Vidas Secretas escrita por Srta Poirot


Capítulo 16
A Carta (Iris)


Notas iniciais do capítulo

Prontos para surtarem?
Este capítulo é muito esperado pela maioria de vocês, porém, acho que não vai ser do jeito que estavam esperando. MAS, tem uma surpresa no final, inclusive é o capítulo mais comprido. Aproveitem!

Dica de música: Goo Goo Dolls - Iris (1998)



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Queens, 20 de agosto de 1996...

“Você está se saindo muito bem, Petey. Tocando como um profissional!” Amélia elogiou enquanto o observava da porta de seu ‘escritório’ com Tony ao seu lado. Os dois ficaram observando Peter tocar o piano divinamente bem. O garoto com apenas 11 anos fazia progresso nas lições que seu pai lhe ensinava. Depois da escola, Peter sempre gostava de ficar nessa sala praticando o piano enquanto seu pai ainda estava em horário de trabalho.

“Claro que ele toca bem! Ele herdou minha inteligência musical!” Tony exclamou com orgulho.

Amélia rolou os olhos com o que Tony disse. “Pelo menos não ficamos no tédio aqui. Uma boa música sempre alegra o ambiente.”

“Obrigado, Tia Amélia”, Peter disse. “Mas eu não acho que eu seja um profissional.”

“Você é sempre modesto, Peter.” Amélia disse por fim.

“Ok, Peter. Acabou o treino, é hora de irmos para casa.” Tony chamou.

Peter soltou um gemido insatisfeito. “Não podemos ficar mais um pouco? Eu queria estudar mais algumas notas.”

“Você pode fazer isso amanhã. E ainda tem dever de casa pra fazer. E o dever da escola é mais importante.”

“Tá legal. Eu vou indo.”

Peter começou a juntar alguns papeis e lápis em sua mochila. Enquanto isso, Tony retornou à sala, onde se despediu de Amélia. Amélia voltou para a cozinha. Peter logo apareceu gritando “Até amanhã!” para Amélia ouvir e recebendo uma resposta dela.

Peter não estava totalmente pronto para sair, pois ainda vasculhava sua mochila em busca de algo.

“Pai, espera só um minuto? Eu acho que esqueci meu caderno de anotações em cima do piano ou em alguma gaveta.” Peter avisou.

Tony suspirou. Ele queria ir logo para casa para relaxar e descansar. O dia foi mais longo hoje, pois muitos clientes decidiram aparecer na oficina de uma só vez. Ainda bem que ele podia dar conta dos serviços, mas, que droga, dar conta das pessoas reclamando era o mais difícil. O cansaço era visível no rosto de Tony. Mas Peter não fez nenhum mal; ele apenas esqueceu um caderno na outra sala.

“Tudo bem, filho. Vá procurar seu caderno.”

Peter acenou e voltou para a ‘sala do piano’, como ele gostava de chamar.

“Tony, venha ver isso.” Joe o chamou.

Joe estava sentado no sofá com a TV ligada. Ele também estava cansado do dia e só queria relaxar no sofá assistindo a algum filme, mas o que estava passando eram noticiários.

Tony se aproximou de Joe e voltou sua atenção para onde o homem apontava: a TV.

“...depois de mais de uma década do que aconteceu, a família Stark decidiu voltar para sua terra natal, Manhattan (Nova York). Depois da alta queda das ações das Indústrias Starks, o criador da corporação decidiu transferir sua sede para cá, em Manhattan, provavelmente para tentar se reestabelecer. Há rumores de que o Sr. e a Sra. Stark estão morando nesta mansão que é mostrada no vídeo, mas que o casal pede respeito da mídia quanto à sua privacidade.”

As imagens da TV mostraram a parte da frente de uma mansão, onde um enorme portão fechava o caminho para a entrada. O cinegrafista estava do outro lado da rua, com isso Tony pôde notar uma placa que dizia exatamente o nome da rua. Não havia muitas casas por perto. Era típico de o Howard escolher uma mansão mais isolada possível.

“Manhattan é praticamente vizinho.” Joe comentou enquanto Tony não conseguia proferir uma palavra. “Você acha que eles sabem que você está por aqui? Em Nova York, eu quero dizer.”

“Eu não... eu não...” Tony ainda estava tentando se recuperar do choque de saber que seus pais – Howard principalmente – estavam por perto. Se era intencional ou não, ele não sabia. “Eu não sei.”

“Talvez seja como o repórter disse, eles só decidiram voltar para sua terra natal.” Joe disse. “O que você vai fazer quanto a isso?”

“Eu? Hã... nada.”

“Achei! Estava guardado na gaveta.” Peter apareceu na sala terminando de fechar sua mochila. Agora ele estava totalmente pronto para ir para casa.

“Ótimo! Vamos depressa. Amanhã você tem escola.”

Peter fez cara de confuso. Era claro que ele sabia que tinha escola e não estava tão tarde assim, afinal, a noite estava só começando. Peter imaginou que seu pai devia estar bastante cansado e só queria estar em casa.

“Relaxa, pai. Nosso apartamento fica bem pertinho daqui.”

Os dois se despediram de Joe e foram para seu apartamento.

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No dia seguinte, Joe notou que Tony estava mais distraído que nunca. Ele era sempre focado e sempre disposto, mas algo o que estava lhe afligindo.

“Está tudo bem, Tony?” Joe o perguntou.

“Sim, eu estou. Só... eu não me lembro da última vez que tive uma noite péssima de sono. Meus pensamentos não me deixaram dormir.”

“Sei como se sente. Tem algo a ver com a notícia que vimos ontem, não foi?”

Tony acenou com a cabeça. “Eu não consegui parar de pensar.”

De repente, Tony largou suas ferramentas no chão e se levantou determinado da posição sentada que ele estava. O carro que necessitava de conserto teria que esperar.

“Joe, você pode me dar licença? Eu preciso fazer uma coisa e resolver um assunto.”

Joe franziu o cenho em estranheza. Não era típico de Tony largar o serviço no meio do expediente, exceto para buscar o Peter da escola.

“O que vai fazer?” Joe perguntou, mas não recebeu resposta.

“Você pode buscar Peter na escola, ou pedir para Amélia buscá-lo? Não sei se chegarei a tempo.”

“Pode ficar tranquilo.” Joe imaginou que tipo de assunto Tony iria resolver, mas não quis entrar em detalhes. “Bom, espero que saiba o que vai fazer. Desejo-lhe boa sorte, seja lá o que for.”

Tony mais uma vez apenas acenou com a cabeça, vestiu sua jaqueta e saiu.

Para ‘resolver seu assunto’, Tony precisou ir para casa buscar algo. Ele buscou o que queria e debateu se devia pedir o carro de Joe emprestado ou ir de trem a um certo lugar. Ele decidiu ir de trem.

A viagem de trem foi curta porque era um transporte bastante rápido. Tony nem precisou andar tanto até seu destino. Com o endereço anotado, Tony olhou para placa da rua para conferir se estava no lugar correto e ficou parado lá em frente ao grande portão. Ele apertou uma campainha ao lado.

“Como posso ajudá-lo?”

Uma voz desconhecida soou do interfone, provavelmente de uma empregada.

“Preciso falar com o Sr. e Sra. Stark.”

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“Como assim você não sabe quem é?” Howard perguntou meio irritado. Ele constantemente perdia a paciência com os novos empregados. Nenhum tinha a experiência e capacidade de Jarvis.

“Ele disse que os senhores o conhecem muito bem.” A empregada informou com a cabeça baixa e envergonhada com o erro.

“E por isso deixou um estranho entrar em nossa casa?”

“Howard, vamos logo ver quem é essa pessoa e acabar com o mistério.” Maria Stark concordava com Howard nesse ponto, mas não custava atender uma visita.

O casal se dirigiu à sala de visitas onde o visitante esperava. O visitante em questão estava de costas para a entrada da sala observando o jardim pela enorme janela francesa. Maria foi a primeira a ficar imóvel quando reconheceu a pessoa, mesmo não vendo o rosto, ali parada. Ela jamais se esqueceria da silhueta de seu filho e já passou horas imaginando como ele seria na fase adulta.

Howard também deve ter reconhecido porque ele falou baixinho, “Não pode ser...”.

O visitante se virou para eles apenas para confirmar que estavam certos: era seu filho, Tony Stark.

Maria correu de encontro ao seu filho abrindo os braços para um abraço. Tony não se moveu do lugar, ele ficou lá parado se sentindo um intruso, mas se sentiu à vontade para abraçar sua mãe. O abraço foi a melhor sensação que teve, após anos de saudades.

Por incrível que parecesse, Howard não os impediu. Ele apenas ficou lá parado, intrigado e surpreso com a volta repentina de seu próprio filho. Ele julgou que Tony pudesse estar perdido para sempre ou até mesmo morto, mas com certeza não imaginou receber a visita dele, como se nada tivesse acontecido.

“Meu filho, mi tesoro, está de volta! Eu não posso explicar o quão feliz eu estou! Veja, Howard, como ele cresceu!” Maria tocava no rosto de Tony, admirando sua nova aparência e o estilo de barba que deixou crescer. Um homem maduro ele virou!

“É muito bom vê-la de novo, mãe. A saudade foi grande.” Tony respondeu.

“Não precisava ter feito aquilo, Tony. Ter fugido!”

“Precisava sim.” Tony disse isso olhando diretamente para Howard, que parecia desconfortável com o assunto. Por que será, hein?

“Mas você fez um mal tremendo a si mesmo e ao Peter. Por falar nisso...” Maria olhou ao redor da sala procurando por alguém. “Cadê o Peter? Aconteceu alguma coisa com ele? Por que ele não está aqui?”

Tony fez um gesto para acalmá-la enquanto dizia, “Eu não o trouxe. Ele está muitíssimo bem e está na escola agora.”

Maria ficou visivelmente aliviada. “Ótimo, temos muito que conversar. Muitas coisas para atualizar sobre você e sua vida.” Ela o puxou para o sofá mais próximo na qual se sentou. Tony continuou em pé se recusando a sentar. “Já se passaram quase 11 anos desde a última vez que nos vimos. Quando vai se mudar para cá?”

Tony inclinou a cabeça em confusão. Esse não era o objetivo dele e Maria estava com as esperanças de que eles voltem a viver como eram. Como explicar para ela?

“Acho que ele não veio para voltar para nós.” Foi Howard que falou pela primeira vez. “Ele não vai dar um de filho pródigo.”

Maria ficou confusa. “Como assim ‘não veio para voltar para nós’? Aqui também é a casa dele. Ele já viveu muito longe de...”

“Não, mãe.” Tony disse interrompendo-a. “Aqui não é minha casa.” Tony suspirou profundamente. “Eu tenho meu próprio lar. Eu moro em Nova York há mais de 10 anos e vi a notícia que vocês se mudaram para cá... Eu só vim aqui para ser direto e fazer um único pedido.”

Maria Stark olhou para seu marido que ainda estava perto da porta. Howard deu alguns passos se aproximando.

“O que você quer?” Howard perguntou.

“Eu...” Tony não sabia exatamente por onde começar, mas ele tinha que tentar. “Eu quero que me deixem em paz. Como eu disse, moro em NY há mais de 10 anos sem que ninguém saiba sobre minha origem e quero que continue assim. Não quero que a mídia ou outras pessoas saibam, exceto vocês, porque são meus pais. E não quero que insistam que eu assuma as Indústrias Stark. E o mais importante: não quero que o Peter saiba sobre vocês.”

Maria ficou de pé em um pulo. “Não posso concordar que meu neto seja excluído da minha vida!”

“Ele não vai ser excluído da sua vida, mãe. Eu enviarei atualizações regularmente.” Tony disse com calma. “Mas eu quero decidir quando incluir vocês na vida dele. Eu sei como é viver sob os holofotes e sei como é ser um Stark.” A última palavra ele disse como se fosse um insulto. “Eu não quero esse tipo de vida para meu filho. Ele é muito jovem.”

“Acho justo.”

Os olhares de Tony e Maria rapidamente se voltaram para Howard. Era difícil de acreditar que ele facilmente havia concordado com o que Tony disse.

Howard logo se explicou. “Entenda, Maria, Anthony não veio aqui como o nosso filho, mas sim como o pai de Peter. Ele teve uma infância difícil e não quer que seu filho sofra o mesmo.”

Uau, ele entendeu mesmo.

O fato de Howard usar a expressão ‘infância difícil’ ao invés de ‘infância desprezada’ lembrou Tony do homem que ele era até 11 anos atrás. Ele parecia diferente. Muito diferente. Howard não estava nem tentando controlar a situação ou as decisões de Tony. Pelo contrário, ele estava... permitindo.

“Não deixaremos ninguém incomodar o garoto ou a você. Tem nossa palavra.” Howard completou. “Deixamos a Califórnia porque estávamos cercados de pessoas que traíram nossa confiança. O que Obadiah fez não tem perdão. Acredita que ele vendeu informações sigilosas e estratégicas das Indústrias Stark para a concorrente? Tudo isso porque Obadiah Stane queria a empresa toda para ele. Por causa disso, perdemos parte do mercado de vendas. Vendemos algumas ações e mudamos tudo para cá. Vamos recomeçar.” Howard olhou diretamente para Tony com a expressão, mas preocupado. “Entenda, Anthony, nós quase perdemos as Indústrias Stark. Seria nossa ruína se perdêssemos você também. Se para tê-lo de volta significa que teremos que manter distância, então que seja. Mas você vai nos manter atualizados, não é?”

Tony acenou que sim. Maria ainda estava chocada com a decisão tomada por Tony, mas compreendeu que não podia prendê-lo ou ter a antiga vida de volta.

Maria aproveitou aquele momento da visita de Tony para saber mais dele e de Peter. Ele não estava muito disposto a falar sobre tudo, mas ela arrancou o máximo de informações possíveis.

Por fim, Tony olhou para o relógio e disse que estava tarde. Ele anunciou que ia embora para casa.

“Ah, eu quase ia me esquecendo. Trouxe isso para vocês.” Tony disse enquanto tirava um envelope quadricular de dentro do bolso do seu casaco. “Por favor, só abram quando eu sair.”

Ele entregou nas mãos de sua mãe e ela recebeu com carinho.

“Nós também temos algo pra você.” Maria abriu uma gaveta de uma cômoda da sala e pegou outro envelope de dentro. Porém, esse envelope era retangular, usado para enviar cartas. “É uma carta do Jarvis. Endereçada especificamente para você.”

Ao ouvir o nome do Jarvis, Tony ficou extremamente curioso e a carta ainda lacrada realmente estava destinada a ele. Mas ele decidiu que iria abri-la apenas em casa.

“Por falar em Jarvis, como ele está? Vocês têm notícias dele?”

Howard e Maria se entreolharam com expressões de tristeza. Foi Howard quem decidiu falar primeiro.

“Eu compreendo que você não saiba das notícias. Jarvis infelizmente faleceu há 6 anos. Um mês depois de Ana.”

“Quando fomos visitá-lo – isso em 1990 – devido ao falecimento de Ana, ele nos entregou essa carta dizendo que a havia escrito em 1985, no momento em que ele soube da gravidez de Mary. Mas ele se esqueceu de enviar porque Ana estava muito doente na época.” Maria contava com a voz emocionada. “Contamos a ele do seu sumiço, mas ele nos entregou a carta mesmo assim e disse que um dia você voltaria porque ele te conhecia muito bem.”

Tony não podia acreditar. Jarvis havia falecido há 6 anos e ele não teve a oportunidade de vê-lo pela última vez. Tony segurou a carta com mais carinho e a guardou em sua jaqueta. Ele apenas acenou com cabeça em compreensão e saiu da mansão dos Starks.

Assim que Tony saiu, Maria abriu o envelope que ele entregou. Ela pôs a mão no peito com a emoção que sentiu ao ver que era uma foto de seu neto Peter. Era uma foto de busto, mas dava para ver que ele feliz e perfeito só pelo olhar. Howard também sentiu a mesma coisa.

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Tony pegou o caminho de volta para casa. A essa hora, Peter já estaria na casa dos Potts aguardando seu retorno, mas Tony precisava de um tempo sozinho para pensar. O reencontro e a conversa com seus pais foram mais fáceis do que ele imaginou. Howard nem parecia Howard. Talvez com a dor da traição de um amigo de longa data somado com a fuga do único filho o tenha mudado de verdade.

Tony sentou em sua cama e juntou forças para abrir a carta. O que ele leu o fez derramar lágrimas dos olhos.

Londres, 04 de junho de 1985

Jovem Senhor,

Eu ouvi falar sobre o estresse que você está passando nas últimas semanas e as notícias. Eu gostaria de lhe assegurar, isso se ninguém fez ainda, que tudo vai ficar bem. O mundo tem um jeito estranho de jogar essas coisas em nós, mas não há nenhuma razão para achar que isso é uma maldição. Seu pai me contou das intenções dele de criar a criança sob seu teto. Embora eu não concorde com os motivos dele, eu tenho a maior fé em você.

Não perca seus objetivos de vista, Tony, mas saiba que isso lhe dará a oportunidade de corrigir as coisas que você acha que estão erradas. Eu sinceramente acho que você vai amar o bebê. Eles são muito fáceis de se apegar, confie em mim, eu sei. Eu acho também que o bebê terá muita sorte em ter você como pai. Enfim, agarre esta oportunidade enquanto você ainda tem porque, daqui a alguns anos, você talvez lamente a chance perdida, a chance de ser um pai como você queria que o seu fosse. Se eu pudesse, eu teria tido filhos, mas tive que me contentar com você. Infelizmente, a vida é curta, mas podemos aproveitá-la ao máximo se tivermos coragem.

Eu espero voltar aos Estados Unidos dentro de alguns meses, mas não prometo que será esse ano. Eu e Ana sentimos muito a sua falta. Ah, e feliz aniversário atrasado.

Com carinho,

Edwin Jarvis.

Tony demorou um tempo chorando pela perda de duas pessoas extremamente queridas para ele. Era uma pena Peter nunca poder conhecê-los.

Peter.

Tony se lembrou de Peter ainda na casa dos Potts. Ele enxugou suas lágrimas e saiu com uma nova confiança. De que tudo o que fez foi o certo.

Chegando à oficina, ele assegurou ao Joe que tudo estava bem e foi buscar Peter no andar de cima. Assim que entrou, ele foi recebido por Peter e Pepper juntos.

“Pai! Você voltou! Foi para onde? Espera, vou buscar minha mochila.” Peter voltou correndo para a sala do piano.

Enquanto isso, Tony fixou seu olhar em Pepper. Claramente ela havia acabado de chegar do seu trabalho na Clarim Diário, mas tinha um enorme sorriso no rosto.

“Meu pai me disse que você tinha saído para resolver um assunto. Espero que não seja algo grave ou coisa assim.” Pepper disse a ele.

Infelizmente, a vida é curta, mas podemos aproveitá-la ao máximo se tivermos coragem.

“Você quer jantar comigo?” Tony falou tão rápido que Pepper demorou uns segundos para processar o que ouviu.

“Como assim? Às vezes, nós jantamos juntos, tipo, no Dia de Ação de Graças, no Natal...”

“Não, eu quis dizer... tipo um encontro. Só nós dois? Nessa sexta-feira? No meu apartamento?”

“No seu apartamento...”

“É, eu vou cozinhar.”

“Mas e o Peter?”

“Peter vai estar na casa de um amigo. O nome dele é Ned e eles gostam das mesmas coisas. Enfim, eles querem construir uma Estrela da Morte. Com legos, é claro. Resumindo, Peter não vai estar presente.”

“Oh. Eu... eu não sei o que dizer.”

“Só diga sim.”

Pepper olhou para Tony e viu sinceridade em tudo. Viu também que ele estava ficando nervoso com a falta de resposta.

“Sim, eu vou.”

“Sim? Você disse sim? Quer dizer, tudo bem, eu vou te esperar na sexta.”

“Na sexta.”

Os dois ficaram se olhando, ambos com largos sorrisos no rosto. Eventualmente, Peter voltou para a sala com sua mochila e Tony se despediu da Pepper.

Apesar do nostálgico reencontro com os pais e a triste notícia da morte de Jarvis, Tony não conseguiu tirar o sorriso do rosto naquela noite até a hora de dormir.

Ele não queria mais perder tempo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Esperavam esse encontro entre Tony e seus pais? Como vai ser daqui pra frente? Continuem acompanhando pra saber!

Próximo capítulo: O Encontro.



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