Kaithy Fullbuster

Ao chegar fora do karaokê escuto vozes, sendo que uma delas era do Nathã.

— Não, estou esperando alguém - ouço Nathã dizer para alguém e paro de correr.

— Uma pena... Bem, depois me liga - uma voz feminina diz e eu vou até os dois me deparando com ela dando um papel com o numero dela para ele, E ELE AINDA IA PEGAR.

— Ele não esta disponível para depois e nem para nunca - pego o papel e rasgo - Prazer não saber seu nome menina, até nunca - digo puxando Nathã comigo para longe.

— Você é o que dele em? - ela grita de longe.

 "Essa pergunta... Eu ainda não sei a resposta..."— penso.

— Se fosse para você saber eu teria dito, mas como não é da sua conta e não vai mudar a sua vida. Não sou obrigada a lhe dizer a resposta! - digo e saio de lá por fim.

Enquanto levava o Nathã para outro local mais afastado podia sentir o mesmo desviar o olhar de mim como se estivesse se culpando por algo. Não está tão tarde, deve ser em torno de umas oito da noite ainda. Andamos um pouco em silencio até chegar ao ponto de ônibus que está vazio, ainda podia ver o karaokê de onde estamos. Soltei o Nathã e o mesmo se sentou no banco que tem no local, porem eu permaneci em pé.

— Kaithy... - ele se pronuncia quebrando o silencio. 

— Nathã, olhe para mim - peço normalmente e o vejo me olhar um pouco relutante. Aproximo-me dele colocando minha mão no seu cabelo, me abaixo até seu rosto e o beijo.

—... - Nathã retribui o beijo bem calmamente, ele segura a minha mão que não está em seu cabelo e me faz sentar de frente para o mesmo em seu colo, me permitindo sentir o seu coração que está tão rápido quanto o meu. No final do beijo dou um sorriso para o mesmo e um selinho demorado.

— Meu chato - digo abraçando ele.

— Achei que estava brava comigo - Nathã diz alisando meu cabelo.

— Não consigo ficar realmente brava com você - o respondo - Nathã, podemos ir naquele morro que fomos juntos?

— É bem longe, mas acredite se quiser eu queria te levar lá hoje - ele diz rindo um pouco.

— Que coincidência - digo rindo junto com ele.

— Quer ir de carro ou pegar um ônibus ate lá?

— Vamos de ônibus.

— Lembre-se de deixar o celular fácil, se fomos assaltados dá o celular sem falar nada - Nathã diz.

— Não posso nem pedir meu chip? - o pergunto brincando.

— Você não salva no seu email? - ele pergunta rindo.

— Mas vai ser chato passar numero novo para todos os meus amigos - digo e vejo o ônibus passar e Nathã fazer sinal para o mesmo parar. Entramos e o ônibus está totalmente vazio a não ser o motorista e o cobrador no tédio com o radio ligado passando umas musicas, passei o cartão de passagem e vi o Nathã procurando o dinheiro no bolso - Serio Nathã? - digo voltando e passando o cartão para ele.

— Obrigado - ele diz sem graça.

— Vou te ajudar a fazer um cartão de passagem - digo e sentamos entre os bancos um pouco a frente, perto do cobrador. (Eu sempre sento no fundo, para ficar pulando ^v^)

— Certo, eu não fiz ainda por preguiça de ter que colocar crédito sempre.

— Entendo isso - digo sorrindo e lembro-me de uma coisa.

"O colar? Eu peguei o colar?!"— penso desesperada tomando um leve susto.

— Tudo bem Kaithy? - Nathã pergunta visivelmente preocupado.

— S-Sim... - digo ainda preocupada, porem relaxo ao sentir o volume no meu sutiã. Como estou de vestido hoje eu guardei em outro lugar. Suspiro aliviada e percebo o Nathã me encarando - Está tudo bem - conforto ele.

— Que bom - Nathã sorri para mim e deita no meu ombro. O morro é longe daqui á pé, mas de ônibus e sem transito deve demorar uns 40 minutos, o bom é que fica perto de casa, andando demora só 15 minutos para casa.

A musica que estava tocando no radio acaba e começa a tocar outra bem bonita, e parece ser bem popular no Brasil, pois o motorista e o cobrador cantam juntos ao radio fazendo um coral bonitinho.

Adriana Calcanhoto - Assim Sem Você

Motorista e Cobrador

Avião sem asa,
fogueira sem brasa,
sou eu assim sem você.  ("Letra bonita" - penso sorrindo)
Futebol sem bola,
Piu-Piu sem Frajola,
sou eu assim sem você.

Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim.
Eu te quero a todo instante,

Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim. (observo o Nathã começar a cantar também ainda deitado no meu ombro e o motorista e o cobrador parou de cantar para ouvi-lo)

Nathaniel

Amor sem beijinho,
Bochecha sem Claudinho,
sou eu assim sem você. (Nathã levanta do meu ombro e me olha ainda cantando)
Circo sem palhaço,
namoro sem amasso,
sou eu assim sem você

(Nathã toca o dedo na minha bochecha fazendo tanto eu como o cobrador dar risada. E não para aqui, o Nathã ainda levanta do banco e começa a cantar em pé me olhando fazendo muito drama na interpretação. E eu? Eu estou rindo muito.)

Tô louca pra te ver chegar, (Nathã aponta para os olhos)
Tô louca pra te ter nas mãos. (Nathã me puxa para ficar em pé com ele)
Deitar no teu abraço, (Nathã me roda e começa uma dança comigo no meio do ônibus)
Retomar o pedaço, que falta no meu coração. (Ele me para de frente para ele)

Eu não existo longe de você
e a solidão é o meu pior castigo. (Nathã me solta interpretando 'solidão')
Eu conto as horas pra poder te ver (Ele aponta para o relógio inexistente no seu braço)
mas o relógio tá de mal comigo (Ele cruza os braços e faz 'cara de mal' me fazendo rir)
Por quê...?
Por quê...?

Neném sem chupeta,
Romeu sem Julieta,
sou eu assim sem você. (Nathã vem até mim de novo)
Carro sem estrada,
queijo sem goiabada, ("Queijo com goiabada é bom?" - penso)
sou eu assim sem você

(Percebo que está repetindo a outra parte e canto junto com o Nathã, e o motorista e o cobrador cantam também bem animados)

Nathaniel e Kaithy/ Motorista e Cobrador

Por que é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim...
Eu te quero a todo instante
nem mil alto-falantes vão poder
falar por mim (Dou um selinho no Nathã deixando ele surpreso e vermelho)

Eu não existo longe de você
e a solidão é o meu pior castigo.
Eu conto as horas pra poder te ver
mas o relógio tá de mal comigo...

Assim que a musica acaba chegamos ao nosso ponto. Despedimos-nos do motorista e do cobrador e descemos. Assim que o ônibus se afastou começamos a dar risada descontroladamente. O motivo? Nem eu sei. Fomos andando e conversando até o nosso lugar especial. A vista não era tão bonita, é um lugar no alto com poucas arvores ,sendo que uma se destaca bastante, e pouca grama, mas a vista das estrelas é simplesmente compensadora.

O Nathã me trouxe aqui pela primeira vez quando o parque estava cheio e a Deph não ficava quieta. Entramos no carro e chegamos aqui pela tarde, só saímos tarde da noite, pois é tão calmo, tão afastado da correria da cidade... Tão perfeito.

— Esquecemos-nos de trazer umas toalhas para deitar no chão - Nathã diz iluminando o local com o celular e eu fazendo o mesmo.

— Não precisa, já confirmamos que aqui não tem aranha, só grilo - digo abrindo a passagem da árvore e enfim chegando à nossa área aberta - Enfim chegamos - digo sorrindo e desligando a lanterna, pois está claro o suficiente por conta do brilho das estrelas.

— Enfim... - Nathã diz apreciando o belíssimo céu acima de nós.

— Sabe Nathã, uma casa nesse espaço não seria simplesmente incrível?! - digo animada com a ideia e correndo pelo local.

— Uma casa em... - Nathã diz pensativo vindo até mim e pisando num riacho que passava ali - Nunca tinha notado esse riosinho aqui.

— Então tem fonte de água... Daria para fazer um poço! - digo ficando mais animada com a ideia - Sem contas de água.

— Mas e a energia?

— Existe energia portátil, energia eólica e energia solar  - digo ainda mais animada.

— E o sinal de celular?

— Oh homem de pouca fé! Isso seria uma casa de férias, para o que celular?

— Se alguém passar mal e precisar ser socorrido?

— Uma ambulância não sobe aqui, mas o seu carro sim, já é o suficiente - digo sorrindo.

— Se alguém cair morro abaixo?

— A casa da Peppa Pig nunca cai do morro, podemos fazer uma cerca de madeira só daquele lado, até porque crianças não param quietas - digo sorrindo.

— Bem, me convenceu - Nathã diz rindo - Quer tanto assim uma casa aqui?

— Sim! - digo o abraçando e ele me abraçando de volta.

— Vamos economizar para realizar seu sonho - ele diz me dando um selinho.

— Você está me mimando demais - digo beijando o pescoço dele e sentindo ele se arrepiar.

— E aqui seria bem silencioso, não precisamos ter medo de acordar os vizinhos - ele diz calmamente e eu o chuto no joelho - Aie! Mas é verdade.

— Eu amo esse seu lado - digo rindo - Eu gosto de saber que não é tão anjo quanto aparenta.

— Se gosta, por que me chutou?

— Força do habito.

— Deita comigo - Nathã diz deitando afastado do mini riacho e me deitando ao seu lado.

— Ah sim, avisar a Morgana que  a chave do carro está com o Eric e que vamos para casa mais tarde, ou ela vai ficar no Karaokê esperando a gente - digo pegando o celular e ligando para ela - Olha Nathã, tem bastante sinal - digo rindo.

— Agora fiquei mais animado com a ideia da casa - diz sorrindo.

Após avisar para Morgana fiquei curtindo o momento junto com Nathã, está perfeito, só me falta coragem para poder lhe fazer o pedido oficial, não passa de hoje... Mas  só consigo ter uma pergunta agora...

"E se ele disser não?"

Morgana Cooper

Esse tempo aqui no Brasil está incrível! Conhecer novos amigos nunca é demais, bem, não para mim. Nisso eu e a Kaithy somos bem diferentes. Vou falar um pouco mais sobre mim.

Tenho olhos castanhos escuro e cabelo entre loiro e laranja, realmente não sei a cor do meu cabelo, mas gosto de achar que é laranja, pois acho a cor ruivo bonita em muitas pessoas. Não tenho o corpo mais chamativo do mundo, então nada a falar sobre ele. Meus gostos são bem extensos, difícil é achar algo que eu não gosto.

Meu estilo é bem 'jogado' como Kaithy diz. Gosto de blusas largas e compridas, ou só largas mesmo, porem em contrapartida gosto de short colado e curto ou não tão curto.

Falando assim pode parecer que uso aquela roupas bem surradas que já estão desgastadas a tempo, mas amo marcas e dizeres, minhas roupas são bem 'moda', tirando meu tênis que sou apaixonada por ele e quase sempre estou o usando, exceto se está lavando.

Vim ao Brasil visitar minha amiga, pois tirando a Kaithy a outra amiga nossa que sobrou lá tem a língua solta, contar as coisas a ela está fora de cogitação.

Diferente da Kaithy  já tive um namoro e alguns rolos nada serio, o namoro até que foi bom e durou dois anos, mas depois ficou chato, ele era muito sensível e precavido, não se arriscava em nada e parecia que tinha medo de falar comigo, até ai era fofo, mas ele veio com uma historia de casamento e eu sabia que não iria conseguir lidar com ele nesse nível, como não queria terminar e o deixar em depressão fingi que o trai e fiz ele terminar. Até hoje não me arrependo.

A Kaithy ficava esperando demais pelo 'cara certo' e não aproveitava, fico feliz que ela ENFIM achou o cara certo dela.

Três curiosidades sobre minha amiga Kaithy:

~ Ela não gostava de meninos perto dela. Até porque onde estudamos só tinha meninos com idade mental de criança, um ou outro que prestava já tinha namorada.

~ A Kaithy até pensou em dar uma chance para um rapaz de lá, ela não gostava dele assim, ele é um amigo nosso, mas a viajem para o Brasil chegou e ela conheceu o Nathaniel.

~ Eu e a Kaithy somos amigas desde o fundamental e essa garota era tão anti-social que eu até achava que os anti-sociais tentava fazer amizade com ela.

Voltando para mim, quando cheguei no Brasil e fui na casa dela que achei pelo rastreador do celular dela que nós temos para não nós perder, isso quando íamos nas baladas e podíamos acordar em outro lugar. Quando o Eric abriu a porta eu pensei: "Ferrou, é a casa errada e eu nunca vou achar ela."  Mas deu tudo certo como já sabemos.

Sobre o Eric... NOSSA QUE HOMEM!! Que homem minhas amigas!

Não é nem sobre beleza embora tenha de sobra. Ele é tão calmo e ao mesmo tempo divertido nos momentos certos. Sabe, nem demais e nem menos, no ponto. Quem namorar ele terá muito o que agradecer.

Não falo muito dos outros, pois são comprometidos e eu respeito isso. Mas falar um pouco não custa nada.

Kevin = Acho o Kevin o tipo de garoto tímido que entre quatro paredes mostra quem realmente é.

Jhonatas = Extrovertido, tem estilo, animado... O tipo de garoto que você tem que colocar uma coleira, uma guia e carimbar seu nome assim que consegue. Esse ai perto da namorada vira outra pessoa, é divertido ver essa cena.

Nathaniel = O típico nerd bonito, um verdadeiro cavaleiro. Aquela pessoa que você pode pedir um conselho e que tenta fazer o certo com limite, pois percebo o tanto que ele arrisca algumas coisas e não é tímido para outras. Assim como o Eric eu diria que ele está no ponto certo.

Bem, as meninas agora.

Laiane = Ela é bem tímida e isso é obvio. O modo que ela fica perto do namorado dá para notar que já passaram por alguma coisa bem seria juntos. Parece que ela é bem dependente dele em sentido emocional, o que não é tão bom.

Hinata = Essa daí é um mistério! Não consigo descrever muito ela. Embora tenha uma personalidade bem animada e sempre um sorriso no rosto, às vezes parece ter uma dor no olhar que não consigo entender. Quando ela está com o Kevin seu olhar muda, mas quem sabe eu ainda descubra.

É isso, cadê que o FBI me contrata?

— Morgana, o que está pensando? - Eric me pergunta calmamente me tirando de meus pensamentos.

— Muitas coisas - digo sorrindo. Meu telefone toca e passo uns minutos com ele na mão - A Kaithy disse que talvez se atrase, eles estão no morro juntos, talvez seja hoje - digo animada e todos na mesa aplaudem.

— Finalmente ela vai ser minha cunhada - Hinata diz enxugando uma lagrima inexistente. Pena que o Jhonas está ocupado e não está aqui para fazer piada.

— Vou pedir outra rodada por minha conta - Kevin diz animado.

— Água com gás para mim - Eric diz sorrindo. Talvez eu tenha sido a única que notei que ele não bebeu hoje.

— Kevin, vou com você - Hinata diz levantando junto com o namorado e me deixando na mesa com o Eric.

— Se não for me meter na sua vida... - ele me olha - Porque não bebeu nada alcoólico hoje?

— Você notou isso - Eric sorri - Está reparando em mim?

— Ah, nem vem galanteador - digo meio vermelha. Ele tem um jeito muito atraente.

— Eu vou te levar em casa - ele diz - Como você está bebendo não vou te deixar dirigir.

— Nossa... - digo impressionada por ele ser tão decidido, ele não me pediu para me levar, ele já tinha decidido isso. Isso é incrivelmente notável.

— Acha ruim?

— Acho incrível! Por mais homens assim no mundo - digo rindo e o fazendo rir também.

— Gosta de cantar assim como a Kaithy?

— Nem tanto, gosto mais de dançar - digo animada - Eu obriguei os pais dela a deixa-la fazer aula de dança comigo.

— Também gosto de dançar, eu fazia aula de dança quando mais novo - Eric diz - Já fui em escolas me apresentar junto com o pessoal.

— Também já, morria de nervoso, ficava com medo de errar os passos.

— Eu sou muito confiante desde mais novo, pode parecer um defeito ter autoconfiança demais, porem para mim é uma qualidade...

— Cada vez me impressiono mais com você - digo sincera.

— Eu te acho incrivelmente madura e com bom censo, você não romantiza tudo - Eric sorri para mim - Foi a única que me entendeu quando eu disse para eles se compromissarem logo.

— Romantiza tudo? - pergunto confusa.

— Você não transforma tudo numa possível historia de amor - diz rindo.

— Ah tá - dou risada - Não mesmo, se fosse assim seria muito fácil.

— Voltei com as bebidas e sua água com gás Eric - Kevin chega.

— Trouxe coxinha para acompanhar! - Hinata chega animada como sempre.

— Trouxe minha presença - Jhonas diz sentando ao lado da irmã.

— Vamos comer - digo já pegando a coxinha.

Narração (Esse... É o meu momento!)

"Ficar assim com a Kaithy é tão perfeito... "— era a única coisa na mente de Nathã no momento.

É como se ele estivesse no meio do seu melhor sonho. Estão ambos deitados no gramado conversando e desenhando coisas aleatórias no céu e se divertindo bastante, esses momentos simples são os mais memoráveis.

Kaithy se move deitando no ombro do rapaz e ficando mais perto do seu rosto, achando estranho ela estar se aproximando muito ele nota ela se encolher.

— Está com frio? - Nathã a pergunta.

— As folhas estão úmidas - Kaithy responde rindo.

— Vamos para baixo da arvore - Nathã da a ideia sorrindo e a levantando. Ele senta ao pé da arvore e Kaithy sentou entre suas pernas se agarrando ao mesmo - Melhorou?

— Sim, você está quentinho - Kaithy diz se aconchegando mais no ruivo. Em sua mente se passa mil maneiras diferentes de pedi-lo em namoro, porem nada está o suficiente para a mesma.

"Acho que não consigo mais viver minha vida bem sem essa mulher ao meu lado, preciso arriscar... Não passa de hoje"— Nathã pensa determinado.

"Não me imagino sem ele, isso é ruim... E ao mesmo tempo tão bom... Tenho que tomar uma atitude! Não passa de hoje"— Kaithy pensa determinada.

— Kaithy... O que você sente por mim? - Nathã toma a iniciativa, porem com medo da resposta da morena.

—... - Kaithy está perplexa com a pergunta, mas esconder ou tentar negar e mudar de assunto não está nos planos hoje. Ela fica de frente para Nathã e o abraça, o abraça como se não houvesse amanhã.

—... - Nathã pensando que a resposta seria algo negativo a abraça de volta sentindo seu coração em mil pedaços ou mais.

— Eu te amo Nathaniel - Kaithy diz no ouvido do mesmo - Eu te amo tanto que chega a machucar tanto amor, meu amor por você não cabe no meu coração! - diz o apertando mais para si.

—... - perplexo, sem reação, estupefato, surpreso, passado, abalado, atônico, chocado, pasmado, desconcertado, boquiaberto... Use o sinônimo que for, pois nenhum deles descreveria a reação de Nathã nesse exato momento.

— E você Nathaniel... O que sente por mim? - Kaithy pergunta se afastando do rapaz e o olhando.

— Kaithy... Eu... Eu não sei o que dizer -  Nathã diz sem perceber que podia quebrar o coração da garota - Eu te amo tanto Kaithy, eu te amo tanto... Que eu não sei colocar em nenhuma palavra em nenhum idioma - dito isso Nathã a puxa para outro abraço.

— Idiota... Achei que iria dizer que não sente o mesmo! - Kaithy diz retribuindo o abraço do seu amado ruivo.

— Como não sentir o mesmo? Como não te amar...? - Nathã diz beijando a mão dela.

— E-Eu tenho que te pedir uma coisa... - Kaithy  diz nervosa  pegando uma caixa nos seios.

— Falando nisso eu também - Nathã diz sem notar o que a garota fez, pois pegou uma caixa em seu bolso.

Ambos se distraíam pegando seus objetos tão preciosos para o momento que quando viraram um para o outro já tinham respirado fundo conseguindo coragem e contado mentalmente até 'três'. Ao virarem juntos de olhos fechados só puderam ouvir a vós de ambos.

— Aceita namorar comigo?! - ambos perguntam ao mesmo tempo de olhos fechados e estendendo a caixa na direção um do outro.

Ambos processando informação: ...5%  ... 25% ... 50% ...75 ...80% ...99%

Os dois se olham incrédulos no que acabou de acontecer. Não podiam jamais imaginar que iriam fazer o pedido juntos. A tão 'oportunidade perfeita' que ambos queriam foi enfim alcançada, está ai uma ótima historia para contar. Nathã sorriu para a sua amada lhe deu um beijo na testa em seguida.

— Eu aceito - Nathã diz pegando a caixa da mão de Kaithy que ainda estava incrédula.

— Eu aceito... - Kaithy diz pegando a caixa da mão de Nathã que a olhava com um sorriso.

— Que lindo - ambos dizem juntos novamente e sorriem uma para o outro.

— Amei de verdade Kaithy - Nathã diz animado colocando uma das correntes em seu pescoço.

— Sabia que ia escolher essa  - diz rindo e colocando um dos anéis no seu dedo anelar - Esse anel é  a nossa cara, amei os detalhes - Kaithy diz com um sorriso bobo - Deixa eu colocar o outro anel em você? - Kaithy pergunta e Nathã estende a mão para a mesma, que coloca o anel no dedo do mesmo.

— Vira para eu colocar o colar em você - Nathã diz sorrindo, Kaithy por sua vez vira e retira o cabelo das costas facilitando a locomoção do colar.

— Eu te amo - Kaithy diz se jogando no rapaz e o beijando. Aquele beijo que marca momentos inesquecíveis como esse.

— Eu te amo Kaithy, e acredito que nunca vou me cansar de dizer isso - Nathã diz a enchendo de selinhos.

— Olha Nathã - ela aponta para o céu - Uma estrela cadente, faz um pedido! - Kaithy diz fechando os olhos e fazendo Nathã sorrir - O que pediu?

— Nada... Estou feliz com tudo o que tenho - Nathã diz beijando a testa dela - O que pediu?

— Que esse momento fique marcado para sempre - Kaithy diz contemplando as estrelas.

— Posso realizar seu desejo se for só isso  - Nathã diz ligando a lanterna procurando algo no chão - Achei uma boa - diz pegando uma pedra pontuda e levantando.

— O que vai fazer?

— Eternizar nosso momento - Nathã diz riscando algo na arvore que eles estão encostados. Kaithy se levanta e olha o que ele está fazendo, ao conseguir ler ela esboça um sorriso.

— Que jeito perfeito Nathã - ela diz sorrindo.

— Toma - Nathã dá a pedra para Kaithy e a mesma risca mais coisas.

— Perfeito... - Kaithy diz ao ver como ficou.

Na arvore está o nome  de ambos riscados lado a lado e a data de hoje.

"Kaithy e Nathaniel juntos desde 00.00.0000"