Vidas Secretas escrita por Srta Poirot


Capítulo 20
Reunião de Família (A Little Soul)


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores! Que tal voltarmos com um capítulo novinho dessa fic maravilhosa? Adorei escrever esse capítulo porque tem várias emoções diferentes. Espero sinceramente que gostem!

Dica de música: Pulp - A Little Soul (1998)



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I did what was wrong though I knew what was right

I've got no wisdom that I want to pass on

Just don't hang round here, no, I'm telling you son

You don't want to know me

Oh, that's just what everybody's telling me

And everybody's telling me you look like me.

.

.

.

Queens, 18 de junho de 1999...

Sexta-feira chegou rápido para o desespero de Tony e ansiedade de Peter.

Jantar com a família, geralmente, era uma atividade inofensiva, mas quando se tratava de Howard e Maria Stark, era algo imprevisível. Howard poderia atacar Tony moralmente, apontando seus erros do passado e controlando tudo. Tony ficou nervoso pensando nisso.

Mas, Howard não fez nada ainda, além de ajudá-lo a pagar a matrícula de Peter na escola Midtown. Foi uma boa ação, apesar da exigência de fazer o jantar e conhecer Peter. Pepper disse que tudo iria dar certo e que ele não precisava se preocupar.

Porém, a incerteza ainda se mostrava no rosto de Tony enquanto ele encarava o grande portão que dava para a mansão. Peter tinha uma expressão de confusão enquanto fazia o mesmo.

“Então...” Peter quebrou o silêncio. “Vamos ficar admirando essa enorme mansão do lado de fora ao invés de entrar?”

Tony pareceu voltar à realidade ao ouvir a voz de Peter.

“Oh, não, não. Vamos entrar. Eu só estava pensando... Tentando imaginar como vai ser daqui pra frente.”

“Não precisaria se preocupar com isso se não tivesse tentado se esconder esses anos todos.”

“Peter, eu te expliquei as razões por eu ter feito o que fiz e não me arrependo. Faria tudo de novo.”

“Eu sei, mas eu ainda tenho o direito de ficar chateado. A Pepper soube antes de mim. Qualquer filho ficaria chateado.”

“E eu já pedi desculpas.” Tony suspirou. “Pelo menos, você desistiu da ideia de não ir para Midtown. Eram desculpas bobas.”

Tony observou mais uma vez a mansão à sua frente. O sol já estava indo embora, deixando cada vez mais o caminho menos iluminado. Não adiantaria nada protelar o momento inevitável.

“Vamos acabar logo com isso.” Tony disse apertando o botão da campainha ao lado.

Ele se identificou e o portão abriu. A porta da mansão foi aberta pela empregada, a mesma que Tony viu. Eles foram levados à sala de visitas. Para a surpresa de Tony, o casal Stark já estava lá, esperando por eles e, pela expressão em seus rostos, também estavam nervosos.

“Finalmente! Estávamos ansiosos para conhecê-lo! Olha só como você é lindo!” Maria foi de encontro a eles e abraçou Peter. “Esperei tanto por isso. Não sabem o quanto estou feliz.” Maria também abraçou Tony.

“Bem, acho que também estamos felizes.” Tony disse depois que terminou o abraço.

Howard se aproximou dos três, estendendo sua mão para Tony. “Vocês chegaram bem na hora.”

Tony apertou a mão. “Pois é, o trânsito estava tranquilo.”

Howard estendeu sua mão para Peter logo em seguida. “Como vai, rapaz?”

Peter hesitou, não sabendo se dava um abraço ou apertava a mão dele, afinal de contas, aquele era seu avô. Ele decidiu apertar a mão que estava esperando. “Eu vou muito bem, obrigado.”

“Você é alto.” Howard comentou e se virou para sua esposa. “Não acha ele alto?”

“Eu acho que sim.” Ela respondeu.

Howard se virou para Tony. “Anthony, seu filho é alto.”

“Eu sei, isso é loucura.” Tony disse em tom de brincadeira, mesmo não sabendo se era um elogio ou uma crítica.

“Vamos nos sentar.”

Maria conduziu os convidados aos sofás que Tony já viu duas vezes. A sala de visitas era o único cômodo que ele esteve e notou que era bem chique. Peter olhava para todos os lados, ficando admirado e surpreso com toda a decoração. Provavelmente ele notou que os móveis dessa sala eram mais caros que todos os móveis do apartamento que ele morava.

Peter, não muito à vontade, dividiu um sofá com Howard enquanto que Tony dividia outro com Maria. Ela ofereceu alguma bebida, mas eles só aceitaram água. A empregada distribuiu copos d´água para eles.

“Então, Peter...” Maria começou a falar. “Ficamos felizes em saber que você escolheu entrar em Midtown no próximo semestre.”

“É, foi meu amigo Ned que me indicou a escola. Ele também vai estudar lá próximo semestre.”

“A educação é coisa mais importante do mundo, depois da família. Seu avô Howard sempre disse isso.”

Tony quase se engasgou com a água que estava bebendo. Depois da família? É sério?, ele pensou.

“Está tudo bem, Anthony?” Howard perguntou não muito preocupado.

“Estou bem.” Tony respondeu.

Peter aproveitou o momento para mudar de assunto e ir ao objetivo. “Eu, hãã, tenho algumas perguntas.”

“Tenho certeza que você tem.” Maria disse. “Eu também tenho muitas perguntas e gostaria aprender tudo sobre você, meu neto lindo.”

Peter sorriu. Eles trocaram perguntas e respostas sobre os anos distantes. Howard se limitou a falar sobre os negócios da família – algo que ele mais entendia – e Maria falou sobre a época que Tony era jovem. Claro que ela só falou das partes boas dos Starks, sobretudo da infância de Tony. Peter falou das coisas que ele gostava de fazer e das atividades que fazia na escola.

A empregada os informou que o jantar estava pronto. Ela parecia mais tímida por ter a presença de convidados e seu vocabulário era bem limitado, Tony notou. Os quatro Starks se reuniram à mesa de jantar e Peter logo ficou mais desconfortável. A mesa era grande e tinha muitas opções de comida sobre ela, inclusive carneiro. Parecia um banquete de Ação de Graças, mas era uma refeição comum para Howard e Maria Stark. Peter se sentiu melhor se sentando de frente ao seu pai, que sentou à direita de Howard. Howard sentou na ponta e Maria ao seu lado esquerdo, entre Howard e Peter.

Eles começaram a comer. Peter lamentou não ter revisado as regras de etiqueta, mas notou que seu pai não ligava para isso enquanto comia. Os dois preferiam colher a garfo e faca.

“Então, Tony, não falamos muito de você. Como tem vivido? No que trabalha?” Maria perguntou de repente.

Tony sentiu o olhar de Howard se fixar nele, mostrando interesse na resposta. Tony parou o meio movimento da colher no prato. “Nossa vida é tranquila e eu trabalho com aquilo que sempre gostei de fazer. Eu conserto carros.”

“É, ele é ótimo! Ele sabe tudo sobre carros. Ele e o Tio Joe são praticamente sócios da oficina.” Peter complementou com orgulho em sua voz.

“E quem é Tio Joe?” Maria perguntou.

“O dono da oficina.”

“E onde fica essa oficina?” Dessa vez, foi Howard quem perguntou.

“Fica no Queens. Moramos próximo a ela.” Tony respondeu.

“Queens? Eu não teria escolhido morar lá.” Howard comentou.

“Eu sei. Não faz parte do seu padrão de vida.”

“Devemos sempre buscar pelo melhor. Se não tiver ambição, você nunca vai progredir.”

“Eu chamo de sucesso não ter que conviver mais com essas suas... lições.”

Peter ficou olhando de um para o outro, acompanhando a interação de seu pai e seu avô com muito interesse.

“Sucesso? Você quer falar de sucesso? As Indústrias Stark ainda é a maior referência em armamento bélico do país.”

“E ser chamado de Mercador da Morte deve ser muito engrandecedor.”

“É apenas um pequeno fardo de ser o provedor da família. Sempre lhe demos do bom e do melhor.”

“À custa das mortes de pessoas inocentes. Você tem noção disso, pai? Eu era jovem para entender, mas acho que você sabia.”

“Sempre há inocentes no meio de uma guerra.” Howard disse sem emoção, o que irritou Tony ainda mais.

Tony não queria que a ‘conversa’ terminasse em briga, até porque era por Peter que ele estava ali. Então ele preferiu se levantar. “Com licença, preciso ir à cozinha buscar uma Coca-cola. Ou uma faca.” Ele deu a volta na mesa passando por trás de Howard.

“Não temos Coca-cola.” Howard avisou enquanto Tony se retirava. Ele olhou para Maria em seguida. “Avisa para ele que não temos Coca-cola.”

“Eu acho que ele sabe, Howard.” Maria respondeu cerrando os dentes.

“O que foi?”

“O que eu falei sobre se comportar? Nós temos um convidado mais do que especial e você está sendo, digamos, você.” Maria o repreendeu.

Howard suspirou. “Tem razão. O foco aqui é o Peter. Vou até brindar pelo futuro dele. Pretende ir para o MIT? Já está no ensino médio?”

“Hãã, não, senhor. Eu ainda faço o fundamental. Só estarei no ensino médio com 15 anos. E ainda não decidi sobre faculdade.” Peter respondeu.

“Mas que pena. Você parece ser muito inteligente.”

“E ele é.” Tony disse voltando ao seu lugar à mesa. Percebendo que voltou de mãos vazias, ele explicou: “Não tem Coca-cola.”

Maria lançou um sorriso. “Howard estava falando em brindar pelo futuro de Peter.”

“Ótima ideia. É algo que concordamos.” Tony disse.

Howard chamou a empregada – que se chamava Nina Delmar – e solicitou mais vinho. Enquanto a empregada preenchia as taças dos adultos com um pouco de vinho e suco de laranja para Peter, Howard iniciava seu discurso.

“Vamos brindar pela educação de Peter, que seja a das melhores do país e, claro, que ele tenha um futuro brilhante e de muito sucesso. Vamos brindar também por Anthony ter tido juízo de retornar à família Stark.”

Tony estaria rolando os olhos se não tivesse acontecido um pequeno acidente com sua água. A empregada Nina se distraiu com a fala de Howard e esbarrou a garrafa de vinho no copo d’água de Tony, derramando água sobre ele. Ela parecia ter ficado surpresa com o que Howard disse.

Howard, por sua vez, ficou furioso. “Essa empregada é muito desastrada. É por isso que eu não queria contratar uma latina para esse serviço.”

“Perdóneme, señor. Soy muy torpe.” A empregada se desculpou.

“No tiene importancia. Es solo agua.” Tony assegurou.

Mais uma vez ela pareceu surpresa, só que agora era por receber uma resposta em sua língua materna. O Sr. Stark não gostava de falar espanhol, embora a Sra. Stark falasse italiano às vezes, mas Tony sabia que os latinos gostavam de falar em sua própria língua e ele não se importava.

“¿Tu nombre es Nina Delmar? ¿Estás relacionada con el Sr. Delmar en Queens?”

Dessa vez foi Peter quem perguntou. A empregada ficou curiosa sobre os visitantes, mas parecia que eles também estavam curiosos sobre ela. Ela tratou de responder.

“Sí, soy la esposa de Delmar.”

Tony e Peter lançaram olhares e sorrisos alegres, como se tivessem recebido uma boa notícia. Nina ficou mais à vontade e esqueceu o desastre com o copo d’água.

“Ele faz o melhor sanduíche de Queens.” Tony disse em sua língua natural e Peter concordou.

Nina sorriu e ficou se sentindo orgulhosa porque sabia que seu marido era ótimo em seu trabalho na lanchonete. Um dia, nós vamos ter nossa lanchonete própria, Nina pensou.

“Desculpe-me perguntar, senhor, mas...” Nina hesitou, não querendo mencionar um assunto pessoal sem permissão; e ela não podia ignorar a presença de seu patrão. Ela perguntou mesmo assim, e na língua deles: “O senhor é o filho do Sr. e Sra. Stark que desapareceu anos atrás?”

“Sim, sou eu. Não adianta esconder agora.” Tony respondeu.

Nina sorriu quando acertou em seu palpite. “Mas que boa notícia! Eu bem que o reconheci da foto que saiu nos jornais na época. Quer dizer, sua aparência está mais madura, mas...”

“Com licença...” Howard a interrompeu entre dentes cerrados. “Nós estamos no meio de um jantar de família.”

Nina olhou para seu patrão e reconheceu seu erro. Ela baixou a cabeça envergonhada e se retirou da sala de jantar murmurando suas desculpas. Antes que ela saísse, Tony lançou um olhar de desculpas pra ela.

“Não precisava ser rude com ela, afinal, fui eu e Peter que iniciamos uma conversa.” Tony protestou.

“Tony está certo.” Maria disse.

“Sim, mas ela tem que saber o lugar dela.” Howard declarou.

Com isso, Peter sentiu a necessidade de falar. “Mas ela é uma pessoa. Não é diferente de mim.”

“Você é diferente sim. Você é um Stark.” Howard argumentou.

“Até pouco tempo atrás, você não me conhecia. Se tivéssemos nos encontrado na rua, você não me trataria como um Stark porque não saberia quem eu era, não é?” Peter contra-argumentou.

Foi a vez de Tony ficar movendo sua cabeça de um para o outro. Ele sabia que era uma pergunta retórica porque todo mundo já sabia a resposta.

Howard ficou olhando para seu neto por alguns segundos e decidiu responder. “Não importa mais o passado porque os Starks têm um legado. Esse legado não é só a empresa, é também o puro sangue e o cérebro. É preciso inteligência para manter o que foi criado. Eu tenho essa inteligência, seu pai tem essa Inteligência e você tem essa inteligência. Por isso que você é diferente, você tem esse potencial.”

Peter não ficou nada satisfeito com essa resposta. Seu avô rebaixava as outras pessoas porque simplesmente as outras pessoas não eram Starks.

“Pois eu acho que todas as pessoas têm potencial.” Peter continuou falando. “Desde o dia em que ao mundo chegamos, caminhamos ao rumo do Sol. Há mais coisas pra ver, mais que a imaginação; muito mais... Não, esperem.” Peter enrugou a testa como se estivesse pensando, depois retornou sua fala. “Desculpem, isso é O Rei Leão, mas a ideia é a mesma.”

Em outras circunstâncias, Tony estaria rindo por ele ter feito uma referência a um filme, como ele gostava de fazer. Mas, no momento, Tony estava orgulhoso por seu filho não ficar intimidado por Howard Stark. Peter não iria mudar seus princípios por causa de outra pessoa.

“Engraçado você citar O Rei Leão. Um leãozinho que fugiu de casa para não assumir as responsabilidades, mas que cresceu, virou adulto, e retornou para sua terra para recuperar seu lugar no trono.” Howard disse olhando diretamente para Tony.

Tony não ficou calado.

“Primeiro, engraçado é o senhor conhecer O Rei Leão. Segundo, minha vida e escolhas não têm nada a ver com as de Simba, que, aliás, é um personagem com atitudes questionáveis...” Tony se virou para Peter apontando um dedo. “Não olhe pra mim desse jeito, Peter, você sabe que é verdade.” Depois que Peter parou de julgá-lo pelos olhos, ele se voltou para Howard. “Não há nada para comparar, pai.”

“Tudo bem, então. Mas ainda espero que você assuma o que é seu de direito.”

Tony ficou atônito. Howard não falou em tom de comando, mas sim, em tom de esperança. Ele queria que o filho assumisse a empresa e, pela primeira vez, não era pelo bem da empresa. Tony não terminou o MIT, nem teve mais experiências com o conselho e nem com a alta sociedade... Então por que...?

“Eu realmente quero me aposentar.” Howard continuou a falar. “Eu nunca parei de trabalhar, nunca tive tempo livre. Ao contrário do que você pensava, os jogos de golfe não eram um divertimento e sim uma obrigação, mera formalidade, com os sócios mais importantes da empresa.”

“Espera, o senhor ainda quer que eu seja o CEO das Indústrias Stark? Não teria alguém mais especializado no cargo?” Tony questionou.

“Eu não quero alguém especializado, eu quero alguém de confiança.”

“É difícil confiar em qualquer um depois do que aconteceu conosco.” Maria falou em favor de Howard.

“Ah, claro. Obadiah Stane traiu a empresa em prol da concorrente.” Tony disse. “O que eu disse antes, hein? ‘Vocês entenderiam se largassem suas poltronas confortáveis uma vez e realmente olhassem aos seus redores’. Lembra-se disso?”

“Claro que eu lembro! Foi a última vez que eu te vi antes da sua fuga!” Howard inalou fundo. “Você sempre foi assim, mais impulsivo, mais modesto, mais determinado, mais despretensioso, mais altruísta, mais humano do que eu. Algumas dessas qualidades eu considerava como inadequadas para os negócios e confesso que tentei tirar isso de você. Ainda fiz pior. Quando vi que você estava muito apegado ao Peter e que não consegui moldá-lo da forma que eu queria, eu ameacei separar vocês dois. Isso foi a coisa mais cruel que eu já fiz, percebo agora. Nenhum pai merece passar por isso.”

Tony quase não percebeu que lágrimas caíram de seus olhos. Howard nunca falou assim com ele, nunca o elogiou com sinceridade, nunca disse nada que chegasse próximo a um pedido de desculpas.

Até Peter tinha lágrimas nos olhos. Apesar de seu pai ter contado sua história sobre sua infância, ver o causador de todo aquele sofrimento mostrar seu arrependimento era muito mais impactante emocionalmente. Seu pai quase nunca chorava e agora ele estava sentimentalmente abalado.

Mas o momento seguinte mostrou que foi tudo para o lado positivo.

Peter viu os dois Starks mais velhos se levantarem e se abraçarem. Ouviu pedidos de desculpas pelos erros do passado de ambos e desejou se juntar ao conjunto. Ele primeiro abraçou sua avó, Maria, que também estava emocionada.

Uma coisa era certa: Tony e Peter jamais imaginaram que o final do jantar seria assim. Se soubessem, teriam ido antes.

A noite terminou tranquila. Tony e Peter aceitaram passar a noite lá, e já eram mais do que convidados. Todos foram dormir felizes e contentes, como uma família. Bem, Howard ainda insistiu que Tony aceitasse ser CEO da empresa, mas nem isso tirou o bom humor da família Stark.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

P.S.: Falta pouco para finalizar a fic. Já estou com saudades.

Próximo capítulo: Mudanças.



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