Saint Seiya - Contra as Forças do Inferno escrita por Bruno Kroeger


Capítulo 6
Capítulo 6




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Shiryu, Shun e June chegam ao Templo de Éris. Ao entrarem no enorme palácio, eles sentem uma energia hostil, depressiva, maligna. Eles então ouvem uma voz. É uma voz feminina penetrante, forte e ao mesmo tempo fantasmagórica. Eles se voltam para o lugar de onde vinha a voz e avistam a figura de uma mulher. Alta, imponente, muito bonita. Seus olhos irradiavam uma luz púrpura intensa e de todo o seu corpo emanava uma cosmoenergia ao mesmo tempo divina e demoníaca. Segurava um grande cetro que parecia ser de ouro puro.

— Vocês não têm permissão para pôr os pés neste solo sagrado. Este é o Templo Sagrado da deusa Éris, a Deusa da Discórdia. Vocês sofrerão a punição por profanarem este recinto.

— Queremos saber onde está a deusa Atena! - Diz Shiryu. - Onde você a escondeu?

— Como você ousa se dirigir a mim com tamanha altivez, desprezível mortal?

— Somos cavaleiros de Atena e viemos aqui para salvá-la. - Diz June. - Nós não permitiremos que vocês destruam este mundo!

— Se for preciso, daremos nossas vidas em defesa da paz neste mundo. - Completou Shun.

— Vocês não passam de insetos! - Exclama Éris. - E eu vou enviá-los para o inferno imediatamente!

Os três cavaleiros se prepararam para lutar. Shiryu disparou o seu golpe Cólera do Dragão, ao mesmo tempo que June disparou o seu Chicote do Camaleão. E Shun, por sua vez, usou a sua técnica Nebulosa de Andrômeda. Éris permaneceu imóvel enquanto os três cavaleiros a atacavam. O poder dos golpes se uniu em sua direção. Mas ao chegar diante dela, todo o impacto foi contido sem que Éris tivesse que se mover. O poder do golpe voltou-se então completamente contra os cavaleiros, que foram atingidos com muita força e foram arremessados ao chão, bastante feridos.

— O que aconteceu? - Indagou Shun. - Os nossos golpes se voltaram contra nós...

— Shun, ela é uma deusa. - Respondeu Shiryu. - Era de se imaginar que não seria fácil chegar perto dela. Precisamos encontrar um meio de vencê-la.

— Mas como? - Questionou June. - O que vamos fazer?

Éris então apontou o seu cetro na direção dos cavaleiros e disparou uma poderosa rajada de energia que os atingiu plenamente e os deixou caídos e inconscientes.

***

Enquanto isso, Seiya estava frente a frente com Saga.

— Saga, você acabou de dizer que nós não temos muito tempo. Então por que não me deixa seguir adiante?

Saga não respondeu. Ele saltou, moveu os braços e executou o seu golpe Explosão Galática contra Seiya, atingindo-o em cheio e levando-o ao chão.

— Eu disse, Seiya. Você não está preparado para enfrentar Ares. Não pense que você enfrentará um inimigo fácil.

Seiya se levantou com dificuldade.

— Se é isso que você quer, Saga, eu vou atacá-lo. Meteoro de Pégasus!

Saga deteve o golpe de Seiya com apenas uma das mãos. Ele então disparou um novo golpe que lançou Seiya novamente no chão.

Seiya se levantou mais uma vez.

— Você vai insistir em lutar? - Questionou Saga. - Você não vê que não consegue me atingir? Eu sou apenas um cavaleiro. Como você espera então vencer um deus?

— Saga, o meu cosmo pode até ser inferior ao seu. O meu golpe pode não ser tão forte a ponto de atingi-lo. Mas tem uma coisa que me faz acreditar na minha vitória. Não importa quantas vezes você me atingir, eu vou me levantar novamente. Eu jamais vou aceitar ser derrotado. E é por isso, Saga, que eu vou derrotar você e vou derrotar Ares!

Saga olhou para Seiya com um olhar de espanto. Seiya então começou a correr na direção de Saga e a se movimentar de um lado para o outro. Ele então disparou novamente o seu Meteoro de Pégasus. Mas Saga novamente usou a sua Explosão Galática e atingiu Seiya, derrubando-o novamente.

— Eu vi. - Disse Seiya, com a voz fraca. - Eu vi o seu golpe. Eu pude enxergar os seus movimentos na velocidade da luz!

— O que você acha que pode fazer contra mim, Seiya?

Seiya se levantou. Saga novamente disparou o seu golpe, mas desta vez Seiya o conteve com as mãos. A força do golpe arrastou Seiya para trás por vários metros. De suas mãos saía fumaça. Mas Seiya ainda estava de pé.

— Muito bem, Seiya, mas isso não é o suficiente. - Disse Saga.

Saga então usa o seu golpe Outra Dimensão. O golpe faz com que Seiya desapareça completamente. Saga então dá as costas e começa a caminhar em direção ao Templo de Atena.

— Eu imaginei que Seiya não estava pronto para o tamanho da missão que ele teria que cumprir. Seiya é um cavaleiro formidável, tem um espírito de luta incrível, mas infelizmente o que estamos enfrentando é algo muito maior do que ele. Eu não sei sequer se eu mesmo sou capaz de cumprir essa missão.

— Você me subestimou, Saga!

Saga não pôde acreditar no que estava ouvindo. Ele se voltou para ver de onde vinha a voz. E do céu, Seiya desceu disparando o seu Meteoro de Pégasus, atingindo-o em cheio e, pela primeira vez, levando-o ao chão.

— Seiya, como você voltou da Outra Dimensão?

— Saga, uma vez que um cavaleiro desperta o Sétimo Sentido, ele não está mais vulnerável à sua técnica. Eu pude me mover rápido o bastante para não ser capturado pelas suas ondas.

Seiya então faz arder o seu cosmo e dispara o seu poderoso golpe Cometa de Pégaso contra Saga. Este salta no momento do ataque, e ao pôr os pés no chão, diz:

— Seiya, você pode ter escapado da morte, mas ainda não tem poder suficiente para me vencer. O seu golpe mais poderoso não me fez nem um arranhão.

— Você tem certeza disso, Saga?

Saga então olha para o seu corpo e vê inúmeras rachaduras surgirem em sua armadura. Ele então vê surgirem vários ferimentos em seu corpo. Saga cospe sangue e diz:

— Eu o subestimei, Seiya. Você é jovem, seu cosmo talvez ainda não esteja no mesmo nível dos cavaleiros de ouro, mas você tem uma incrível capacidade de se superar, de ir além dos seus limites. Muito bem, meu jovem, siga adiante e salve Atena. Eu acredito e confio em você.

E ele então caiu morto. Seiya correu para ajudá-lo, mas ao segurá-lo nos braços, percebeu que ele já não respirava.

— Tenho que seguir em frente. Não resta muito tempo. Já é meia-noite...

***

Hyoga saiu da masmorra em que se encontrava e avançou em direção ao Templo de Lóki. Ao chegar lá, ele se deparou com uma figura assustadora de uma mulher fantasmagórica, cujo corpo parecia estar em decomposição. Ele parou e receou em se aproximar.

— Quem é você? - Gritou Hyoga.

— Eu sou os seus maiores pesadelos...

E de repente, aquele ser disparou um poderoso golpe contra Hyoga, atingindo-o e arremessando-o para longe.

"Esse golpe não apenas feriu o meu corpo, mas também injetou um estranho calafrio na minha alma, um medo que penetrou nas partes mais profundas do meu cérebro!", pensou Hyoga.

Ele se levantou e se posicionou para lutar. Aquela mulher estranha começou a caminhar na sua direção. Hyoga pensou: "Eu me sinto assustado, inseguro, o que isto pode ser? Não posso me deixar intimidar por esses sentimentos, eu tenho que lutar!"

Ele então disparou o seu golpe Trovão Aurora contra aquela criatura, que desta vez se moveu rapidamente, saltando e se esquivando do golpe. Quando pousou no chão, aquele ser assumiu uma nova forma. Agora era a figura de um homem, vestindo uma armadura com uma cor sombria, com traços góticos.

— Então esta é a sua verdadeira forma, hein? - Disse Hyoga. - Quem é você, afinal?

— Eu sou Hela. Sou um dos filhos de Lóki e um defensor do seu templo sagrado.

— Então agora você sentirá todo o meu poder! Tome isso!

Hyoga tentou disparar o seu Trovão Aurora, mas antes que pudesse mover os punhos, foi atingido por um raio de luz que penetrou a sua mente. Ele então sentiu um forte calafrio tomar todo o seu corpo, subindo desde as pernas até a cabeça. Imediatamente, ele sentiu que estava sendo cercado por figuras cadavélicas, como mortos-vivos, que o agarravam e queriam se alimentar de sua carne. Hyoga começou a gritar desesperadamente. Ele então pensou: "Isto não pode ser real. É tudo uma ilusão! Mas por que eu estou sentindo esse medo tão terrível, diferente de tudo que eu já senti na vida?"

— Cavaleiro, este é o poder do meu golpe. - Disse Hela. - O meu golpe atinge justamente a área do seu cérebro que controla a descarga dos hormônios no seu corpo que provocam essa sensação de medo. Você não poderá usar todo o seu poder, não terá total controle dos seus movimentos, por causa do seu próprio medo!

Hela então se aproximou de Hyoga e segurou o seu rosto.

— Eu agora vou levá-lo comigo para o inferno, cavaleiro! Vou lhe mostrar tudo que há de mais assustador nos pântanos mais obscuros e longínquos do mundo dos mortos...

O chão começou a se abrir e espectros malignos começaram a puxar Hyoga para o interior da terra. Hyoga entrou em um desespero profundo. Começou a gritar desesperadamente, mas sua voz começou a lhe faltar. Ele então começou, no fundo de sua alma, a clamar a Atena por ajuda: "Deusa Atena, salve-me, por favor. Eu estou prestes a sucumbir. Ajude-me a vencer esse inimigo. Faça com que o meu cosmo se eleve novamente".

Ele então ouviu a voz de Atena:

— Hyoga, este medo não é real. Você sabe disso. Você não pode se deixar dominar pelo medo. Todos nós sempre sentimos medo. Mas nós podemos enfrentar os nossos medos. Ignore o medo, Hyoga! Faça o seu cosmo explodir! Liberte-se!

Hyoga então despertou o poder do seu cosmo de modo extraordinário. O seu cosmo verdadeiramente explodiu, chegando a um nível maior do que ele jamais alcançara antes. Ele então provocou uma verdadeira explosão, arremessando violentamente Hela para longe de si, junto com todos os espectros que o aprisionavam. Ele então saiu do estado de transe em que se encontrava.

— Como conseguiu, como?! - Gritou Hela. - Como conseguiu se livrar do meu poder, estando dominado pelo medo?

— Hela, os cavaleiros de Atena não têm medo de nada!

Hyoga então elevou seu cosmo mais uma vez e disparou o golpe que aprendeu com seu mestre, Execução Aurora, com todo o seu poder. O golpe destruiu Hela completamente.

— Agora eu só preciso entrar no Templo de Lóki e aprisioná-lo na ânfora divina. Eu preciso correr. Já é mais de meia-noite.


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