Joia de Família escrita por Denise Reis


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Escrever esta história me faz feliz e amo saber que vocês também estão gostando.

Obrigada a "Bethlopes" pela linda recomendação.

Obrigada a quem favoritou. Fiquei muito contente.
❤ "Luana Lima SKKB",
❤ "Bethlopes",
❤ "Glaucia",
❤ "Jansenizia Brasil" ,
❤ "Fran Sousa",
❤ "Fernanda Mônica Souza Silva"
❤ “Rita Vieira”
❤ "Iasmyn"
❤ "Pande" e
❤ "Kerem Hapuque"

Continuem aqui comigo nesta leitura, em busca da felicidade e do amor CASKETT e, saibam que amo comentários.

Meu pedido ainda continua de pé: leiam letrinha por letrinha e não pulem nenhuma linha por pensar que não seja necessário... Uma linha pulada agora, vai fazer falta lá adiante. rsrs #FicaADica ❤

Com carinho,

Denise ❤



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Finalmente chegara o dia em que Alexis Castle retornaria ao hospital para a revisão com a Dra. Katherine Beckett, sob a supervisão da Dra. Lanie Parish Esposito, sua Médica Orientadora.

Assim que chegara ao hospital no início daquela manhã, Kate consultou o agendamento no seu celular corporativo e viu que o horário de consulta da menina estava marcado para às dezessete horas e, com esse pensamento em mente, Kate sentiu-se tensa. Ela estava muito ansiosa com a ideia de rever o Castle, já que ainda não tivera coragem de procura-lo para conversarem em particular.

Durante todo o dia, as Médicas Residentes, sob a supervisão dos seus respectivos Orientadores, atenderam dezenas de crianças com todo tipo de enfermidade, desde gripes e pequenos machucados, até alergias, ferimentos, hematomas, queimadura e fraturas, o que manteve Kate bastante ocupada, só parando para almoçar.

No meio da tarde, a situação na Emergência também estava complicada quando Kate recebeu a ligação de Lanie, por volta das dezesseis horas.

— Kate, venha agora ao terceiro andar ao Consultório 2.

— Lanie, estou no leito 8 da Emergência atendendo um bebê que sofreu queimadura de segundo grau e...

— Kate, eu já sei disso. Eu vi no sistema e já encaminhei a Dra. Paula Santos para continuar atendendo este bebê. Venha ao terceiro andar, Consultório 2. – a ligação foi encerrada.

Naquele exato momento a Dra. Paula Santos, outra Médica Residente, se aproxima de Kate.

— Oi, Kate! A Dra. Esposito mandou que eu viesse te substituir. Me conte o que está acontecendo com o bebê e o que você já fez.

— Oi, Paula! – as duas trocaram sorrisos amistosos.

Kate resumiu todas as informações do atendimento.

— Bem, eu já te contei tudo. Qualquer dúvida, está tudo no prontuário médico do paciente, mas a Enfermeira Julia está acompanhando o procedimento desde o início e ela vai te ajudar, da mesma forma que ela está me ajudando...

Após as despedidas de praxe, Kate seguiu até o terceiro andar do hospital para se encontrar com a Lanie no Consultório 2.

Depois de dois breves toques na porta, Kate entrou.

— Oi, Lanie. Você me chamou.

— Entre, Kate. – Lanie a recebeu com um sorriso amistoso – Entre e sente-se. Primeiramente quero fazer uma observação importante. Fique atenta ao relógio e nunca espere eu te chamar para um atendimento previamente agendado. Nunca se esqueça de comparecer a uma consulta médica, não importando se é um paciente novo ou um retorno e, neste último caso, você terá que pesquisar com antecedência o que foi feito na primeira consulta a fim de poder analisar com precisão o progresso do paciente e as possibilidades médicas para uma eventual necessidade.

Ao ouvir aquelas advertências, Kate consultou o relógio e deu conta de que estava próximo do horário do atendimento de Alexis Castle — Ah, meu Deus! Estive tão envolvida nos atendimentos que esqueci da consulta da Alexis. Prometo que isso nunca mais vai acontecer, Lanie. – Kate demonstrou estar sendo sincera.

— Acho bom! – Lanie falava em tom solene — Agora vamos ver o prontuário médico da Alexis Castle.

— Eu até me recordo de tudo...

Lanie a interrompeu e, séria, a olhou nos olhos — Entenda uma coisa, Beckett, por mais que os fatos da consulta anterior de todo e qualquer paciente estejam na sua mente por ser da família ou mesmo um amigo próximo, o médico tem obrigação de estudar o prontuário, não importando a gravidade da enfermidade, porque, por mais que nossa memória seja primorosa, não podemos contar com ela e sim com registros concretos contidos no prontuário médico, pois, o que está em jogo é a vida do paciente, caso contrário algo de muito ruim pode acontecer com a saúde dele e, consequentemente, com a carreira do médico. Você vai usar sua memória, seus estudos e sua experiência apenas para saber qual o melhor tratamento indicado para seus pacientes.

Dito isso, Lanie acessou o prontuário da Alexis.

— Como de praxe, antes de todas consultas em que você participa do primeiro atendimento comigo, Kate, você vai acessar o prontuário médico que, no caso, é o da Alexis Castle, e vai fazer uma explanação para mim, apontando ponto por ponto do caso no dia em que a paciente chegou ao hospital, com todos os procedimentos realizados e medicamentos ministrados no ambulatório e em casa, fazendo uma análise acerca das possiblidades do atual estado do braço da menina.

Kate analisou o prontuário de Alexis Castle e atendeu a determinação de sua Orientadora, demonstrando bastante segurança profissional e emocional, desenvolvendo aquela tarefa como se fosse uma médica com muitos anos de experiência, sem titubear por um único segundo cada particularidade relatada acerca do primeiro atendimento, bem assim no momento em que mencionou a única hipótese de como poderia estar o braço da garota após quinze dias, o que não somente agradou, como também encheu de orgulho a Dra. Lanie Parish Esposito.

Desde que conhecera Kate ainda na faculdade, Lanie viu um futuro promissor na garota, a julgar por sua inteligência, seu interesse e sua capacidade de concentração.

— Muito bem, Kate! – Lanie a avaliou — Como eu sempre digo, você tem um futuro brilhante!

— Eu me esforço muito para isso, Lanie... Estudo muito, além do que, a prática do dia a dia nos plantões sob sua orientação, me dão uma experiência que vou levar para o resto da minha vida.

— Percebe-se que você não somente entente, mas também gosta do que faz e isso é muito importante. É nítido que você prioriza o bem-estar e a saúde do seu paciente e eu vejo isso todos os dias nos seus plantões, inclusive nos momentos difíceis onde a vida dele está por um fio, mesmo que você esteja exausta. Quisera Deus que todos os médicos do mundo tivessem esta mesma preocupação, pois alguns deles, infelizmente, trata o paciente com muito descaso, o que não é o seu caso.

Kate consultou o relógio — Já são dezessete horas, Lanie. Podemos chamar a Alexis para entrar?

— Sim, Kate.

Kate se levantou, abriu a porta e foi até a antessala e lá avistou a linda ruivinha.

Antes mesmo de Kate cumprimentar a Alexis, a garotinha já veio correndo em direção da médica e, como era uma criança de apenas oito anos, rodeou a cintura de Kate num abraço apertado, como se fossem velhas amigas — Oi, Dra. Beckett, eu estava morrendo de saudades de você. Demorou tanto para eu voltar... – a menina falava com sinceridade, deixando Kate feliz.

— Olá, Alexis! Que bom que você retornou para a nossa consulta. – Kate sorriu para a menina, deu um beijinho na franjinha dela e depois encaminhou um sorriso cordial para a avó da criança — Boa tarde, Sra. Rodges!

— Ops! Nada de formalidade, querida. Somente, “Martha”. – a elegante senhora ruiva sorriu de modo cativante.

— Ah, claro! – Kate retribuiu o sorriso, e, tentando ser discreta, procurou o Castle nas proximidades, mas não o encontrou.

Só que Martha, como sempre, muito astuta, percebeu o olhar explorador da jovem médica – O meu filho não veio, Kate...

— Ah... Eu não... – Kate ficou sem graça ao saber que foi flagrada.

— Dra. Beckett, o papai me avisou que não poderia vim porque teria que participar de uma reunião lá no trabalho dele, então ele pediu para minha avó me trazer.

— Tudo bem, querida. Então, vamos à consulta. – Com carinho, Kate pegou a mão da menina e a encaminhou até o Consultório 2, sendo seguida por Martha que, com um sorrisinho de contentamento, captou o interesse da linda médica no seu filho.

— Mas o papai me falou que viria para cá se a reunião terminasse cedo, Dra. Beckett, mesmo se ele chegasse no final da consulta. – Alexis insistia em dar notícias do pai e isso deixava Kate sem graça, muito embora estivesse gostando muito de saber.

— Ah, sim, meu anjinho. Que ótimo! Agora vamos entrar e ver a Dra. Lane Esposito... Você se lembra dela?

— Eu me lembro, sim.

Ao entrarem no Consultório 2, foram recepcionados pela médica de modo muito acolhedor.

Após as saudações de praxe, a consulta começou.

No momento que que Martha fazia o relato, explicando que sua neta recebera os medicamentos corretamente, ouviu-se duas suaves batidas à porta do consultório e Kate sentiu seu coração bater acelerado, pois tinha quase certeza que podia ser o Castle e assim que a porta foi aberta viu que suas suspeitas estavam erradas, pois tratava-se de uma Auxiliar de Enfermagem que viera trazer alguns papéis para a Dra. Lanie Parish Esposito e logo se retirou.

A consulta foi tranquila e, depois de uma nova radiografia, foi constatado que o braço de Alexis estava perfeito e o machucado não deixara sequelas.

Durante os cumprimentos na ocasião da despedida, após dar um abraço e um beijo na sua paciente, Kate a advertiu em tom animado — Agora, mocinha, muito cuidado quando for descer e subir as escadas, ok?

— Ah, sim, o meu pai falou a mesma coisa. – Alexis sorriu.

 

......................................

 

Assim que ficaram à sós, Kate e sua Orientadora fizeram uma análise sobre a consulta e Lanie a parabenizou — Muito bem, Kate. Como sempre, você esteve ótima! Lanie consultou seu relógio — Daqui a quinze minutos termina seu plantão.

— Sim, vou descer e concluir o meu relatório diário e depois vou embora. – Kate avisou sem muitas explicações.

— Desapontada porque o Bonitão não veio acompanhar a filha à consulta, Kate? Lanie indagou ao perceber que a sua Médica Residente ficou desanimada após a saída da Alexis.

Tentando, ao máximo, disfarçar sua melancolia, Kate deu de ombros — Tudo bem... Eu fiquei de procura-lo e não o fiz... Ele disse que aguardaria meu telefonema. Ele já demonstrou interesse em mim, então... Então... Hoje ele deixou claro que não vai ficar implorando minha atenção... Se eu também tiver interesse, eu que vou ter que telefonar para ele, até porque eu que o mandei embora quando ele foi lá no meu apartamento me pedir desculpas e me dar as explicações. Eu disse que precisava pensar.             

— E você vai telefonar, Kate? Aliás, refazendo a pergunta... Você quer mesmo telefonar para ele, querida?

— Para ser bem sincera, Lanie eu não só quero como vou telefonar para ele. Amanhã estou de folga... Na verdade, tenho dois dias de folga antes do meu plantão de vinte e quatro horas.

— Você vai telefonar hoje ou amanhã?

— Ainda não sei... – Kate demonstrou estar pensativa Estou exausta... No entanto, se eu não telefonar hoje, acho que vou ficar tão ansiosa que nem vou conseguir dormir direito.

— Então...

— Ainda não sei, Lanie. Depois eu te conto.

 

.......................................

 

Kate andou a passos largos pelo estacionamento do hospital e logo entrou no seu carro.

Antes de acionar o motor do veículo, ela mirou a chave, mas não pensava nada sobre ela. Kate ficou a refletir quando telefonaria para o Castle.

Tensa por ter que tomar esta decisão e muito ansiosa porque queria muito ver aquele homem e ouvir a voz dele, ela pegou rapidamente seu celular e, após encontrar o nome dele na agenda, fez a chamada com o coração aos pulos.

Enquanto ouvia o som da chamada, ela pensava em muitas coisas — Ai, meu Deus! E se ele ainda estiver em reunião? E se ele não veio com a filha justamente porque não queria mais me ver? E se ele já estiver em um encontro com outra mulher? bastante insegura, Kate pensava alto sobre todas estas possibilidades enquanto ouvia o sinal insistente da chamada que fizera.

No momento em que já estava desanimada porque o Castle não atendia a ligação, Kate ouviu a voz máscula e firme do outro lado e isso provou uma quentura diferente no peito e no pescoço que lhe tirou o fôlego.

Ao invés de se identificar, como normalmente fazia, Richard Castle logo a cumprimentou — Oi, Kate!  

— Oi, Castle! – Kate retribuiu ao cumprimento e, antes que lhe faltasse coragem, ela foi direto ao ponto Eu quero conversar com você, será que...

— Ótimo!

— Eu saí do plantão agora e estou indo para casa. Podemos marcar um dia... Algum lugar ou...

 Castle a interrompeu e sugeriu um local para o encontro — Pode ser hoje e no seu apartamento?

Aquela sugestão tão rápida e incisiva assustou Kate, contudo, ela também estava com pressa de resolver tudo aquilo — Para mim está excelente!

— Então podemos fazer como da outra vez, Kate... Eu levo um bom vinho e a gente pede um jantar. Que tal às vinte horas?

— Estrei esperando.

“O que tiver que ser, será!” – Kate Beckett pensou — “Mas espero que tudo se resolva da melhor forma possível.”

 

..............................

Continua...

 


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