Lúcifer's Legacie escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 31
Kyle Kingston




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P.O.V. Charlotte.

Eu fui assassinada por um mauricinho chamado Kyle Kingston, mas agora só estou mais curiosa em saber como o Detetive Burkhart ainda continua jovem.

—Então, como sobreviveu ao tiroteio?

—Como ainda continua jovem? Você deveria ter sessenta anos agora, mas ainda parece ter trinta e poucos, quarenta no máximo.

—Eu te conto o meu se você me contar o seu.

—Você acredita em Deus?

—Acredito.

—Acredita em Anjos?

—Não.

—O Diabo?

—Não.

—Vamos descobrir juntos então.

P.O.V. Senhor Kingston.

Meu filho é muito encrenqueiro, mas desta vez ele se superou.

—Você matou aquelas meninas?

—Não! Não! Foi o meu amigo. Ele tinha uma arma. As garotas o rejeitaram e ele meteu bela nelas.

—O que você acha, Doutor?

—Os seus problemas são maiores do que pensa. Porque desta vez, eles tem uma testemunha que também é uma vítima.

—Não pode dar um jeito nela? Suborno?

—Ela não vai aceitar. E olha menino, dessa vez você se encrencou.

—Porque?

O advogado tirou uma revista de fofoca de dentro da pasta.

—Lembra-lhe alguém?

Perguntou olhando para o Kyle.

—É a garota.

Na capa estavam duas mulheres, uma ruiva e uma menina morena.

—Charlotte Morningstar. A mãe dela é dona da Galeria de Arte, na verdade são muitas Galerias de Arte. Sua esposa, adorava as peças da Senhora Hope Morningstar, sua casa está cheia delas.

Minha esposa morreu quando Kyle era criança.

—Arte Celeste. Era a galeria de arte favorita da Elizabeth. Mas, essa não pode ser a Hope Morningstar. Ela parece mais velha, mas não tão mais velha quanto deveria. 

Então, eu percebi a encrenca que o meu filho tinha se metido. Hope Morningstar era uma pessoa famosa e influente e o Kyle tinha um amigo que atentou contra a vida da filha dela. Imagine o tamanho da confusão.

—Meu Deus, Kyle. A menina é uma socialite! É uma pessoa importante! Imagine o tamanho do escândalo?!

—Com todo o respeito, Senhor Kingston, mas esse é o menor dos nossos problemas.

—O que quer dizer?

O advogado explicou que o avô da menina, um homem chamado Lúcifer Morningstar trabalha para a polícia como Consultor Civil. Ele começou trabalhando para a polícia de Los Angeles, mas suas habilidades o fizeram famoso. Ele é bom em fazer criminosos se entregaram e costuma usar métodos pouco ortodoxos.

—Mandou um monte de criminosos para o hospital. Ossos quebrados, fraturados e eles tem uma expressão de pânico.

O advogado mostrou as fotos dos ferimentos.

—Meu Deus!

—E, a Família Morningstar tem... o hábito terrível de serem super-protetores. Se você causa qualquer tipo de dano para alguém de sua família... eles vem atrás de você. E eles causam dano á você.

—Eles vão tentar matar o meu filho?

—Provavelmente.

P.O.V. Hope.

Meu pai sempre foi mais de partir para a violência física. Eu parto pra violência física? Ás vezes. Mas, meu tipo favorito de destruição é... aniquilação total, auto-destruição.

Fazer o assassino da minha filha se enrolar. Cavar a sujeira, descobrir segredos que eles tentam enterrar e sutilmente usar contra eles. Traduzindo? Manipular. Usar meu dom de extrair a verdade para fazer as mentiras que os humanos contam para seus filhos, sua família e eles mesmos para fazê-los se explodir!

—Eu quero fazer isso mãe.

—O que?

—Eu quero fazer. Fui eu que fui assassinada e não foi o garoto rico que puxou o gatilho, ele foi só a última coisa que eu vi. Ele está envolvido, mas não é o assassino.

—Então, ele é testemunha?

—Acho que é mais tipo, cúmplice. Ele estava com os caras que me assassinaram.

—Te assassinaram?

P.O.V. Charlie.

Ops. O Detetive Burkhart tem um timing terrível.

Como nós não envelhecemos podemos mudar de forma para os humanos não perceberam que não envelhecemos. Agora sou morena, com a pele levemente bronzeada e olhos castanhos, mas eu nasci loira de olhos azuis. E eu vi o garoto, nós estudamos na mesma escola.

Somos concorrentes para presidentes do conselho estudantil.

—Verdade ou mentira? Pessoas bonitas se dão bem! É como as coisas são. O que isso tem a ver com concorrer para o conselho estudantil? Nada. Vocês nunca vão gostar de mim por conta do meu comprometimento com o meio-ambiente ou com a escola. Porque eu não tenho isso. Só quero ter isso no meu currículo. Então, se perguntem... deveriam votar em mim porque sou rico, popular e lindo? Com certeza!

Ele foi ovacionado. Então... minha vez.

—Eu não sei exatamente o que dizer. Só que eu tenho muita pena do meu concorrente. O garoto é superficial, talvez porque haja muita dor escondida lá dentro. Um pai negligente, a perda duma mãe. Como ele poderia se importar com alguma coisa, se não foi ensinado a fazer algo se quer parecido? Então... se querem votar nele e não em mim? Vão enfrente. Quer dizer... esta popularidade é tudo na vida dele. É tudo o que ele tem. As pessoas acham que ele só um garoto rico, bonito, mimado e cruel, mas acho que há mais nele do que isso. 

Quando eu desci do palanque ninguém me aplaudiu. Na verdade, eu calei o povo. Ficou um silêncio sepulcral.

E quando deu o horário do almoço, me sentei numa mesa e comecei a comer. Como esperado, o garoto veio.

—Você não sabe nada sobre mim!

—Não sei? Bem, se eu não sei então... porque meu discurso te afetou tanto? 

P.O.V. Kyle.

Vadia manipuladora!

—Você é uma vadia manipuladora. Uma cobra, um lobo em pele de cordeiro.

—E você está transferindo. Isso é a teoria do espelho. Você vê os defeitos que possui, refletidos em outra pessoa. Talvez, a pessoa manipuladora, a cobra, o lobo em pele de cordeiro aqui... não seja eu.

—E você sabe tudo não sabe?

—Anos e anos de terapia fazem isso com alguém. Fazem você se conhecer. Conhecer as suas falhas, suas qualidades. Te fazem compreender a sua dor. É um processo lento e longo e doloroso, mas vale á pena.

—Você é maluca.

Ela não retrucou, só sorriu e disse:

—Tudo bem Kyle, eu perdoo você. E te desejo boa sorte na eleição.

—Qual é o seu jogo garota?

P.O.V. Charlie.

Coitado desse menino.

—Você não entende não é? Não é um jogo. Não tem nenhum jogo. Chocante, eu sei. Mas, algumas pessoas realmente dão á mínima para outras pessoas, se importam com elas. Entretanto, tenho cem por cento de certeza de que você vai escolher não acreditar em mim. Que vai passar o próximos meses da eleição tentando encontrar algum... motivo alternativo para eu estar concorrendo. Algum tipo de armação. Vá enfrente. Procure. Cara, eu tenho pena de você.


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