P.O.V. Kyle.

Isso não faz sentido nenhum. Procurei artigos de revista, sites de fofoca, entre outras coisas e Charlotte Morningstar Herondale é loira de olhos azuis e não se parece nem um pouco com a garota da minha escola. Falsidade ideológica.

—Não vou achar nada. Sei.

Voltei para a escola com cópias das fotos que o meu advogado tinha conseguido.

—Olha o que eu achei.

Praticamente joguei o envelope na cara dela. Ela abriu e sorriu.

—Oh, veja é a antiga eu! Não soube? Eu estive num acidente de carro muito feio e tive que passar por uma cirurgia. Reconstrução total.

Voltei pra casa e haviam fotos do acidente, dela depois, ela quase morreu. Passou por várias cirurgias para conseguir voltar a parecer... apresentável. 

—Mas, ela não tem uma única cicatriz. Uma cirurgia como essa deixaria marca!

Tem algo faltando. Eles estão escondendo alguma coisa!

—Kyle, você só está piorando as coisas! Você e a menina são concorrentes numa eleição e isso para a polícia é um motivo para você tentar matá-la.

—Eu não tentei matá-la!

—Olha, Kyle eu sugiro que retire sua candidatura. Assim a polícia vai ter menos motivo para vir atrás de você.

E tive que fazer. Retirar a minha candidatura.

—Você ficou feliz com isso não ficou?

—Eu ficaria. Mas, não fez isso por mim. Ou por ninguém, se não é claro... você mesmo. Como pode alguém ter tudo e ainda assim... não ter nada? Fascinante não acha?

P.O.V. Charlie.

Eu tenho várias amigas e amigos. E todas as etnias e gêneros.

Por exemplo, Catalina Cruz, minha amiga Lina ela é cubano americana e é a típica beleza latina com cabelos e castanhos, pele mais escura, bastante morena. A mãe dela é garçonete e ela cresceu em East L.A.

Sou amiga da Kendra Hilferty. Ela é loira de olhos azuis e pode crer que ela é não o que parece.

P.O.V. Kendra.

Eu sei que Kyle Kingston é um idiota superficial e na festa de hoje ele me chamou de vadia Frankeinstain. E só eu sei o quão venenoso ele é. Não estou fazendo isso apenas por mim, estou fazendo pela Charlotte. Ela é realmente bela. E ela é minha amiga.

P.O.V. Kyle.

Eu devo ter sido drogado.

—Como está se sentindo, Kyle?

—Kendra?

Ela estava escondida nas sobras.

—O que está fazendo aqui?

—Estou aqui por todos os que perderam o barco da beleza! Por todas as auto-mutiladas vadias Frankeinstain que estão por ai.

Quando ela saiu das sombras ela era... linda! Loira, pálida, nada de cicatriz. Ela era praticamente um anjo!

—Foi uma piada.

—Eu não entendi. Mas, logo... você entenderá. Você tem um ano para encontrar alguém que realmente te ame. Antes da árvore florescer novamente!

Kendra pegou o meu braço e havia esta tatuagem de árvore.

—O que diabos?!

—Quando a primavera chegar e a árvore florescer outra vez, nem mesmo as palavras eu te amo o libertarão do feitiço. E você deverá permanecer assim... para sempre.

—Assim?

Ela me mostrou meu reflexo na janela e... eu estava careca, tatuado e completamente deformado!

—Não. Não! Não! 

—Com esse exterior tão agressivamente feio quando o seu interior.

—O que você fez?!

—Oh, Meu Deus! Kendra... o que você fez?

Perguntou a minha concorrente horrorizada.

—Oh, não me julgue. Ele mereceu.

—O que fez comigo?!

Kendra olhou pra mim com escárnio e respondeu:

—Eu te amaldiçoei, seu tolo. Maldição da Fera.

O que? 

—Então, você é realmente uma bruxa?

—Não! Não! Eu sou uma sirena. 

—Não deveria ter uma cauda?

—Você não acredita em tudo o que lê, não é? Além do mais, bruxas e sirenas são a mesma criatura. Mas, como sabe quem conta um conto sempre aumenta um ponto.

Bruxas e sereias?

—Então você é uma sereia?

—Eu sou, ela não. Ela é extra-especial.

—Bem, me faça voltar ao normal!

—Eu não posso. Apenas as palavras o libertarão da maldição, e você tem um ano para quebrá-la. Boa sorte.