The Game - Interativa escrita por HelenaM10


Capítulo 2
Capítulo 2 - New Game


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está o primeiro capitulo!

Era para ter publicado mais cedo mas só o terminei agora, precisa das informações de uma ficha, mas já está!

Neste capitulo vão apenas aparecer 3 personagens. Dois deles não se vai saber o nome mas tenho a certeza que os autores dos personagens os vão reconhecer (obviamente). Os personagens irão aparecer conforme a altura que foram mandando as fichas, e os três personagens que aparecem neste capitulo, são os três primeiros que me enviaram as fichas!
Apesar deste capitulo ser apenas do ponto de vista da minha personagem, cada personagem irá ter o seu, ok?

Cada capítulo terá uma frase inicial, podendo ser de anime, ou não (maioritariamente, sim, admito XD), e a deste capítulo é do Jellal, de Fairy Tail

Boa leitura!

ps: vou deixar a aparência da minha personagem nas notas finais, mais tarde irei colocando dos outros personagens.



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“A vontade de mudar o mundo… Só isso é suficiente para fazer a história se mover.”

Eliza

Chegara finalmente a época que mais esperei; sair de casa e viajar, só, por Genna. Afinal, era o que todos ambicionávamos, certo? Com os nossos 18 anos, todos nós, jovens, queremos participar no torneio enquanto pudermos, enquanto tivermos idade. E eu vi tanto amigos partirem, vi tantos irem atrás do seu sonho, mas foram poucos os que voltaram vitoriosos, mas regressaram com regalias suficientes para uma boa vida e isso, para mim, era mais do que suficiente. Principalmente nesta altura.

A minha família nunca teve muito dinheiro, nunca fomos uma família abastada e sobrevivemos do campo e do trabalho de ferreiro do meu pai, ainda que tal não dê para pagar os remédios que a minha mãe necessita. Os Curandeiros não fazem nada de graça, além de que o preço que cobram por consulta e ervas medicinais, é demasiado para conseguirmos pagar, por isso mesmo, o dinheiro que iria ganhar no torneio será de grande ajuda.

Gostaria de ter ido mais cedo nesta viagem, mas a saúde da minha mãe não deixou e o meu pai não tinha como cuidar dele e sustentar-nos, tal como não tinha dinheiro para pagar a alguém que cuidasse dela. A minha família é muito pequena e a única que temos vive longe, além de que vivemos afastados da aldeia da nossa aldeia, Moran, e ir e vir todos os dias torna-se muito cansativo e dispendioso para os vizinhos. Felizmente, a saúde da minha mãe deu sinal de melhoras e conseguimos poupar o suficiente para, aos meus 19 anos, conseguir finalmente participar no The Game.

Parti com lágrimas nos olhos e uma grande dor no coração. Não conhecia nada mais que Moran e as suas terras à volta, nas quais cresci. Não conhecia ninguém de fora que me pudesse ajudar. Estava completamente só em Genna. E completamente só na floresta em que me lembrei sequer de atravessar, a qual via, de momento, que tinha sido uma péssima ideia. Agarrei-me à fita da mala, a qual continha todos os meus mantimentos e tudo que necessitava até chegar à próxima aldeia, assim como pequenas adagas para me defender. Claro que não pude deixar de verificar de me agarrar à fita que prendia a bainha da minha grande espada, a qual, finalmente, podia usar.

A espada estava comigo desde que fui deixada na fazenda dos meus pais. Sim, não era sua filha biológica, a minha mãe era infértil, e desde cedo soube que não era filha de sangue, mas sim de coração e, honestamente, não poderia ter desejado uns pais melhores. Aquela espada ligava-me a uma parte do meu passado, parte essa que tencionava descobrir ao entrar no The Game. Ela era enorme, de uma grande grossura e pesada, era difícil carregá-la às costas, mas tinha de me aguentar, seria assim que participaria nos torneios e, quem sabe, isso me ajudasse a encontrar a minha família biológica. Em tempos, o meu pai disse-me que apenas os Paladinos possuíam espadas assim, os de alto ramo, principalmente, como tal, pretendia tornar-me uma e encontrar que fosse o meu pai ou mãe. Iria encontrá-los e aí sim, aí iria ter as respostas que procurava às perguntas que tinha… E eram imensas. Começaria perguntando, principalmente, porque me abandonaram. Porque me deixaram somente uma espada e um nome.

Eliza.

Continuei a caminhar floresta dentro, ocupando os pensamentos com algo, para evitar assustar-me a cada som da floresta. Estava casada, começava a escurecer, tanto que já se via uma das nossas duas luas no céu escurecido. Tinha de arranjar um sítio para ficar o mais depressa possível, na floresta existiam muitos animais ferozes e não queria ser atacada por algum. A viagem mal tinha começado, não podia ferir-me agora. Mas o som que comecei a ouvir, junto das árvores e dos arbusto, obrigou-me a puxar pelas adagas, pronta para me defender de qualquer espécie de ataque.

Esperava que saísse apenas algum animal pequeno, indefeso, como já me acontecera perto de casa… Mas eu não estava na floresta perto de casa. O meu cérebro só gritava por socorro, enquanto uma outra pequena parte rezava para que não fosse necessário desembainhar a minha enorme espada. No entanto, mal vi umas asas enormes, de um vermelho bem escuro, seguido do erguer de um corpo masculino, alto e forte, comecei a preferir que fosse um animal selvagem. O homem encarou-me, erguendo em seguida uma sobrancelha, bem como as mãos.

—Calma. – Pôs algumas mechas de cabelo para trás - Não penso fazer-te mal. – Mal fitei um olhos azuis, pensei que devia acalmar-me.

—Eu… Peço desculpa. Pensei que fosse algum animal e...- baixei as armas – Não pretendia atacar-te. – Baixou também as mãos, sorrindo.

— Tudo bem. Sem problema. – Com um leve bater de asas, passou por cima dos arbustos - É o teu primeiro ano de viagem? – pousou diante de mim, dando-me a ver, realmente, o quão alto era.

—Sim. – Ri-me, um pouco nervosa, desviando os fios de cabelo castanho que me cobriam a face – Nota-se muito? - perguntei entre risos.

—Um pouco. Ainda tens aquele brilho de novata. – Não sabia dizer se era algo positivo ou não.

—Aliás, comecei a viajar hoje. Sou de Moran.

—Ainda me lembro do meu primeiro dia… Se bem que não estava tão assustado, como tu. – Tentei não revirar os olhos. Para um demónio era fácil falar. Eu era humana, a espécie mais fraca na hierarquia natural e social.

—Já agora, chamo-me Eliza Clark. E tu? – esticou-me a mão, sorrindo, de queixo levantado, bem altivo. Típico.

—Eu chamo-me Asher. É um prazer, Eliza. – Sorri-lhe também, antes de elevar um pouco mais a cabeça, vendo o céu.

—Já é quase de noite. Preciso sair da floresta depressa, antes apareça algum animal selvagem. – Pareceu divertir-se com o meu nervosismo. Será que os demónios não tinham uma coisa chamada “instinto de sobrevivência”?

—Tem calma. Ainda falta um pouco até lá. Animais assim há por todos os lados, não somente aqui. – Apontou para algo - Além disso, há aqui uma estalagem por perto. Estava a dirigir-me para lá antes de ter deixado cair a minha mochila, ao rebentar a alça, e foi quando tu chegaste. – Tentei não rir. Afinal demónios presunçosos tinham problemas de pequenos humanos - É só atravessarmos o resto da floresta e já lá estamos. – Esticou-se um pouco por cima dos arbustos e agarrou na sua mochila, antes de ir na direção que eu ia inicialmente, começando a segui-lo. Pelo menos teria a certeza de que não me perderia – Vais ficar lá hospedada esta noite, não?

—Sim, porquê?

—Também eu. Por isso, amanhã quando partires, podemos viajar juntos por Genna. – Não me pareceu que aquilo fosse uma pergunta ou que eu tivesse qualquer hipótese de dizer que não.

—Claro. Parece-me ótimo. – Ele parecia conhecer Genna melhor que eu, não sabia há quanto tempo viaja, mas com certeza há mais que eu, por isso seria uma grande ajuda – Será bom ter um companhia para a viagem. – Não estava completamente segura sobre as intenções dele, mas pelo menos ele não sabia do meu verdadeiro potencial. Se tentasse algo, poderia vir a descobri-lo.

—Igualmente. Viajar sozinho pode acabar por ser entediante. Experiência própria.

Ainda que não soubesse o que podia estar a passar pela cabeça dele, estava feliz por ter conhecido o Asher. Dei logo de caras com alguém que também estava a viajar e me compreendia, de certo modo, pelo menos no que dizia respeito à participação no The Game. Independentemente da primeira impressão que tive dele, parecia ser alguém que, apenas, era determinado no que queria. Só não entendia porquê eu. Com certeza já tinha conhecido mais gente. Era o que me fazia um pouco confusão, mas claro que seria ótimo ter alguém com quem contar, principalmente na hora do perigo. Ou pelo menos era isso com que eu contava. Perguntava-me o que ele esperava mim, sabendo apenas que sou humana.

Fui ouvindo-o falar das várias terras por onde já passou, os combates que já teve, os que já ganhou, tentando sempre minimizar os que perdeu, e as pessoas que conheceu. Quando dei por nós, mesmo antes de escurecer, havíamos terminado de atravessar a floresta e logo, diante de nós, estava uma pequena estalagem em pedra cinzenta, com algumas janelas que deixavam sair uma fraca luz amarelada, mostrando a calma do local. Desde onde estávamos, conseguíamos ver uma aldeia próxima, se seguíssemos caminho, dando para ver que ela era um pouco mais agitada.

Ainda que, de repente, começamos a ouvir barulhos vindos do edifício diante de nós. Quanto mais nos aproximávamos, piores eram. Pareciam uma luta. Alguém estava furioso e não parecia querer acalmar-se. Perguntava-me o que se passava. Foi quando apanhei um grande susto ao ouvir uma janela ser quebrada por um pequeno banco de madeira.

—Fica aqui! Eu vou entrar para ver o que se passa.

Tentei protestar. Eu também podia ajudar, mas ele foi mais rápido do que eu. Ainda assim, não tinha intenções de lhe obedecer. Eu não era assim tão indefesa quanto ele parecia julgar. E corri para dentro da estalagem, deparando-me com o interior todo do avesso; com candelabros partidos, sofás arranhados, jarros partidos, empregados escondidos atrás de portas e do balcão e no meio da sala, um puma e uma feiticeira, a lutarem contra seis homens de cara tapada por lenços vermelhos.

Tive me agachar ao ver um deles voar por cima da minha cabeça. Provavelmente fora a feiticeira quem o fizera. Vi que os seus olhos azuis pousaram em nós durante uns instantes, antes de se concentrar novamente nos oponentes. O mesmo se passou com o puma. Acabou por nos rosnar, mas não a sua atenção em ambos não durou muito, atirando-se para cima de um dos enormes homens, arranhando-lhe a face, fazendo-o gritar de dor. Senti um arrepio pela espinha a cima. Não conseguia imaginar a dor. No entanto, o puma saiu de cima ao ver uma adaga ser lançada na sua direção, enquanto um dos homens puxava o que havia sido atacado. Levantaram-no, enquanto gritava de dores e o seu sangue escorria por todo a sua face e lhe manchava as roupas.

—Vocês vão-se arrepender disto! - gritou um dos deles ainda de saírem a correr porta fora. Nós tivemos que nos desviar para que eles não nos magoassem, principalmente a mim, já que o Asher voou.

O interior da estalagem estava um enorme caos depois daquela luta. Tanto o varcolai com a feiticeira, deviam ser bastante fortes para terem acabado com eles, sem se ferirem, pelo que davam a entender. Foi então que a feiticeira pareceu acalmar-se um pouco e o varcolai voltou à sua forma humana, mostrando um rapaz, que ao contrário dela, tinha uma pele morena e um largo cabelo ondulado e escuro, ao contrário do longo e loiro da mulher a seu lado. Ambos tornaram a fitar-nos, talvez pensando o que faríamos ali e porque os encarávamos. Ela parecia pronta para lutar novamente, ao aparecer um brilho azul nas suas mãos, mexendo os dedos suavemente. Vi, então, o varcolai sorrir.

—Também estão aqui para lutar? – o seu olhar tinha um brilho desafiador, assim como um pouco assustador e sanguinário.

Não queria lutar, não queria ter de revelar o meu verdadeiro eu assim tão cedo, não aqui, muito menos para atacar alguém que nunca me fez nada. No entanto, se ele quisesse lutar, não tinha outra hipótese senão fazê-lo.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado do capitulo!
Realmente não sabia como termina-lo por isso tive de improvisar! Peço desculpa se não ficou dos melhores finais!

Aqui está a aparência da Eliza:
https://www.upi.com/Entertainment_News/TV/2019/04/03/Lily-Collins-to-star-in-new-series-from-Darren-Star/1621554309964/ (Lily Collins)

Bjs!