— Você é amigo do Gabriel Decklan? – perguntou o delegado Gomes a Luciano me torcia às mãos no colo.

— Mais ou menos... – Luciano começa a dizer, mas o delegado o interrompe.

— Como assim rapaz? Não existe esse termo – diz o delegado.

Luciano engole um pouco de saliva.

— Eu conheci ele ontem a tarde... – começou Luciano fazendo o delegado rir alto.

— Você conhece um menino rico, chama o nerd da escola e para mostra que era legal atira no pobre coitado e envolve o Gabriel no meio dessa sua brincadeira? Certo? – diz o delegado.

Luciano se assusta.

— O pobre coitado do Richard está em estado grave no hospital – diz o delegado e Luciano respira fundo.

— Não fui eu, havia um homem de preto que correu atrás da gente, não vi que ele tinha uma arma.

— O Gabriel disse a mesma coisa, mas ainda não estou convencido – diz o delegado atrás da mesa.

— Posso ligar pros meus pais? – pergunta Luciano ao delegado, que suspira e lhe empurra o telefone fixo.

Voltei pra sala após dar boa noite a Manuella e fiz um chá de camomila pra mim para me ajudar a ter sono, mas Luciano ainda não havia voltado da rua e aquele aperto no meu peito era muito para o efeito do chá.

O telefone de casa toca me assustando, o atendo rapidamente.

— Alô? Ah Luciano finalmente, onde você está? Delegacia? Como assim? Calma estou indo pra aí!