Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 21
Capítulo XXI


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigado por todos os comentários, fico muito feliz de recebe-los...
Boa leitura para vocês =)



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Pov Garrett 

Carlisle havia terminado de dar os pontos em meu ombro e eu não sentia mais nada de dor, eu sabia que isso era por causa da anestesia e da dose de adrenalina que ele tinha aplicado na ferido, mas, provavelmente,  mais tarde isso iria me incomodar bastante.  

Rose estava comendo um tipo de sopa que Carlisle tinha pedido para ela, seu  exame de sangue apresentou um tipo de anemia e um pouco de desnutrição, grau primário, ela perdeu sete quilos nesses três meses e Carlisle pediu a sopa, para ver como seu organismo reagiria recebendo uma alimentação adequada.

Eu e Jazz também recebemos uma refeição, mas eu não queria comer, estava ansioso para Kate chegar aqui, para eu poder abraçá-la, ver as crianças e dizer que tudo estava bem agora. Nunca fui uma pessoa de sentir medo, sempre pensei que não tinha nada a perder quando estava resolvendo um caso da delegacia, mas nessa madrugada, deitado dentro do carro de Laurent, só conseguia pensar que, eu precisava me manter vivo, para voltar para casa e estar junto dos três. 

Jazz que comia e mexia no celular, falou de repente: 

— Kate chegou! 

— Você pode ir buscá-los por favor? - Carlisle pediu a ele. - Diga na recepção que eu liberei a entrada deles! 

— Ok! - Jazz deu mais uma colherada na sopa e saiu do quarto. 

— Garrett, assim que Carlisle me liberar, posso ir pra casa? - Rose me perguntou, ela estava bem mais calma do que antes, já fazia algum tempo que ela não chorava. 

— O capitão deve passar por aqui daqui a pouco, ele vai liberar você e as outras garotas aos poucos e explicar os próximos procedimentos. 

— Esme vai ficar tão feliz ao te ver Rose! - Carlisle falou. - Eddie, Allie, a família inteira. 

— Eu só queria ir para casa antes, sabe, quero tomar um banho e ver as crianças. – Ela respondeu 

— Sim, claro! 

Carlisle falou meio cabisbaixo e Rose segurou a mão dele, o fazendo sorrir. 

— Você pode me levar até lá? - Ela sorriu para ele.

— Claro que posso querida! - Ele respondeu 

A porta do quarto se abriu e Sky e Levi foram os primeiros a entrar, seguidos por Kate, Kebi e Tia. Kate foi direto abraçar Rose, e todos podemos ouvir as duas chorar, já as duas crianças pularam em meu colo, Sky chorava e meus olhos se encheram de lágrimas!

— Ei, está tudo bem crianças! 

— Você nos deu um baita susto! - Levi falou olhando seriamente pra mim. 

— Eu sinto muito! – Falei enquanto minha mãe e irmã cumprimentavam Rose também. 

— Você não pode sair por aí durante a noite levando um tiro. - Sky olhou para mim e secou suas lágrimas. - E se algo sério acontecesse com você ? Como ficaria eu, Levi e mamãe? 

— Me desculpa Sky! – Fiz carinho em seu rosto. - Eu estou bem e trouxe tia Rose para casa! 

Os dois me olharam para Rose e desceram do meu colo quando ela abriu os braços para eles. Me levantei e Kate me abraçou. 

— Por Deus Garrett, eu tive tanto medo! 

— Eu também! - Beijei sua testa. - Está tudo bem, eu te amo. 

— Eu também. 

Ela sorriu para mim e minha mãe e irmã me abraçaram. 

— Eu senti uma desespero tão grande quando Kate me ligou. - Ela me abraçou

— Eu estou bem! - Falei a abraçando também. Hoje em dia, eu gostava mais dela do que um dia imaginei na vida. - Não precisa se preocupar. 

— Como se fosse fácil! - Tia também me abraçou. 

— Acabou! - Falei. - Nada disso vai acontecer de novo! 

Sorri para as três mulheres na minha frente e voltei a sentar. Peguei aquela sopa ruim de hospital e resolvi comer de uma vez, quanto antes terminasse, mas rápido sairia daqui. 

Rose abraçou muito as crianças, dizia que as amava e o choro rolou solto naquele quarto até meu chefe aparecer. Ele parecia de bom humor, nós explicou que Royce estava sendo interrogado e que o caso havia sido passado para o FBI, eles trabalhariam tentando encontrar mais meninas que foram enviadas para fora do Estados Unidos. Ele liberou Rose também, e disse que a manteria informada, pois que precisaria dela na delegacia para coleta de relatos e, como, vítima principal de Royce. Ele não conseguiria ajudar muito quanto a mídia, logo eles estariam atrás dela. Carlisle disse que cuidaria e tudo isso. 

— Quanto a você senhor Garrett! - Ele falou me fazendo revirar os olhos. - Segunda cedo teremos uma coletiva de imprensa e quero você ao meu lado.  

— Sim senhor! 

— Quero Jasper lá também! 

— Sério? - Jazz perguntou animado. 

— Sim, precisamos achar uma forma de não sermos processados por toda investigação a parte que vocês fizeram. - Ele olhou para Rose e falou. - Rosalie, eu sinto muito por não ter ficado do lado de Garrett enquanto ele investigava sua morte, estou muito feliz de te ver viva e saber que tenho bons policiais para contar.  

 – Tudo bem! - Rose sorriu para ele. Nesse momento, ela continuava agarrada com Sky e Levi, na cama. 

Depois que ele saiu do quarto, Carlisle assinou nossas altas e começamos a arrumar nossas coisas para ir embora, Rose veio até mim e me abraçou: 

— Eu te amo, obrigado por ter me encontrado e por, mesmo achando que eu estava morta, não ter desistido de mim. 

— Eu também te amo Rose, eu iria e voltaria do inferno , quantas vezes fosse preciso por você! 

Nos soltamos  e Carlisle me abraçou: 

— Eu nunca terei como te agradecer, por tudo que você fez por Rose a vida inteira. 

— Não tem o que agradecer Carlisle. - Nós soltamos e sorria para ele. - A vida me deu Rosalie e Jasper como meus irmãos mais novos e os amo por isso. 

— Mesmo assim, muito obrigado! - Ele me deu um tapinha no ombro. - Eu ligo avisando do almoço, ok? 

— Claro! 

Sorrimos um para o outro e também abracei Jazz, antes dele sair do quarto com  Carlisle e Rose, Comecei a pegar minhas coisas e minha mãe perguntou: 

— Filho do que você precisa?

— Está tudo bem mãe, podem ir para a casa, a gente se vê no almoço. – Respondi segurando a mão dela, Sky e Levi me olharam surpresos e foi aí que percebi que tinha chamado ela de mãe, em voz alta. Sorri para os dois, a vida realmente era muito curta para guardarmos nossos sentimentos e ficarmos sofrendo pelo passado.Ela me abraçou chorando e recebi um sorriso carinhoso de Kate e Tia. 

Saímos juntos do hospital e fomos para casa, Kate foi dirigindo, Sky e Levi atrás e eu no banco do passageiro. Contei para eles quatro tudo o que tinha acontecido, contei sobre Laurent também, Kate ficou revoltada por saber que ele havia participado de tudo aquilo, as crianças então, não quiseram nem ouvir sobre como ele havia resolvido nós ajudar, e encerraram o assunto dizendo: 

— Não importa se ele fez algo bom hoje, ele foi errado a vida inteira e ele ter o mesmo sangue meu e de Levi, não muda em nada. Você é nossa pai agora e já fez muito mais por nós nesse ano com a gente, do que ele a vida inteira. 

— Odeio dizer isso, mas Sky está certa! - Levi falou levando um soquinho braço de Sky. - Você é o nosso pai e ficamos feliz, por ser você a voltar para casa com a gente hoje! 

Eu e Kate trocamos olhares sorrindo e continuei dirigindo, eu era um homem completamente feliz agora, tinha ao meu lado  uma mulher que eu amava do fundo do meu coração e da minha alma e dois pirralhinhos para chamar de meus filhos. 

 

Pov Rose 

 

Carlisle dirigia seu carro, eu estava no banco do passageiro ao lado dele e Jasper atrás. Eu estava tão cansada, mas sentia minha adrenalina a mil, primeiro por que eu estava ao lado do meu pai biológico, era surreal saber que eu era Nicole Cullen e que meus pais não me abandonaram, pelo contrário, eles me amaram e procuraram por mim a vida inteira. Segundo porque estava indo encontrar Emmett e as crianças, eu não via a hora de olhar para eles, os abraçar e dizer o quanto os amava e como eles eram importantes para mim. 

Conforme foi se aproximando de casa comecei a ficar apreensiva e a me mexer no carro. 

— Se acalme filha, eles ainda te amam e vão ficar malucos quando te ver! 

— Eu to morrendo de saudades deles! - Falei 

— Eles também estão de você! - Carlisle falou. - Sabe, toda nossa tristeza e desespero, não era apenas pelo fato de você ser nossa Nicole, era por você ser exatamente quem você é, a doce Rosalie que encantou e conquistou a todos nós. 

— Tudo é muito estranho para mim! - Confessei para ele. - Eu sempre me senti tão amada e acolhida por vocês, como se no fundo eu realmente fizesse parte da família de vocês, e isso não tinha nada a ver com sangue. 

— Nunca teve filha, o carinho e o amor que a gente tinha e ainda tem por você, Garrett e Jasper, é muito maior do que o sangue. 

Sorri para ele e ele estacionou na frente do condomínio de Emmett. Ele tinha o controle do do portão, e após entrar e parar na frente de casa, comecei a ficar mais agitada.

— Vou ligar para ele abrir a porta! - Jazz falou do banco de trás.

Comecei a tremer, batia o pé ansiosamente no forró do carro e estalava os dedos. Jazz colocou o celular no viva voz e senti lágrimas voltarem a cair de meus olhos assim que ouvi a voz de sono de Emmett, dizendo alô.

Ligação on: 

— Alô! 

—  Oi, Emmett! È o Jazz, tava dormindo?

— Oi Jazz, sim sim. Aconteceu alguma coisa? Que horas são?

—  Está tudo bem, cara! Você pode abrir a porta? Estou aqui fora!

— Eu to descendo!

Ligação off

Assim que Jazz desligou o telefone, abri a porta do carro e desci. Fui até a porta e fiquei ali parada, chorando, esperando que ele abrisse a porta. Carlisle se aproximou e colocou a mão no meu ombro, Jazz parou ao meu lado e segurou meu braço com carinho. Suspirei profundamente, tentando me acalmar quando ouvi a porta ser destrancada e ser aberta na nossa frente. 

Emmett estava com a cara amassada e cabelos bagunçados. Nós dois nos olhamos, ele um pouco mais assustado que eu, e eu muito mais desesperada que ele. 

— Rose! - Ele estava com a boca aberta e com olhar confuso. 

— Emm! 

Me joguei em seus braços e ele me abraçou meio assustado. Eu já estava aos prantos, ele também chorava, mas me apertou com carinho. Ele passava as mãos na minhas costas, nos meus braços, beijou alguma vez meus cabelos. Ele me afastou de seus peitos, mas me manteve perto, nos encaramos:

— Você está viva! - Ele falou em meio os soluços 

— Eu sinto muito! - Falei nervosa 

— Meu Deus Rose! - Ele me abraçou de novo - Eu te amo tanto! Senti tanto sua falta. 

— Eu também te amo! - Beijei seu peito sentindo minhas lágrimas salgadas. 

— Como isso é possível? - Ele perguntou depois de mais alguns minutos chorando. 

— Ela foi sequestrada Emm. - Jazz falou – Vamos explicar tudo! 

— Vem, vamos entrar! 

Emmett falou e abrindo espaço para entrarmos. Jazz foi o primeiro a entrar, seguido por Carlisle, nós dois entramos abraçados, voltei a soluçar mais, a cada passo que dava. Estava em casa, finalmente aquele inferno realmente tinha acabado. 

Sentamos no sofá, eu e Emmett ainda abraçados. Eu não queria contar nada para Emmett, mas Jazz e Carlisle começaram a contar a história e quanto mais eles falavam mais eu me aconchegava no peito de Emmett e chorava. Ele também chorava muito, mas ao mesmo tempo, fazia carinho em meu braço, me dava alguns beijo e me apertava com carinho, ele perguntou, após conseguir se acalmar um pouco: 

— Eles fizeram algo para você? Eles te machucaram ? Te abusaram?

— Não! - Respondi – Fisicamente nada.

— Meu Deus, Rose! - Ele me deu um beijo – Estou tão feliz que você esteja viva, mas sinto tanto por tudo o que você passou!

— Ninguém teve culpa Emm! - Falei

— E agora? O que acontece? Cadê o Garrett? - Ele falou ansioso.

—  Acabou Emmett! - Foi Carlisle que respondeu. - Rose está em casa novamente. 

— Garrett deve estar em casa também! - Jazz falou. - Ele foi atingido por um tiro, mas passou de raspão e ele está bem! 

— Meu Deus! - Emmett me deu mais um beijo no cabelo. 

— Graças ao bom Deus, tudo acabou bem. - Carlisle falou.Emmett olhou para ele e pediu licença para mim. Levantou, andou de um lado para o outro na sala ansiosamente. - Calma Emmett, ela já sabe de tudo! - Ele falou como se lesse o que Emmett tinha na cabeça. 

Emmett veio até mim e se ajoelhou na minha frente: 

 – O dia que ficamos sabendo sobre você ser a Nicole foi o mesmo que você desapareceu, foi tudo muito difícil!

— Eu sei Emm. - Passei a mão em seus cabelos – Eu só conseguia pensar no sofrimento de vocês aqui! Eu amo tanto vocês, não me conformo que fiz todos vocês sofrerem. 

— Nada disso foi culpa sua Rose! Você não tem ideia de como todo mundo ficará feliz quando ver você viva! As crianças vão enlouquecer.

— Eu não vejo a hora de abraçá-los! - Choraminguei. - Estou com tanta saudades deles. 

— Eles também estão de você meu amor! 

Ele sentou novamente ao meu lado e me deu um beijo na testa. Voltamos a falar sobre os três meses e agora eu já me sentia mais calma, estava em casa, e eu sabia que esquecer tudo o que aconteceu seria difícil, mas estando ao lado das pessoas que me amavam, com certeza, ajudaria muito nesse processo . 

 

POV Emmett 

 

Eu ainda não acreditava que Rose estava ali comigo de novo.  Meu Deus, tivemos um enterro, um velório, todo mundo sofreu muito a morte dela e em nenhum momento, passou por nossas cabeças, que ela estava viva, mas ela estava ali, aconchegada em meu peito, contando todo o inferno que passou nos últimos três meses. Ela estava muito abalada com tudo, e não era por menos né, o mais difícil era saber que não poderia fazer nada além do que ficar ao seu lado, para ela melhorar. 

— Acho que está na hora de irmos Jazz! - Carlisle falou se levantando e finalizando, por enquanto o assunt. 

— Sim, vamos ! - Jazz também se levantou

Eu e Rose os acompanhamos e ela abraçou Jazz e disse quando se soltaram: 

— Obrigado por tudo meu amor, você sempre foi um dos meus heróis e acabou salvando minha vida! 

— Eu te amo Rose, faria tudo isso, quantas vezes fosse preciso por você! 

Ela abraçou ele novamente e Carlisle veio se despedir de mim. 

— O que me acalma em deixá-la, e saber que é com você! 

— Eu vou cuidar dela tio, nunca mais vamos perdê-la.

Ele sorriu para mim e braços Rose também: 

— A gente se vê daqui a pouco querida! 

— Uhn, só preciso tomar um banho e ver meus pequenos. 

— Leve o tempo que precisar meu bem! 

Acompanhamos os dois até a porta e abracei Rose enquanto observamos eles entrarem no carro e se afastar. 

Quando entramos novamente, olhei no relógio e não era 9:15 da manhã ainda, perguntei a Rose: 

— O que quer fazer agora meu amor? 

— Realmente preciso de um banho Emm. – Ela caminhou até mim e me abraçou. – Eu senti tanto sua falta Emm, achei que ia morrer lá, sozinha e que nunca mais veria vocês. 

— Graças a Deus, acabou meu amor, você está em casa de novo. – Beijei sua testa. – Eu nunca poderia imaginar que você estava viva Rose, se eu tivesse um pingo dessa esperança, eu daria um jeito de ajudar Garrett e Jasper a te encontrar. 

— Eu sei Emm, passou. 

Ela me encarou e a beijei. Sentir o gosto dos lábios de Rose me fez  ter vontade de voltar a chorar, eu senti tanta falta dela. 

Depois de um.tempo, subimos para o quarto dela, destranque a porta explicando que eu e as crianças, não tivemos coragem de tirar as coisas dela dali, por isso mantos a porta fechada. Ela sentou na cama, pegou o pijama, que estava ali, da mesma forma que ela deixou, e o abraçou, voltando a chorar. 

Fui ao seu banheiro, liguei a água para encher a banheira e voltei ao quarto para chamá-la. 

Fomos juntos até lá, e quando ela tirou a roupa vi que ela realmente estava muito mais magra do que o normal, mas não iria me preocupar com isso agora, Rose só precisava relaxar por agora. 

— Fica aqui comigo Emm? - Ela pediu, quando entrou na banheira. 

— Eu não vou a lugar nenhum meu amor! 

Ela entrou na banheira e se sentou. Sentei na beira da banheira e fiquei em silêncio ao seu lado. Ela ficou por um tempo apenas sentindo a água em silêncio, mas logo falou: 

— Me fale sobre vocês, quero saber tudo que perdi nesses três meses. 

Comecei a contar o pouco das coisas boas que aconteceram nesses três meses na tentativa de deixá-la mais tranquila e por quase uma horas ficamos ali, naquele banheiro conversando até ela decidir que queria fazer o café da manhã das crianças. Eu nem conseguia me aguentar de tanta alegria, Rose estava viva e em casa novamente, voltariamos a ser uma família e meus filhos, ficariam felizes novamente. 

 

Pov Alex 

 

Acordei com um chute nas costelas. Eu sabia que era uma péssima ideia dormir com Pete na mesma cama, ele se mexia demais. Dei um chute em sua costela também é ele soltou um grito: 

— Aí! 

— Aí digo eu, você está me chutando a horas cara! 

— Você também me chutou! 

— Por que você me chutou antes. – Virei e peguei meu celular. – não acredito que ainda não são nem onze da manha, que saco, porque não consigo mais dormir até tarde no final de semana. 

— Com certeza você está pensando no filme! - Pete falou se virando de costas para mim. 

— Eu não estou pensando no filme! - Protestei. - Até porque eu não aguento mais assistir essa merda. 

— Você adora Velozes e Furiosos, até chora toda vez que vê o Dom dando o nome do filho de Brian. 

— Me poupe Pete! - Reclamei . – Vou escovar os dentes e descer. 

— Eu vou dormir mais um pouco! - Ele falou

Revirei meus olhos e levantei. Fui ao banheiro, fiz minha higiene matinal e sai do quarto. 

— Que estranho! 

Falei em voz alta, o quarto que era de Rose estava aberto, papai nunca deixava essa porta aberta. Fui até o quarto dele e ele não estava.  Sai correndo procurando ele, mas desacelerei assim que terminei de descer as escadas. Eu podia ouvir conversa na cozinha, a voz era de papai e, juro por Deus, que se Rose não estivesse morta, eu diria que a voz era dela. 

O cheiro que vinha de lá também eu não sentia desde sua morte. Cheiro de café passado na hora, panquecas e bacons. Meus olhos se encheram de lágrimas, eu sentia tanta saudades de Rose, da mesma forma que sentia da minha mãe. 

Parei na porta da cozinha e tomei o maior susto da minha vida, papai estava de pé, segurando uma caneca de café, ao lado dele estava Rose, um pouco mais magra do que eu me lembre, mas com toda certeza era ela. 

— Rose! 

Falei começando a chorar, como aquilo era possível, ela estava morta!  Papai olhou para mim e ela se virou também. 

— Alex, meu bem! 

Ela falou vindo em minha direção. Ela me abraçou, também chorava, - Será que eu estava sonhando.- pensei, mas era tão real, ela me abraçava com força e chorava junto comigo. Quando ela me soltou um pouco, deu um beijo em minha teste e falei: 

— Eu to sonhando não estou? 

— Não meu amor. – Ela fez um carinho em meu rosto. – E também não sou um fantasma. – Ela brincou 

— Mais como? 

— Nao foi eu que morri aquele dia meu amor, mas não pude voltar pra casa porque estava trancada num lugar longe daqui. 

— Como um sequestro? 

— Uhun. 

— Você está viva Rose! – Me joguei nos braços dela quando a ficha caiu. - Obrigado, obrigado, obrigado, aconteceram tantas coisas, tenho tanta coisa para te contar. 

— Calma pequena, vamos ter todo tempo do mundo para conversar. – Ela falou me dando outro beijo na bochecha. – Me desculpa tá, eu não queria ter feito vocês sofrerem. 

— Tá tudo bem Rose , você está viva e está em casa de novo! – Dei um outro beijo nela. – Uma das minhas mamãe está viva, eu nem acredito.  – Comemorei. – Eu te amo tanto! 

— Eu também te amo minha pequena. 

Ela me deu mais um beijo antes de me soltar. Nós duas  chorávamos, mas eu estava tão feliz. 

— Vou chamar o Pete, ele vai pirar. – Falei quando ela me soltou.  – Eu já venho, não sai daqui! 

Sai correndo para contar para o Pete, nossa mãe de coração estava viva, era maluquice isso, mas ela estava lá, fazendo nosso café e pronta para nos dar todo o amor que ela sempre nos deu. 

 

Pov Pete. 

 

Estava deitado na cama de olho fechado quando Alex entrou no quarto correndo. Ok que ela tinha esse direito, já que o quarto ela dela, mas poxa, ela precisava respeitar meu sono. 

— Pete do céu, levanta que você não vai acreditar! – Ela falou chorando, me preocupei e sentei na cama. 

— O que foi Alex? O que aconteceu? Por que você está chorando ? 

— Você precisa levantar e descer, Rose está lá em baixo! – Ela falou rápido demais. 

— O que ? 

— A Rose não morreu cara, ela foi sequestrada, agora ela voltou para casa! 

— Você está brincando comigo?- Perguntei me levantando da cama.

— Não, eu juro por Deus que ela está lá na cozinha com o papai fazendo nosso café da manhã. 

Coloquei meu chinelo e sai correndo do quarto. Eu comecei a chorar antes de entrar na cozinha, mas quando vi Rose, ali, parada na minha frente,  meu coração até parece que parou de bater.

— Rose! 

— Pete, meu menino. 

Me joguei em seu colo e ganhei um abraço apertado. Ela também chorava e acariciava meu cabelo com uma das mãos. 

— Eu senti tanto sua falta mamãe! – Eu falei enquanto chorava. 

— Eu também senti a sua Pete! – Ela beijou meu cabelo. -  Me desculpa tá, nada disso era pra ter acontecido.

— Você voltou para nós mamãe! – Me soltei de seu abraço e olhei para ela.– Eu te amo muito, estou tão feliz por você estar aqui. 

— Eu também te amo e também estou feliz por estar em casa. – Ela beijou meu cabelo.

— Você vai ficar com a gente agora né? Pro resto da vida. 

— Pelo resto da vida meu menino grande. 

Nos abraçamos mais uma vez e ela começou a chorar mais. Eu chorava e ria, minha mãe de coração estava em casa de novo, nada nesse mundo poderia ser melhor do que aquilo. 

 

pov Aggie

 

A voz da Alex entrava dentro do meu ouvido: 

— Aggie, neném acorda. 

— Vai embora Alex! – Reclamei 

— Você precisa levantar e sério! 

— Eu to com sono! – Reclamei de novo 

— Se você não levantar nunca vai saber quem tá lá embaixo fazendo nosso café! 

— O papai? – Perguntei abrindo um dos meus olhos. Alex estava de pé, ao lado da minha cama. 

— Não, a mamãe Rose! 

— A mamãe Rose? – Sentei na cama confusa - Mas como? Ela não tinha ido morar lá com a mamãe Irina? 

— Tinha, mas era mentira, uns homens maus escondeu ela da gente e agora ela voltou para casa! 

— Jura, juradinho Alex? – Perguntei levantando da cama. 

— Sim, juro juradinho. 

— Eba! 

Sai correndo do meu quarto, mas escorreguei quando cheguei no corredor. Eu não devia correr de meia, era o que o papai sempre dizia, mas nem tinha doido, Alex me ajudou a levantar e descemos as escadas, eu entrei na cozinha gritando. 

— MAMÃE, MAMÃE! 

Ela estava com o Pete e se abaixou para ficar na minha altura, me joguei em seus braços e ela me pegou no colo. 

— Aggie, minha bebezinha! 

— Mamãezinha – Ela me enchia de beijinhos enquanto eu falava. – Você voltou para casa. 

— Me desculpa por demorar tanto neném! – Ela chorava e sorria para mim. 

— Tudo bem mamãe, Alex falou que uns cara do mau te escondeu da gente. – Eu dei vários beijinhos nela também. – mas agora você tá aqui de novo. 

— Sim meu amor. Eu te amo tanto. 

— A gente também te ama tanto. – Tirei meu braços do seu pescoço. – Um tanto assim o – Abri eles o máximo que consegui.  Ela me abraçou de novo, e Alex, Pete e papai se juntaram nós duas. Eu estava tão feliz, minha mamãe estava em casa de novo, agora ninguém mais ia chorar, ela ia cuidar da gente e nós amar para sempre.


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