Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 22
Capítulo XXII


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem com vocês??? Primeiro me desculpem por não ter postado semana passada, final de ano é corrido no meu serviço e realmente não tive tempo.
Segundo, obrigado pelos comentários, fico bem feliz em recebe-lós.

Um beijo e boa leitura =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779832/chapter/22

POV Esme 

O sábado tinha começado estranho, Carlisle havia recebido uma ligação do hospital e tinha saído cedo. Ele não costumava trabalhar final de semana, principalmente nesses últimos meses, isso me deixou preocupada, ele não sairia de casa, se algo não fosse muito importante. 

Levantei da cama e, após fazer minha higiene matinal e tomar um banho, desci para preparar meu café. A casa silenciosa  me fazia ter arrepios por andar nela sozinha, coloquei meu café na cafeteira e me sentei na cozinha com o jornal na mão, para ler as notícias do final de semana.

A campainha tocou duas vezes, fui abrir a porta imaginando que Carlisle tinha deixado a chave dele no hospital, mas sorri quando abri a porta e encontrei Edward, Bella, Nessie e Tommy parados, na minha frente. 

— Bom dia, mãe. - Edward me deu um beijo na bochecha

— Que surpresa boa, filho! 

— Viemos tomar café da manhã vovó. - Nessie me deu um beijo estralado. 

— Sim, mamãe não manja dos cafés da manhã gostosos. - Tommy também me abraçou.

— Haha, o vocês falam como se tivéssemos vindo só para comer! - Bella riu antes de me dar um beijo. - Allie me ligou e falou para virmos toma café aqui. 

— Que ótimo, adoro ter a família reunida no café da manhã.

Entramos em casa e fomos direto para cozinha. Comecei a arrumar as coisas para o café junto com Bella e Eddie sentou no balcão com as crianças?

— Vovó, faz Waffers?- Tommy me pediu 

— De Blueberry? - Nessie completou. - São os mais gostosos do mundo.

— Eu quero de Nutella. - Tommy reclamou 

— Faço dos dois. - Sorri para eles e comecei a mexer nas panelas me lembrando o quando Rose adorava Waffles de Blueberry, segundo ela, eram os seus preferidos. Balancei minha cabeça para não começar a chorar, eu sentia tanta falta dela com a gente, não me conformava que nunca teria a chance de dizer que eu era a mãe dela. 

As crianças começaram a conversar me fazendo focar a atenção nelas e no café, e passamos um tempo gostoso juntos. Allie chegou quando arrumávamos a mesa para o café. Elas deu um beijo estralado e perguntou? 

— Cadê o papai ? .

— Foi chamado no Hospital! - Respondi, Allie era super apegada com Carlisle. 

— Droga! - Ela resmungou 

— Por que tampinha? - Eddie perguntou curioso.

— Queria todos reunidos para o café. - Ela fez um bico. - Faz uma vida que a gente não toma café juntos. 

— Você fez bico igual os que fazia quando era pequena! - Comentei sorrindo 

— Mãe, Alice ainda é pequena! - Edward zombou dela e levou um tapa no braço. 

— Jazz não vem Allie? - Perguntei 

— Não, Garrett ligou para ele ontem já passava da meia noite, eles saíram! - Ela revirou os olhos. - Ele me mandou uma mensagem hoje cedo, dizendo que estava bem e que logo estaria em casa.

— Algo sobre Royce? - Perguntei ansiosa 

— Ele não falou, mas acredito que sim né! 

— Querem saber! - Eddie falou se levantando. - Tá aí, duas pessoas que se encaixam tão bem a nossa família, eles não vão desistir até colocar Royce atrás das grades. 

— Verdade! – Falei. - Sabem que sinto tanto orgulho dos dois! Da mesma forma que sentia de Rose. Olhar pra eles hoje, mostra o quanto o projeto realmente muda a vida das pessoas. 

— Rose tinha muito orgulho de ter feito parte do projeto mamãe. - Allie falou vindo me dar um beijo triste.

— Eu sei meu amor! – Respondi a ela, me segurando, mais uma vez, para não chorar. – Vamos tomar café? 

As crianças pularam de onde estavam sentados e foram para mesa na nossa frente, eu e Allie caminhamos abraçadas e Eddie nós seguia, abraçado com Bella. Após nos acomodar, Nessie fez a oração agradecendo pelo café e tomamos nosso café descontraidamente, ouvindo todas as histórias das crianças, sobre a semana na escola. 

Após café e após organizar a cozinha, fomos para sala conversar, as crianças e Allie tinham sempre tantos assuntos, sobre internet e suas séries prediletas que eu ficava até um pouco perdida, mas ficava feliz em vê-los mais animados. 

Paramos de falar quando ouvimos a porta da frente se abrir, sorri ao ver Carlisle e Jasper entrar por ela e me levantei para cumprimenta-los. Os dois estavam com os olhos inchados, tinham chorado e Jasper estava com o cabelo molhado também, indicando que acabará de sair de um banho, perguntei quando me aproximei. 

— O que aconteceu com vocês? - Carlisle me abraçou e começou a chorar me assustando. Passei a mão nas suas costas e perguntei: - Meu bem, o que aconteceu? 

Ele não conseguia me responder e apenas soluçava. Eddie e Allie se levantaram e pude escutar ela perguntar a Jasper: 

— Jazz, o que está acontecendo? 

Jazz não respondeu e Carlisle me soltou. Ele olhou para mim e respirou fundo algumas vezes antes de falar: 

— Rose está viva! 

— O que? - Eu, Allie e Eddie perguntamos juntos. 

— A gente encontrou Rose viva! - Jasper respondeu 

Olhei para ele e ele tinha lágrimas nos olhos, senti minhas pernas amolecerem e meus olhos se encheram de lágrimas. Olhei novamente para Carlisle e ele continuava chorando incontroladamente, mas me puxou para seus braços e desabei em choro. Eu não sabia nem o que pensar, o que os dois estavam falando, como assim minha filha estava viva? Eu conseguia ouvir o choro de Alice e de Edward ao nosso lado, mas não tinha força para falar ou entender o que eles falavam para Jasper. Demorou alguns minutos para Carlisle conseguir se acalmar, ele me segurou pelos ombros, limpou as lágrimas que escorriam de meus olhos e falou: 

— Nossa menina está viva Esmie. Eu à vi, pude abraçá-la. 

— Como Carl? - Perguntei em meio aos soluços 

— Eu explico tudo. - Jasper falou me fazendo olhar para ele, Alice e Edward que choravam muito. - Vocês só precisam se acalmar um pouco.

Soltei Carlisle e olhei para meus netos, os dois estavam encolhidos no sofá, chorando assustados no colo de Bella. Sorri tristemente para eles e Carlisle segurou meu braço com carinho: 

— Vamos sentar amor. - Ele tocou as costas de Edward também. - Vamos filho? 

Fomos para o sofá e sentei entre Allie e Carl e Eddie ao lado da mulher e filhos. Jasper ficou de pé e começou a contar a história de como ele, Garrett e Jim haviam encontrado Rose viva. Eu tentei ao último prestar atenção no que ele dizia, mas eu simplesmente não conseguia, minha garotinha estava viva e eu só queria vê-la agora. 

— Essa história não faz sentido Jazz! - Edward falou enxugando suas lágrimas. - Porque ele há sequestraria ao invés de matá-la ?

— Royce tinha um esquema muito grande de tráfico de mulheres, junto com Rose tinha mais seis garotas que seriam trocadas por drogas, achamos que o destino das mulheres era prostituição, mas graças a Deus as encontramos antes. 

— Aonde ela está? - Perguntei. - Ela está bem? 

— Ela está com Emmett! - Jazz me respondeu 

— Ela está bem meu amor, só queria tomar um banho e descansar um pouco. - Carl me respondeu

— Vamos para lá então! - Allie falou ao meu lado. 

— Não meu amor! - Carl falou. - Ela precisa de um tempo com Emmett e os filhos, ela só descobriu que é a nossa Nicole hoje, ainda está tudo muito confuso a ela. 

— Pai, nós esperamos por ela por vinte e oito anos. - Edward protestou 

— Eles vão vir para cá daqui a pouco gente! - Carl voltou a falar. - Ela só pediu um tempo para digerir tudo. 

— Ela não vai negar o amor de vocês gente. - Jazz falou se levantando. - Ela está apenas assustada com tudo, foram três meses trancada, descobrir que era Nicole, estar no meio de um tiroteio. 

— Jazz tem razão. - Allie falou secando as lágrimas. - Ela deve estar tão assustada. 

— Ela está mesmo. - Jazz continuou. - Mas, chegará aqui daqui a pouco mais tranquila, vai ser bom essas horinhas com Emmett e as crianças para ela se sentir mais calma. 

— Nossa menina está viva Carl! - Falei segurando a mão do meu marido.

— Daqui a algumas horinhas nossos três filhos estarão com a gente! - Carl voltou a chorar e me puxou mais uma vez para seu colo e continuou a falar. - Nosso menino, nossa garotinha e nossa fadinha! 

— Eu não vejo a hora! - Falei tentando controlar minhas lágrimas.

— Está todo mundo sabendo já Jazz? - Edward perguntou

— Não, além de Emmett, apenas Kate, os filhos, a mãe e irmã de Garrett.

— Está tudo bem com Garrett? - Eddie perguntou desconfiado me fazendo olhar ansiosa para Jazz, sabíamos que ele tinha participado de um tiroteio, mas acabamos nem perguntando se ele estava bem. 

— Ele levou um tiro que pegou de raspão, quando cheguei no hospital eu não sabia o que realmente tinha acontecido com ele, então liguei para Carlisle e Kate, avisar que ele estava lá. 

— Eu cuidei dele. - Carl falou me tranquilizando. - Ele está bem, foram três pontos superficial em seu ombro. 

— Graças a Deus! - Falei. - Eu não me perdoaria se algo acontecesse com ele ou com Jazz. - Sorri para o homem na minha frente. 

— Cara, parece que estamos dentro de um filme! - Nessie falou sorrindo. 

— Sim, ela seria a hora que o cinema inteiro ia chorar por ver tia Rose viva! - Tommy falou sorrindo. 

— Pensei nisso quando voltávamos para casa nessa madrugada! - Jazz falou para os dois. 

— E você, tio Garrett e o Jim, são os heróis da história! - Nessie sorriu para ele.

— Não somos heróis pequena. - Ele sentou novamente e sorriu. 

— Nesse filme são sim! - Tommy falou rindo. - O capitão América, o Dr. Estranho e o Hulk. 

Demos risadas da comparação de Tommy e ficamos ali conversando. Carlisle ligou para Eleazer e pediu para eles virem para casa. Quando eles chegaram uma nova choradeira começou e a história foi recontada, dessa vez consegui prestar mais atenção, mas ainda continuava ansiosa e louca para ver minha filha de uma vez. 

Próximo do meio dia, começamos a mexer com o almoço, Carlisle faria uma carne na churrasqueira e eu faria alguns legumes e saladas, nosso prato predileto dos domingos e feriados. Pouco a pouco todo mundo foi chegando, Bree chegou e quase morreu de chorar ouvindo a história que Allie há contou.

Garrett chegou com Kate e as crianças, chorei tanto o abraçando, não sabia nem como agradecê-lo por ter trazido minha menina para casa. Seguidos deles, chegou Kebi e sua família, ela parecia tão emocionada quanto eu, e a agradeci por ter estado do nosso lado, desde que nós conhecemos. 

Sentamos todos na sala para esperar Rose, o tempo parecia passar lentamente para mim, até aquela porta ser aberta lentamente. Emmett entrou na frente com Aggie no colo, seguidos de Alex e Peter. Rose entrou logo atrás, de calça de moletom, camiseta e cabelos soltos. Me levantei e olhei para ela, ela mordia os lábios e também olhava para mim, apertando as mãos ansiosamente. Lágrimas voltaram a cair de meus olhos e não pude mais me segurar. Caminhei até ela, a abracei e não podia mais me controlar, minha filha estava em meus braços, pela primeira vez e eu nunca mais a soltaria. 

POV Rose

Eu estava mais tranquila quando Emmett estacionou o carro na casa de Esme e Carlisle, ter passado a manhã com ele e as crianças foi perfeito para me acalmar e me sentir amada por eles, mesmo depois desses três meses. Mas agora, eu já estava ansiosa novamente, eu era Nicole Cullen, encontraria Esme, Allie e Edward, minha mãe e meus irmãos de sangue, sabendo de todo sofrimento que eles passaram a vida inteira me procurando. 

Desci do carro receosa, mas Aggie me fez sorrir, quando me pediu colo: 

— Venha com o papai filha. - Emmett se adiantou e esticou os braços para ela. -  Todo mundo vai querer abraçar a mamãe agora. 

— Mas, eu quero ficar no colo da mamãe. - Ela falou fazendo bico 

— Depois você vai com ela, prometo. 

Emmett sorriu para mim antes de abrir a porta. Ele entrou na minha frente com Aggie em seu colo, Pete e Alex entraram após ele e eu por último. Olhei diretamente para Esme assim que a vi de pé. Mordi meu lábio e senti as lágrimas se formarem em meus olhos novamente. Ela veio até mim, chorando e me abraçou, me aconcheguei em seu braço e chorei. Foram tantos anos, achando que tinha sido abandonada, e, por Deus, meus pais eram as pessoas mais gentis e queridas que conhecia no mundo. 

— Me perdoa filha, por favor, me perdoa! - Ela falou me fazendo olhar para ela assustada. - Por nunca ter sido sua mãe, por nunca ter te dado carinho, não estar com você quando você precisava, por esses últimos meses, sua morte, seu desaparecimento. 

— Não foi sua culpa! - Falei no meio de minhas lágrima a interrompendo. - Nem sua e nem de ninguém. Acabou, estou aqui agora.  

Ela me abraçou mais uma vez e fomos envolvidas por vários braços, num único abraço. Carlisle, Edward e Allie se juntaram a nós. Era muito amor envolvido em um único abraço e pude até sorrir, em meio a todas aquelas lágrimas. Quando nos soltamos, Allie me abraçou de novo, falando: 

— Minha irmã – Ela me olhou com carinho, mas sem me soltar. – Você está viva, nem posso acreditar. 

— Senti tanto sua falta Allie! – Falei 

— Também senti a sua! – Ela sorriu um pouco para mim. – Quando descobrimos que você era Nicole eu só conseguia pensar em como tudo agora fazia sentido, nossa amizade havia começado de uma forma tão natural e se tornou tão forte, como se no fundo, a gente soubesse que tínhamos o mesmo sangue. 

— Sim, você tem razão Allie. - Sorri para ela, secando algumas lágrimas. - Eu sempre te vi como uma irmã mais nova. 

— Você sempre foi o encaixe perfeito da nossa família. – Edward me abraçou, quando Allie me soltou. – Sinto muito por tudo que você teve que passar Rose. 

— Não sinta Eddie. – Falei segurando a mão dele. – Tudo isso me transformou em quem sou hoje! 

— Uma mulher extremamente forte! – Ele sorriu para mim. 

— Oi de novo querida! - Carl me abraçou e me deu um beijo na testa, ele chorava também. - Conseguiu descansar? Comeu mais alguma coisa agora de manhã? 

— Sim, comi bacons e tomei café! - Falei animada 

— Isso é bom! 

— Tia Rose! – Nessie falou ao lado do pai e de Tommy! – Sorri e recebi um abraço apertado dela e do irmão. 

— Oi pequeninos! – Os apertei com carinho. – Que saudades eu senti! 

— A gente também! – Tommy falou 

— Fiquei tão feliz quando o vovô falou que você era a Tia Nicole, mas daí teve seu velório, seu enterro. – Ela limpou as lágrimas de seu rosto. – E agora você voltou, vai ficar com a gente. 

— É uma honra ser tia de vocês! – Falei para eles sorrindo em meio às lágrimas. – Eu amo vocês! 

— A gente também! - Nessie falou.

Recebi abraços demorados e chorosos de Carmen, Eleazar, Bree e Bella, era tão bom estar novamente em casa, me sentia amada e segura novamente, que me deixava numa paz de espírito que nem sabia como descrever. Ganhei abraços da família de Garrett novamente e de todos que estavam naquela sala.

Olhei novamente para Esme e Carlisle e sorri para os dois, era até surreal saber que eu era a garotinha desaparecida dos dois, falei voltando a chorar e rir ao mesmo tempo: 

— Eu nem posso acreditar que tudo isso começou por causa de um vídeo que dois pestinhas fizeram assinando uma pobre babá. 

— Foi Deus que colocou você e Allie juntas para fazer aquele curso. – Esme se aproximou novamente de mim e segurou minha mão. – Quando Garrett e Jazz suspeitaram que você era a nossa Nicole, eu não tive dúvidas em meu coração que era você mesmo,  e tinha que ficar me segurando para não chorar toda vez que você estava com a gente. 

— Eu queria matar  Emmett no dia que você chegou aqui com o rosto inchado de chorar. - Carlisle falou sorrindo se aproximando de nós duas. - Como assim ele tinha feito minha garotinha chorar? 

— Desde quando vocês sabiam? - Perguntei curiosa 

— A certeza mesmo veio alguns dias antes do natal. - Carlisle falou. - Antes era apenas suspeitas, mas como Esme falou, nós dois já tinham essa certeza. - Ele fez um carinho em meu rosto. - Eu sei que a gente não pode mudar o passado filha, sentimos muito por tudo que você teve que passar. - Ele respirou fundo antes de voltar a falar, tentando controlar as lágrimas. - Leve o tempo que precisar, mas nós perdoe.- Algumas lágrimas escorreram de seus olhos. – Perdoe seu pai e sua mãe e nos aceite ao seu lado. 

— Eu nunca negaria o amor de vocês. – Falei olhando seriamente para eles, controlando minhas lágrimas. – Vocês são tão vítimas como eu, Eu amo vocês dois, amo Allie como minha irmãzinha que sempre quis abraçar e proteger de tudo e aprendi a amar Eddie também, com o mesmo amor que sinto por Garrett e Jazz.

Os dois me abraçaram e me aconcheguei em seus braços, nunca pensei que encontraria com meus pais biológicos e estar ali, abraçada com eles, me fez sentir envolta de um amor que nunca havia sentido, aquele amor incondicional que os pais sentiam e passavam  para seus filhos, um amor que até hoje apenas tinha ouvido falar.

Pov Emmett 

 Demorou um tempo para todo mundo ali se acalmar e sentar para conversar. Eu nunca tinha visto uma cena tão emocionante como aquela que estava acontecendo ali, dois pais reencontrando, depois de tanto tempo, sua filha perdida.

As crianças, depois de um tempo, resolveram ir lá fora brincar e muitas perguntas foram surgindo para Garrett e Jazz responder. Os dois respondiam calmamente e Rose apenas escutava, ela tinha se aconchegado em mim no sofá, e havia voltado a chorar.  Eu fiz  questão de ficar fazendo carinho em seus braços e beijava sua testa,  sempre que possível, na tentativa de passar forças para ela, mostrar que a amava do fundo do meu coração e que estaria do lado dela para qualquer coisa. 

— Nunca imaginei uma coisa dessas de Laurent, sabiam? - Kate - Quando a gente vivia junto ele fez coisas ruins, mas chegar a esse ponto. 

— Você sabe que não tem nada haver com isso né? - Bree perguntou séria.   

— Talvez, ele deixou claro que começou a trabalhar para Royce por raiva. - Kate respondeu 

— Raiva de mim e não de você! - Garrett falou. - De qualquer forma, não era para ele ter morrido, ele que nos levou até Royce e que protegeu Rose quando os tiros começaram, eu tentei ajuda-lo, mas não consegui. 

— Ele achou o caminho que ele procurou. - Falei com um pouco de raiva. - Sky e Levi já estão sabendo ?

— Sim, Garrett nós contou logo que saímos do hospital. – Kate falou. – Os dois se lembram muito pouco de Laurent e tem outra referência de pai agora. Me desculpe pessoal, mas não vou obrigá-los a ir no velório e muito menos se lembrarem de Laurent, ele nunca foi pai delas. 

— Você criou os dois sozinhos Kate. - Falei a apoiando. - Graças a Deus vocês três tem Garrett agora, e  somos uma família, apoiamos vocês em todas as decisões que tomarem quanto as crianças.

A conversa tomou outro rumo agora e Rose começou a perguntar como andava as coisas com todo mundo. Bree contou sobre seu relacionamento com Seth, Allie e Jazz falaram dos dois, Eddie e Bella também falaram bastante, Garrett e Kate e até Tia e Ben. 

Papai lembrou que precisávamos almoçar e todo mundo focou nisso,  as mulheres foram para a cozinha e nós, homens para Edicula, mexer com as carnes. O sol resolveu dar o ar de sua graça naquele começo de primavera e o clima estava bem gostoso fora de casa. 

Trabalhávamos na churrasqueira e conversávamos animadamente, parecia que os últimos três meses não haviam nem acontecido e que tudo estava igual novamente. Não demorou para a mesa ser arrumada e as mulheres se juntarem  a gente de novo, elas falavam sobre o Projeto e Rose sorria.

Sentei numa das poltronas, fechei meus olhos e agradeci silenciosamente à Deus por minha mulher estar viva e em casa, pela chance de  voltarmos a viver nossa tão adorada vida, com nossos filhos e nossa família, sempre feliz e unida. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Roller Coaster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.