Joia de Família escrita por Denise Reis


Capítulo 32
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Como será a convivência entre a família Beckett e a família Castel?

E qual será a ótica da Alexis sobre a noiva do pai, eihm?

Vamos ver o que é que a linda ruivinha realmente pensa da Kate, né???

E qual o sentimento de Kate com relação a filha do seu noivo?

E a vovó Martha... Qual sua opinião sobre tudo isso?

Boa leitura.



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 Dois meses se passaram do dia do jantar de comemoração da conclusão da Residência Médica de Kate e do noivado dela com o Rick.

O convívio entre a família Beckett e Castle era muito saudável e estreito e se viam com frequência, até porque não tinham mais que esperar as folgas do calendário de Kate, pois ela não trabalhava mais nos finais de semana, tampouco tinha plantões à noite.

De todos, Alexis era a mais animada, pois, se com apenas a Martha, a menina já se sentia a neta mais amada do mundo, agora, então, com a chegada do amor e carinho da vovó Johanna e do vovô Jim, ela se sentia ainda mais privilegiada. A menina era só alegria e exalava felicidade.

 Num final de tarde após Alexis chegar do colégio, Martha abraçou a netinha e a acompanhou até o quarto da garota para ela tomar banho.

A menina tomou banho sozinha, mas avó ficou por perto para orientação.

Quando penteava os sedosos cabelos ruivos da garota após o banho, Martha fez um comentário trivial — Alexis, no próximo mês você vai fazer dez aninhos!

— Eu queria fazer uma festinha, vovó e quero convidar minhas amiguinhas e meus amiguinhos do meu colégio.

— E a Kate, meu bem?

— Hey, vovó... – a menina girou o corpo na direção de Martha, e a olhou curiosa e deu uma risada fofa — Se é uma festa de meu aniversário, nem preciso dizer o nome da Kate, como também não preciso mencionar o seu nome, o do papai, o da vovó Jô e do vovô Jim, porque você não são convidados e sim, parte da família.

— Ótimo, meu bem! Entendi. Então vamos falar com seu pai sobre seu aniversário. Você bem sabe que ele gosta de festa, ainda mais que você é a princesinha dele...

— Ah, sei, sim... – apesar de feliz, a menina parecia que queria falar algo mais e Martha, muito observadora, não deixou escapar este detalhe.

— Hey, meu bem... – Martha levou a netinha até o sofá que havia no quarto e sentaram juntinhas, lado a lado — Estou percebendo que você quer me falar algo, mas está pensativa, meu anjo... O que seria, eihm, minha linda? Pode falar para a vovó. – Martha, além de ser uma vovó moderna, que tinha o costume de sair com turma de amigos para teatro, cinemas, restaurantes, era também uma avó muito amorosa. Ela não tinha intimidade com forno e fogão e não sabia fazer guloseimas ou biscoitinhos saborosos, mas tinha um jeitinho todo especial para falar com a neta e a menina sempre confidenciava a ela suas dúvidas e seus anseios.

— Ah, vovó... Eu nem sei como começar...

— Que tal do começo, eihm? – Martha deu uma piscada de olho que incentivou a neta a falar e a menina deu um sorriso lindo — Nem precisa explicar muito, apenas me fale o que está se passando por esta sua mente, meu anjinho, então conversaremos sobre o assunto. Tente.

— Eu queria ser filha da Kate... – a menina fez uma caretinha linda de timidez ao confessar bem baixinho seu sonho e aquela tema tocou o coração de Martha — Sabe, vovó, se não fossem as fotografias que o papai guarda da mamãe, eu não me lembraria dela. Eu juro que não tenho nada contra a mamãe e até gostaria que ela estivesse viva para a gente brincar, passear, viajar, conversar, além de outras coisas que minhas amiguinhas fazem com as mães delas. Eu sinto muito que a mamãe tenha falecido quando eu tinha apenas um ano e meio.

Ao ouvir aquele comentário da neta, Martha deu graças a Deus por Castle nunca ter deixado escapar a real personalidade da Meredith, por entender que contar a verdade para a filha a deixaria muito triste e isso poderia alterar, de modo negativo, seu modo de ser e de ver as coisas. A menina poderia se sentir rejeitada e isso ele nunca quis.

— Eu sinto falta de uma mãe, vovó... Depois que eu conheci a Kate, eu sinto que ela preencheu este espaço que antes estava vazio. Ela me escuta, brinca comigo, conversa, me orienta, conta histórias e casos divertidos. Adoro quando ela conta os casos das crianças que ela atende na clínica e no hospital. Ela sabe me arrumar... Adoro quando ela me põe para dormir... Ela é tão cuidadosa comigo, vovó...  Essas atitudes são coisas de mãe, vovó. E por mais que a senhora tenha feito isso por toda a minha vida, a senhora é a minha avó, entente? Eu te amo, mas eu te amo como vó. E eu amo a Kate também e ela bem que poderia ser minha mãe, já que ela está noiva do papai e vai casar com ele.

Martha refletia que sua neta arrumava as ideias de modo interessante, pois sempre foi uma menina muito madura para a idade, pois, desde pequena, acompanhava as conversas dos adultos em casa.

A elegante senhora ruiva ficou pensativa sobre todas as coisas que Alexis falou e concordava plenamente com a garotinha, no entanto, na condição de avó, não seria ela que daria uma resposta — Meu amorzinho, que tal você falar isso para o seu pai? Se ele gostar da ideia, você poderia falar com a Kate.

— Será, vovó? – a menina mostrou-se preocupada — Eu não queria que o papai pensasse que eu estou desprezando a mamãe...

Completamente ingênua, Alexis não fazia ideia da besteira que falara e Martha controlou-se e se esforçou para não dar uma gargalhada diante daquele comentário inocente. Jamais deixaria escapar qualquer situação que desabonasse Meredith diante de Alexis, mas também jamais exaltaria aquela mulher. Jamais!

Martha mostrou-se compreensiva — Nem imagine uma coisa dessa, querida. Seu pai nunca pensaria que você está desprezando a memória da Meredith. Confie em mim que eu garanto que seu pai não vai pensar nada disso. Ele vai te ouvir e analisar sua ideia com muito amor.

— Então... – a menina fez um trejeito no rostinho e demonstrou que queria uma dica de como falar com o pai sobre aquele assunto — Como será que eu falo com ele, eihm, vovó?

— Querida, antes de mais nada, meu anjo, eu vou te pedir para você pensar muito sobre esse assunto para ver se é isso mesmo que você quer. Não quero que faça as coisas por impulso somente porque você sabe que suas amiguinhas têm mamães.

— Eu já pensei muito sobre isso vovó e não estou falando isso apenas porque vejo as minhas amiguinhas com as mães dela. Acredite, vovó... Não é isso.

— Eu acredito em você, Alexis, e eu te entendo. Então, meu anjo, você poderia falar com seu pai no momento em que você se sentir preparada. Deixe seu coração mandar. Espere o melhor momento para você e também para o seu pai, ou seja, quando ele estiver descansado. Quando você se sentir pronta, as palavras vão sair. Você vai ver. Acredite na vovó.

— Obrigada, vovó! Eu te amo! – a menina se jogou nos braços de Martha e trocaram um longo abraço.

 

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Naquela noite Castle chegou do trabalho trazendo Kate, pois ela iria passar a noite com ele no loft.

Já era normal a Kate passar a noite no loft, do mesmo modo que o Castle também costumava passar muitas noites no apartamento da Kate.

Eles frequentavam e participavam das atividades das duas famílias e já se sentiam confortáveis com isso. Martha e Alexis também a aceitavam como parte integrante da família e o mesmo ocorria com relação a Jim e Johanna Beckett. Não havia barreiras entre elas.

Durante o jantar daquela noite a menina abordou o assunto do seu aniversário e, claro, Castle mostrou-se favorável à festa e Kate também ficou muito animada e se colocou à disposição para ajudar no que fosse preciso e logo fez vários comentários interessantes acerca da festinha.

Ao sentir a animação de Kate e a sua disposição em colaborar, Alexis olhou disfarçadamente para sua avó e, sem que ninguém percebesse, a menina piscou o olho, como se dissesse “Eu te disse, vovó!” e Martha piscou de volta, concordando com a neta.

Castle demonstrou estar fazendo contas na cabeça e logo todos souberam o que ele pensava — Meu anjinho, o melhor dia para festejarmos seu aniversário é em um sábado, claro, né, só que Kate estará fora da cidade em um Congresso Médico, então, o que é que você acha de esperarmos o sábado seguinte em que ela estiver de volta, para fazermos a festa de comemoração, eihm?

— Ah, Rick, assim eu fico até constrangida... Adiar a festinha da Alexis só porque eu vou estar no Congresso Médico? Óbvio que eu queria estar presente no aniversário da minha princesinha, mas adiar a festa? Não, amor...

— Mas o papai está certo, Kate. Como é que eu poderia fazer o meu aniversário sem você, eihm? Não teria graça. – a menina verbalizou seu pensamento como se fosse uma mocinha e isso encheu o coração do pai de orgulho e fez a Kate muito feliz e emocionada.

— Obrigada, meu anjinho! – Kate se levantou e foi até Alexis dar um abraço e um monte de beijos nela, agradecendo o carinho e a compreensão da menina — Eu te amo, querida!

— Eu também te amo, Kate. Te amo muito! Sempre!

 

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Continua...


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