Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 12
There Are No Coincidences.




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Aaron Hotchner sabia que na vida, não existiam coincidências. Como um suspeito os provocava, o jeito como os eventos se acumulavam. Primeiro Elle levou um tiro, depois Morgan foi preso, Reid sequestrado, Gideon atacado por um assassino e então Penelope Garcia, a técnica favorita da equipe levou um tiro.

Hoje, todos estavam enfrentando o comitê do senado por causa de uma de suas decisões. E Penelope também foi convocada.

Ela chegou, se sentando, parecendo realmente doente e ele sabia que fazia quase um ano que ela e Kevin havia terminado.

Derek a ajudou com um lenço e um pouco de atenção.

— Penelope Garcia. – O assistente a chamou para depor, Hotch como seu advogado.

— Senhorita Penelope Grace Garcia. – O senador sabia por medo nas pessoas. – Há quanto tempo trabalha para a unidade de analise comportamental?

— Mais de sete Anos, senhor. – Penelope sentiu o estomago gelar. – Fui contratada pelo agente Aaron Hotchner como analista técnica.

— E como o agente Morgan te colocou nessa furada? – Ele viu Penelope ficar mais pálida. – Sabe que pode ser demitida por infringir a lei com isso?

Penelope sentiu seu coração bater mais rápido. A boca de repente seca, Penelope puxou a gola da camisa para baixo.

— Penelope, você quer água? – Hotch de repente começou a perceber. – Garcia?

— Ar. – Penelope falou, quase sussurrando. – Eu preciso de ar.

Mal deu dois passos, e ela acabou desmaiando, Hotch correndo para ela em choque.

— Senador, chame um médico! – Hotch gritou. – Alguém chame o resgate!!

Derek entrou, pouco se importando com regras e prendeu o folego quando viu Penelope desmaiada no chão.

— Baby Girl! – Derek se ajoelhou na altura dela. – O que ela tem?

— Eu não sei. E o senador está lá, sem pedir um médico. – Hotch olhou para o homem com raiva. – Derek...

— Eu levo ela, Hotch. – Derek colocou Penelope em seus braços e sorriu para sua menina.

Hotch passou um dos braços dela no pescoço de Derek e abriu a porta. Reid foi correndo para a amiga e Emily se sentiu mal por ter feito tudo aquilo.

Uma equipe de resgate correu para dentro e Derek se recusou a deixar Penelope sozinha.

Depois de verificada, Penelope foi colocada em observação e em uma linha IV. Todos se reuniram na sala de espera, enquanto Derek ainda estava com Penelope.

— A senhorita Garcia está com o medicamento em falta. – Ele viu os rostos duvidosos dos membros da equipe. – Nos últimos meses, ela vem recebendo antidepressivos e como ela não os tomou hoje, acho que ela teve uma reação por isso.

— Como não percebemos que Penelope vem tomando remédios? – Derek, que agora estava na sala perguntou. – Ela disse que estava vendo um psicólogo, mas não achei que fosse isso.

— Com todo o respeito, senhor Morgan. – O médico viu o olhar do agente. – Pessoas que tomam antidepressivos podem não demonstrar nada, como a senhorita Garcia. Vocês podem ver ela agora e vamos deixar ela dormir.

— Certo. – JJ olhou para a amiga. – Você sabia disso, Aaron?

— Foi na semana seguinte a morte de Emily. – Hotch falou, sincero. – Penelope veio a mim para a entrevista e eu a achei elétrica e ela me confessou que estava com medicamentos.

Emily não falou nada, mas ficou chateada por descobrir o que aconteceu com sua amiga.

— Sabe que a culpa não foi sua, não é? – JJ falou com ela. – Nada do que aconteceu com Penelope é sua culpa, Emily.

— Eu sei. – Emily viu Reid ainda sem querer falar com ela. – Eu vou até a loja de presentes.

Derek se sentou com Penelope, passando a mão em seus cachos loiros.

— Você descansa, Baby Girl. – Derek deu um beijo em sua bochecha. – Eu vou estar aqui quando acordar.

Reid entrou e se sentou na cadeira ao lado de Penelope. Ele olhou para a amiga e não a culpou por esconder que estava tomando remédios. Ele sentia vontade também, mas não o fez.

O senador encerrou o caso, dando a vitória para o BAU, depois de saber o que aconteceu.

Quando pen acordou no dia seguinte, o som constante do monitor cardíaco e a mão de Derek na sua, eram sinais claros que ela estava no hospital.

— Baby Girl. – Derek se colocou em pé assim que a sentiu se mexendo. – Está tudo bem. Você está no hospital.

— O que aconteceu? – Penelope sentiu a cabeça zumbindo um pouco. – Eu estava no tribunal... Oh meu deus. O tribunal.

— Relaxe. – Derek a forçou a se deitar de volta. – Tudo foi esclarecido com os senadores.

— Eu sei que eles te contaram sobre os remédios. – Penelope cruzou os braços. – Sobre os antidepressivos.

— Não é meu dever te questionar sobre esconder isso. – Derek pegou as mãos dela. – Mas por que sentiu que precisava esconder isso de mim especialmente?

— Eu já estava com eles antes da morte de Emily. – Penelope começou. – Foi depois de Billy Flynn e toda aquela situação com o detetive Spicer. A saída de JJ, a pressão de tentar substituir ela.

— Tudo bem, anjo. – Derek entendia completamente. – Mas da próxima vez, por favor venha até nós. Me deixe entrar.

— Eu e Kevin terminamos.  – Penelope viu Derek se surpreender. – Há um ano e eu escondi de você. Eu apenas disse a Reid e Hotch. Rossi descobriu sozinho. Ele foi preso.

Derek foi levado de volta há um dia em que a viu com um curativo na testa e ela parecia chorosa. Ele sabia que algo havia acontecido, porém, logo depois a morte de Emily veio e os deixou separado.

— Eu não queria contar para você que eu deixei ele me bater e Hotch e Reid o mandaram para a cadeia. – Penelope se sentiu com vontade de compartilhar. – Eu sei que eu disse que ele conseguiu uma promoção. Eu menti, desculpa.

— Anjo, eu entendo, realmente eu faço. – Derek a sentiu se encostando em seu peito. – Mas eu tenho te amado por anos agora.

— Derek, eu sinto a mesma coisa. – Penelope fechou os olhos quando ele a colocou longe de seu corpo. – Eu sinto muito.

— Não, Baby Girl. Eu sinto muito. – Derek sorriu sensualmente para Penelope. – Eu sinto muito para o que vou fazer agora.

Eles não perceberam Hotch e Rossi olhando pela janela e Reid, sorrindo apaixonado pela cena a sua frente. JJ e Emily se juntaram bem a tempo de ver Derek colar os lábios em Penelope e ela responder ao beijo.

Naquele momento, Penelope poderia ter morrido feliz, se ela não quisesse uma vida inteira, filhos e casamento com seu deus de chocolate.

Derek sorriu ao constatar que sua menina tinha gosto de morangos e baunilha.

Eles relutantemente se separaram, em busca de ar e Penelope riu daquele momento.

— Meu deus, bebê, você me tira o ar. – Derek brincou e a beijou de volta. – Eu nunca vou conseguiu o suficiente de você.

— Eu sempre disse que precisaríamos de um desfibrilador. – Penelope olhou para os colegas. – Quanto vocês virão?

— O suficiente para dizer que eu e Emily iremos preparar seu casamento. – JJ comentou. – Isso significa que nossa garota está de volta?

— Não sei. – Penelope sorriu o primeiro sorriso sincero. – Você está aqui conosco, Emily?

— Estou! – Emily sentiu Penelope a abraçar. – Eu fico tão alegre com isso.

— Hey, Spence. – Penelope viu a atenção de Reid se voltar a ela. – Que tal perdoar e esquecer?

— Talvez. - Reid falou.

Agora era tempo para todos curarem. Felizmente a equipe toda estava junta.


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