David Rossi tinha outros assuntos não resolvidos além de um caso não solucionado para resolver no FBI. Ele queria e muito encontrar sua filha perdida.

 Penny era sua filha que ele não via há anos. Ele sabia sobre a morte de sua ex e do novo marido dela e sabia que Penelope havia desaparecido logo depois.

Finalmente sentado à mesa, Rossi estava prestando atenção no caso quando a porta atrás dele se abriu. E isso mudou a vida dele.

— Aí meu Deus. – Penelope gritou e cobriu o rosto com um arquivo. – Que foto é essa?

— Analista técnica Penelope Garcia, esse é o agente especial supervisor David Rossi. – Hotch olhou para Rossi, confuso com a presença de Pen.

Quando Penelope deixou a sala, Rossi olhou para Hotch e fez um comentário que não deixasse dúvidas que ele estava percebendo as diferenças de Penelope para a equipe.

— Ela é diferente. – Rossi conseguiu dizer algo.

— Você não tem idéia. – Hotch comentou, mas achou que Dave estava pensando alguma outra coisa.

Ele deixou passar por agora, afinal eles tinham que pegar o jato. Mas ele faria Dave falar sobre o que estava realmente acontecendo entre ele e Penelope.

Sentado no fundo jato, entre suas lembranças do assassinato e as lembranças de uma Penelope pequena correndo pela casa, Rossi olhou para o céu, que parecia absurdamente perto dele.

— Dave? – Hotch se sentou ao lado do amigo. – Você parece longe daqui.

— Desculpe. – Rossi suspirou. – Eu apenas estou pensando.

— O que aconteceu entre você e Garcia? – Hotch foi direto. – Quero dizer, você poderia ter falado alguma coisa quando chegou, mas ficou bem quieto. 

 - Eu acho que você vai descobrir algum dia. – Rossi tirou algumas fotos antigas. – Penelope, ela é minha filha.

— Eu sabia que você havia tido uma filha, mas nunca imaginei que fosse Garcia. – Hotch pegou as fotos e viu a pequena Penelope sorrindo. – Quantos anos ela tinha nessa época?

— Dois anos. – Rossi sorriu. – Barbara foi embora com Penelope antes dos três anos. Eu consegui encontrar barbara depois que ela e Emilio foram mortos.

Derek olhava para o novo agente, sentado com Hotch. Ele sabia que estavam falando sobre Penelope. Então, ele viu as fotos. Se levantando, Derek foi até Rossi e pegou as fotos e viu que era Penelope neles.

— Por que tem essas fotos com você? – Derek estava tentando imaginar porque Rossi tinha fotos de Penelope quando crianças. – Você é o pai dela?

— Sim. – Dave se levantou. – Eu voltei por alguns assuntos e um deles é Penelope e querer revelar que eu sou o pai dela.

— Você não contou isso para ela? – Derek estava sem reação na verdade.

— Quando chegarmos desse caso. – Ele pegou as fotos e olhou com calma. – Não é tão fácil.

Derek e o restante do time acenaram. Ninguém iria contar até o fim do caso.

Quando chegaram em casa, Dave e Derek se dirigiram para o escritório de Penelope e Rossi bateu na porta. Ela apareceu, vestido com uma versão maior do vestido da foto que Rossi carregava.

— Derek, você chegou. – Ela aproximou-se de Derek e deu um beijo em seus lábios. – Eu senti sua falta.

Derek não escondeu o sorriso. Ele e Penelope estavam juntos há alguns meses quando eles precisaram lidar com um assunto muito pessoal de Garcia ela não estava com vontade.

— Penelope, posso falar com você? – Dave achou que estava interrompendo algo, mas deu um passo à frente. – Com Derek presente.

Penelope abriu a porta e já até sabia o que era o assunto secreto. Ela desconfiava de uma coisa desde que o vira a primeira vez.

— Penelope, eu sou seu pai. – Rossi foi direto. – Eu sinto muito não dizer nada, mas eu tive medo de você não gostar de mim ou achar que eu estava mentindo.

— Pai, minha mãe me contou seu nome poucos meses antes de ser morta. – Penelope surpreendeu a todos com a revelação. – Eu sempre achei que não soubesse onde eu estava.

— Bem, um dos motivos de eu vir aqui, era para encontrar você. – Rossi deu um passo à frente e parou na frente dela. – Posso te abraçar?

Surpreendendo todos, Penelope deu o passo e o abraçou com força suficiente.

— Eu te perdoo. – Penelope sabia o que Dave queria ouvir. – Eu sempre imaginei que eu te conheceria algum dia.

— Pen. – Dave a abraçou com carinho. – Eu te procurei por todos os lugares.

Derek olhou para a cena a sua frente. Ele sentia um amor por Penelope finalmente encontrar seu pai. Ele sabia o quanto ela queria, mas parecia que ele se esconderia bem até mesmo dela.

— Eu acho que você deveria falar com Strauss. – Penelope finalmente disse. –Você sabe que é a coisa certa. 

— Eu sei, Penelope. – Ele a abraçou. – Eu só não quero colocar você em perigo.

— David Rossi!! – Strauss gritou com os braços cruzados no peito. – O que diabos está rolando?

— Erin, precisamos conversar em particular. – Dave piscou para Penelope e pegou a mulher, a levando gentilmente para a sala dela. – Tenho um pedido para fazer.

— Regras de fraternidades anuladas? – Strauss levantou uma sobrancelha. – Embora ache que a senhorita Garcia não é exatamente da sua idade.

— Ela é minha filha, Erin. – Rossi viu a mulher parar o que estava fazendo. – E talvez você deva deixar ela e o agente Morgan namorarem em paz.

— Eu não sabia que você havia tido uma filha. – Erin suspirou. – Não há menções em seus arquivos.

— Apenas porque não está lá não quer dizer que não exista. – Ele tirou uma certidão de nascimento. – Quando a mãe dela a tirou de mim, ela trocou o sobrenome Rossi e colocou Garcia no lugar.

— Certo, mas sabe como ela ganhou o emprego aqui, certo? – Erin estava disposta a entregar todos os podres de Penelope. – Ela foi pega hackeando.

— O que está tentando fazer, Strauss? – David percebeu. – Penelope vai ficar na unidade, assim como eu e Morgan. Você já conseguiu se livrar de Gideon, não me faça ir ao diretor.

— Você se atreve! – Strauss se levantou. – Por que está fazendo isso?

— Porque eu sei o que você quer fazer. – Rossi se levantou e saiu da sala e encontrou a equipe BAU reunida. – Vejo que o segredo já foi trazido à tona.

— Na verdade, pai é outra coisa. – Penelope estava hesitante. – Bem, Derek e eu estamos juntos há algum tempo. – Reid foi dizer algo, mas Pen o impediu de continuar. – Há uma semana eu não tenho passado bem e ontem eu fui e fiz um exame de sangue.

— E ela está grávida. – Derek deu um sorriso. – E sim, é meu e eu estou ansioso para que ele ou ela nasça.

Rossi sorriu grandiosamente. Não ele encontrou sua filha como ela seria mãe e ele um avô em poucos meses.

— Parabéns, Penelope. – Reid foi o primeiro a abraçar a amiga. – Quero ser padrinho.

— Pen. – JJ E Emily a abraçaram juntas.

— Você será uma mãe incrível. – JJ falou, tocando a barriga da amiga.

— Vamos estragar essa criança, mas de um bom jeito. – Emily completou.

— Está pronto para ser pai, Morgan? – Hotch tinha um sorriso nos lábios.

— Sinceramente – Derek viu um aceno positivo. – Estou com medo, mas de um bom jeito, afinal é minha primeira vez e sei que não vai ser a última.

— Obrigado por fazer minha filha feliz. – Rossi abraçou Morgan, sincero. – E por me tornar um avô.

— Não será a última vez, Rossi. – Derek olhou para Penelope e um sorriu para o outro. – Eu vou sempre amar e proteger Penelope e os nossos filhos futuros.

Erin observava de longe nenhum pouco satisfeita. Ela não diria, mas estava armando um plano para acabar com a festa de Morgan e Garcia. E ela sabia exatamente quem a chamaria para isso.

Ela só tinha que deixar Penelope ganhar o “maldito” bebê.