Lúcifer's Legacie escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 24
Pré-conceitos




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P.O.V. Maria.

Eu vi o garoto novo com jaqueta de couro, dirigindo um Camaro. Ele já ficou com várias garotas da escola, até a capitã das líderes de torcida. É um encrenqueiro.

P.O.V. Cassius.

A garota de vestidinho, roupinhas puritanas, cabelo penteado com aquele ar de pureza e crucifixo no pescoço. Aposto que vive ouvindo aquelas músicas gospel que falam de Jesus, vai á missa, mas depois... bom, peca assim que a missa acaba.

Ela estava sentada na mesa, na hora do almoço com os fones no ouvido escrevendo no caderno.

—Oi.

—Oi.

Disse tirando os fones do ouvido.

—Deixa eu ver se eu adivinho, músicas gospel?

—Errou. Estava ouvindo Lifehouse.

—Lifehouse? Rock?

—E dai? Só porque sou cristã e vou a Igreja vivo em função disso? Tenho minha crença, não nego, me orgulho. Leio a bíblia, rezo, creio. Mas, tenho uma vida também, sabia?

Fiquei chocado. Ela me deu uma resposta educada, mas ainda assim atravessada. Dava pra ver que ela tinha um jeitinho tímido, recatado.

—Qual é o seu nome?

Perguntei e ela disse um sorriso autêntico, verdadeiro.

—Maria.

—Sobrenome?

—Eu não tenho um. Nunca conheci os meus pais, eles me abandonaram cresci num orfanato de freiras e quando fiz dezoito tive que partir.

Nossa! Ela estava usando maquiagem, uma maquiagem bem simples.

—E quanto aos seus pais?

—Minhas mães. Sou fruto de um procedimento de inseminação, nunca conheci meu pai biológico, sou filho de Eva e Mazekiine Smith.

—Bem, ao menos você tem uma família.

Disse colocando o cabelo atrás da orelha e olhando pra baixo.

—Devia ser grato.

—Eu sou.

Olhei e as unhas dela eram compridas, muito bem lixadas em formato quadrado e pintadas de francesinha.

—Pensei que crentes fossem contra vaidade.

—Eu tenho vaidade, mas só um pouquinho. Tudo o que é demais faz mal. Soube que é um bom aluno. Me pegou de surpresa.

—Parece que nós dois temos pre-conceitos.

—Infelizmente. Mas, fico feliz que não seja o esteriótipo de garoto malvado.

P.O.V. Maria.

Ele não parece tão terrível. Fico feliz que não seja um daqueles homens que tratam as moças como se fossem troféus. É bom saber que ainda há garotos bons no mundo. 

—O que está escrevendo ai neste caderno?

—A tarefa. A professora nos mandou pesquisar sobre o romantismo. Isso é só o esboço, quando chegar em casa eu aprofundo mais.

O meu amigo Scott veio e sentou com a gente.

—Oi.

—Oi.

Nos abraçamos.

—Deixa eu adivinhar? A tarefa que a professora passou?

—Isso. Scott, esse é... espera, você não me disse seu nome.

—É Cassius, mas todos só me chama de Cas.

—Cassius. Isso é grego?

—É.

P.O.V. Scott.

Eu conheço a Maria desde que éramos crianças. O orfanato é perto da minha casa. Conversamos sempre que podíamos, brincávamos juntos. Eu a amo muito, mais do que amigos.

Ela merece um cara que a respeite. Que saiba o quanto ela é especial. Não um cara que já chegou passando o rodo na geral.

Alguém que respeite a sua virgindade, sua cristandade. Conheço caras como esse Cassius. Ele vai se aproveitar da Maria, iludi-la, prometer que ela é a única que ele já amou, que nunca sentiu nada assim por alguém antes... vai pegar o que quer e então... vai largá-la. E Maria não merece isso.

Vou protegê-la enquanto eu puder.


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