As coisas estavam mais calmas, meus pais não falaram mais em mudanças, Jake e eu estávamos felizes, mas tinha um detalhe que me deixava constrangida, estávamos casados, ou meio casados a mais de um mês e não havia acontecido anda entre nós.

Finalmente conseguimos decidir o tema do baile, após muitas discussões decidimos fazer um baile de máscaras, faltava apenas decidir os detalhes da decoração e claro que Alice estava empolgadíssima.

Jacob estava viajando com Billy, era uma viagem de negócios, mas ele me ligava de uma em uma hora para me dizer que estava com saudades, meus pais haviam ido a um almoço comemorativo do time, mas eu não quis ir, Bella havia me ligado me convidando para almoçar com ela e Edward mas eu estava tão desanimada que fiquei de pensar, tínhamos virado grandes amigas, me sentia muito bem quando estava com Bella e Edward, mas acho que a saudade de Jacob me deixou desanimada.

Havia terminado a última aula e fui até meu armário guardar alguns materiais, mas como nem tudo é perfeito logo avistei Leah acompanhada de uma mulher, acho que era sua mãe, abri o armário para disfarçar e passar um tempinho enquanto ela ia embora, depois do episódio com meu diário eu fazia de tudo para não me confrontar com Leah, sei que um novo confronto nosso resultaria com uma de minhas mãos no meio da sua cara.

Permaneci ali olhando de longe, logo percebi que elas estavam brigando, vi a mulher falando algo e indo embora em seguida, Leah veio em minha direção e apenas me encarou limpando as lagrimas e seguiu para a área externa no colégio.

Fui para o estacionamento e assim que me aproximei do meu carro, encontrei um molho de chaves no chão, olhei para o lado em busca de ver algum suposto dono foi quando a alguns metros avistei a mulher que estava com Leah, parecia procurar algum, logo imaginei que se tratava das chaves.

— Com licença senhora – Falei ao meu aproximar

— Pois não, o que deseja menina? Ela perguntou

— Desculpe, mas a senhora perdeu algumas chaves? Perguntei

— Você as encontrou? Muito obrigada querida!

—São essas? Perguntei mostrando as chaves

— Sim, são essas, obrigada, eu estava procurando desesperada, tive um pequeno desentendimento com minha filha e estou nervosa.

— Não se preocupe, não precisa se explicar, as chaves estão aí –

— Você é muito gentil, como se chama?

— Nessie McCartney– Respondi – A senhora é mãe da Leah?

—Sim, não me diga que teve algum problema com ela?

— Ah, não senhora, só perguntei por perguntar.

—Não? É a primeira garota que não tem problemas com Leah, todas reclamam até as meninas que vivem grudadas nela.

— Eu sei que não é da minha conta mais porque brigaram? Perguntei.

— Próximo final de semana é aniversário de Leah, mas vou viajar amanhã e só volto depois do natal, meu marido fará uma longa viagem e não posso deixá-lo ir sozinho, imagine se quando estou perto ele me trai imagine longe de mim.

Após escutar as palavras da mãe de Leah entendi porque ela era assim, ela tinha pais ausentes que não ligavam para ela.

— Desculpe senhora mas se seu marido a trai porque ainda está casada com ele?

A mulher me olhou séria – parabéns vai levar a patada do ano por ser enxerida – pensei.

— Eu não sei, nunca parei para pensar nisso – Ela respondeu – Minhas amigas sempre me aconselham a não dar o divórcio.

— Porque? Pelo dinheiro? Desculpe senhora eu sei que estou sendo uma garota atrevida por me intrometer em um assunto como esse mais, a senhora é uma mulher linda e elegante, sua filha é uma das mais bonitas do colégio, Leah é campeã nos concursos de Torcida feminina do país, a senhora já a viu competindo?

— Não, nunca a vi – Ela respondeu

— Deveria ver, eu acho que a senhora também deveria dar uma grande festa para sua filha, acho também que deveria mandar seu marido para o Japão e arrumar um namorado bem bonito, e ser feliz.

Vi que a mulher me olhava sem reação, e antes que ela me colocasse para correr sai de sal frente e fui em direção a meu carro.

Assim que coloquei a chave na porta do carro, senti duas mãos envolverem minha cintura e meu corpo se arrepiou com aquela voz conhecida em meu ouvido.

— Deixa que eu dirijo!

— Jake! Falei me virando e o abraçando forte em seguida nossos lábios se encontravam em um beijo cheio de saudade.

— Peguei o primeiro voou de volta, meu pai vem depois com Embry, vim correndo ver você não aguentava mais de saudades- Rocei meus lábios nos seus.

— Também senti saudades – Respondi

—Quero te levar a um lugar – Jake falava todo carinhoso.

— Que lugar?

— É surpresa! Então eu dirijo.

Entreguei a chave a ele, durante todo o caminho Jacob me contava alguns detalhes da viagem, uma hora depois chegávamos, era um bairro muito nobre e lindo, cheio de lindas, mansões, ele parou o carro em frente a uma delas.

— Que casa é essa Jake? Perguntei confusa

—Ele me mostrava a chave e sorria – É nossa casa, olha a cor, lembra que em falou que queria morar em uma casa Azul, com um jardim enorme, e um balanço para as crianças?

— É linda! Pulei sem eu pescoço lhe dando um beijo em seguida.

— Tem que conhecer dentro – Ele falava saindo do carro.

Logo entramos, realmente a casa era linda, olhamos cada cômodo, sala de estar, sala de jantar, cozinha, depois fomos para o segundo andar.

— São muitos quartos, não acha que é grande demais? Perguntei

— Bom no começo vai ser grande, mas depois chegarão os hóspedes-Ele brincou

— Que hóspedes?

Ele me puxou meu corpo para junto do dele, roçando seus lábios nos meus iniciando um beijo, enquanto devagar me empurrava em direção a um dos quartos.

— Nossos filhos – Ele sussurrou.

Logo entramos em um dos quartos da mansão, tinha paredes brancas, e cortinas de rendas também na cor branca, o chão estava cheio de pétalas de rosas, e tinha uma grande cama.

— Nossa – Falei surpresa.

Jacob nada falou, apenas me beijou de uma forma doce e delicada, sai boca explorava cada pedaço da minha, enquanto suas mãos percorriam por minhas costas, voltando para minha cintura, puxando cada vez mais meu corpo contra o seu. Nossos lábios não se desgrudavam enquanto lentamente ele me deitava sobre a cama quando meu celular tocou.

— Não acredito – Falei ofegante

—Amor não desligou o celular? Ele perguntou ainda sobre mim.

— Deixa tocar – respondi e voltamos a nos beijar, mas o celular continuou a tocar.

— Atende Nessie! Ele se levantou, parecia aborrecido.

Me sentei na cama e respirei fundo, tentando controlar minha respiração, o celular continuava a tocar, então atendi.

— Alô, oi pai! O que? O que aconteceu com a minha mãe?

— Nessie o que aconteceu? Jacob perguntou ao me ver nervosa

— Mamãe passou mal e foi levada para o hospital – Respondi procurando minhas roupas, Jacob fez o mesmo.

Saímos rapidamente em direção ao hospital, eu estava nervosa demais, chorei durante todo percurso, Jacob tentava me acalmar, uma hora depois chegávamos. Papai me esperava na recepção, logo que o vi corri ao seu encontro.

— Pai, cadê a mamãe? O que aconteceu?

— Calma filha, falei agora pouco com um dos médicos que a atenderam ela está bem agora, está fazendo alguns exames.

— Viu amor, foi apenas um susto – Falava Jacob

AS horas pareciam não passar sempre que eu via algum médico se aproximar eu ficava aflita, andava de um lado para o outro, em alguns momentos Jacob me abraçava e pedia paciência, foi quando um médico muito jovem apareceu.

— Senhor McCartney!

— Sou eu, meu pai respondeu.

— Sua esposa já está no quarto, está acordada, está tudo muito bem com ela e o bebe que espera.

— Como? Papai perguntou sem entender.

— Sua esposa está grávida, o mal-estar e o desmaio foi apenas um sintoma da gravidez- Ele explicava.

— Nossa! Meu pai falou com a boca aberta, e um sorriso enorme no rosto ainda não acreditava.

—O senhor pode ficar com ela, porém é mais prudente que apenas uma pessoa entre e fique com ela, já passou do horário de visitas e temos que cumprir as normas.

— Poxa, não posso ver a minha mãe – Reclamei.

— Infelizmente não, são as normais do hospital senhorita – ele respondia de forma simpática.

— Filha sua mãe está bem, já escutou o doutor, acho melhor ir para casa e eu fico com ela.

—Não pai eu vou ficar aqui – insisti.

— Acho que deveria ouvir seu pai – O médico falou me olhando de uma forma que me deixou constrangida, Jacob se aproximou e o encarou.

—Amor seu pai tem razão vamos para casa.

— Pai, diz que mandei um beijo para ela – Falei emburrada.

— Digo sim – Ele dava um beijo em minha testa.

Nos despedimos e saímos do hospital, assim que entramos no carro percebi que Jacob parecia desconfortável.

— Jake, algum problema? Perguntei

— Não amor, só estou cansado.

Durante todo percurso até em casa ele não falou quase nada, apenas respondia alguma pergunta quando eu a fazia, eu sabia que no fundo ele havia ficado chateado por termos sido interrompidos.

— Vai ficar comigo em casa? Perguntei.

— Vou sim, não vou conseguir dormir sabendo que está sozinha – Ele falava saindo do carro.

Enquanto Jacob tomava banho eu pedi uma pizza, comemos no quarto mesmo, depois assistimos um pouco de TV, mas ele parecia distante, pensei na ideia de terminarmos o que havíamos começado, mas apenas beijos e amasso rolaram, acabamos dormindo vencidos pelo cansaço.