The Four Halstead: Season 4 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 5
Capítulo 5




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[Delegacia de Chicago]

Erin observou levemente inquieta a saída de Hank Voight com Amélia, por mais que tentasse ignorar a existência da loira, Erin continuava tendo um pressentimento ruim quanto ela. Ainda assim ela percebeu o quão estranho estava Jay quando ele voltou, o moreno se sentou em sua mesa evitando contato visual com ela, Lindsay encarou ele por um longo momento tentando descobrir o que tinha de estanho, quando se telefone tocou novamente. A cada dia ficava mais cansativamente irritante ser a garota de recados da unidade, mesmo assim ela respirou fundo antes de atender o telefone e tentou soar o mais calma possível.

[Delegacia de Nova Iorque - Unidade de Vítimas Especiais]

Amanda ficou surpresa ao ser atendida por Erin, ainda mais por descobrir que a jovem detetive estava grávida, em meio a muitas coisas que aconteceram nos últimos meses a loira ainda se lembrava de ter ido ao casamento dela com Jay, não imaginava que ela estava grávida na época. Após explicar a situação e pedir para falar diretamente com Voight tudo o que a loira conseguiu é parabenizar a morena e esperar o retorno do sargento que não estava na delegacia.

De volta ao trabalho, Rollins perdeu mais tempo do que acreditava ser prudente encarando Carisi do outro lado do enorme andar. Com o cabelo loiro escuro penteado para trás e roupa social tudo que ela conseguia ver eram fleches do que aconteceu uma semana atrás, ou pelo menos o que quase aconteceu entre eles, aquilo não deveria ter acontecido, a amizade deles deveria ter se mantido nesse campo, apenas amigos, e então por que foi tão fácil esquecer desse detalhe tão importante?

Talvez ela tivesse olhado demais, ou talvez ele estivesse pensando nela, talvez tivesse sentido-a o observando, qualquer que fosse a possibilidade ou a verdade que o fez se virar, aconteceu. Os olhos claros dele se conectam por um único segundo antes dela se virar para o computador. Ela ficou feliz por ele não ter tentado falar sobre aquilo, ela não queria ter uma discussão na qual eles tentaram definir o que aconteceu, mas algo dentro dela queria que não tivesse parado onde parou.

Enquanto tentava ignorar o fato de ter sonhado com Carisi nas últimas duas noites, estar levemente frustrada e cansada por sua filha ter passado mal no dia anterior, Rollins mergulhava na investigação do caso de Ana. O que não resultava em muito, pois todas as pistas lhe levavam a Chicago ou ao cemitério. Olivia recebeu a notícia da impossibilidade de falar com Hank sem muita surpresa, então a morena ligou no celular particular dele.

[21º DP, Chicago]

Dois dias depois

— Quem é vivo sempre aparece — Ruzek falou sorrindo ao cumprimentar o detetive de Nova Iorque.

— Já chegamos para trabalhar — o detetive Tutuola respondeu.

Na lousa móvel estava a foto de Ana e sua uma interrogação sobre o nome da mãe dela, e outra de Clarissa Alsterk, e todas as outras desaparecidas, e em outra as fotos dos suspeitos. Assim que Voight recebeu a ligação de Olivia, ele e sua equipe começaram as próprias investigações e interrogações.

No meio do caminho Voight encontrou seu alvo, John Seda, o homem não foi parar na cadeia, mas fez uma visita ao hospital com duas costelas quebradas assim como alguns outros ossos e um amigável aviso para ficar longe de Abigail Kane. Que para a infelicidade de Hank tinha entrado em coma, assim não podendo dizer nada para que ele a ajudasse.

— Temos uma pista sobre um dos suspeitos — Jay diz trazendo uma pasta em mãos.

Apontando para uma foto no quadro ele cola um post-ti com o endereço de uma boate na zona sul de Chicago. Meia hora depois de sua chegada na cidade, Olivia já estava no banco do passageiro do carro indo em direção a boate Hell, com Hank guiando o veículo. Ambos conversando sobre as suas vidas até ali.

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— Quer falar alguma coisa? — Hank pergunta com a arma apontada para a cabeça do dono do local.

— Não sei de nada — o homem cuspiu o sangue que se acumulava em sua boca.

— Encontramos duas mulheres que foram sequestradas bem aqui debaixo do seu teto, e você não tem nada a dizer? — Benson questionou se aproximando do sargento.

Ele a olhou da cabeça aos pés da melhor maneira que conseguia, os olhos maliciosos se demoraram em alguns pontos do corpo da sargento. A língua afiada do dono do bar lhe rendeu um soco  de Hank no nariz que se quebrou facilmente.

Por mais que quisesse repreender Hank por aquilo,  Olivia se manteve calada para deixá-lo fazer o começo do interrogatório. 

— Elas chegaram a mim por livre e espontânea vontade — o homem rosnou.

— Você as forçou a se prostituirem — Olivia disse.

— Eu não fiz nada com elas, gostosa — ele disse lambendo os lábios — aqui é uma boate o que elas fazem depois do horário de trabalho não me importa.

— Não é o que elas estão dizendo — Voight rebateu.

— Voight encontramos ele — Antonio disse chamando o chefe para os fundos da boate.

Hank empurrou o dono da boate para  Tutuola o levar e com Olivia, foi para a parte de trás do palco onde um corredor longo dava para vários quartos que já desmentiam por si mesmo o dono do local. Em um dos quartos eles encontraram uma mulher negra abraçando o próprio corpo no lado extremo do cômodo e um homem algemado sobre a cama.

A tenente reconheceu o homem, a foto dele está estampada a duas semanas em seu quadro de investigação. A mulher parecia estar ferida, mas nada muito aparente.

— Eu vou com ela pro hospital — Benson disse ao ver Hank arrastando o homem algemado pelo quarto em direção a porta.

— Burgess vai com você — o sargento avisou com um aceno.

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[Hospital]

Natalie saí da sala de consulta onde tinha acabado de liberar seu ultimo paciente do dia, ela estava ansiosa para voltar para casa e aproveitar seu dia inteiro de folga. No caminho para a sala dos medicos, a morena passou pelo quarto de Abigail Kane, a mulher ainda está inconciente desde que chegou a quase quarto dias atrás. Sentada ao lado da jovem, havia uma mulher loira e alta que Will havia comentado ser amiga da paciente.

Natalie notou como a mulher loira estava constantemente olhando para o celular quase o tempo todo, mas a morena estava cansada e ansiosa demais para ver seu filho para pensar nesse assunto por mais de um minuto. 

Ela buscou o filho na creche do hospital, o menino estava muito animado com as brincadeiras novas que aprendeu.

— O Will vai dormir lá em casa de novo?

Natalie para abruptamente ao ouvir a pergunta do menino. Ela olhou para o garoto  que  a encarava de volta com seus grandes olhos azuis.

— Não, por quê?

— A Tina disse que o novo pai dela dormia na casa dela as vezes antes de virar pai dela — ele respondeu com ar pensativo.

A médica reconheceu o nome como sendo da filha de uma pediatra que se casou pela segunda vez três meses antes. Ela sabia que um dia o Owen iria querer saber sobre o pai dele, e precisaria de uma influencia masculina positiva, mas não esperava que el fosse comparar a si mesmo com a situação de uma coleguinha. Mesmo que Natalie e Will não tenham falado em casamento. 

— E eu gosto de brincar com ele — o menino disse ao ser colocado na cadeirinha.

Natalie tentou se manter séria mas quase engasgou com a risada ao lembrar que Ower demonstrou seu carinho com Will deixando o ruivo com os dois olhos roxos em menos de vinte e quatro horas. Com tudo, ela ficou ainda mais feliz em saber que o filho gostava de seu namorado.

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Will observou Natalie ir embora depois de se despedirem, com o turno dobrado ele estava quase um caco de tão cansado. Ao vê-la indo embora em sua mente logo veio a imagem do anel que ele havia comprado a quase duas semanas, e ainda esperava o melhor momento para pedir a namorada em casamento. Ele planejou e replanejou milhares de vezes o cenário perfeito, involvendo um jantar a luz de velas, em um restaurante ou talvez na praia. Uma viagem romântica estava fora de cogitação com o trabalho deles. Uma festa surpresa. Mas nenhuma pareceu ideal, ele queria algo magico infelizmente não conseguiu nada.

— Ela ainda não acordou.

Will ouviu uma voz levemente familiar enquanto andava até a sala dos medicos. A tal namorada de Hank Voight estava num canto conversando baixo no celular, ainda assim ele conseguiu ouvir algumas frases soltas.

— Eles acham que ela vai sobreviver — o pouco caso na voz da loira o surpreendeu — sim, eu sei. Quando ela estiver bem eu a levo. Não precisa se preocupar com isso.

Ela se virou enquanto falava, Will fez seu melhor para fingir que tinha acabado de chegar e não ouvido nada. Ele deu um aceno para ela e foi embora. Aquilo estava ficando estranho, e agora ele tinha uma pulga atrás da orelha. Mas internamete ele pedia para que fosse só uma má impressão passageira e que se provasse que Amélia Barton era uma pessoa boa e normal, só para que Cassy estivesse errada.

Ele se sentiu infantil ao pensar isso, mas a ideia de que a melhor amiga estivesse enganada sobre algo o deixava levemente contente, já que a morena —para a sua infelicidade — se provava sempre certa. 

Ainda assim aquela sensação estranha estava ali, e era muito difícil de se ignorar.

 


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