O Cavaleiro Negro de Berk escrita por Heythan


Capítulo 3
Memórias Sombrias


Notas iniciais do capítulo

Essa é a segunda parte do capítulo anterior que eu havia dito que ficou grande, acho que pretendo fazer nesse ritmo picotar o capitulo para não ficar um leitura muito cansativa, eu espero que vocês gostem, boa leitura



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Soluço: ESPERA ASTRID, SOU EU, NÃO ME MATA POR FAVOR -Ele olhava para ele afastando a cabeça e assustado-

Astrid: Soluço? O que está fazendo aqui? O que pensava se aproximando silenciosamente de mim por trás? Eu podia ter te machucado sério ou pior -Ela dizia soltando ele e guardando o machado que quase fez Stoico perdeu seu único herdeiro-

Soluço: Ai-ai-ai-ai, acho que machucou na verdade, mas tudo bem eu aprendi a lição, au-au como dói —Ele massageava o braço torcido- você estava demorando, ai fiquei preocupado e vim ver se estava tudo bem, ai-ai -Ele continuava massageando o braço e percebeu que ela olhava para uma caverna- o que foi Astrid? Tem algo lá dentro? —Ele se aproximou e tentava olhar por cima do ombro dela-

Astrid: Não, é que... -Quando ela se virou seu rosto ficou a pouquíssimos centímetros do de Soluço e seus olhos foram diretamente nos lábios dele, ela o fitou nos olhos e começou a se aproximar, foi quando um barulho de algo quebrando veio de dentro da caverna e olharam para a entrada-

Soluço: Ééé... bom... você dizia? -Perguntava observando e um pouco envergonhado-

Astrid: Nas docas, um arqueiro encapuzado saiu de dentro do navio do Veldri, na verdade quem o viu foi o Banguela, agora que eu estava perseguindo a ovelha eu vi o mesmo arqueiro -Ela o puxou para trás de uma árvore e passaram a observar a entrada da caverna-

Soluço: Como você sabe que era o mesmo arqueiro?

Astrid: Porque eu reconheci o arco

Soluço: Pode ser algum parente do Veldri, um filho, primo

Astrid: Mas o que está fazendo na floresta? Porque não está ajudado a família a descarregar o navio?

Soluço: Eles já podem ter terminado e então saiu para explorar a ilha

Astrid: Isso está esquisito -Ela dizia tomando uma expressão mais séria-

Soluço: Já sei, a noite eles vão se encontrar no grande salão para conversarem então nós podemos aproveitar e perguntar ao Veldri Bellhorn quem é o arqueiro que veio com ele, o que você acha?

Astrid: Tudo bem -Ela trocou a expressão séria por um sorriso discreto-

Soluço: Maravilha, melhor voltarmos agora com a ovelha

Astrid: Soluço

Soluço: Sim Astrid? —Ele se virou para ela e foi surpreendido quando ela avançou e deu selinho em seus lábios, ele corou um pouco e ela o fitou nos olhos com um sorriso-

Astrid: Vem, vamos logo -O puxou pelo braço enquanto ria-

Eles voltaram para aonde Astrid tinha deixado a Tempestade junto da ovelha mas dessa vez Banguela estava junto brincando com a Tempestade, ambos montaram, Astrid estava carregando a ovelha e voltaram para a fazenda do Sven, chegando no lugar podiam ver os Nadders voando para longe, Perna-de-Peixe estava com Batatao consertando o cercado, os gêmeos estavam se encarando assim como as cabeças do Zíper Arrepiante e Melequento estava montado no Dente-de-Anzol

Melequento: Finalmente voltaram, nós espantamos os Nadders e o Cara-de-Peixe já estava terminado de concertar o cercado e nada vocês aparecerem

Soluço: Desculpem a demora, a Astrid teve alguns problemas na floresta

Perna-de-Peixe: Que tipo de problema?  -Olhou para ela-

Astrid: Eu vi um estranho com um arco andando pela floresta, como nunca tinha visto ele por Berk achei melhor segui-lo -Ela dizia colocando a ovelha dentro do cercado-

Melequento: E então?

Astrid: Ele entrou em uma caverna e eu o perdi

Melequento: Então vamos voltar lá e pegar ele ué, ai nós prensamos ele na parede e obrigamos ele a revelar quem é, e porque estava na floresta -Dizia de maneira enérgica-

Perna-de-Peixe: Acho que isso não é uma boa ideia —Ele se aproximou- a Astrid mesmo disse que nunca viu ele por aqui, pode muito bem ser algum parente do Veldri que nós não vimos

Soluço: Foi exatamente o que eu disse e eu acho que ser prensado na parede sobre a ameaça de ser tostado por um Pesadelo Monstruoso não é a melhor recepção -Ele olhou para Melequento e em resposta ao rapaz cruzou os braços e desviou o olhar- alguém pode me dizer porque eles estão se encarando desde que chegamos? -Ele olhou para os gêmeos e para os dragões que estavam na mesma posição-

Cabeçaquente: Estamos vendo quem consegue ficar mais tempo olhando para a cara do outro

Cabeçadura: Não pode desviar o olhar nem um pouquinho

Soluço: Eu não estou acreditando nisso

O resto do dia seguiu sem problemas, Soluço aproveitou para patrulhar a ilha com seus amigos e ajudar tanto seu pai como os moradores com o que era preciso, quando anoiteceu Soluço saiu de sua casa acompanhado de Banguela e foi para o grande salão, logo que entrou pode ouvir uma conversa  animada e acompanhada de risadas, em uma mesa próximo ao fogo estavam sentados Veldri, Stoico, Bocão e Gosmento, conversavam e bebiam, ao lado estavam os gêmeos, Perna-de-Peixe, Melequento e Astrid, assim que Soluço e seu companheiro foram avistados, Perna-de-Peixe acenou para ele como se a risada do grupo de Vikings ao lado não tivesse chamado atenção o suficiente

Soluço: Boa noite pessoal, todos vocês vieram apenas para saber sobre o arqueiro? -Ele passou o olhar pelo grupo e viu que Cabeçadura e Cabeçaquente continuavam se encarando- não é possível que vocês ainda estão insistindo nisso

Cabeçadura: Nada disso, ela ganhou a primeira rodada e agora é a revanche

Cabeçaquente: Que eu também vou ganhar -Falou com um sorriso enquanto encarava o irmão-

Cabeçadura: Só por cima do meu cadáver maninha

Astrid: Você sabe porque eu vim -Ela tomou um gole de leite de Iaque-

Melequento: Eu vim com o meu pai e vi a Astrid sentada aqui, sozinha, triste e um viking não poderia deixar uma dama nesse estado -Ele sorriu e estendeu a mão para pegar um pedaço de pão, foi quando a Hofferson torceu o pulso dele a ponto de estalar e o fitou com uma expressão de raiva e um olhar sanguinário- ai-ai, desculpa, esquece a parte da sozinha e triste

Cabeçaquente: A gente está aqui porque é o único lugar que dá para ter a revanche sem ficar se distraindo

Perna-de-Peixe: Eu vim aqui para corrigir alguns itens no livro dos dragões sobre os Gronkels e o Pesadelo Monstruoso

Soluço: E porque ainda não perguntou para ele? -Ele se sentou ao lado dela-

Astrid: Eu estou tentando mas sempre que eu vou falar alguma coisa algum deles começa uma nova história —Todos prestaram atenção na conversa do grupo ao lado-

Veldri: Ai eu olhei para ele e disse: "Faca cerimonial? Eu estou usando ela para passar manteiga no pão há dias" —E logo em seguida todos os quatro soltaram uma grande gargalhada que foi diminuindo gradativamente-

Soluço: Se eu conheço meu pai, e conheço, esse é o momento aonde eles vão parar e beber algo para começarem a nova leva de piadas e histórias, então essa pode ser sua única chance

Astrid: Senhor Veldri eu poderia conversar com o senhor sobre algo? -Ela falou e todos os outros amigos dela olharam, menos os gêmeos que estavam focados em sua competição-

Veldri: Mais é claro senhorita? -Ele fez uma expressão de curiosidade-

Astrid: Astrid, Astrid Hofferson

Veldri: Aaa uma Hofferson, conheço seu pai, peça para a qualquer hora ele lhe contar sobre a vez que eu e ele fomos para o mar junto dos pescadores e eu acabei prendendo um Escalderivel na rede —Ele riu em seguida-

Stoico: E eu tive que cortar a rede para aquela coisa não matar todos nós -O chefe fez uma expressão séria-

Veldri: Não tinha como eu saber que aquilo estava em baixo do barco -Ele deu uma leve risada e olhou para Astrid- mas diga-me jovem Hofferson, o que desejas?

Astrid: Eu gostaria de saber se junto com o senhor e sua família, no barco veio algum arqueiro

Stoico: Arqueiro? —Ele olhou para a garota- como assim arqueiro?

Veldri: Que cabeça a minha, eu deveria ter avisado, imagino que tenha visto em algum lugar mais afastado de Berk um rapaz mais ou menos da altura do Soluço, magro, cabelos negros até o pescoço, com um arco marrom e um casaco marrom claro -Ele bebeu mais um gole da caneca e limpou a barba-

Astrid: Sim, eu o vi na floresta e como nunca o tinha visto por aqui achei suspeito -Ela também pegou a caneca e bebeu um longo gole-

Veldri: Aquele é o Uller, ele tem o costume de explorar todos os lugares aonde vai e por não se misturar muito com as pessoas, acaba causando situações como essa

Stoico: Você disse que só tinha uma filha, não mencionou um rapaz -Stoico olhou para ele-

Veldri: Uller não é meu filho como Diana, ele é filho de Dimin e Vrila -Ele pegou um pedaço de pão e comeu-

Bocão: Aliás Dimin Bellhorn virá para cá com sua família quando ou ele não virá e o garoto só veio conhecer o lugar de nascença do tio e do pai? -Bocão estava com um sorriso no rosto mas que logo saiu ao ver que Veldri mudou de sua expressão sempre alegre para uma mais triste, o homem ruivo olhou para a caneca de madeira, bebeu um gole e logo depois levantou o rosto-

Veldri: Eu não tenho apenas coisas boas para contar do tempo que fiquei fora de Berk, também tenho más notícias, o meu irmão Dimin Bellhorn e sua esposa Vrila, os país de Uller estão nos salões de Valhalla

Bocão: O que? -Bocão ficou com uma expressão de espanto-

Stoico: Como isso foi acontecer? -A mesma cara de espanto tinha tomado os rosto de Stoico e Gosmento-

Veldri: Quando nosso pai nos levou para fora de Berk junto com nossa mãe, nós acabamos fincando estacas em uma vila a norte daqui, Utgard é um pouco maior que Berk, mas seu comércio é forte, nós não ficamos ricos como meu pai desejava mas conseguimos ter uma boa vida e por lá crescemos e ficamos, nós não tínhamos o mesmo problema que Berk quanto aos dragões e Utgard ficava bem na rota de migração de Zipers Arrepiantes, mas as florestas eram cheias de animais então os problemas eram poucos, mas tantos dragões em um único lugar começou a chamar a atenção de uma coisa muito pior -Ele bebeu um longo gole e limpou a barba ruiva- caçadores de dragões, a princípio achamos que eles estavam lá pela rota de migração, mas pelo comércio ser forte a cidade era farta, então durante a época de migração aproveitaram para saquearem a cidade e eliminar quem se opusesse, eu e Hilda conseguimos resistir e proteger Diana que na época tinha 6 anos, nós íamos para fora da vila, esperar na floresta até eles irem embora, mas quando cheguei na casa do meu irmão eu vi a porta destruída, quando entrei eu vi meu irmão e Vrila no chão, o tapete que era branco agora era vermelho e logo ao lado, caído no chão, com um corte no peito, quase fechando os olhos e segurando a mão já sem vida da própria mãe, estava Uller, eu o carreguei e fomos para fora da vila, nessa época Uller tinha 10 anos de idade, hoje ele tem 15, ele é um bom rapaz, garanti que cresce assim, mas ele não se comunica muito, prefere ficar sozinho, entretanto ele é muito habilidoso tanto na forja como no arco, todas as armas que passei a comercializar nos últimos 5 anos foram feitas por ele, mas aquilo ficou marcado em sua memória, ele quase não fala sobre aquilo mas se você conseguir se aproximar dele e conseguir convencê-lo a falar, vai descobrir que ele se lembra de cada detalhe daquele dia, dês do nascer do Sol dourado até a noite vermelha, eu e Dimin éramos muito unidos, assim como Hilda e Vrila, quando ela morreu Hilda chorou durante dias e queria pôr as mãos no desgraçado que tinha feito aquilo, mas os caçadores já estavam longe e Utgard estava em chamas, nós conseguimos reconstruir a vila e voltar ao comércio, mas aquela noite ficou para sempre marcada na mente dos que sobreviveram -Nesse momento ele sentiu uma pesada mão sobre seu ombro e quando olhou para frente viu Stoico o olhando fixamente, Astrid e seus amigos estavam com uma expressão triste e observando o chão, até os gêmeos haviam parado com a brincadeira e olhavam para suas canecas-

Stoico: Aqui em Berk você e sua família estarão seguros, eu prometo, agora brindemos a memória de Dimin e Vrila -Os quatro Vikings ficaram de pé e bateram suas canecas em um brinde orgulhoso e forte- AO DIMIN E A VRILA -Astrid e Soluço foram os únicos que tiveram forças para levantarem suas canecas, mas suas expressões ainda eram de desânimo e tristeza-


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ter lido até o final, conto com você para quando sair um novo capitulo



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