The Four Halstead: Season 4 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 6
Capítulo 6




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[21° DP de Chicago]


— Eu não sei de nada — a mulher repetiu pela décima vez.

Daisy Parker, essa foi a única informação que a mulher passou as detetives. Ela parecia americana, falava bem a língua mas não havia como confirmar naquele momento. A jovem devia ter uns vinte e cinco anos e parece ter passado por muitas coisas em pouco tempo, no entanto ela não queria falar, como a maioria em seu mundo ela não gostava nem confiava na polícia, e por mais que Olivia tentasse criar um tipo de conexão com a mulher do outro lado da mesa na pequena sala de interrogatório, o resultado se mantinha nulo.

Benson a deixou na sala de interrogatório e retornou para onde os outros detetives estavam reunidos. Ela viu Voight a chamando para a sua sala.

Assim que entrou Voight lhe entregou o telefone.

 

[Nova Iorque]

 

 

Carisi solta um suspiro alto, vendo as luzes da ambulância e das viaturas ao seu redor. Rollins está à alguns metros fazendo alguma ligação, ela o olha preocupada por um segundo.


— Precisamos ir detetive — um paramédico diz parando diante a traseira da ambulância onde Carisi estava sentado.

Sua cabeça ainda está doendo, e ele sente um leve enjoo, mas não quer ir ao hospital. Há muito trabalho a fazer e o tempo se torna mais escasso a cada segundo. No entanto, quando ele se levanta recusando tratamento, Rollins surge ao seu lado.

— Vá pro hospital — ela disse em tom de autoridade — Ordens da Benson.

Ele assentiu a contragosto entrando na ambulância.

As coisas tinham ficado ruins rápido. O FBI apareceu para levar a criança já que ela estava no país de forma ilegal. Em uma tentativa de atrasar a transferência enquanto Stone tentava conseguir uma permissão para a menina ficar sobre a proteção dos detetives da SVU, Carisi foi ao hospital buscar a menina. Mas no meio do caminho as coisas deram errado.

Uma emboscada e um tiroteio acabaram com três mortos, e Carisi ferido.

 

[21° DP de Chicago]

 

— Qual o problema sargento? — Erin questionou ao ver a cara de poucos amigos de Benson.

— Carisi sofreu uma emboscada — antes que houvesse qualquer tipo de comoção entre os oficiais, Olivia levantou a mão pedindo silêncio e atenção — ele está bem, mas foi enviado para o hospital com suspeita de concussão. Os dois criminosos estão mortos. E o FBI quer levar a nossa vítima.

— Por que ela é ilegal — Tutuola disse com desânimo na voz — querem deportar ela.

— Sim — Olivia respondeu resignando a própria irritação.

— Odeio federais — Ruzek e Halstead esbravejam juntos.

— Obrigado.

Adam se virou na direção das escadas, enquanto Jay evitou contato visual, apenas coçando a nuca. Erin se levantou, andando até a recém chegada.

— Essa é a agente Cassy Montenegro — Hank Voight a apresentou, Cassy acenou para os presentes na sala — esses são sargento Benson e detetive Tutuola.

— Prazer — ela sorriu — não quero atrapalhar nada — Cassy disse encarando os sargentos — só vim buscar a Erin.

Em situações normais, Erin reclamaria por Jay ter ligado para a amiga para levar lhe dar uma carona para casa, mas nas últimas semanas ela também não conseguia ficar mais de quinze horas acordada. Então dessa vez, ela estava agradecida.

— Você é do FBI? — Tutuola perguntou.

— Atualmente Interpol, mas já fui do FBI — Cassy respondeu, esperando a Erin pegar suas coisas e se despedir de Jay — eu sei somos todos otários, a maior parte do tempo.

— Espera — Ruzek se manifestou se aproximando da morena — talvez você possa nos ajudar.

— Eu não ouvi um "desculpe me" — Cassy respondeu encarando os olhos claros do detetive.

Um resmungo de canto a fez desviar os olhos para a mesa mais perto das escadas.

— Greg — ela o comprimento, ele apenas acenou de volta. Uma leve irritação nos olhos claros.

— Montenegro — Voight chamou — um minuto.

Cassy arqueou uma sobrancelha andando até a sala do sargento. Logo que ela entrou, Benson atravessou a porta e a fechou. A ex Ranger cruzou os braços esperando para descobrir o que o sargento queria.

Os dois sargentos explicaram de forma resumida o caso, e por fim chegaram ao que tanto queriam, a ajuda dela para manter Ana Beatriz sob a proteção dos detetives de Nova Iorque, e impedir que a criança seja deportada, pelo menos até o fim do caso.

— Posso dar uns telefonemas, apesar de que — Cassy parou colocando a mão no queixo, mordendo o lábio inferior reavaliando algumas coisas passadas — me deixe fazer algumas ligações para confirmar uma coisa e te coloco em contato com quem pode te ajudar.

Os dois mais velhos concordaram agradecidos, quando ela saiu.

Cassy levou Erin para sua casa, graças ao falatório de Jay que repetia que não queria deixar a esposa sozinha em casa no final da gravidez. E como ele teria que ficar até mais tarde no trabalho, implorou para as duas ficarem juntas.

— Claro que você pode ficar lá em casa Erin, podemos ficar de boas, conto algumas histórias constrangedoras de infância — Cassy disse sorrindo cinicamente da cara de Jay.

~~~~~

Assim que chegaram em casa, elas deram de casa com Will.

— O jantar está na suas mãos, pode começar — Cassy diz dando um tapinha no ombro do ruivo.

Cassy acompanhou a cunhada postiça até o quarto de hóspede onde ela ficaria. Checando o filho antes de ir retornar à cozinha onde encontrou Will. O ruivo terminava a salada com um olhar concentrado demais para um simples ato.

— Hum — ela cantarola se aproximando da bancada, um sorriso genuíno tomando conta de seus lábios — eu amo essa cara sua — Cassy revela, atraindo um olhar questionador dele — é a cara que você faz desde criança, quando está prestes a dizer aquelas mágicas três palavras.

Ele revira os olhos sabendo as quais palavras ela se referia.

— Eu não sei ao que se refere dessa vez, mas eu sei — ela completou ignorando a careta que ele fez.

— Eu não disse isso — Will falou sério, dando as costas para ela — mas eu ouvi algo meio estranho hoje.

— Tá afim de me dizer?

— Ainda não — ele balançou a cabeça mudando de assunto — pode colocar a mesa?

— Elliot vem arrumar a mesa — Cassy gritou sem tirar os olhos do amigo, então abaixou a voz — não se meta em problemas William, não queremos que aquilo se repita.

Ele acenou, ambos combinaram de não falar sobre aquilo novamente. Lembranças ruins e segredos cercavam o salvamento de Will de seu sequestro. Coisas que tornaram a vida de Cassy complicadas caso fossem revelados.

Os dois se calaram assim que ouviram os passos de Elliot nas escadas.

Cassy deixou os dois homens da casa na cozinha e foi até o escritório que mantinha em casa. Checar as cópias de um arquivo que seu chefe lhe deu para ela avaliar.

Entre os arquivos havia algo no qual ela pensou quando ela ouviu o caso que a Unidade de Inteligência está investigando.

Um agente de uma unidade especial em que os agentes trabalham infiltrados em diversos âmbitos de criminalidade, desde traficantes de esquina até máfia, por todo o país. Apelidados de Spy pelos que conhecem essas unidades. O arquivo em questão era sobre um caso de uma boate de stripper ilegal, que foi desmanchada a dois meses, e em que todas as garotas eram imigrante, duas delas eram menores que foram sequestrados de bairros étnicos. Todas as outras eram ilegais. E também teve uma "casa de massagem" em que as garotas encontradas tinham o mesmo status.

As duas são de estados diferentes mas possuem um nome em comum.


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