Depois da ilha - Quem fomos nós? - Livro 3 escrita por Letícia Pontes


Capítulo 14
Luna e Hector


Notas iniciais do capítulo

Esta personagem, irmã da Pietra, apareceu poucas vezes, mas eu quis contar mais um pouco sobre o que imaginei sobre ela. E junto dela contarei um pouco do irmão de Helena, Hector.



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Quando Pietra nasceu, meus pais ficaram tão felizes por ter uma menina ruiva, que eu sendo tão nova tive um pouco de ciúmes. No início em achava que não queriam uma garota loira como eu, só quando mais velha que entendi que o sonho deles era justamente ter uma com cabelo do meu pai e uma com o cabelo da minha mãe. Mesmo assim, mesmo os anos passando, a gente crescendo e tudo o mais, confesso que sempre tinha uma pontinha de ciúmes da filha perfeita deles. Meu objetivo  era sair do país e ter uma vida bem sucedida para dar aos meus pais tanto orgulho quanto ela dava. Aí nasceu o Enzo. Ele era a coisinha mais preciosa de cabelos brancos, devido a um sinal em toda a superfície da cabeça, e eu percebi que quando um novo filho nasce, nem todos os pais conseguem distribuir a atenção por igual. Superei.

Pietra viajou em determinado ano, para férias em uma ilha. o diretor fazia isso todo ano, mas na minha época eu não quis ir. De repente recebemos a notícia de um quase acidente de barco onde deixou um colega de sala dela ferido para protege-la. Isso me deu um desespero e pela primeira vez eu percebi como eu amava a minha irmã. Depois uma garota foi trazida da ilha às pressas. Ela tinha um câncer e já era terminal. Comecei a pensar que aquela ilha era amaldiçoada. E por fim, um assassinato. Aí já era demais. Uma aluna assassinada, o assassino preso e nenhum sucesso em descobrir o que estava havendo. Helena, a garota com câncer também morreu e eu fui chorosa ao funeral dela, uma vez que me lembrava de já ter até bancado a babá dela uma certa vez.

Foi neste funeral que eu conheci Hector. Ele era o irmão de Helena, morava na Itália, mas obviamente havia vindo para o Brasil depois que a irmã faleceu. Apesar do dia cinzento, ele me falou coisas coloridas. Me contou sobre a Itália, sobre ele, sobre a Helena, chorou, eu o abracei, e ele me contou de uma bolsa de estudos para aquele país. Bingo. Era o que eu precisava.  Estudei e consegui a bolsa por um triz.

Hector me ajudou com a cidade, com lugares e pessoas. Meu pai ser italiano parece que ajudava muito as pessoas me tratarem melhormente. O tempo passou, nós noivamos rapidamente. Casamos e começamos uma linda vida juntos. Eu não sentia mais a necessidade de competir com a minha irmã. Eu a amava e percebi que aquilo era uma bobagem de criança.


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Notas finais do capítulo

Este também é um capítulo curto, já que ela não é uma personagem frequente.



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