The Four Halstead: Season 4 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 7
Capítulo 7




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[21ª DP de Chicago]


John Seda, o homem recém preso pela unidade de Inteligência, da forma mais secreta que podiam, estava preso na pequena cela improvisada que era mantida junto a saída de trás da delegacia.

Para quem só olhava para ele percebia que ele queria matar os policiais do lado de fora, um criminoso irritado por ter sido pego, mas o cinismo brilhando nos olhos claros da mulher no fundo da sala era o que realmente o irritava.

— Sabia que daria merda quando você chegou no país — ele disse irritado  sentado no estreito banco dentro da cela.

— Poderia ter sido na frente dos seus novos amiguinhos — Cassy respondeu do fundo da sala.

— Acha que vou poder voltar assim, como se nada tivesse acontecido? — ele perguntou se pondo de pé o mais perto da cerca sem encostá-la.

— Eu posso te dar uma surra para te ajuda no disfarce — ela sugeriu com um sorriso de canto. A resposta foi um revirar dos olhos do homem moreno.

Voight o tirou da pequena cela, retirando as algemas e o levou para sua sala no andar da unidade.

A prisão dele era um absurdo, mais ainda por seu disfarce não ser mais tão secreto. Mesmo que o grande plano de derrubar o quartel, no qual ele esta infiltrado, esteja previsto para ali duas semanas, aquela intervenção poderia mudar os planos.

Se pudesse estaria estrangulando Cassy, mas ela já salvou sua vida, então John só podia desejar.

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 [Hospital]


Will saiu do quarto de um dos paciente, esfregando o álcool em gel nas mãos, sendo interceptado por Maggie. Pela expressão dela algo não estava certo.

— A sua paciente, a Abigail Kane — Maggie fala baixo acompanhando o médico de perto — o que você acha daquela amiga dela?

Will parou para encarar o rosto da chefe dos enfermeiros, a testa franzida com o questionamento.

— Não prestei muita atenção nela — Will deu de ombro.

— Isso é mentira doutor Halstead — ela disse desviando atenção por um segundo para atender a duvida de outro enfermeiro.

— Ela é namorada do Voight, eu não acho nada — ele respondeu dando de ombro assim que o enfermeiro se afastou — por que a  pergunta ?

— Tenho um mau pressentimento com ela, não sei porquê — Maggie respondeu se afastando

— Entra na fila — Will murmurou para si mesmo.

Ele tentou ignorar a conversa estranha que ouviu no outro dia, considerando que as vezes podia ser influenciado por sua amiga de infância. Mas ele tinha que admitir que havia algo em Amélia era esquisito.

Will aproveitou a ronda, para passar pelo quarto de Abigail. Ela estava acordada, e sozinha pela primeira vez nos últimos dias.

— Oi — ele chamou entrando no quarto, ela se encolheu ao encará-lo.

Will tentou não demonstrar reação ao comportamento dela. Para sua tristeza, o ruivo reconhecia este tipo de reação, é era um sinal ruim, mas também não poderia se sentir surpreso considerando o estado dela quando chegou.

— Me ajuda — ela murmurou com um leve sotaque europeu. Ela engoliu com dificuldade, os olhos marejados.

Ela mal falou desde que chegou, apenas dizia sim ou não. 

— Eu preciso de ajuda — ela fica muda e estática de repente, os olhos assustados olhando para a porta por um segundo antes de desviar o olhar pro lado.

Will se virou e encontrou Amélia Barton parada na porta.

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[DP de Chicago]


— Posso saber como me descobriu? — John perguntou para Cassy antes de entrar na sala com Voight e Benson.

Ela deu de ombro com um sorriso de lado, ele bufou revirando os olhos, entendendo o que aquilo significava.

— Estão te colocando no nosso departamento, sério?

— Não exatamente, mas quem sabe eu  não viro sua chefe — ela rebateu, ignorando o olhar de Mouse e outros sobre si.

John não respondeu apenas entrou na sala. Voight e Benson explicaram a ele sobre o caso, e pedirem informações. Seda só poderia compartilhar informações com autorização de seus superiores. 

— Está tendo uma investigação, ao que parece tem um grupo de nacionalistas, algo nas redes até onde eu sei, basicamente eles pregam a soberania dos americanos e são contra todos os imigrantes.

— Certo, e?

— Bem, alguns desses seguidores, acreditam que qualquer um que entre no nosso país por qualquer motivo, deve servir a qualquer desejo nosso — John disse com claro desprezo pelo ideal — a boatos que eles possam estar envolvido em trafico interno de pessoas, mas nada foi provado. Porém, conheço um dos integrantes desse clube babaca, ele é dono de uma boate aqui.

~~~~~~

Jay foi até o hall da delegacia, para pegar um arquivo com a sargento Platt. Ele parou diante ao balcão folheando os resultados quando ouviu uma voz atrás de si.

— Jay — a voz feminina o fez engolir em seco.

Em uma oração muda, ele pediu para que não fosse quem ele estava pensando. Devagar Jay se virou para a porta da delegacia.

— Meu Deus, quanto tempo — Alisson diz o abraçando, sorridente.

Halstead sente o olhar em suas costas, queimando-o por telepatia. Perto da porta ele avista um menino parado, encarando-o também.

Alisson se afasta com um sorriso radiante. Ele tenta não demonstrar o desconforto que estava sentindo.

— Alisson, como você está?

— Ótima — ela diz com tom animado em sua voz — eu tentei entrar em contato, mas não te encontrava.

Jay engoliu em seco, estava num campo desconhecido, no qual ele não tinha muito certeza de como sair dela.

~~~~~~

Do lado de fora da sala do sargento, Cassy se senta do lado da mesa de Erin, é quase horário de almoço e ela estava faminta.

 — Tô com fome, tá afim de sair para comer?

Erin levantou os olhos para a mulher a sua frente, cansada de ficar presa numa mesa na delegacia. 

— Claro vamos.

As duas  desceram as escadas conversando, assim que atravessam a porta de ferro, que restringe a entrada das pessoas na área de Unidade de Inteligência, Cassy paralisou. Erin não entendeu no primeiro momento porque a morena ficou daquele jeito, o olhar fixo em algo abaixo das escadas, e um olhar irritado.

Erin acompanhou o olhar de Cassy. A poucos metros, diante do balcão de Platt —  que também encarava a cena com uma leve expressão de curiosidade e irritação — estava Jay com uma mulher de cabelos longos e ondulados pendurada em seu pescoço.

A expressão confusa de Erin se transforma rapidamente. Ela mordeu a parte interna da bochecha para se impedir de xingar alto demais.

 Cassy notou a entrada de Mouse pelo lado oposto do balcão, e assim que ele viu a cena que no meio do hall, ele deu meia volta deixando eles para trás. Cassy revirou os olhos diante aquilo.

— Eu tenho que voltar ao trabalho — Jay falou se afastando de Alisson.

— Ah claro, você é um homem ocupado — Alisson disse ainda sorrindo — você tem que salvar o mundo. Bem podemos jantar hoje.

— Pode? — a pergunta o fez se virar para as escadas.

Jay engoliu em seco ao encontrar os olhos irritados de Erin sobre ele.

Alisson acompanha o olhar do detetive e vê as duas mulheres que terminam de descer as escadas.

 — Cassy querida — Alisson diz animada indo abraçar a morena.

Cassy aceita o abraço por educação, mas encara Jay nos olhos, mostrando-o que não havia apenas uma mulher irritada naquele lugar.

— Alisson o que faz aqui? — Cassy diz, mantendo seu mal humor levemente  sob controle.

— Céus faz tanto tempo que não nos vemos — Alisson diz — eu tive umas coisas para resolver na cidade e aproveitei para visitar o Jay — ela aperta o braço dele.

Jay e Cassy sentiram a energia negativa  crescer entre eles, claramente vindo de Erin.

— Bem, vamos Cassy — Erin disse com uma irritação mal disfarçada na voz.

— Onde vocês vão?  — Jay perguntou dando um passo para o lado, para a mão de Alisson lhe soltar. Sendo ignorado pelas mulheres.

— Mamãe — um menino se aproxima deles com um celular na mão — to com fome.

— Já vamos almoçar querido — Alisson disse alisando o cabelo do garoto. Se virando para os outros três — esse é meu filho James.

Cassy olhou pro garoto, os olhos azuis e sardas a fizeram olhar para Jay em seguida. 

— Quantos anos ele tem? — Cassy pergunta tentando ser casual.

— Nove anos — Ela responde — o tempo passa rápido — Alisson diz encarando Erin com um sorriso.

Cassy engole todos os comentários, e as teorias que sua mente criaram. E o fato do menino a sua frente ter a mesma idade que seu filho.

James começou a puxar a mãe na direção da saída.

— Nos vemos naquele barzinho de sempre as 19h — Alisson diz antes de ser arrastada pelo filho.

Jay encarou as duas a sua frente, Cassy levantou as mãos, não se meteria no meio disso, apenas enterraria o corpo do amigo quando Erin o matasse.

A aparição de Alisson, como sempre, trazia problemas, e ali estava a prova da teoria de Cassy. Ela esperava que suas teorias da conspiração que sua mente  estava criando fossem todas erradas. Pelo bem do Halstead.



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