Survivor escrita por Juh Castellan


Capítulo 2
A batalha contra um inimigo indomável


Notas iniciais do capítulo

Heeey, como nem sou ansiosa, ja to postando esse capitulo
Espero que tenham gostado do anterior e gostem ainda mais desse ♥
Aproveitem ;)



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Eu sei como é horrível quando o autor para no meio do caminho e vai para outro ponto de vista da historia mesmo deixando em aberto uma parte muito tensa, não irei fazer isso, não se preocupem... Por enquanto. Mas vocês já sabem que eu sobrevivi, deixei isso bem claro no começo desta história, bom, irei continuar de onde parei.

 

Escuro e frio.

Eram as únicas coisas que eu conseguia processar naquele momento.

Por um segundo eu sequer saberia dizer onde eu estava ou o que tinha acontecido, tudo simplesmente desapareceu e deu lugar ao medo e frio, absolutos. Era como se eu estivesse no espaço, num imenso limbo, não conseguia me mexer, mas sentia meu corpo afundar nas sombras. O pânico surgiu, dominou tudo em minha mente, comecei a me debater o mais forte que podia, estava sendo sufocada.

Caímos no oceano, imediatamente meus ossos começaram a congelar. Estava chovendo muito mais forte o vento distorcia as ondas, eu não tinha reparado enquanto fugíamos, estava muito concentrada em sobreviver. Mas agora na água, eu podia sentir perfeitamente, o mar agitado, vindo violentamente de cima e de baixo, sabe naqueles filmes em que se diz “pior que está não fica” ou “não pode piorar” e então começa a chover, bem, essa foi a exata sensação que eu tive.

Ainda segurava a mão do meu mais novo parceiro, eu não sabia nadar, por sorte ele sabia(sendo membro da tripulação essa era a mínima obrigação dele). Ele deve ter percebido meu medo e me manteve por perto.

—SE S..GURe E... mIM... – consegui ouvir meio submersa. Envolvi meus braços no que encontrei dele em meio às águas, por sorte alguém ali sabia o que estava fazendo, ele me segurou e me levantou para que eu conseguisse um pouco de ar.

Infelizmente, como já mencionei apenas ele sabia nadar, tentava ajuda-lo como podia, o caminho ate o bote era incrivelmente mais longo do que parecia, o oceano conspirava contra nós, as torrentes nos empurravam em direção o navio que estava sendo engolido pela escuridão gélida, ainda tínhamos de lutar para se manter acima das ondas agressivas e irregulares, além disso, a gravidade e a densidade de nossos corpos nos puxava para o fundo. Tentava com todas as forças não me afogar, não sei se eu imaginava que morreria naquele momento ou se eu desejava morrer logo, nele. Se não fosse aquele homem, eu com certeza teria morrido ali, ele sempre tentava fazer com que eu conseguisse respirar. Depois do que pareceram horas de confronto com a água, finalmente, alcançamos o bote. Ao nos aproximarmos fomos puxados pelas pessoas que estavam lá dentro; havia três pessoas que julguei serem membros da tripulação devido a seus uniformes, haviam uma moça de cabelos escuros presos em rabo de cavalo, com cerca de vinte anos, um rapaz loiro magrelo que parecia ser um pouco mais novo e um homem bem mais velho que os outros dois, tinha uma barba rala e um bigode um pouco mais avantajado e pelo seu quepe de marinheiro eu supôs que aquele era o capitão do navio.  

Para alguém que havia acabado de naufragar um navio lotado de pré-adolescentes levados e professores desesperados, ele parecia extraordinariamente calmo e satisfeito. Segurava um cantil de bolso, acho que ate os peixes conseguiam sentir o cheiro de uísque vindo dele, do jeito que estava jogado na beirada do bote se parecia com qualquer bêbado largado em um beco. Ele olhava para mim enojado, parecia ser um erro eu estar viva, no fundo parecia ter muita pena da criatura miserável que estava encarando.

Os outros dois presentes no bote, que mais tarde descobri que se chamavam Maiara e Tomas, deram cobertores, retirados de um compartimento com suprimentos, para mim e o garoto que me salvará. Porém, estávamos encharcados. A chuva parecia diminuir um pouco, mas não era como se apenas isso fosse nos salvar.

— Assim não vai adiantar, só vamos ensopar os cobertores. – disse, tirando a camisa e estendendo ela em cima da beirada do bote- não quero soar indelicado ou aproveitador ou algo assim, mas recomendo que faça o mesmo.

Estava escuro, era praticamente impossível enxergar seus rostos e nossas chances de sobrevivência já não pareciam das melhores, e eu sabia que ele estava certo.

Enquanto ele se despia, todos, menos o capitão, que parecia estar viajando no mundo alcoólico dele e não parecia muito interessado no que estávamos fazendo, desviávamos o olhar como podíamos. Quando ele terminou puxou um cobertor e se envolveu, pegou outro, se pôs à minha frente de forma que ficasse entre eu e os outros presentes no bote, levantou-o como se fizesse um muro improvisado.

—Tá tudo bem, eu não vou olhar, mas você precisar tirar tudo, ou vai ter hipotermia e vai morrer, porque não tem como te ajudar aqui. - ele disse tentando olhar nos meus olhos, tentando me convencer, virou a cabeça e fechou os olhos, todos fizeram o mesmo, com exceção do capitão que fitava o fundo do bote com a boca no cantil.

A ideia não me agradava, mas eu estava tremendo e batendo o queixo, já quase não sentia meus dedos, não tinha muitas opções disponíveis. Me despi o mais rápido possível, quando terminei peguei um cobertor e me embrulhei imediatamente.

Havia quatro cobertores no bote, de tamanho médio, porém finos demais para àquela noite tempestuosa. Maiara sugeriu que eu e o garoto deveríamos ficar cada um com dois, pelo fato de precisarmos mais, porém, nos dois concordamos que ela e Tomas tinham que ficar com pelo menos um. Olhando bem para o capitão, ele parecia não estar neste mundo ou em qualquer outro, ele recusou a coberta que oferecemos, e diferente de nós, ele tinha um belo casaco, ligeiramente surrado, sob seus ombros, então não questionamos sua decisão, ele parecia absorto, como se estivesse refletindo sobre algo que destruía seus miolos.

Eu e meu salvador estávamos juntos, dividindo o terceiro cobertor, e nossos dois companheiros do outro lado do bote circular, dividiam o que sobrou, e entre nós haviam um bêbado sofrido, pensador.

Eu e o rapaz nos encontrávamos encolhidos virados um para o outro, ate agora não tinha reparado bem nele, e duvido muito que ele tivesse reparado em mim, era moreno, seus cabelos molhados cobriam quase toda testa e os traços de seu rosto eram ligeiramente fortes. Neste instante, nos encarávamos, ele sorriu.

— A propósito, me chamo William, é um prazer conhece-la. – disse tirando a mão de dentro do casulo de coberta e estendendo em minha direção.

Sorri, ele parecia gentil. Tentei retirar minha mão da mesma forma e apertar a dele. Mesmo sem me conhecer, ele parecia querer me acalmar e mostrar que tudo ia ficar bem.

— Er...ahn...e...eu me chamo...


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Notas finais do capítulo

Entao bbs hj fico por aq, infelizmente o terceiro cap ainda nao está pronto, o que significa que vai demorar um pouquinho pra ele dar as caras, mas juro q vou tentar trazer o mais rapido possivel.
Comentem o que acharam do cap e o que estao achando da fanfic ate agr
Bjooos e ate a proximaaa ♥ ♥ ♥



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