Spencer Reid se orgulhava de sua mente muito oportuna. Ele poderia descobrir quantos grãos uma espiga de milho tinha, podia ler 20 mil palavras por minuto e podia lembrar uma transcrição completa de um telefonema.

Mas ele amaldiçoava a mesma mente nesse segundo, sentado a cadeira de um bar durante um caso da equipe por um bom motivo.

Ele foi para o quarto de Luke, dizer que a equipe iria acordar mais cedo no dia seguinte e infelizmente pegou a conversa mais desconcertante da sua vida.

— Diga que você já está molhada para mim. – Luke não percebeu Reid ali parado. – Oh, Baby. Assim você me deixa excitado.

Reid engoliu em seco e teve a decência de se sentar longe do olhar de Luke, esperando que ele o visse.

— Oh sim, sua garota safada. – Luke olhou para Reid e parou de repente. – Reid? O que você está fazendo aqui?

— O que? – Ele viu que Luke cobriu o telefone. – Eu durmo no quarto ao lado e perdi minha chave.

Reid mentiu, tentando esconder o rubor crescente.

— Mas aparentemente você estava ocupado. – Reid viu que Luke estava vermelho beterraba. – Você tem a chave sobressalente?

— Na gaveta. – Luke esperou até ouvir Reid fechar a porta adjacente. – Oh meu deus, Penelope, eu acho que estamos em um perigo agora.

— Perigo? – Penelope estava saindo de seu estado de prazer. – O que quer dizer?

— Bem, Spencer entrou aqui no meu quarto. – Ele a ouviu engolir em seco. – Não disse seu nome. Eu acho que ligo de volta para você depois que eu tiver uma conversa com ele. Te amo.

— Fale comigo, doce homem. – Penelope levou sua mão para sua vagina e começou a se tocar pensando em Luke.

Alvez amaldiçoou quem construiu quartos adjacentes. Ele lembraria de dividir um quarto com Rossi na próxima vez. Pelo menos, ele não era tão inocente com Reid era.

E Penelope, bem, ele suspeitava que ela nunca foi tão inocente como parecia. Ela parecia fofa em seus vestidos, mas entre quatro paredes, essa mulher virava uma loba devoradora e ele amava ser devorado.

— Ei Spence. – Luke bateu na porta de Reid. – Eu queria conversar com você sobre aquele assunto.

— Volte mais tarde. – Reid olhava para a parede em choque. – Talvez amanhã. Temos que levantar cedo.

— Deixe-me pagar uma bebida para você. – Luke ofereceu. – Vamos, Spencer. Eu realmente preciso conversar.

— Luke, derrube essa porta e eu mesmo garantirei que seja preso por comportamento inapropriado. – Reid se viu ameaçando alguém pela primeira vez diretamente. – Eu não preciso discutir suas indiscrições.

Luke decidiu deixar para lá por hoje. Ele sabia que o gênio era relativamente inexperiente nessa área, apesar de ele ter uma namorada que ele nunca contou a ninguém. E ela era a primeira desde Maeve.

Reid destrancou a porta do corredor e foi para um bar, tentar afogar suas magoas em um copo de uísque e uma música legal, mas ele encontrou mais do que isso.

— Uísque com gelo, por favor. – Reid olhou para o barman e se sentou, contemplando o bar.

Ele encontrou uma jovem, sentada sozinha, ouvindo música em seus fones de ouvido e com uma taça de refrigerante.

Pegando sua bebida, ele foi até ela e se sentou ao lado dela. Ela olhou para ele e deu um sorriso tímido.

— Eu sou Spencer. – Reid estendeu a mão para ela. – Qual a sua graça?

— Karina. – Ela estendeu a mão de volta. – Eu adorei o seu nome.

— Obrigado. – Reid não queria dividir seus fatos aleatórios pela primeira vez. – Você está aqui sozinha?

— Eu não conheci ninguém interessante para dividir a minha cabine. – Ela sorriu para Spencer. – Até agora.

Então, talvez ela não fosse exatamente uma modelo de revista, um pouco baixinha e um pouco do tipo de Penelope. Seus cabelos eram pretos e encaracolados.

Mas ele não era exatamente um John Travolta também.

— Você sabe dançar, Spencer? – Karina de repente perguntou.

— Não sei muito bem. – Reid confessou. – Por que?

— Porque eu gosto dessa música e quero dançar com você. – Ela o puxou para cima e Reid apenas se deixou ir.

Algo o fez ficar extremamente relaxado com ela. Seus corpos se tocaram e ela colocou sua cabeça no ombro dele. Ele sabia que a bebida era a última coisa na cabeça dele.

Rick James Ft. Smokey Robinson Ebony Eyes tocava no lugar e Reid não pensou muito e beijou a garota, que retribuiu o beijo, puxando Spencer mais próximo dela.

— Pode parecer louco, mas eu vim aqui para esquecer alguma coisa e agora você me fez esquecer de um jeito louco. – Ele a viu sorrir enquanto giravam. – Eu quero que você saiba que eu não sou bom nessa coisa de namoro.

— Quem liga? – Karina o olhou com amor. – Eu também não su boa nessa coisa de amor.

— Vem comigo, então? – Reid estendeu a mão e Karina a pegou.

Jogando umas notas no balcão e pegando o celular dela, eles foram para o hotel.

Ela parecia apreensiva no começo e Reid entendeu que era a primeira vez da garota.

— Nada precisa rolar hoje, mas eu vou esperar até você estar pronta. – Ele viu Karina suspirar. – Eu sei, sou brega, mas...

— Ah cala essa boca. – Karina o encarou na porta do quarto de Reid. – E me beija.

Reid a beijou com todo o amor e a levou com ele para seu quarto, deslizando o cartão de não perturbe na porta de seu quarto.

Abrindo o vestido dela, Reid começou a explorar cada pedaço da linda garota com ele e quando ele levou a virgindade dela, foi tudo sutil demais. Ele a viu extremamente satisfeito e viu a porta adjacente se abrir e se fechar rapidamente.

Luke se sentou na cama, assustado com o que viu. O sempre certinho Reid tinha uma garota em seus lençóis, mas afinal, ele merecia um bom amor depois de tudo o que aconteceu em sua vida.

Ele adormeceu com um sorriso quando viu a foto que Penelope afinal mandado para ele. Ele queria acabar esse caso e ver Penelope logo.

E ele sabia que agora, Spencer Reid era um homem com um amor próprio. E esperava que tudo durasse por anos.

Agora...

Penelope entrou na BAU, com Karina ao seu lado. Ela e Reid estavam noivos e isso era tão perfeito. Ela estava enorme, considerando que estava grávida de quase seis meses e de gêmeas.

Karina correu para Reid e o beijou ansiosa.

— Reid, eu tenho que te contar algo. – Ela entregou uma caixinha para seu amado Reid. – Abra.

Ele abriu e quase engasgou ao ver o teste de gravidez e o largou na mesa e beijou Karina, a girando.

Sim, Spencer Reid, estava a poucos meses de ser um pai e ele mal poderia esperar por isso.

Penelope e Luke estavam de mãos dadas e Luke sorriu ao ver que tudo deu certo para o gênio. Ele sabia que Reid nunca esqueceria nada do que ouviu, mas ele saiu para uma bebida e voltou com uma família.

Algo de bom vindo de uma situação constrangedora.