Contos - Aventuras Mágicas escrita por Saaimee


Capítulo 8
Ninguém vai rir por último


Notas iniciais do capítulo

Tema: Trabalho voluntário.
Dupla: Emery e Malphas.

Boa leitura!



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Outro dia...

Foi logo depois do almoço que Emery, a celestial da vila, se despediu das amigas partindo em uma missão solo na qual disse ser um ato direto contra a maldade. Todos sabiam dos segredos perigosos que a mulher carregava e por isso quando comentou sobre seu destino dessa forma ninguém a questionou apenas pediram para tomar cuidado com o que quer que fosse a fazendo sorrir.

Emery era uma das criaturas mais fortes vivendo por ali, um ser que combatia o mal todos os dias sem esperar hora, lugar ou ordem. Entretanto seu riso naquela despedida não foi de deboche, mas de felicidade. Porque, afinal, mesmo sendo uma criatura de tanto poder e que vivia em prol aos outros, ainda havia seres que se preocupavam com seu bem-estar.

A jovem saiu caminhando leve como se tivesse certeza que encontraria a mais bela das visões enquanto em seu olhar determinado a esperança transbordava atingindo todos que a viam. A imagem da paz e da bondade a esculpiam como uma das estatuas divinas nos templos. Sempre foi assim e seria até o final de sua vida carregando o peso desse mundo para que os outros não acabem se perdendo nos medos.

A caminhada demorou por conta de distrações e interrupções para ajudar algum aldeão com problemas ou simplesmente fazer companhia para alguém tristonho no caminho. Demorou, mas conseguiu chegar no enorme casarão de madeira onde as portas estavam abertas e se podia ouvir vozes animadas junto da correria antes mesmo de entrar. Eram os sons que a faziam sorrir quase instantaneamente.

Aquele era um dos orfanatos que havia próximo da cidade central e o mais próximo da vila de onde a jovem vinha. Em um mundo repleto por guerras, monstros e maldades não era surpresa haver tantos lugares assim espalhados por todos os cantos. Por essa razão era comum as portas estarem sempre abertas para voluntários e famílias dispostas.

Normalmente as crianças ficavam ali até crescer e decidir se queriam partir ou ficar para ajudar as outras. Eram poucas as sortudas que encontravam alguém para ser família já que as criaturas viviam entre missões e trabalhos e às vezes as deixar ali era a melhor opção para preservar o direito de viver como mereciam.

Essa era a missão do dia de Emery: ajudar a trazer sorrisos e tranquilidade para essas crianças. Ela decidiu isso assim que ficou sabendo sobre o local e não conseguiu tirar da cabeça que queria conhece-lo. Isso também era parte de seu trabalho, mas era sua natureza que a fez estar ali agora. Para ela quando alguém possui muito poder deve se usar para dar suporte aos outros e emprestar o quanto puder para os fortalecer.

Depois de fazer as formalidades e se apresentar ela seguiu para o salão onde os sons altos dos pequenos correndo e brincando se tornaram mais fortes. E foi só dar o primeiro passo na sala que a imagem de seus rostos sorridentes brilharam por todos os lados fazendo seu coração se aliviar como quando estava dentro dos portões Celestiais.

A jovem estava sendo contagiada pela energia limpa que todos transmitiam. Era como se tudo estivesse envolvido em amor e cuidados. Era incrível o que a atitude deles podia fazer com um lugar que deveria ser triste.

A jovem estava sendo abraçada pelo local quando viu outro voluntário no canto da sala que chamou sua atenção e logo que conseguiu reconhece-lo sua paz se foi.

Um dos homens no meio das crianças esbanjava um sorriso fabricado e olhos dourados que transbordavam toda a escuridão que habitava em seu ser. Ele era o oposto dela e com certeza não deveria estar ali.

Seu olhar persistente atraiu o dele que brilho como um cristal ao vê-la. Rápido como sempre o homem se pôs a andar, elegante como uma corsa, até parar a frente dela desviando das crianças no caminho.

— Quando acordei hoje não sabia que teria um dia abençoado. – Brincou sem conseguir mudar a expressão séria dela.

— O que faz aqui?

— Somos vizinhos e você não me diz nem um olá? – Questionou fingindo estar ofendido. — Achei que sua raça fosse mais educada. – Ela não o respondeu, se fizesse isso só estaria dando corda para sua diversão. Ele, entretanto, riu do mesmo jeito. — O que você acha?

— Eu não sei, Malphas, mas espero que não tenha tocado nas crianças.

— Ah, por favor. – Balançando as mãos negativamente disse ainda com a expressão contente. — O que eu iria ganhar com isso? O choro delas? Desespero? – Falava como se nada disso fosse importante olhando ao redor a correria antes de parar e tomar um suspiro encarando a mulher. — Ou os gritos pela mãe que nunca virá? – A pergunta foi maliciosa o suficiente para mostrar o sorriso venenoso que fez Emery morder os dentes tentando controlar sua vontade de ataca-lo. — Para sua alegria, hoje, estou aqui por outros motivos.

— Tio! Tio!

— Ah... – coçando os olhos suspirou ouvindo os gritos agudos vindo de trás antes de se virar. — E esse não é um deles.

De longe três garotos de raças diferentes corriam animados ao seu encontro e sem controle algum trombaram nele o empurrando e puxando sua roupa com força.

— Tio, é minha vez!

— Ele falou que era a minha!

— Você tá demorando muito vamo logo!

Os gritos surpreenderam Emery que olhou os pequenos ao redor dele sem entender. Essa era realmente uma cena que ela nunca esperou ver.

Rapidamente seu olhar se levantou vendo o sorriso forçado dele seguido de um riso curto. Normalmente as crianças teriam medo da presença dele, mas não era o que estava acontecendo.

— Os três vão ter sua vez. – Respondeu no tom gentil que usava com todos. — Vamos voltar para lá. – Assim que terminou de falar os três correram de volta para a sala de jogos empurrando uns aos outros. Emery e Malphas, entretanto, ficaram parados ali assistindo a bagunça com diferentes reações nos rostos. — Você realmente acha que eu queria estar aqui?

A encarando questionou mordendo a mandíbula para manter o sorriso preso ali. Emery não entendeu do que se tratava e confusa o assistiu seguir o mesmo caminho que os três sabendo que teria de ficar de olho nele o tempo todo.

Apesar disso ter sido uma surpresa e se tornado um obstáculo, ela não queria estragar seus planos e foi logo afastando a negatividade dando início aquilo que tinha planejado.

Com calma se juntou a sala de estar com outros voluntários fazendo sua presença chamar a atenção das crianças com facilidade. Eram pequenos de todos os povos daquele mundo, alguns assustados, outros agitados, mas todos curiosos.

Ela se ajoelhou e sorriu o mais lindo sorriso para o grupo que a encarava. Sem qualquer palavra aquilo serviu como um convite que eles agarraram indo em sua direção. Seus enormes olhos brilhantes fitavam o cabelo cacheado dela soltando comentários encantados com o movimento a fazendo rir.

— Bonito... – Uma das crianças timidamente se aproximou tocando as bochechas dela e fitando seus olhos azuis cristalinos.

Era quase impossível um Celestial aparecer nesse mundo, ainda mais para fazer esse tipo de coisa. Eles viviam dentro dos portões onde tinham regras especificas para não sair sem a permissão. O contato deles com os vivos poderia colocar em risco a vida de muitos. Por isso Emery era tão especial para todos.

Os lábios entreabertos das crianças a fez sorrir, mas foi o toque suave dos pequenos dedos que fez seu coração bater aquecido.

— Vai brincar com a gente hoje?

— Vou, sim. – A reposta os fez gritar animados a contagiando e fazendo instintivamente procurar por Malphas. Aonde quer que houvesse alegria aquela criatura sempre aparecia para causar o caos, entretanto, dessa vez, ela o encontrou no canto lidando com um grupo que parecia fascinado por seus chifres pulando e tentando se agarrar a eles. A situação a fez pensar que crianças realmente não tem medo de nada enquanto assistia o homem esconder o ódio atrás de sorrisos.

Depois disso ela foi levada pelas crianças até os brinquedos onde criaram mundos, estórias e sonhos. Também correram e se esconderam, riram e até se machucaram. Emery teve que usar um pouco de seu poder para curar os ralados impressionando os olhares com a magia e assim se tornando a “melhor tia” do lugar.

Depois de tanta algazarra ela tomou um momento para se sentar no tapete ouvindo o cantarolar dos pequenos quando altos barulhos vindos do banheiro a interrompeu.

Desconfiada por causa do Moge, a jovem correu quase instantaneamente para lá. Quando chegou encontrou um pequeno abissal empurrando a cabeça de um alado dentro de um balde cheio de água. O menor se debatia embaixo como se pedisse socorro molhando todo o azulejo do chão.

Emery rapidamente puxou o pequeno para o lado tirando o outro dali aos soluços e tossidas. O abissal estava rindo, mas quando viu o amigo nos braços dela parecendo sofrer começou a chorar.

— O que aconteceu?! – Não demorou para um funcionário adentrar o local a surpreendendo.

— Ele... Depois te explico. – Ainda pega pelo susto ela respondeu entregando o alado ao colo do rapaz. — Cuida dele, quase se afogou.

O funcionário saiu do local carregando o menor às pressas assegurando que trataria da situação. Aliviada por ter chegado a tempo ela suspirou antes de ir até o outro se ajoelhando a sua frente.

— O que aconteceu-

— Eu não queria machucar! – Gritou chorando desesperado como se a culpa o dominasse. — Eu tava brincando... – Era claro a inocência do pequeno e sua dor a comoveu fazendo se aproximar o acolhendo em um abraço caloroso. — Eu achei que ia ficar tudo bem.

— Calma.

— O tio disse que tava tudo bem.

O comentário saiu no meio do desespero e não parecia ser tão importante para ele, contudo para ela foi o suficiente para esfriar sua espinha. Gentilmente o afastou para olhar em seus olhos e tentando seu melhor para não mostrar seu repúdio a jovem tentou falar.

— Que tio?

— O do chifre.

Não precisou de mais nada para decidir o que faria em seguida. Emery ainda ficou confortando o menor por vários minutos até ele se acalmar por completo antes de sair daquele banheiro pisando furiosa pelos tapetes procurando pelo homem.

Não era difícil o encontrar em um prédio como aquele e logo acabou esbarrando com a visão da criatura apoiado em uma parede falando carinhosamente com uma funcionária que parecia estar enfeitiçada por suas palavras.

A Celestial nem pensou antes de avançar agarrando seu pulso e o puxando para dentro de uma das salas ignorando as perguntas que fazia. Com força o jogou contra a parede fazendo seu corpo estremecer com o impacto.

— Que brutalidade. – Riu tossindo dolorosamente. — Não sabia que você gostava do jeito selvagem. – Ela não estava com humor para aguentar suas piadas e em um ataque de fúria agarrou o pescoço o fazendo a encarar. — Não dá pra esperar até chegarmos em casa?

— Malphas-

— Ou você quer realmente que as crianças me vejam machucado aqui?

Ele não estava errado e aquelas palavras a fizeram pensar se não era isso que queria que acontecesse. Suspirando o soltou violentamente o assistindo se arrumar satisfeito.

— O que você fez com ele?

— Quem? – Sua voz sínica a fez balançar a cabeça impaciente.

— Nesse momento você não deveria testar minha paciência.

— Ah, mas eu quero. – Mostrando as presas se aproximou vendo o olhar gélido de perto. — Você tem que ser mais especifica porque até onde eu sei tem várias criaturas por aqui e, como você pôde ver, eu estava agora mesmo tendo uma conversa agradável quando você chegou.

— É inacreditável. – Sua voz estava carregada de repulsa e o riso que seguiu ria do absurdo a sua frente. Ele, entretanto, não se moveu, mas estava surpreso por vê-la nesse estado. — Nunca assumem nada do que fazem e vivem para enganar os outros. A existência de vocês – ela se aproximou ainda rindo com um olhar enjoado — é uma mentira que contam no espelho até acreditar. – Parou o encarando de perto vendo o olhar sério dele fixado no seu. Havia incomodo cobrindo sua visão e, de alguma forma, Emery gostou de ver. — Eu tenho pena.

O silêncio os cercou logo em seguida. A jovem queria que ele dissesse algo porque tinha certeza que seus comentários acertaram ele e se abrisse a boca nesse momento iria falar mais do que deveria. Ele sabia disso também por isso permaneceu a encarando antes de finalmente mover os lábios, porém antes das palavras saírem batidas na porta ecoaram avisando que estavam livres para o intervalo.

Ambos ficaram parados na mesma posição se encarando como se esperassem para ver quem daria o primeiro passo. Ciente disso, Emery se afastou indo em direção a porta sem olhar para trás.

Estava seguindo o corredor para a sala de descanso quando viu o pequeno alado de antes deitado no sofá cansado com o abissal ajoelhado ao lado ainda chorando baixo.

Seu coração apertou, mas logo se recompôs quando percebeu que o Moge estava logo atrás dela.

— Parece que o passarinho ainda não aprendeu a nadar. – O comentário risonho a fez virar a cabeça o vendo sorrir finalmente respondendo sua pergunta de antes.

 

A sala era próxima de onde estavam e em poucos passos já tinham adentrado fechando a porta e os permitindo ficar a sós. O local ali era pequeno, tinha uma mesa longa com bancos para cinco pessoas, alguns armários com bebidas e comidas e uma janela pequena no fundo. Um ambiente separado da agitação das crianças para recompor as energias, mas para aqueles dois serviria perfeitamente como um campo de batalha.

— Quantas crianças?

— O que?

— Com quantas você fez isso? – Sua voz estava séria em um tom que ele nunca tinha ouvido o fazendo gargalhar.

— Emery, querida, eu já te disse eu não vim aqui pra isso. – Sem dar atenção se acomodou no banco olhando em direção a porta onde ela estava parada. — Aqueles dois filhotes de besta estavam pendurados nos meus chifre desde a hora que cheguei. Eu me cansei e foi isso. – Suspirando explicou como se o acorrido fosse algo tão simples quanto trocar os móveis de lugar. — Eu sei, perdi a compostura. Esse é o poder maligno das crianças.

— Você quase matou uma criança! – Ela nem sabia como se expressar diante dele. Não conseguia acreditar em seu desdém com a vida.

— Uma pena esse “quase”.

— Eu juro. – Dando um passo para frente falou mordendo os dentes tentando evitar avançar mais. — Se você tocar nelas de novo-

— Você vai me matar? – Olhando a madeira da mesa, interrompeu. Seu tom era sarcástico o suficiente para fazer Emery cerrar os olhos irritada. — Vai expor esses poderes por mim, docinho? Fico lisonjeado.

Sua falta de caráter era tão repugnante quanto ter que ouvir seus risos. A jovem ainda queria bater nele, mas resolveu respirar fundo e, novamente, evitar dar outro passo.

— Se for para proteger eles, eu não me importo.

— Ah! – Apoiando as mãos na mesa Malphas empurrou o corpo para trás enquanto revirava os olhos inconformado. — Vocês são tão... pequenos. Não tem um pingo de ambição! Sempre protegendo e ajudando, e pra que? – Normalmente suas perguntas vinham de onde ele já sabia a resposta, mas dessa vez o homem realmente a encarava esperando ouvir alguma conclusão. — Você não pode acabar com o pecado. Você se mata me matando, mas – voltando para próximo da mesa, continuou a olhando maliciosamente — eu continuo vivendo dentro deles.

— 50/50.

— O que?

— Você continua, eu também. – Concluiu séria chamando a atenção dele. — Porque se eu não desistir, você nunca vai ganhar. – Ela sabia que ele não poderia ir contra esse raciocínio. Um leve sorriso surgiu em seu rosto quando o viu a encarar interessado. — Eu não tenho medo de você, Malphas. Ninguém deveria ter. – Sua voz alta ressoou como uma provocação e a jovem pôde perceber que isso o deixou claramente irritado, mas não se moveu.

Emery estava preparada para se sacrificar pelo bem de todos ou, até mesmo, de um só. Estava pronta para entregar sua vida se pudesse salvar outra e era isso que a diferenciava dele. Estava pronta para perder algo, ele não.

— Você sabe a sensação de ter dezenas de larvas de um morto andando na sua boca? – Levou alguns minutos antes dele voltar a falar calmo e composto em suas mentiras como sempre, entretanto ela não respondeu. — Sabe como é estar amarrada vendo sua amiga com o corpo impregnado de vermes se alimentando de um cadáver como um animal e não poder fazer nada? – Emery viu o sorriso voltar ao rosto doentio dele e mesmo que quisesse não conseguia evitar se abalar com isso. Ele não falava aquilo aleatoriamente, sabia que já tinha feito isso antes e que a sensação de prazer em sua voz era verdadeira. — Com criança é ainda mais divertido.

— Para. – Ordenou vendo as presas dele brilharem. Era assim que funcionava, quando estavam perdendo usavam truques baixos para desestabilizar a mente do rival. Nem as cobras mais traiçoeiras eram tão perigosas quanto as palavras da espécie dele. Mas isso foi o suficiente para faze-la ter certeza de que tinha atingindo seu ponto antes.

— Eu gosto que não tenham medo de mim, Emery. Porque aí eu posso fazer esse medo surgir. Posso te ver tremendo na minha mão e enfiar minha língua na obscuridade que ninguém nunca viu até te transformar em nada. – Ele mantinha a postura, mas suas palavras rápidas não a enganavam.

Malphas esperava novos insultos ao terminar sua frase entretanto ela não respondeu, não precisava, ao invés disso riu da mesma forma que ele normalmente faz. A surpresa ficou clara na face dele a fazendo querer rir ainda mais.

O Moge estava sendo visto por ela da mesma forma que ele via todos os outros. Uma comparação inadmissível que fez seu sangue ferver. Queria se levantar e arrancar seus membros, queria leva-la para fora e humilha-la de todas as formas possíveis, mas não fez nada. Apenas encarou até que batidas na porta quebraram o silêncio avisando o final do intervalo.

Malphas foi rápido ao se levantar e ainda mais rápido para avançar sobre ela, porém, tão rápido quanto ele a jovem moveu as mãos fazendo laminas de plumas surgirem ao seu redor tornando qualquer movimento dele fatal.

— Não é tão bonitinha quanto as crianças pensam. – Riu a observando de perto.

— Vai embora daqui.

— Eu vou. – Se afastando seguiu para fora da porta ainda com o sorriso. — Depois que eu acabar. Até lá, espero que continue sendo minha parceira.

Ela sabia que não podia o impedir, pelo menos não agora, mas apesar do cansaço estava satisfeita de o ver vulnerável apenas com suas palavras. Emery conhecia seus próprios limites assim como conhecia sua força e por isso não iria parar nem hoje, nem nunca.

Com calma se virou para a entrada deixada aberta vendo as crianças correrem por todos os lados se lembrando mais uma vez de seus motivos para seguir em frente e tendo certeza das coisas que Malphas nunca iria tirar dela.

—Fim. VII


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Notas finais do capítulo

O Malphas é o tipo que gosta de ficar sempre acima de tudo e todos. Ele é o absoluto. Então quando alguém o encara de frente e diz que é uma piada ou mostra que sua força não é nada, é natural que ele seja atingido. É algo que o faz se mover por instinto de ódio e sabemos que esse é o pior sentimento para usar quando se age contra algo porque... você perde.
Ah, e o motivo do Malphas estar ali era a mulher com quem ele estava conversando quando a Emery interrompeu. Ele queria a alma dela. Não falei disso no texto porque era bem irrelevante pra situação.
Bom... Obrigada por ler e amanhã tem mais :D



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