New Rules 2 escrita por ladyenoire


Capítulo 17
Part Of Me


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780090/chapter/17

Os repórteres iniciaram o falatório novamente depois da revelação bombástica.

Adrien Agreste era Chat Noir. E seu pai, Gabriel Agreste, era Hawk Moth. Com certeza um prato cheio para todos os sites de fofoca e jornais da cidade.

Marinette foi até o namorado e segurou a mão dele, demonstrando apoio e se aprontando para o que estava por vir. Estava mais decidida do que nunca. Então, o burburinho foi cessando aos poucos.

— Será que alguém poderia esclarecer o que está acontecendo? É algum tipo de brincadeira? – questionou a repórter que havia feito a pergunta tendenciosa.

Adrien deu espaço para Marinette ficar ao microfone, antes que saísse nos jornais que a heroína da cidade havia atacado uma repórter maldosa – e com razão.

— É difícil fazer um discurso sem a minha máscara, mas eu vou tentar. – respirou fundo, causando um pouco de curiosidade aos presentes – Por muito tempo fomos os heróis da cidade no anonimato. Imaginando que estaríamos seguros se protegêssemos as nossas identidades secretas, inclusive de nós mesmos. Mas vimos que não é bem assim. O perigo pode vir de onde você menos espera, independentemente da situação. – Adrien baixou a cabeça – Então, decidimos contar a vocês, sermos honestos. Esses somos nós por trás das máscaras. Meu nome é Marinette Dupain-Cheng e eu sou a Ladybug. – os repórteres ficaram tão chocados, que sequer falaram algo.

— E como vocês já me conhecem e sabem, eu sou a fabulosa Queen Bee. – Chloé disse, jogando o cabelo. Alya e Nino se aproximaram.

— Aí galera, eu sou o Carapace. Ah e meu nome é Nino Lahiffe. – o moreno disse ao microfone.

— Meu nome é Alya Césaire e eu sou a Rena Rouge.

— E nós cinco, somos e continuaremos sendo, os heróis da cidade.

***

Tom e Sabine encaravam Marinette sem dizer uma palavra.

A garota estava sentada à mesa, em frente aos seus pais. Havia uma multidão do lado de fora da casa, todos fãs da Ladybug.

— Então... – Marinette começou.

— A nossa filhinha é uma super-heroína! – Tom disse animado, recebendo um olhar repreensivo da mulher.

— Você por acaso parou pra pensar no quanto isso é perigoso? Ainda mais que agora todo mundo sabe.

— Mas ela é a Ladybug. A Ladybug sempre salva todo mundo.

— Sim, mas ela precisa se preocupar com a escola também.

— A nossa Marinette já fazia isso antes. Continuará fazendo muito bem. – o olhar da azulada alternava, observando seus pais discutindo como se ela não estivesse ali.

— E o perigo?

— Isso é relativo.

— Tom!

— Sabine!

— Ei! – Marinette chamou a atenção deles – Eu ainda estou aqui, sabiam? Podiam me perguntar o que eu acho de tudo isso.  – disse calma, de forma alguma queria brigar com seus pais. Tom e Sabine se entreolharam e fitaram Marinette, dando uma permissão silenciosa para que ela falasse. – Eu acho, que é um alívio poder contar para todo mundo que eu sou a Ladybug. – olhava para sua mãe e depois para o seu pai – Mas também é perigoso. – respirou fundo – A verdade é que ser heroína é parte de mim. Ninguém vai mudar isso.

— Eu entendo, Marinette. De verdade, mas você também precisa entender o nosso lado como seus pais. – a mulher colocou a mão sobre a do marido. – Não sei se podemos te deixar se expor tanto ao perigo.

— Nós estamos expostos ao perigos todos os dias, infelizmente. – Marinette levantou – Como eu disse antes, a Ladybug é uma parte de mim. E ser a Ladybug é parte de quem eu sou. Vocês sabem que podem me pedir qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Mas não podem me pedir para deixar de ser quem eu sou. – Tom deu um sorriso discreto, enquanto Sabine assimilava as palavras da filha.

— Só... Tome cuidado, Marinette. – por fim, sua mãe sorriu também.

— Não se preocupe, mãe. Eu vou tomar. Por todos nós.

***

Chloé saiu do carro e vários repórteres tentaram falar com ela, fazendo inúmeras perguntas e colocando o microfone praticamente no seu rosto.

A loira estalou os dedos e os seguranças abriram espaço para que ela chegasse até a casa de Alya.

— Oi, Chloé. – a morena abriu a porta, dando espaço para ela passar.

— Oi. – a abraçou – Cadê o Nino?

— No telefone com os pais dele. – apontou para o canto da sala. – Eles ficaram sabendo que ele é o Carapace pela entrevista. Nino não teve coragem de contar pra eles.

— E o seus pais, como reagiram?

— Eu já tinha contado pra eles antes. Minha mãe ficou preocupada e meu pai disse “manda a ver, garota!”. – as duas riram – Mas quem surtou foi a Nora. Acredita que ela sugeriu que meus pais me mantivessem trancada em casa?

— Acredito. – riu novamente.

— Depois de algumas horas, ela acabou entendendo.

— As suas irmãs devem ter adorado descobrir que você é a super-heroína favorita delas.

— Favorita da Ella, porque a Etta teve a coragem de dizer na minha cara que gosta mais do Carapace. – balançou a cabeça em negação. – Mas pra você deve ter sido mais tranquilo, não é?

— Até que sim, afinal, todos já sabiam que eu era a Queen Bee. – deu de ombros – Só estão em cima de mim por conta das revelações relacionadas ao Adrien.

— É, digo o mesmo.

— Sim pai, eu vou tomar cuidado. – Nino se aproximou delas, ainda falando ao celular – Não pai, eu não fui mordido por uma tartaruga radioativa. Isso não existe. – Alya e Chloé se entreolharam com um sorriso divertido – Como eu explico joias mágicas então? Ah, é complicado. Nos falamos quando eu chegar em casa, tchau. – por fim desligou, dando um longo suspiro – Até que foi de boa. Poderia ter sido pior.

— Que bom que deu tudo certo. – Chloé sorriu sincera – Estão prontos para ir?

— Sim, estamos.

— Vamos então.

***

Marinette odiava funerais. Era o local com o clima mais triste da face da Terra e isso a agoniava. Mas estava ali por Adrien. Em hipótese alguma o abandonaria, ainda mais em um momento como esse.

Chloé estava logo ao seu lado, com o semblante fechado – não arriscaria esboçar nenhuma reação, senão, sabia que se acabaria em lágrimas. Ao lado da loira, Alya estava sentada e com a cabeça escorada no ombro de Nino.

Adrien segurava firme a mão da namorada. Sua postura era rígida, enquanto lágrimas saíam dos seus olhos. Já tinha chorado tudo o que podia e não podia, mas obviamente não deixaria de derramar mais algumas lágrimas. Principalmente ao ver a imagem de sua mãe, segurando um buquê de flores e finalmente tendo o descanso merecido.

Até Nathalie e Gabriel estavam ali. Ambos ainda em liberdade, pois o caso estava em andamento, enquanto os advogados deles lutavam para ganhar a causa – quase que perdida.

Gabriel chorava como um bebê – ninguém nunca tinha o visto dessa maneira. Nathalie o acompanhava, porém de uma maneira mais contida.

Adrien foi até o púlpito, era sua vez de falar. Deu um longo suspiro antes, secando as lágrimas.

— Quando eu era pequeno e eu me machucava brincando, eu chorava e corria para os braços da minha mãe. Ela costumava dizer que era impossível nunca sentir dor. E que a melhor maneira de fazer ela ir embora, era aceitando que ela precisava existir. – Marinette encarava o namorado com atenção, sentindo uma enorme vontade de correr até ele e o abraçá-lo apertado. – Lembro-me de ter perguntado o porquê, por que a dor tinha que existir se não era uma coisa boa? Ela sorriu e me disse que a dor é a principal coisa que te faz valorizar a alegria. Ela disse que a dor, precisava existir, ser sentida, mas nunca prolongada. Sempre vai passar e sempre haverá novas dores, novos percalços, novos problemas. E tudo isso, todas essas coisas ruins, são as que vão te dar forças para ir atrás das coisas boas. – Adrien deu um sorriso discreto, sem mostrar os dentes – É claro que eu vou sentir falta dela. Mas eu sei que a minha mãe é a melhor parte de mim que sempre vou levar comigo. – encerrou o discurso. Em seguida, foi até seu lugar e ganhou um abraço apertado de Marinette.

— Eu achei incrível, de verdade. – falou baixo, entrelaçando sua mão na dele. – Estou muito orgulhosa.

— Obrigado, Bugaboo. – sussurrou de volta – Não sabe o quanto isso significa para mim. – Marinette sorriu, beijou a bochecha dele e escorou a cabeça no ombro do loiro.

Depois da cerimônia, Adrien e Marinette estavam preparados para ir embora, porém Gabriel parou na frente do filho.

— Será que você tem um minuto?

— É claro.

— Eu vou esperar lá fora. – Marinette beijou a bochecha de Adrien e saiu, os deixando à sós.

— Quero que me perdoe por tudo que fiz. Mas eu não me arrependo de nada. – Adrien se surpreendeu com a fala – Eu acabei não fazendo da melhor maneira, eu admito. Mas se eu pudesse trazer a sua mãe de volta, eu com certeza faria o que fosse preciso novamente.

— Eu te perdoo. Mas isso não é o que ela precisa, pai. – suspirou.

— Eu entendo. – ficou surpreso outra vez – Depois do seu discurso, eu compreendi que Emilie precisa finalmente ter seu descanso. – Gabriel respirou fundo – Você é igualzinho à ela. – deu um meio sorriso.

— Obrigado.

— E sobre a notícia, que você mandou publicar... Você fez o que era preciso, mesmo que isso me afetasse.

— Pai, eu...

— Isso só mostra que você também tem um pouco de mim. – Gabriel colocou a mão no ombro de Adrien – Eu estou orgulhoso, filho. – dito isso, deu as costas e saiu, deixando um Adrien totalmente chocado para trás.

Gabriel sempre foi um homem de poucas palavras, quase nunca as carinhosas. Mas o que tinha acabado de acontecer, com certeza havia sido a melhor, e mais sincera conversa que tivera com o pai.

Adrien baixou a cabeça e sorriu de leve. Em seguida, olhou em volta e respirou fundo.

Então era assim que alguém se sentia quando estava em harmonia?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não vou nem surtar nesse capítulo, porque eu achei ele bem triste mas bom :(

Não vou falar muito sobre, senão vou começar a chorar (sou muito emotiva).

Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "New Rules 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.