Lúcifer's Legacie escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 25
Papo franco


Notas iniciais do capítulo

Essa minha personagem Original eu batizei em homenagem á Avril Lavigne.



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P.O.V. Avril.

Ela tem o homem dos sonhos se jogando pra cima dela e ela simplesmente não vê isso. O quanto eu queria que ele olhasse para mim do jeito que olha pra ela.

Scott Marshall. 

—Você está bem, Avril?

—Ele ama você. Porque ele tinha que amar você? Me diga o que você tem que eu não tenho?

—Ele? Ele quem?

Mas, é muito sem noção mesmo!

—Você nem percebe não é? Como você é tonta. Tem o homem dos sonhos babando por você e nem percebe. Scott é incrível, eu daria tudo... tudo para ele olhar pra mim do jeito que olha pra você. Os sentimentos dele por você são muito simples. Ele te adora. Adora com A maiúsculo. Beijaria o chão onde você pisa se fosse permitido.

—Eu nunca olhei para ele deste jeito.

—Eu sei.

Disse irritada.

—Obrigado pela sua honestidade. Eu aprecio isso.

—Deixa de ser burra. Fica com ele.

Ela não disse nem que sim, nem que não.

P.O.V. Maria.

Estou chocada. Nunca, nunca pensaria no Scott como um namorado ou um homem. O que quero dizer é que... ele é como um irmão. Não sei como reagir a isso, mas tenho que saber se é verdade.

Eu o encontrei na trilha da floresta pensando em Deus sabe o que.

P.O.V. Scott.

Estava na trilha da floresta, era um atalho para a escola que Maria e eu descobrimos quando éramos crianças. E tinha uma cachoeira, ás vezes voltávamos da aula e nadávamos na cachoeira.

Então senti alguém tocar o meu ombro. Virei e era ela.

—Oi.

—Oi.

—O que foi?

—Lembra de quando prometemos sempre dizer a verdade um ao outro? Bem aqui?

—É claro que eu me lembro.

Ela estava claramente nervosa. Entrelaçando os dedos e mordendo o lábio inferior.

—Então, se eu te perguntasse uma coisa... uma coisa muito séria, me diria a verdade?

—É claro. O que foi?

—Scott, você tem... sentimentos românticos por mim?

Fui pego totalmente desprevenido. E ela notou isso.

—Não precisa responder se não quiser. Só... não minta.

Eu não respondi. Não consegui e sabia que se mentisse pra ela, ela ficaria muito, muito brava e magoada.

—Oh!

—Isso não muda nada entre nós.

—Muda. Mas, não significa que eu não me importe com você, apenas... vai levar tempo para processar. Ela estava certa, eu sou uma tola. Uma burra.

—Quem?

—Não importa. Eu me sinto burra. Tudo faz... sentido agora. Todos esses anos você nunca namorou, nunca ficou com outra pessoa e toda vez que eu perguntava porque dizia que tinha alguém, mas nunca dizia quem era.

Ela ia falando e andando de um lado para o outro. 

P.O.V. Maria.

As peças começaram a se encaixar dentro da minha cabeça, os brancos, as respostas evitadas e evasivas. A garota misteriosa, todo esse tempo... era eu.

—Porque não me contou?

—Para evitar isso.

Eu parei.

—Devia ter me contado. O amor é um sentimento tão bonito, não devia ficar guardando isso. Não vou dizer que eu te amo do mesmo jeito que você me ama, porque isso seria mentira. E eu não quero fazer isso com você. Honestamente, não sei o que estou sentindo agora. Será que me daria um tempo para processar isso?

—Claro.

—Se sente melhor agora que me contou?

—Sinto.

—Ótimo.

Eu me inclinei e dei um beijinho na bochecha dele.

—Obrigado por ter sido honesto.

P.O.V. Scott.

Eu sinto como se um peso enorme tivesse saído dos meus ombros. Mas, ainda assim... tem aquela insegurança. Ela deixou claro que não me amava como eu a amava, mas também não me rejeitou. 

Nos dias que se seguiram foi basicamente uma tortura. Estar tão perto, mas tão longe. Mas, ela veio falar comigo.

—Então?

—Então, eu acho que... devíamos tentar.

—Tentar? Tentar, tipo tentar?

—É. Mas, eu quero ir devagar.

—Tudo bem. Devagar é bom.

Tentei beijá-la, mas ela não deixou.

—Estamos em público! E quero digo devagar, quero dizer realmente devagar.

—Então, vamos realmente devagar. Posso ao menos segurar a sua mão, senhorita?

—Pode.

É por isso que eu a amo. Ela se dá ao respeito. Ela é totalmente carola em se tratando de relacionamento. É tão inocente que é praticamente uma criança.

Depois de duas aulas de matemática, eu a encontrei do lado de fora da sala e o novato estava falando com ela. Praticamente se jogando encima dela. Ele tava prensando Maria contra o armário.

—Então, gostaria de sair comigo amanhã?

Ela do jeito que é... ficava procurando as palavras para dizer não sem... magoá-lo.

—Eu estou com alguém.

—É? Quem?

—Eu. Não está vendo que tá deixando ela desconfortável? 

—E que vai fazer á respeito?

—Quer saber o que vou fazer?

Quero arrancar a cabeça deste idiota.

—Não. Não briguem. Por favor.

Ela ficou no meio. E como posso dizer não para aqueles olhinhos? E aparentemente o bad boy também não é imune ao Efeito Maria.

É uma pena que não possa convidá-la para sair. Hoje ela vai ao médico, fazer exames femininos pela primeira vez. Traduzindo... papa-nicolau.

P.O.V. Maria.

Foi estranho. A médica entrou e saiu sem nem olhar pra mim. Ela só mexeu lá dento e eu não senti nada. A pobre mulher parecia mal.

—A senhora está bem, Doutora?

—Estou. Prontinho.

—Obrigado. Está tudo bem, certo? Lá dentro? Eu não tenho câncer nem nada né?

—Câncer?

—É. É pra isso que serve o exame né?

A mulher fez uma cara.

—A senhora está bem?

—Estou. Obrigado pela consideração.

—De nada, eu acho.

Me levantei e sai. Sei lá, vai ver que a coitada está tendo um dia ruim. Deu duas semanas e eu tive que ir ao hospital e quase cai dura.

—Parabéns, você está grávida.

—O que?! Não, tem que ser um erro. Eu sou virgem. Virgens não engravidam!

—Moça, você tá grávida.

—Isso é um erro.

Ele fez o teste na minha frente.

—Vê? Rosa. Está grávida.

—Jesus! Isso não é possível.

Estava voltando pra casa quando o Scott me encontra.

—O que foi?

—Eu não sei. Nem sei como isso é possível. Mas, a médica vai me responder. Ela vai dizer que foi um engano!

—O que foi um engano?

—Eu. Estando grávida.

—Está grávida? De quem?

—De ninguém! Eu nunca fiz... amor com ninguém! E agora, eu passei mal e fui ao hospital e o médico disse que... eu estou grávida!

—Como assim, você tá grávida?

—É. É o que eu quero descobrir.

P.O.V. Scott.

Levei a Maria correndo ao médico, ao consultório da médica que fez o exame nela.

—Tem que marcar hora.

—Diga que é uma emergência!

—Se é uma emergência, vá ao hospital.

—Por favor senhora, o médico disse que eu vou ter um filho e eu sou virgem!

A médica saiu da sala e disse que ia me atender. Quando ela olhou pra mim, soube que tinha coisa errada.

—O que houve? Me diga. Me diga porque os testes, até os do hospital ficam dizendo que estou grávida? É alguma doença que eu não conheça?

—Não. Você tá grávida mesmo.

—Espera, o que? Isso não é possível. Eu nunca tive relações com um homem.

—Foi... minha culpa.

—Como assim?

—Eu não fiz papa-nicolau em você. Eu acidentalmente te inseminei.

—O que?! Sou uma virgem grávida?!


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