O Cavaleiro Negro de Berk escrita por Heythan


Capítulo 2
As Ovelhas e o Arqueiro


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pronto pessoal, ele ficou um pouco grande então eu achei melhor dividi-lo em duas partes para não ficar uma leitura cansativa, espero que gostem e boa leitura



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Começou a descer pela prancha um homem da mesma altura que Bocão com uma grande barba ruiva acompanhada de uma cabeleira, tinha olhos castanhos e um rosto um pouco arredondado, usava um grande casaco de pele marrom que chegava até as canelas e um par de botas cinzas, ele pisava firme e veio em direção a Bocão e Stoico, todos se encararam por alguns segundos mas logo caíram em uma gargalhada

Veldri: Como é bom revê-los meus amigos -Ele dizia dando um abraço em Stoico e em seguida em Bocão- já se fazem anos que não vejo a terra que nasci e cresci, mas agora eu voltei para ficar —Nesse momento ele olhou para trás de Stoico e enxergou o grupo de crianças acompanhadas pelo Fúria da Noite- então as histórias são verdadeiras -Ele caminhou até eles e logo atrás vinham Bocão e Stoico, Veldri ficou de frente com o dragão- agora vocês convivem com as feras aladas e ainda as montam, isso é magnífico -Ele dizia com um sorriso no rosto-

Stoico: Este é meu filho, Soluço, o responsável por mudar Berk para muito melhor e acabar com a guerra que durava gerações

Veldri: É um prazer conhece-lo Soluço, chamo-me Veldri Bellhorn

Soluço: O prazer em conhece-lo é meu e este aqui é o Benguela, ele é um Fúria da Noite -Ele acariciou o dragão que sorriu e olhou para o homem barbudo-

Veldri: Eu posso? -Ele ergueu a mão, olhou para o dragão e para o menino-

Soluço: Claro que pode -Ele olhou para o Banguela e acariciou a cabeça dele-

Veldri: Eu estou sem palavras -Ele dizia enquanto acariciava o Fúria da Noite- nunca imaginei que tal coisa seria possível, Vikings e dragões convivendo em harmonia, parecia um sonho distante, mas devo dizer que sua fama começa a se espalhar por todo o arquipélago Soluço

Soluço: FAMA? -Ele e seu grupo de amigos disseram em coro e até mesmo Benguela arregalou os olhos-

Veldri: Sim -Disse o homem barbudo dando um leve sorriso devido a cena- histórias são contadas sobre Berk, sobre o garoto que montou um dragão e que derrotou o Morte Rubra

Melequento: Eeeiiii, espera um pouco, tem histórias sobre ele? -O rapaz apontou para Soluço- e não tem nada sobre mim? -Perguntou com indignação-

Veldri: E quem seria você rapaz?

Melequento: Como assim quem sou eu? Eu sou Melequento Jorgenson, meu dragão é um Pesadelo Monstruoso

Veldri: Isso é impressionante mas não ouvi nada sobre você, apenas sobre Soluço e seu Fúria da Noite

Melequento: Isso não é justo, o mundo não sabe reconhecer um herói -Ele dizia cruzando os braços enquanto todos o olhavam com ironia-

Perna-de-Peixe: Na verdade faz todo o sentido o Soluço receber histórias, já que ele foi o primeiro Viking a montar um dragão e que quem montou a estratégia contra o Morte Rubra foi ele -Nesse momento um grito enfurecido veio do navio-

???: VELDRIIIIIII AONDE VOCÊ ESTÁ?

Bocão: Em nome de Thor o que foi isso? -Todo olharam assustados para o navio-

Veldri: Essa foi minha amada esposa, Hilda e algo me diz que ela não está nada feliz -Ele disse com ironia e logo depois riu- JÁ DESEMBARQUEI QUERIDA -Ele gritou para o navio-

Na prancha que ligava o navio a ponte do cais apareceu uma mulher que aparentava ter a mesma altura que Veldri, tinha longos cabelos castanhos escuros trançados que caíam sobre os ombros, tinha o rosto mais afinado mas com uma cicatriz que parecia um corte de garra na bochecha esquerda, vestia um casaco de couro negro que chegava até a cintura, tinha um grande cinturão que servia para segurar seu machado, sua calça era marrom escuro e suas botas eram negras como o casaco

Hilda: AONDE FOI QUE VOCÊ COLOCOU O BAÚ DE ROUPAS? -Ela dizia esbravejando-

Veldri: Ela é um amor de pessoa -Falou para Stoico e Bocão que riram em seguida-

Hilda: DIGA LOGO ANTES QUE EU BATA EM VOCÊ COM UMA CLAVA ATÉ QUE A SUA CABEÇA OU ATÉ QUE A CLAVA SE PARTA - Mais raiva apareceu na voz, o que fez Banguela se encolher um pouco com os gritos-

Veldri: ELE ESTÁ NA CABINE DA MENINA, QUERIDA -Ela sorriu, acenou e voltou para o navio- acho que vocês já descobriram quem manda em casa -Todos riram-

Enquanto todos conversavam e riam entre si, uma figura estranha saiu do navio, despercebida, andava rápida e silenciosamente, essa estranha figura contornou a ponte aonde todos estavam e pulou para a ponte ao lado que estava mais vazia, ninguém havia percebido essa pessoa, ninguém exceto o Fúria da Noite que pode vê-lo saindo do navio, pulando para a outra ponte e contornando o grupo de pessoas, o dragão acompanhava a figura com o olhar e soltou um pequeno grunhido e isso chamou a atenção de Astrid que se aproximou dele e pôs a mão em sua cabeça

Astrid: O foi Banguela? -Ela percebeu que o dragão parecia observar algo com curiosidade então tentou achar com o olhar o que estava chamando a atenção dele-

Foi quando percebeu que a estranha pessoa, não dava para vê-la pois vestia uma grande capa verde com toca, só era possível ver suas botas com placas de aço e parte de sua calça cinza, estava carregando uma bolsa grande nas costas e pendurado no ombro havia um arco, o encapuzado atravessou rápido as docas e já estava na subida que levava para a vila, Astrid o acompanhou com um olhar sério e desconfiado até ele desaparecer entre as pessoas

Stoico: Infelizmente não posso ficar conversando o dia todo aqui, tenho uma vila para cuidar e um povo para ajudar

Bocão: E eu tenho muito trabalho na forja, aqueles metais não vão se concertar sozinhos

Veldri: Eu vou descarregar o navio e levar tudo para a casa

Stoico: Assim que anoitecer podemos nos encontrar no grande salão para conversarmos

Bocão: Eu acho uma excelente ideia

Veldri: Estamos de acordo então, até mais tarde amigos, foi um prazer conhece-los crianças mas tenho que ir antes que eu seja decapitado -Ele riu e logo após se virou e foi para o navio-

Soluço: Está tudo bem Astrid? -Assim que ele percebeu o olhar dela ele se aproximou-

Astrid: Está sim, eu apenas pensei ter visto algo mas foi um engano -Ela olhou para ele e deu um leve sorriso-

Perna-de-Peixe: Soluço

Soluço: Sim Perna-de-Peixe?

Perna-de-Peixe: O seu pai me incumbiu da importante função de avisar que o Sven está tendo problemas, aparentemente alguns Nadders Mortais estão roubando e afugentando o rebanho de ovelhas dele, então seu pai quer que a gente resolva esse problema

Soluço: Pelo visto já temos trabalho para hoje, vamos montar

Minutos depois todos já estavam em seus dragões e sobrevoando a fazenda de Sven que ficava em uma parte montanhosa que a poucos metros já se podia entrar na floresta, e já se podia ver dois Nadders Mortais se aproximando das ovelhas que estavam encolhidas em uma parte do cercado

Soluço: Certo, temos que afugentar os Nadders mas sem machucar eles ou as ovelhas e tomem cuidado com o cercado, se as ovelhas escaparem para a floresta vamos ter ainda mais problemas -Assim que terminou de falar ele mergulhou com Banguela- agora amigão

O Fúria da Noite disparou uma rajada de plasma que acertou o chão poucos centímetros a frente dos Nadders, o golpe chamuscou um pouco o chão e chamou a atenção dos dragões que olharam para Banguela e Soluço e revidaram lançando espinhos, mas Banguela virou para esquerda e desviou do golpe, pelo outro lado veio Melequento montado em seu dragão Dente-de-Anzol que disparou um jato se fogo mais fraco acertando um dos Nadders na costa, pela frente veio Astrid em um voou rápido com a Tempestade e lançou espinhos nos dragões que desviaram pulando para os lados, os dragões selvagens começaram a voar mas foram surpreendidos por uma nuvem feita de gás de Zíper Arrepiante feita por Bafo e que explodiu assim que foi acendida por Arroto, Perna-de-Peixe estava se aproximando montado na Batatao entretanto os Nadders o perceberam e dispararam um jato de fogo, Perna-de-Peixe e seu Gronkel conseguiram desviar mas os jatos acertaram o cercado destruindo uma parte

Cabeçaquente: Não era isso que não podia acontecer? -Eles pararam no ar olhando a destruição-

Cabeçadura: Eu não sei, mas ver a cerca pegando fogo e essas ovelhas correndo desesperadamente me dá uma sensação de calma

Cabeçaquente: Nem me fale -Ambos olhavam a cena-

Soluço: ESSA NÃO -Com o cercado destruído as ovelhas corriam em direção a brecha desesperadas-

Astrid: Deixa comigo -Astrid mergulhou rapidamente em direção a brecha- agora Tempestade, Tiro de Espinho -O dragão entendeu e disparou vários espinhos em direção a abertura fazendo com que eles enfincassem no chão fechando a brecha- Uuuhhuu, essa é minha garota -Ela acariciou o pescoço do dragão-

Melequento: Meus parabéns Astrid, mas sua garota deixou passar uma -Ele olhava para ela com sarcasmo enquanto apontava para a floresta aonde uma ovelha tinha acabado de entrar-

Astrid: Eu pego ela -Tempestade mergulhou em direção a floresta-

Soluço: O resto dos cavaleiros venham comigo para afugentar os Nadders

A ovelha corria desesperada pela floresta, pulando por pedras e troncos caídos, passando por arbusto, desviando de árvores, Tempestade tinha dificuldade em segui-la devido ao caminho cada vez mais estreito, folhas acertavam o rosto de Astrid mas mesmo assim permaneciam firmes atrás dela, em certo momento a ovelha se viu encurralada por uma grande rocha e essa foi a chance da Hofferson

Astrid: Agora garota, Tiro de Espinhos -Mais uma vez o dragão acertou em cheio, ela disparou vários espinhos que se enfincaram no chão entorno da ovelha prendendo ela em um pequeno cercado-

O dragão aterrissou logo à frente da ovelha e Astrid desceu, ela ia até a ovelha com um sorriso orgulhoso quando ouviu barulhos de passos na floresta vindo atrás da rocha, ela rapidamente foi até a pedra e começou a se esgueirar por ela, foi quando viu um garoto mais ou menos da altura do Soluço, com cabelos negros que chegavam até o pescoço, usava uma jaqueta de couro marrom que se assemelhava a uma armadura, tinha calças com placas de aço, portava um arco marrom e uma aljava nas costas, assim como um pequeno machado preso no cinto da jaqueta de couro, ela soube que era o mesmo encapuzado das docas pois era o mesmo arco, ela começou a observa-lo com desconfiança, ele olhava para os lados e começou a andar para dentro da floresta e Astrid o seguia sorrateiramente, ele parecia perdido ou pelo menos parecia procurar algo, em certo momento  viu uma caverna e começou a olhar para dentro, mas depois seguiu em frente e ela continuava a segui-lo, outra caverna foi encontrada e mais uma vez ele começou a olhar para ela até que finalmente entrou desaparecendo na escuridão, Astrid pôs a mão no machado e quando foi avançar sentiu uma mão em seu ombro, o movimento foi rápido, ágil e acompanhado de um grito feroz, ela segurou o braço da pessoa o torceu, logo depois o pegou e jogou contra uma árvore e quando levantou o machado….


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado a você chegou ao final e leu tudo, qualquer errinho pessoal por favor me avisem, até mais



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