Please Dont Leave Me escrita por blackwidow


Capítulo 32
Unraveling


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora.



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Pov Isabella.

Sentia a água de côco gelada descendo pela minha garganta confortavelmente,deixando uma sensação refrescante por onde ela passava,olhava para o mar sobre meus óculos de sol.

Podia ver no mar cortando as ondas com uma prancha avermelhada,Alec.Sua pele acobreada de destacava junto ao sol,batendo seus raios nele,não parecia que ele estava em um mar traiçoeiro e instável,ele surfava como andava na terra.Era natural para ele.

Não sabia o motivo,mas parecia que ele se destacava dos demais,como se existisse ele e o mar e mais ninguém a nossa volta,não sabia o certo a quanto tempo estávamos ali,mas não parecia muito o sol não estava me incomodando apesar de estar diretamente na minha pele.

Algumas meninas passavam e ficavam encarando Alec  de uma forma paranóica e admirada,Alec não era feio.Isso eu tinha de admitir,mas por mais que eu tentasse não conseguia enxergar ele como nada além de um amigo.Pensava se não era porque ele sempre correu atrás de mim,nunca gostei de pessoas fáceis.Sempre preferi um desafio.

  Mas acho que isso se devia ao fato que por mais que eu quisesse não consegui simplesmente me desligar de Edward,parecia que ele tinha conseguido se fixar em algum lugar do meu cérebro,aonde conseguia se encaixar em todo pensamento que eu tivesse.

Alec dançou pela ultima vez nas ondas,antes de mergulhar e desaparecer de minha vista,levantando alguns segundos depois vindo em direção a parte mais rasa com sua prancha debaixo do seu braço esquerdo,seu abdômen tinha músculos definidos,devido aos esportes que praticava.

Alec talvez tivesse o melhor corpo dos meninos,não que Emmet,Jacob e Jasper tivessem um corpo feio,pelo contrário eles pareciam modelos de revistas de esporte,mas Alec tinha o rosto e o corpo ornando com tudo.Aquela sua cor e aquele seu jeito de ser,era tão aqui,tão Califórnia.

Ele chegou a minha frente me estendendo sua mão molhada,para mim,olhei para seu rosto deixando meus olhos semi-abertos por causa do sol que batia diretamente em meus olhos,segurei em sua mão com firmeza,me levantando rapidamente.Abaixei para pegar o côco e a canga que estava sentada.

Dobrei a canga e segurei o côco com a minha mão direita,senti os braços gélidos e úmidos de Alec apertarem minha cintura,o lado esquerdo de meu corpo se arrepiou ao encostar em sua pele molhada,joguei o côco fora e continuamos a caminhar:

- Você passou protetor,Bells?

Olhei para ele e dei um sorriso fraco e neguei com a cabeça,ele chacoalhou meu corpo de leve e tirou o braço da minha cintura e abriu a mochila com o símbolo da Nike que ele carregava,tirou um protetor e começou a passar pelas minhas costas.

Era um sensação boa,suas mãos deslizavam com habilidade pelas minhas costas,descendo suas mãos por meus ombros,foi ai que uma sensação estranha tomou conta do meu estomago,não era para eu achar aquilo realmente bom.Era para ser uma ação normal,pigarreei baixo e fui me virando devagar,disfarcei um sorriso e tirei o protetor de sua mão :

- Obrigada,Alec.Mas não me queimo tão facilmente.

Ele me encarou com uma expressão de sarcasmo e puxou meu braço de leve,colocou seu braço do lado do meu e olhou em meus olhos com um sorriso nos lábios :

- Quando nasci era da sua cor,mas eu nasci na Califórnia então minha pele se acostumou com o sol e não se queima com facilidade,já você Branca de Neve. – franzi minhas sobrancelhas fazendo um bico,ele sabia que não gostava desse apelido. – Está acostumada com inverno o ano inteiro e esse Sol queima sim sua pele,não quero ninguém doente sobre meus cuidados.

Ele olhou em meus olhos,seus olhos azuis cheio de carinho,era incrível os sentimentos que aquele olhar passava para mim,era como se eu estivesse sendo protegida de tudo,que nada pudesse me atingir. Que invés de apenas um homem em minha frente havia um exército inteiro.

O sol ainda batia com força e meus pés sentiam a areia macia amortecer cada passo que eu dava,Alec parecia alheio ,observei seu rosto mas meus olhos foram puxados para algo que eu nunca havia reparado nele,era uma marca esbranquiçada em suas costas,olhei para aquela marca tentando definir o que seria aquilo,mas nenhuma resposta concreta parecia ter sentido :

- Alec,o que são essas marcas?

Ele demorou um pouco para se virar para mim,ele parecia totalmente alheio,sua mente não estava aqui,parecia distante de mais,ele uniu as sobrancelhas e fez uma expressão confusa,foi então que ele olhou para trás e viu do que eu estava falando,o que deixou seu maxilar tenso,não parecia uma boa lembrança :

-É...uma longa história.

  Ele disse simplesmente com um tom de voz grosso e duro,um tom que eu nunca havia ouvido,olhei em seus olhos.Mas ele os desviou do meu olhar com rapidez,mordi meu lábio e segurei seu ante-braço,parando de andar,ele foi forçado a parar também,se virou para mim relutante:

- Tenho tempo. – Falei com a voz firme.

Ele olhou para baixo e seu maxilar ficou ainda mais tensionado,sua respiração parecia irregular como se a lembrança o deixasse com raiva,aquelas marcas não o traziam nada de bom,isso era claro :

- Meu pai,foi meu pai que fez isso.

Olhei para ele,a compreensão estava latente em meu rosto,mas sentia que ele ainda tinha mais o que contar,ele precisava falar o que havia acontecido,era quase como se estivesse preso dentro dele.

Mas até quando eu iria agüentar,nas ultimas horas já havia recebido uma forte dose de verdades perturbadoras, tudo que eu achei que fosse normal.Não era,havia tanto segredos em volta das situações,era como se fosse um manto,com várias linhas.Umas entrelaçadas as outras,saindo dos lugares mais inimagináveis e se entrelaçando a mim com uma força surreal,como se eu fosse um imã para isso.

  Alec me tomou pela mão e apertou meus dedos com força,ele precisava daquilo,eu não podia negar,não era a hora de pensar em mim,eu havia tocado em algo dentro dele,havia aberto uma ferida cicatrizada,agora teria que estancar o sangue.Fomos indo em direção a um pequeno quiosque,ele ergueu meu corpo com rapidez fazendo com que eu me sentasse sobre a mesa de madeira,ele sentou do meu lado e colocou sua mochila no chão.

Sua mãos estavam fechadas em punhos sobre as suas pernas,ele olhou para mim e depois para o mar :

- Bem,meu pai me batia quando eu era criança,mas eram apenas roxos.Só que eu fui crescendo e ele por sua vez,bebendo cada vez mais.Enquanto ele batia apenas em mim estava ótimo,porém quando ele começou a maltratar minha mãe.

  Ele fechou os olhos como se falasse a si mesmo para não perder o controle,as veias dos seus braços estavam praticamente saltando para fora,estava com o verdadeiro medo de ele explodir a qualquer momento :

- Teve uma vez que ele chegou tão bêbado que minha mãe foi tentar ajudar ele entrar e ele deu um tapa em seu rosto,minha mãe sempre foi pequena e com o tapa ela conseguiu cair longe sem nenhum esforço.Naquele dia todo o meu auto-controle foi para o inferno,eu fui para cima dele e comecei a socar-lo com tanta força,mas ele era tão forte quanto eu. – seus olhos estava cada vez mais elétricos e seus dedos pareciam entrar dentro de sua mão tamanha a força que ele impunha em sua mão – Ele conseguiu desviar de mim e me segurou com força me empurrando,só que eu não cai na parede,cai sobre a mesa de vidro do hall,muitos cacos entraram em minha pele,um dele provocando esse rasgo.Foi então que eu peguei o caco de vidro e...

Eu parei de respirar instantaneamente e mirei meus olhos nos deles segurando seus ombros com força,minha expressão era de puro pavor e a dele de confusão,começava a respirar pela boca com uma dificuldade evidente:

- Você,não o ...

Apalavra ficara truncada em minha boca,Alec me olhava agora assustado e passou a mão em meu rosto,dando um sorriso de lado no objetivo de me acalmar o que não funcionou:

- Matei ? – ele deu um sorriso de canto. – Não,apenas enfiei o caco em sua perna e chamei a policia,eu não seria um assassino,não por causa dele.

Sorri mais aliviada e passei a ponta do meus dedos sobre seu rosto,olhei fundo em seus olhos,eu não conseguiria imaginar isso sabia que o Sr. Uhmamm não era seu pai,mas imaginar que o seu pai de sangue faria isso com ele com certeza nunca passou sobre minha cabeça :

- Mas sabe,fico feliz que minha mão tenha encontrado Chris,ele é um bom cara.Cuida dela e de mim,apesar de eu não ser muito afim de amizade com ele.

Suspirei e sorri novamente,peguei a mochila que estava sobre a areia e estendi para ele,o sol já estava começando a ficar fraco e a movimentação da praia já estava baixa,precisava voltar para casa.Ele a segurou e passou seu braço sobre minha cintura ,juntando seu corpo no meu e sussurro sobre meu cabelo :

- Obrigada,por me ouvir.E obrigada por achar que eu sou um assassino.

Sua gargalhada explodiu em seguida,minhas bochechas assumiram o trabalho de ficarem fortemente ruborizadas ,olhei para baixo e me afastei dele,dando um fraco tapa em seu braço,seguimos em direção ao carro.

Por um impulso estranho olhei para trás,parecia que alguém estava me observando,fiquei por algum tempo olhando para as árvores que haviam perto do estacionamento,tentando inutilmente achar alguém,talvez toda essa história de Chuck e Madeline,haviam me deixado paranóica.

Entrei no carro e recostei minha cabeça no banco,Alec não corria andava a uma velocidade aceitável para garotos da sua idade,que preferiam correr mais do que o permitido invés de seguir as leis,olhei que no seu banco traseiro tinha a mochila de Jacob.

Suspirei alto tentando me lembrar da ultima vez que havia conversado com Jacob,ou com qualquer pessoa dentre eles,havia percebido que toda essa história de obsessão havia me afastado de todos,mordi meu lábio,martirizando a mim mesma:

- Você tem noticiais de Leah?

Alec olhou para mim e acenou com cabeça positivamente :

- Pelo o que Jacob me falou,o pai de Leah quer que ela tire a criança,mas ela claramente não quer isso,mas acho que é a única opção.

Fitei Alec horrorizada, eu achava um tremendo erro alguma pessoa engravidar sem nem ao menos ter terminado o colegial,mas quando isso acontecia não era justo condenar um inocente por seu erro a criança que crescia dentro dela era o filho dela,alguém que era alheia a todos os problemas aqui fora e que não devia ser condenada por eles.

O pensamento me consumiu por todo o trajeto,quando chegamos na entrada avistei o carro de Edward,procurei furtivamente por ele,vi ele encostado sobre seu carro olhando para a porta,ele não parecia ter notado que havíamos chegado,Alec estacionou o carro mais a frente.

Antes que eu desce ele segurou o meu braço e olhou em meus olhos,tentei decifrar o que ele me dizia com aqueles olhos azuis hipnotizantes,mas de todas as coisas que ele podia tentar me dizer nenhuma parecia clara,sua expressão mudou e ele soltou meu braço virando seu rosto para frente,sua voz foi baixa e rápida :

- Espero que entenda que eu não irei descer.

Mordi meu lábio encarando seu rosto,segurei sua mão com força e beijei a sua bochecha,acariciando seu rosto,olhei em seus olhos e disse com a voz tensa :

- Entendo,me desculpe,Alec.

Desci do carro evitando ao máximo pensar na expressão de Alec atrás de mim,eu sei que ele sentia algo por mim,mas eu não era boa para ele,sabia disso.Ele merecia aquelas garotas animadas o tempo todo,com a pele bronzeada e o corpo perfeito,uma garota totalmente diferente de mim.

Fui caminhando com rapidez em direção de Edward,ele parecia distraído,pois seu olhos estavam fixos na calçada e sua expressão não era possível identificar,mas pude ver que suas mãos estavam como as de Alec,fechada em punhos,ao lado de seu corpo.

Parei antes de chegar próximo a Edward,ele me encarou.Um arrepio rápido e cortante atravessou minha espinha,me atacando no lugar,por todas as vezes nunca havia visto aquele olhar de ódio na expressão de Edward,pela primeira vez eu tive medo dele.


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Notas finais do capítulo

Yeaah,eu deixei vocês curiosas.

Sei que venho demorando ha postar o problema é que ando tendo muita provas esses dias,provas finais ainda. Então fico sem tempo de escrever tudo.
Espero que entendam.



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