Other Chance escrita por debsferreiraa


Capítulo 4
Tanta luz


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei irra
estava com saudade de escrever, mas a escola tá acabando comigo, já quero férias.



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Natasha

Engraçado né? Situações normais viram constrangedoras em uma fração de segundo e o seu corpo não sabe como reagir e der repente tudo fica constrangedor. Depois do abraço do Steve senti um arrepio que veio até o interior da minha espinha, me afastei daqueles braços grandes e fortes que conseguiram me deixaram tão tensas durante uns minutos.

Eu corri para o meu único porto seguro naquele apartamento, meu quarto, me olho no espelho e sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto, me sinto vazia e um silêncio cresce como uma constante dentro de mim, ver meu reflexo e não sentir nada além de certo desprezo é sufocante, isso não é novo, a sensação de impotência e fragilidade é o efeito Thanos sobre mim.

Meu coração acelera e sinto o ar faltar, isso não pode acontecer, não posso ter uma crise com o Rogers aqui, olho para o espelho e penso comigo incansavelmente ‘’Hoje não’’, mas tudo é em vão, quando vou ver já estou jogada no chão, com o rosto vermelho e os olhos inchados, sinto o mundo desabar e de repente é segurado de novo, quando sinto os braços dele em minha cintura, por um momento penso em reagir, mas algo em meu corpo impedia que eu fizesse qualquer movimento.

Steve

            Depois do episódio do abraço, Nat correu para o seu quarto e raciocinei que queria um tempo sozinha e assim respeitei a sua vontade, comecei a ficar preocupado quando ouço soluços do final do corredor, a preocupação surgiu em meu peito e impulsivamente fui ver o que acontecia, a cena era: o local bagunçado, no centro Natasha chorando freneticamente.

             Meus primeiros pensamentos foram até que cômicos de primeira: fico até em choque porque um: nunca vi a temida viúva negra chorar, isso era novidade e em segundo: para alguém tão organizado no trabalho, seu quarto poderia ser chamado de o próprio caos. Mas logo eles sumiram dando lugar a novas coisas, como consolar ela, a única ideia útil em minha mente, foi abraça-la. Querendo demonstrar que se o mundo dela caísse eu estaria lá para ajudar ela a reerguer os caquinhos.

            Ficamos ali, em silêncio.

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Narradora

Demorou um pouco para a crise de Natasha passasse, Steve ficou com ela o tempo todo, porque afinal é isso que melhores amigos fazem, eles apoiam e ajudam em qualquer situação, com eles não era diferente. Em um dia como aquele não era propicio sair de casa, a imprensa intrometida queriam informações a todo custo de como alguém dada como morta estava viva, uns dez jornalistas ficavam em frente ao prédio todos os dias, em um dia comum ela nem ligaria, mas quando se cansou, respirou, saiu e deu a resposta a aquelas perguntas, esperando que depois dali expulsasse eles e tivesse um pouco de paz.

—Não que isso seja da conta de ninguém, se estou aqui falando com você é porque eu posso estar tudo, menos morta, então eu queria pedir para aqueles que teorizam sem parar, vão sei lá...lavar uma louça e parem de encher meu saco-Gostaria de ter dito palavras mais pesadas, mas lembrou que crianças ainda costumam assistir aos jornais.                                                                       

Steve estava sempre atrás dela e ela achava incrível todo suporte que ele deva em qualquer situação para a ruiva. Hoje o dia estava insanamente difícil e só a presença dele ali acalmava tudo e deixava mais leve de ser enfrentado. Mas no fundo queria que ambos esquecessem o dia de hoje, ela foi exposta e sua intimidade aberta, tudo saiu do seu controle e ela não gostava nada disso.

O silencio prevalece em nossa mesa até o celular dela vibrar, fazendo que voltassem a mesa não de corpo, e sim de alma, porque seu pensamento estava distante, pensando em porquês e se todos eles tinham alguma resposta, Nat olhou o celular e depois leu em alto e bom tom:

‘’Morgan está dormindo e parece ir até amanhã,  reuniãozinha em casa hoje a noite.’’

—-----------------------------------------------------------------------------------------------                     Natasha                                                                                                                                           

De algum jeito, parece que Stark leu meus pensamentos, uma festinha era tudo que eu precisava, se embebedar é complicado, mas dançar estava mais do que liberado e era isso o que eu faria. Depois do almoço voltamos ao apartamento e não trocamos muitas palavras, mas de algum jeito estamos mais próximos e conectados, foi um estabilizante maior para a nossa amizade.

As horas foram passando e com elas começamos a se arrumar, tomei meu banho fiz minhas higienes e escolhi minha roupa, um vestido preto curto com detalhes dourados e um salto preto, brincos com tons que lembravam a ouro, uma maquiagem delineada e um batom vermelho e leves ondas no cabelo. Ste e eu vamos juntos e por algum milagre consegui me arrumar mais rápido do que ele, um verdadeiro milagre.

Já tinha visto ele de forma elegante, claro. Mas dessa vez tinha algo a mais que não consegui decifrar só descobri isso porque meu corpo deu um leve arrepio quando o vi saindo de seu quarto, estava com uma calça jeans escura, uma camiseta simples e um tênis esportivo, além da sua marca, seu perfume amadeirado que já fazia parte da minha rotina, entramos no carro e fomos para a residência dos Stark.

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Steve Rogers

Nossa! Ela estava linda, já a vi de todos os jeitos e formas por conta do trabalho, mas acho que a simplicidade do seu eu interior a deixou ainda mais bela, ficou encarando minha roupa e abriu um sorriso fraco, levei em sinal de aprovação, tranquilamente fomos para a casa do Tony, desde Thanos nos acertamos e com a aposentadoria do homem de ferro e o meu afastamento das atividades ficou mais fácil conversarmos sem criar nem uma briga.

—Está tudo bem mesmo Nat?-Ela acena com a cabeça afirmando, colocando sua mão sobre a minha, considero como um grande sim e abro um sorriso que julgo ser imperceptível, mas dentro de mim esse pequeno gesto faz o meu coração pular e meu corpo aquecer, porém logo intercepto qualquer sinal que faça que eu POSSA sentir algo a mais por ela.

Chegamos na festa, toda a equipe estava lá, encontrar nossos amigos nos fez um bem imenso, não sei como descrever, mas ver todos ali reunidos me fez ter um dos melhores momentos nostálgicos da minha vida, bateu a saudade de trabalharmos em equipe contra as forças do mal, mas sei que esses super heróis dão conta do que eu, Tony, Clint, Thor, Banner e Nat demos conta a mais de dez anos.

Fiquei no bar por uma boa parte da festa, olhando em volta daquele salão, até que esbarrei nela, ela dançando, tão animada, tão feliz, tão...Ela. Escuto uma voz chegando a minha esquerda e rapidamente conheço seu dono, Tony se aproxima de mim, entrega um drink, me encara, abre um sorriso malandro e diz:

—Se ficar mais claro que isso, deixa alguém cego com tanta luz-falou enquanto bebericava sua bebida.

—Está falando de que?-olhei para ele, em tom de dúvida.

—Pelo amor de Deus Rogers... -Ele ria... -apontou com a cabeça para a dona dos meus últimos olhares- Dela...


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Notas finais do capítulo

irra, acho que esse é o capitulo mais longo até agora, demorei mas to voltandooo irra
espero que tenham gostado
beijinhos szzz

se quiser me dar um comentário tá é muito bem vindoo
obrigada por acompanhar até aqui



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