Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 20
Capítulo XX


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente, tudo bem?
Muito obrigado pelos comentários, serio, eles sempre me motivam...
Joi obrigado de coração pela recomendação ♥

Mais um capítulo para vocês, boa leitura...



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Pov Garrett 

Eu dirigia o carro de Laurent em silêncio, eu podia falar tantas coisas para ele, mas não valia a pena, ele era um bandido, trabalhava para Royce e merecia ser tratado como tal. O que eu mais me preocupava agora, em relação a ele, era contar tudo isso para Sky e Levi, os dois não mereciam ter o sangue desse maldito e Kate também, não precisava ouvir mais uma barbaridade feita por seu ex-marido. 

Já fazia mais de uma hora que eu estava dirigindo em absoluto silêncio, quando Laurent resolveu falar: 

— Eu vi vocês na frente da casa de Kate, logo que sai da cadeia. 

— Não fale neles. - Falei com raiva. - Você não merecer ser pai dos dois. 

— E você merece? - Ele falou debochado.- Você não é muita coisa além de um policial, Garrett.

— Ainda assim, sou melhor do que um bandidinho qualquer! - Suspirei tentando manter minha calma. - Você pensou, em algum momento, no impacto que irá causar na vida deles quando eles souberem que você está sendo preso de novo? Ou, que ajudou a dar sumiço na mulher que eles consideram como tia? 

 – Eu não tinha intenção de fazer nada disso Garrett. - Ele falou. - Eu fui um dia atrás de Kate e meus filhos, fiquei observando vocês na frente de casa, você jogava bola com Sky e Levi e pareciam tão feliz. Kate chamou as crianças pela porta, elas entraram correndo e vocês dois se beijaram antes de entrar também. Vocês pareciam uma família tão feliz e fiquei com raiva disso!

— Raiva! - Quase ri dele. - Você deveria ter ficado feliz por eles, ou você se esqueceu que você os deixou sozinhos?

 – Eu não pensei assim na hora, eu estava com raiva por você estar com eles, por eu não poder chegar perto deles, eles são meus filhos e não seu! 

— Você nunca foi o pai deles! - Falei com mais raiva. - Você não sabe nada sobre eles. 

— Eu estava preso, como ia ficar sabendo deles? 

—  Você os deixou muito antes de ser preso Laurent, você roubou Kate e deixou os três desamparados e sozinhos!  

— Eu sei todo mal que fiz para eles, mas enquanto estive preso, tive muito tempo para pensar e eu pretendia consertar as coisas, pelo menos, com meus filhos! 

— Virando bandido? 

— Ninguém dá emprego para um ex-presidiário, você sabe disso, e quando conheci Royce e  ele me ofereceu um emprego, achei que ganhando uma grana, poderia tentar, me aproximar deles!

— ha! - Sorri sarcasticamente. - Você não vai chegar perto deles! - Balancei minha cabeça. - Pelo menos não por agora! - Suspirei. - Hoje eles são apenas crianças, se mais para frente, você realmente estiver arrependido e começar a fazer as coisas certas, pode até ser que eles queiram um certo contato, mas por agora esqueça.

Ele calou a boca novamente e também fiquei em silêncio, eu nunca deixaria um bandido chegar perto de Sky e Levi, mas Laurent estava certo numa coisa, ele era o pai deles e quem sou eu para impedir, se no futuro, os dois quiserem manter contato com ele. Suspirei e balancei minha cabeça, não me preocuparia com isso agora, quando tudo isso acabasse, eu sentaria com Kate para conversar sobre Laurent e as crianças e ver o que ela, como mãe deles, queria fazer. 

Conforme fomos nos aproximando de Seattle, minha adrenalina começou a subir e meu coração a bater com força. O capitão me passou poucas coisas, alguns homens do FBI e da CIA cercariam o Hangar 13 e, assim que Laurent chegasse com Rose, e Royce e o traficante colombiano estivessem fechando o negócio, eles invadiriam. Parei o carro a cinco quadras do porto, conforme a gente tinha combinado. O capitão e mais dois homens do FBI nós esperavam, eles conversavam com Rose, Jim e Jazz. Desci do carro e Laurent me acompanhou, o capitão falou: 

— Garrett, estamos quase prontos! - Ele me cumprimentou. - Esse dois são os agentes Tunner e Adams. - Apertei a mão dos dois. 

— Esse é Laurent! - Falei. - Motorista de Royce e quem estava com Rose quando a encontramos. 

— Sabemos que o traficante que estará com Royce é Marco Alonso.- O agente Adams falou. - Ele é nosso conhecido já e sabemos que ele não estará sozinho, ele tem uma equipe bem  forte de seguranças. 

— Eu não queria Rose participando disso! - Falei 

— Ninguém quer colocar um civil em risco! - O capitão falou. - Mas, infelizmente, não podemos deixar  eles desconfiarem de nada, nossa maior chance de colocar os dois na cadeia pelo resto das vidas deles é os prendendo em flagrante! 

—  Posso ao menos entrar com Rose? - Pedi. - Eu fico dentro do carro, escondido, até que os agentes invadam o lugar, por favor capitão, é a forma mais fácil de protegê-la!

— Por mim tudo bem Garrett! - Ele me falou 

— Obrigado! 

—  E eu e Jasper? - Jim perguntou 

— Quero vocês dois cuidando da saída do porto, ninguém sai daqui de dentro. - O Capitão falou. - Já mandei três homens para cada saída, vão cada um para uma e não deixem ninguém sair e nem entrar. - Ele olhou exclusivamente para Jasper. - Você é um ex militar e por isso está participando disso, não pensem que estou contente com toda essa investigação que você, Garrett e Jim fizeram sozinhos, porque não estou. 

Não falamos nada e começamos a nos preparar enquanto os dois agentes passavam o plano para gente. Eu, Rose e Laurent colocamos coletes a prova de balas e eu, uma escuta que falaria com o capitão. 

—  Vocês podem me devolver minha arma? - Laurent pediu antes de entrar no carro novamente. 

— Não! - Foi o capitão que falou 

— Me mandar lá para dentro, sem uma arma para me defender, é a mesma coisa de mandar uma pessoa para cadeira elétrica.  - Ele resmungou

— Ele está certo, capitão! - Jim falou 

—  Toma! - Peguei uma pistola e entreguei na mão dele. - Faça o que for certo, pelo menos uma vez na sua vida.

Ele sabia do que eu estava falando e apenas me agradeceu. Jasper me abraçou e abraçou Rose antes de ir com Jim, então como já estávamos pronto, e faltava apenas cinco minutos para as quatro da manhã, entramos no carro e fomos para o porto.   

POV Rose 

Começou a me bater um desespero assim que o carro cruzou o portão do porto, se por um lado eu queria muito mandar o desgraçado de Royce para o inferno, por outro, eu nunca arrisquei minha vida, quem gostava disso era Garrett e Jazz. 

— Laurent, preciso que você e Rose fiquem próximos ao carro, é a única forma de vocês dois se protegerem! 

— Vou fazer o possível! - Laurent respondeu 

— Rose, assim que os agentes invadirem o local eu vou sair do carro e fazer o possível para te levar até um lugar seguro, ok? 

— Uhun! - respondi a ele- Eu to com medo Garrett! - Fui sincera. 

— Eu vou te proteger, prometo! 

— Acho bom você fazer cara de sofrimento e de medo, a gente já chegou!  - Laurent falou. 

—  Tá bem! - Falei 

Fechei meus olhos e nem precisei fazer força para começar a chorar. O número 13 estava bem grande em cima de uma porta de ferro enorme. Laurent parou na porta e um homem se aproximou do carro:

— Vim trazer Rosalie! 

Laurent falou abrindo um pouco da janela do carro. O homem olhou para ele e depois para mim, desviei o olhar, após ver que ele segurava um tipo de metralhadora na mão. 

— Vou abrir! 

Eu olhava para todo lado para ver se via alguém da polícia ali fora, mas eu não conseguia enxergar nada, meu coração estava acelerado e comecei a roer minhas unhas, de tanto nervosismo. A porta se abriu por completo e Laurent arrancou com o carro. O lugar não era muito grande, mas também não era pequeno. Tinha algumas fileira de um tipo de prateleiras com alguns barcos e lanchas. Tinhas 4 minivans pretas paradas e cerca de uns 20 homens, todos armados, incluindo Royce, parados em frente delas. Seis mulheres, mais novas que eu, estavam sendo seguradas por homens armados, todas choravam e tinham uma arma apontada para suas cabeças. Laurent parou o carro, não muito longe da saída, mas próximo dos homens e falou pra mim. 

— Fique dentro do carro! – Ele desceu e falou. – Trouxe Rosalie! 

— Laurent, meu amigo, sempre pontual! - Royce se aproximou do carro e deu uma olhada pra mim, virei o rosto e sequei minhas lágrimas. - Como ela está se comportando? 

— Tudo bem! - Laurent respondeu. - Vamos acabar logo com isso? 

— Vamos! - Royce deu a volta no carro e abriu minha porta, comecei a rezar para ele não ver Garrett ali. Ele me segurou pelo braço me puxando pra fora do carro! - Oi irmãzinha!

— Me larga seu nojento! - Falei tentando me soltar, ele apertou mais meu braço. 

— Faça alguma gracinha para você ver o que faço com você! – Ele me apertava com força e Laurent se aproximou da gente. 

— Deixa que eu cuido dela Royce! 

Ele segurou no meu outro braço, com menos força me puxando para perto dele. Royce me encarou com raiva, mas me soltou. Ele caminhou até um dos homens e falou: 

— Suas garotas já estão aqui, agora me mostre o dinheiro e me entregue a chave do Contêiner. 

—  Coloque as garotas dentro da minha van, depois te dou o dinheiro. - O homem respondeu, ele não parecia tão velho, uns 50 anos mais ou menos, mas tinha uma cara nojenta e um voz de arrogância. 

— Primeiro o dinheiro, meu caro Marco! 

— Tragam o dinheiro dele! 

O homem deu o comando e um dos capangas deles foi até uma das vans, abriu a porta e pegou uma maleta preta. Meu coração voltou a acelerar, pelo o que eu tinha entendido séria agora que os agentes invadiriam aquele lugar. Respirei profundamente e assim que Royce colocou as mãos na maleta de dinheiro uma gritaria começou. Os policiais apareceram por vários lugares, parecia cena de filme, alguns entraram pela porta da frente, outros pela do fundo, dois pelas saídas de ar do teto, esses desceram pendurados em cordas. 

Não tive tempo de nada, só senti meu corpo sendo arremessado para o lado e ouvi tiros por todo o lado. Garrett, que de alguma forma, tinha saído de dentro do carro,  me puxou para trás do carro, sentei ao lado dele, coloquei as duas mãos sobre meus ouvidos e comecei a rezar para todos os santos que eu conhecia. 

Pov Garrett 

Como eu imaginava, a terceira guerra mundial tinha começado dentro daquele Hangar. Graças a Deus eu tinha conseguido puxar Rose para de trás do carro e podia proteger ela melhor. Enquanto ela chorava muito ao meu lado, eu atirava tentando acertar o pessoal de Royce. Cai sentado para trás quando senti a pressão no meu ombro direito. Eu havia sido atingido, saia muito sangue e ardia de mais. Rose estava desesperada, apenas falei: 

— Está tudo bem Rose! -Falei tampando a ferida com a mão esquerda. 

Peguei minha arma novamente, com bastante dificuldade, e voltei a atirar. A dor não era tão insuportável assim e eu ainda estava com a mira boa. 

Os tiros foram diminuindo gradativamente e de repente acabou. Me levantei e Rose também ficou de pé, dei uma geral no lugar com os olhos, tinha uns quinze  homens caídos, com ferimentos de balas pelo corpo, incluindo Laurent, dois policiais e uma das moças. Os outros homens estavam ajoelhados, sendo rendido pelos agentes. 

— Garrett ! - Rose falou em meus as lágrimas. 

— Fique aqui, meu bem! 

Falei carinhosamente para ela e comecei a caminhar. Fui primeiro até o corpo de Laurent, ele tinha um ferimento a bala, bem na testa. Verifiquei sua pulsação e seu batimento cardíaco, mas não tinha o que ser feito, ele estava morto, - “Droga” - pensei. Me levantei e caminhei até onde dois agentes seguravam Royce, ele se debatia para se soltar e olhou para mim com ódio. Me aproximei dele e dei um soco em sua cara, ele gemeu e comecei a dar vários socos neles, descontando toda minha raiva, mesmo sendo errado e ele estar sendo segurado pelos agentes. 

— Me bate mais seu bastardo imundo! - Ele falou enquanto eu voltava a estancar o sangue de meu ombro. Seu rosto já estava ficando roxo, sua sobrancelha estava aberta e seus lábios sangravam muito. - Aproveita, porque quando eu estiver livre, eu vou acabar com você e com todos que você ama! 

— Cala a boca seu filho de uma puta! - Deu outro soco em seu rosto.

— Garrett, chega! - O capitão Holt se aproximou da gente.- Deixe ele para os presos da cadeia. 

Os dois agentes praticamente arrastaram Royce dali. Olhei para ele e depois para Rose, que não tinha me obedecido e estava quase ao meu lado. Ela veio me ajudar, quando coloquei a mão novamente sob meu ferimento. 

— Jazz e Jim? - Perguntei

— Estou lá fora tentando distrair a mídia. - Ele começou a andar. - Preciso mandar vocês para o hospital.

— Está tudo bem comigo! - Falei. 

— Claro, você só está com um ferimento no ombro e perdendo uma boa quantidade de sangue, mas está tudo bem! - Ele foi sarcástico comigo. 

— Tá eu vou para o hospital, mas Jazz não pode levar Rose para casa? - Perguntei 

— Ela tem que fazer os exames básicos no hospital antes de ir para casa, como todas as vítimas. - Ele parou e me olhou. - Você sabe os procedimentos! - Ele revirou os olhos. - Eu só não quero a mídia nisso, o Governo vai responder todas as perguntas deles e as vítimas, quando estiverem prontas também. 

— Tudo bem! - Falei 

— Agora entrem naquela ambulância e vão para o hospital. - Ele falou no exato momento que três ambulâncias entraram no hangar. - Eu mando Jazz ir atrás de vocês. 

Ele virou as costas e Eu e Rose ficamos ali. 

— Você está bem? - Perguntei a ela que chorava muito. 

— Uhun! - Ela resmungou – Eu odeio que você seja policial! 

— Acabou minha irmã! - Beijei seus cabelos.

— Venha! - Ela enxugou suas lágrimas. - Vamos para o hospital. 

Caminhamos até uma das ambulâncias e entramos. Alguns agentes davam orientações para as outras vítimas que não haviam se machucado e logo nossa ambulância fechou a porta e saímos. 

Pela janela pude ver Royce sendo colocado algemado dentro de um carro da polícia e sorri satisfeito comigo mesmo, eu tinha cumprido minha missão, Royce pagaria por todos seus crimes, Rose iria comigo para casa e finalmente, a família Cullen viveria em paz novamente. 

Pov Carlisle 

Acordei com meu celular tocando e meu coração acelerado. Não era muito mais tarde do que seis da manha, e normalmente, quando o telefone tocava nesse horário, não era uma boa notícia. Peguei o aparelho da escrivaninha vi que era Jasper ligando. Me levantei  e fui para o closet atender.

Ligação on 

 — Jazz, pelo amor de Deus, me diga que está tudo bem? 

— Oi Carlisle, está tudo bem! - A voz dele estava um pouco desesperada. - Digo, mais ou menos, Garrett está indo para o hospital! 

— O que aconteceu?

— Ele levou um tiro, mas acho que está tudo bem!

— Eu to indo para o hospital! 

— Te espero no estacionamento, preciso falar com você antes que você suba. 

— ok! 

Ligação off 

Nem pensei em perguntar no que os dois tinham se metido e já comecei a trocar de roupa. Eu tinha muito carinho por Garrett e Jasper, os via como parte da minha família, para falar bem a verdade, pensava neles dois com o mesmo carinho e amor que pensava em Emmett e Bree. 

Sai do closet e Esme resmungou da cama, ainda muito sonolenta por causa dos remédios que andava tomando para dormir:

— Está tudo bem , amor? 

— Sim, meu bem! - Caminhei até a cama e depositei um beijo em sua testa. - Era apenas do hospital, vou lá verificar  que está acontecendo e depois volto para casa. 

— Algo sério ? 

— Não sei ao certo! - Dei outro beijo nela. - Volte a dormir, qualquer coisa eu te ligo. 

— Eu te amo, tenha um bom dia de trabalho! 

— Também te amo meu bem! 

Ela se aconchegou novamente na cama e fechou os olhos. Sai de casa apressado, não fui correndo até o hospital, mas estava numa velocidade maior do que o normal. Assim que estacionei meu carro, pude ver Jasper, sentado num banquinho me esperando. Ele estava com a camiseta manchada de sangue, mas bebia um café tranquilamente. Perguntei ansioso quando me aproximei dele: 

— Jazz, o que aconteceu? - Ele ficou de pé e me deu um abraço começando a chorar. Comecei a imaginar que algo terrível tinha acontecido com Garrett, não era possível passamos por mais uma tristeza na família.  - Calma Jazz, me diga com calma o que aconteceu com o Garrett! - Segurei ele pelo ombro para olhar em seu rosto.

 – Rose está viva! - Ele falou em meio ao choro. - Nossa Rose está viva! 

 – O que!? - Perguntei sentindo algumas lágrimas se formarem em meus olhos. 

 – A gente encontrou ela, viva! - Ele falou passando a mão no rosto 

 – Meu Deus! - Não consegui segurar minhas lágrimas, minha filha estava viva, eu não podia acreditar naquilo. Abracei Jazz novamente e choramos juntos. Eu não me importava com a história que ele tinha pra contar nem como Rose foi encontrada, ela estava viva. - Onde ela está? - Perguntei quando  nos soltamos. 

— Lá em cima. - Ele enxugou as lágrimas. - Ela tem que fazer alguns exames, mas aparentemente está bem! 

— Minha filha está viva Jazz, que notícia maravilhosa! - Falei enxugando minhas lágrimas também. 

— Sim, você não tem ideia da surpresa que a gente ficou. 

— É Garrett, onde está? O que aconteceu com ele? 

— Está lá em cima também, levou um tiro, vai ser examinado! 

— Meu Deus! - Enxuguei mais uma vez minhas lágrimas. - Vamos subir, eu vejo Rose e depois vejo ele. 

Entramos no elevador do estacionamento ainda chorando, minha filha estava viva, o milagre finalmente tinha acontecendo para a gente, depois de vinte e oito anos, eu ia poder abraça–la, dizer que sempre a amamos e pedir desculpas por todo sofrimento que ela teve que passar. 

Subimos direto para minha sala, Jazz me resumiu um pouco a história e fiquei tão aliviado quando ouvi que Royce tinha sido preso. Coloquei meu jaleco e peguei meus equipamentos, Jazz não sabia onde Rose estava também, fomos a recepção e pedi para uma das enfermeiras : 

— Quero o prontuário de Rosalie Lillian e Garrett Pace! 

— Sim, Dr. - A enfermeira procurou os prontuários e eu não conseguia parar de sorrir. Jazz se mostrava ansioso ao meu lado, mexia as mãos e batia o pé no chão. Ela me entregou o formulário e perguntou: - Ela não é a garota que havia morrido ? 

—  Sim! - Respondi sorrindo. - Ela é minha filha! - Falei para ela com orgulho.

— Que bom Doutor ! - Ela sorriu para mim. - Ela está no quarto número 418, foi coletado uma amostra de sangue para um exame inicial por isso ela ainda não está sendo medicada. 

— É Garrett? - Perguntei 

— Está com ela no quarto, ele se recusa a sair de lá antes de alguém da família chegar para ficar com ela. 

— Certo! - Respondi. - Estou indo para lá! 

Eu e Jazz nós olhamos e sorrimos. Sai dali e fomos para o terceiro andar, onde ficava o quarto 418. Conforme fomos nos aproximando do quarto meu coração foi acelerando e meus olhos enchiam mais de água. Senti um medo invadir meu coração, Rose passou a vida inteira sem eu e Esme ao lado dela e se agora ela não quiser aceitar a gente? Parei na frente da porta do quarto dela, mas não entrei. Jazz perguntou:

— O que foi? 

— Ela já está sabendo ?

— Uhun, contamos por cima toda a situação. 

— Como ela reagiu?

— Ué, abra a porta e descubra você mesmo. 

Ele sorriu me incentivando e abri a porta. Rose estava de pé, olhando para a janela, Garrett sentado num sofá, com a camisa cheia de sangue, com um pequeno curativo estancando seu ombro. Os dois me olharam, e quando os olhares de Rose, cruzaram os meus, senti as primeiras lágrimas caírem de meus olhos. Coloquei a mão na minha boca surpreso, ela estava com roupas todas velhas e rasgada, cabelo preso num coque e magra, muito mais magra do que ela já era: 

— Minha menina! - Falei me sentindo desesperado. 

— Oi! - Ela falou começando a chorar 

Não quis mais saber de nada, apenas fui até ela e a abracei. Meu Deus, minha menina estava viva e aqui comigo, no meu braço. Nós dois choramos muitos abraçados, eu repetia a palavra "minha filha" cada vez mais desesperado.  - Me acalmei um pouco e falei:

— Você está viva! - Nós soltamos, mas ficamos nós olhando. 

— Me desculpa. – Ela falava pausadamente tentando controlar seu choro. – Eu não queria fazer ninguém sofrer! 

— Não meu amor, nunca foi sua culpa Rose. - Passei a mão em seu rosto. - E você que tem que nos perdoar, foram 28 anos sozinha e quando podíamos te proteger, deixamos te levarem, mais uma vez! 

— Vocês não tiveram culpa. - Ela abriu um sorriso fraco. - Acabou! 

— Você está bem? O que fizeram com você ? – Nós dois ainda estávamos meio abraçados e chorando. 

— Eu to bem! – Ela forçou outro sorriso. – Já Garrett, não muito! 

Nós soltamos mais um pouco, mas fiquei com meus braços sobre seus ombros e ela se aconchegou em mim. Olhei para Garrett no sofá, ele tinha lágrimas nos olhos e fisionomia de dor.

— Achei que tinha pedido para vocês tomarem cuidado! 

— Está tudo bem Carlisle, foi só um tiro e passou de raspão. - Garrett passou a mão nos olhos, limpando suas lágrimas. - A enfermeira que veio aqui, disse que só vou precisar de alguns pontos e um curativo só. 

— Que bom que é só isso! - Jazz falou mexendo no celular.  - Kate está vindo para o hospital e sua mãe também, as duas estavam desesperadas! 

— Por que diabos você ligou para elas? - Garrett perguntou revirando os olhos. - Por falar nisso, para quem mais você ligou? 

— Ei, eu só liguei para Carlisle, por que ainda não sabíamos como você e Rose estavam de verdade. - Jasper revirou os olhos e sentou numa outra poltrona. - Foi Kate que me ligou e ainda me xingou por que tinha te ligado umas dez vezes e você não tinha atendido. 

Eu deixei os dois discutindo e voltei a olhar para Rose. Minha filha, meu Deus, era inacreditável ter ela ali.

— Tenho que pegar o resultado do seu exame e cuidar de Garrett, mas confesso, que estou com medo de sair daqui e te perder de novo! - Falei para ela. 

— Eu não vou em lugar nenhum, estou aqui agora! - Ela me abraçou com carinho e voltei a chorar, como era bom receber o abraço que esperei anos. - Você pode ir lá e depois vamos para casa! 

Beijei sua testa antes de me separar dela. Deixei eles e fui atrás do exame dela, mas antes parei na capela do hospital, me ajoelhei e comecei a rezar, ainda chorando, minha filha estava em casa e Deus merecia meus pedidos de perdão e toda a minha gratidão. 


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