranhar sensual dos pelos de sua barba, estavam a levando à loucura.

Ele ouviu que a possuísse dezenas de vezes e a tortura da espera estavam lhe tirando os sentidos.

E foi como se o céu atirasse estrelas sobre o quarto, sobre uma mulher quente totalmente rendida por seu talentoso amante. O mais espetacular que ela já tivera.

Quando o fogo foi saciado e seus corpos estavam apenas vivendo de carinhos tranquilos, entre beijos lentos e profundos ela o ouvir confessar com voz trêmula.

“Eu … estou apaixonado por você …”

Ela parou seus carinhos para admitir que não havia mais cabimento esconder.

“Eu … também, Gil!”

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“O que foi, Gil?”

Ela acordou assustada vendo que ele estava se vestindo rapidamente.

“Eu ouvi barulhos vindos dos fundos, como alguém esbarrando em algo!”

“Não pode ser, o entorno do lago é monitorado, você sabe que há uma cerca limitativa, não é ?”

“Eu …  - Outro barulho e ele não precisou repetir.

Sara alcançou o robe na poltrona e vestiu, pegou a arma da gaveta da mesa de cabeceira e pediu que ele ficasse no quarto.

Eles tinham habilidades com o objeto, pois fazia parte de suas profissões, porém, ele ficou muito preocupado com ela.

Ao abrir a porta do quarto, de novo ouviu algo batendo contra algum objeto rígido.

“Quem está aí … é a polícia … se apresente!”

Enquanto ele acendia as luzes da varanda ela abriu a porta com a arma em punho.

Uma ave bebê tentando se desvencilhar da ponta da rede que pendia do teto, o bichinho começou a grasnar, como se temesse pela sua vida.

“Ohhh …. Gil é um filhote de gaivota …”

“Cuidado Sara, se a mãe estiver por perto, ela pode tentar atacar, e são rápidos!”

Sara desvencilhou o pequenino, tomando cuidado para não machucar a delicada pele coberta de penas sensíveis. Assim que se viu livre, o filhote correu em direção ao lago, uma pequena família o recebeu com bicadas, o que poderia ser a mãe, esticou o pescoço e abriu a asas olhando em direção à eles.

Sara desatou a rir com a ameaça, mas quando ela reparou que a ave estava vindo em direção à eles, se escondeu atrás de Grissom, mas logo desistiu, voltando para sua família.

“Gaivotas não podem ficar em cativeiros … há algo que você saiba sobre isso?”

“É uma família que foi migrada para cá não se sabe como … elas vêm por conta dos peixes que são lançados na água, duas vezes por ano!”

Foi a vez dele começar a rir enquanto ela falava e olhava com olhos arregalados em direção ao lago, apertando seu braço.

“De que está rindo?”

“Nada …” - Jamais ele diria que ela estava com expressão apavorada de medo, tão poderosa e tão medrosa.

Eles entraram e foram direto para a cozinha, compartilharem um pequeno desjejum.

O telefone dela tocou, era final de semana, então ela achou que o escritório central não lhe ligaria. Era o número de sua mãe!

“Mãe?”

“Oi querida … sua mãe pediu que eu ligasse …”

“O que houve com ela, pai?”

“Ela está aqui … nós precisamos falar com você! Pode ligar sua câmera?”

Ela obedeceu preocupada com o pedido dele.

Grissom estava se mexendo na cozinha, atento às reações dela, e se ocupando com a arrumação da mesa.

“Oi …” - O rosto de seu pai surgiu na tela.

“Como vai tudo por aí?”

“Estou indo muito bem … feliz por estar aqui … como disse à mamãe! O que está acontecendo?” - ela repetiu realmente preocupada.

“É … ontem sua mãe me disse algo que me deixou preocupado!”

“E foi …?”

“Quem está aí com você, filha?”

Sem que pudesse pensar em uma reação estudada, ela olhou diretamente para Grissom, que bateu a jarra de suco quase quebrando-a no suporte sobre a mesa.

Seu pai captou sua reação imediatamente, além de ouvir o barulho que passava longe de ser inaudível.

“Ninguém …”

“Sara Anne Sidle … nós sabemos quando mente, ainda é nossa filha …”

Grissom fechou o semblante, e balançou a cabeça positivamente para que ela falasse a verdade.

“E quem disse que há alguém comigo!”

“Ela viu pés quando estava manipulando seu aparelho, eram masculinos e não era Peter, ele não tem o hábito de se sentar em nosso sofá. Eu confio na observação dela, você a conhece!”

“Tudo bem … é o vizinho, pai! Estamos nos vendo há um tempo … ele está hospedado na casa dos Hudson.”

“Hospedado?”

“Está de licença do trabalho por um tempo …” - Ela se assustou quando viu seu pai erguer um pouco os olhos acima dela. Era Grissom!”

“Senhor e senhora Sidle … muito prazer, sou Gilbert Grissom, sinto muito por nos conhecermos nestas condições … mas reafirmo que é um imenso prazer!”

Gerard e Rosie estavam boquiabertos, olhando para a pequena tela, querendo estar com a filha naquele momento, é claro que tinham consciência que Sara era dona de seu próprio nariz, uma mulher adulta, muito responsável e criteriosa com os homens que se aproximavam dela, mas não deixava de ser um tanto preocupante eles não saberem, ainda, nada sobre ele. Eles se consideravam pais modernos, mas o mesmo não se encaixava na categoria Sara e relacionamentos que eles desconheciam.

Sara sorriu nervosa, enquanto um estranho momento de silêncio se fez.

“Não queremos atrapalhar, querida. Era só algo que precisava saber …”

“Tudo bem, mãe! Nos falamos mais tarde! Beijos!”

Ela desligou sem dar tempo de Grissom também se despedir, o que na verdade, foi um alívio para ele. Aquela modernidade de conhecer a famĺia da mulher que o fazia tão feliz, era frustrante e ele era um tanto antiquado!

“Preciso comer algo.”

Grissom ficou olhando para ela, estranhando um certo descontrole.

“Tenho fome quando fico nervosa!”

Ele ficou mais aliviado, aquela era a razão.

Ele se sentou com ela, apenas observando que ela parecia distante.

“Eu não me sinto confortável com essa forma de apresentação, Sara! Eu quero conhecer seus pais da maneira tradicional. Isso me dá a sensação de um certo desinteresse!”

“Eu acho que posso te entender, você está coberto de razão, mas para o momento, o que aconteceu precisa nos bastar!”

Ele queria entender como uma solução momentânea e não uma fuga. 

Sem tocar mais no assunto, ele disse a ela que precisava ir para casa.

Já na varanda e com os braços esticados, suas mãos se separaram lentamente, como se quebrar o contato fosse doloroso.

“Foi uma noite maravilhosa …”

“Maravilhosa …” - ela repetiu, puxando seu rosto para ela, beijando sua boca lentamente.

“Nos falamos mais tarde!”

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Grissom estava assistindo a um documentário que havia agendado, muito interessado em captar as inúmeras informações. Era importante ter algumas ideias sobre os mais recentes estudos sobre equipamentos forenses.

Catherine havia lhe pedido para que não perdesse, era importante para o laboratório.

Vez ou outra seus pensamentos atravessavam a rua e chegavam em sua namorada. Ele a desejava muito fora de sua linha de auto preservação, se sentia em sua plenitude sexual e o motivo verdadeiro de toda aquela nova fase de sua vida estava concentrado nela.

A verdade era que ele a amava, desde o primeiro momento que tinha colocado os olhos nela. Tinha sido uma empatia, uma ligação quase cósmica. Era assustador e maravilhoso na mesma proporção.

Qual impressão que os pais dela tinham sobre ele? Realmente conhecê-los naquelas condições só pioravam suas suposições. Ele resolveu parar de pensar no que não levava a lugar algum, complicar o acaso apenas lhe traria dores de cabeça. 

Na casa de frente, havia uma morena esticada na cama, aspirando o perfume de um travesseiro, romantizando o que havia vivido naquelas quatro paredes. Todas as vezes em que ficavam juntos, ela era transportada por mundos flutuantes. Era diferente. Ela tinha que admitir que amara Bruce, mas mesmo sendo por muito menos tempo, com ele, as sensações eram mais plenas. A resposta ainda estava pendente em sua mente, mas a paixão estava indo um pouco além … talvez o amasse e estava com receio de admitir.

De repente se lembrou de seus pais, o que eles estariam pensando sobre Grissom?

A realidade era que sua mãe estava questionando seu pai sobre ele parecer muito velho para ela, o que ele não quis opinar. 

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Sara terminou de ler a primeira parte do esboço de seu livro, impressionada com o talento dele! Perplexa com o quanto ele era realmente muito acima da média. Ela mesmo ficou tentada a entrar para o mundo forense com a narrativa daquela obra maravilhosa. Ele era fantástico e ela admitiu que estava com um enorme orgulho dele! Um homem como poucos, um profissional digno de um prêmio máximo da categoria.

Ele havia saído para buscar ingredientes para uma lasanha, ela estava tão embrenhada na leitura que mal piscava e continuou da mesma maneira até ele tocar em seu ombro, avisando que havia retornado.

Ele sorriu para si mesmo ao perceber o interesse dela, a concentração absurda na leitura, a satisfação explícita.

“Hum … o cheiro está divino!”

“Ainda não está pronto!”

“Tudo bem … eu também não terminei, estou caída pelo seu livro!”

“Que bom!”

Algum tempo depois ela continuou ali, sem desgrudar das páginas, quase dando um pulo de susto quando ele tocou seu braço novamente avisando que estava à mesa!

Ela lavou as mãos e se sentou.

Mesmo tendo percebido o total interesse dela, ele estava ansioso por uma opinião mais crítica e concreta.

“Parabéns Grissom, você merece todos os meus cumprimentos! Está simplesmente irrepreensível!”

“Sua opinião é muito valiosa, Sara … obrigado!”

“Quando posso ver a segunda parte?”

“Ainda estou terminando, depois vou revisar!”

“Nem mesmo uma página? Se está terminando, você pode me dar essa alegria de ver …”

“Não!”

Ela riu da maneira séria que ele respondeu como se a repreendesse.

“Tudo bem … mas isso está divino!”

“Você está tentando me comprar!”

“E estou conseguindo? - ela riu sem esperar pela resposta, enchendo a cozinha de alegria. - “Mas que está deliciosa esta lasanha, ah … doutor Grissom, isso está!”

Ele arqueou uma sobrancelhas e a encarou, com o título pomposo.

Eles tinham feito amor pela manhã, o ajuste perfeito cada dia mais visível, ele havia insistido que ela ficasse para o almoço, aproveitando algum tempo que poderia ter de folga, pois os dias seguintes, precisavam dividir bem o tempo com seus compromissos, assim como os dela.


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Notas finais do capítulo

Continuo agradecendo a interação e o interesse, é lindo!



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