Contos da Noite escrita por adjr


Capítulo 4
Punições




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779168/chapter/4

Nós entramos em uma grande sala muito parecida com a que estávamos anteriormente, porém um grande sofá de seis lugares se encontrava de costas para a grande janela de vidro. Em sua frente uma mesa de centro muito grande e quatro cadeiras estofadas.

Três dos seis lugares do sofá estavam ocupados, um por um velho, outro por um rapaz moreno e outro por uma mulher negra de cabelos vermelhos como sangue. Ao lado do sofá, em pé, haviam oito homens, que julguei serem seguranças, pelo tamanho e pela forma que se portavam.

O homem que nos trouxe a sala indicou para que sentássemos e então pegou um grande livro de uma das estantes e ficou em pé ao nosso lado.

— Podemos começar logo com isso? – A mulher reclamou.

— Como quiser senhorita Miranda. – O homem com o livro falou.

Eu olhei para meus amigos e meu pai, todos estavam sérios e atentos. O homem abriu o livro e começou a falar.

— Estamos reunidos, perante aos guardiões do selo e do código. – Ele apontou para os três que estavam no sofá. – Para discutir a quebra do código, realizada há algumas noites por essas três crianças no Club Perdição.

— Essas suas formalidades me dão dor de cabeça Jhonatan. – Disse Miranda. – Os três quebraram o código, basta aplicas as punições e pronto.

— Creio que não seja tão simples Miranda. – O velho se pronunciou. – Afinal, temos um caso atípico aqui. Pelo que fui informado, temos um semi-humano entre eles.

Todos me encararam, eu apenas olhei para baixo, desviando de seus olhares.

— Exatamente senhor Creonte, é uma situação um pouco complexa. Nunca tivemos um caso assim. Normalmente os semi-humanos são impedidos de conviver com a sociedade mágica até se tornarem parte dela, mas pelo visto essa criança nem sabia direito o que era... Isso o deixou a mercê de traficantes de almas valiosas. – Jhonatan respondeu.

—O que acha disso Derek? – O velho disse, olhando para o rapaz ao seu lado, que ainda não tinha se pronunciado.

— O que? – Eu ergui a cabeça a ponto de ver o rapaz me encarando. Ele continuou por mais alguns segundos até responder Creonte. – O que eu acho? Eu não tenho que achar nada. O código existe para ser seguido, e quem o quebra deve ser punido.

Eu arregalei os olhos, senti o sangue desaparecer de meu rosto. Olhei para Dimi e Helena e ambos estavam igualmente pálidos.

—Porém. – Derek continuou falando. – É perceptível que essas crianças são mais vítimas do que infratores.

Miranda o aplicou um olhar de reprovação.

— E o que sugere que façamos?

— Deixemos que eles contem exatamente o que aconteceu. E então crianças, o que aconteceu naquela noite?

Nós nos entreolhamos novamente. Meu pai acenou com a cabeça para que falássemos. Eu tremia, mas estava disposto a falar, porém Helena foi mais rápida.

— Eu... Eu sou Helena Lusbiak.- Ela disse se levantando. -  Bruxa desde que me entendo por gente, nasci e cresci em Lehytica e, como vocês devem imaginar, nunca tive contato com o exterior da cidade.

Helena apertava as mãos e olhava para baixo, visivelmente com medo de falar. Eu estendi a mão tocado as dela. Ela me olhou por alguns segundos e então voltou a falar.

— Nunca quebrei o código e jamais faria isso, mas a situação que ocorreu na Perdição foi diferente.

— Senhorita Lusbiak, você está ciente de que levou este humano e este semi-humano a uma balada frequentada por criaturas da noite? – O rapaz do livro a questionou.

— Quieto Jhonatan, deixe a menina falar. – Creonte interviu.

— Sim... Quero dizer, eu não sabia que Bernardo era filho de um Ceifador. – Ela continuou. – É uma brincadeira divertida levar humanos a Perdição, eles se divertem e, ao mesmo tempo, ficam protegidos sob o efeito do Beijo Verde... – Helena começou a lacrimejar. – E poxa! Eles são meus amigos! Que mal poderia acontecer.

— Mas um deles morreu, não é mesmo? – Miranda retrucou-a.

— Sim, mas Helena seguiu o protocolo. Deu-lhes o Beijo Verde e assumiu a responsabilidade sobre eles. Ela não poderia saber que um deles não era humano. – Derek disse. – Como você descobriu que ele não era humano Helena?

— Lucian tentou ler a mente dele e não conseguiu, então não demorou para ver que havia algo errado. Mas já era tarde. Outros já haviam notado que ele não era completamente humano e com certeza iriam atacá-lo. Eu me desesperei e os teleportei pra praia.

Houve alguns minutos de silêncio.

— Pode se sentar Helena. – Derek juntou as mãos em frente aos lábios por alguns instantes. – Alguém mais quer acrescentar algo?

—Eu. – Meu pai se pôs em pé.

— Pois não senhor Parish, nos conte o que viu aquela noite. – Derek disse.

— Quando cheguei a praia, vi meu filho atropelado na calçada, uma bruxa tentando se levantar e um bando de vampiros. Tomei minha forma de ceifador, mas só consegui afugentá-los. Foi só quando voltei a minha forma humana que percebi que Dimitre assistia tudo.

— Mas ele não devia estar sob o efeito do Beijo Verde? – Creonte respondeu.

— Eu removi o efeito quando chegamos a praia. – Helena respondeu, sem se levantar dessa vez. – Bernardo havia sido atingido por alguém e eu precisava de ajuda, só havia o Dimitre lá.

— Atingido? – Derek disse receoso. – Atingido como?

— Nas costas. – Eu respondi. – Algo rasgou minhas costas.

O rapaz se recostou na cadeira e suspirou.

— Provavelmente foram os vampiros que o atropelaram na praia. Estou quase certo que o seguiram pelo cheiro do sangue que deixou. – Derek fez uma pausa. – Quais seriam as punições Jhonatan?

— Bem, vejamos... – O rapaz foleou o livro. – Temos uma exposição de alma valiosa sem proteção, uso de magia entre mortais, morte de um semi-humano, testemunho de assuntos noturnos por um humano e abandono de ser incapaz. – Ele disse lendo. – Provavelmente a bruxa seria queimada viva, o humano executado, os dois ceifadores aprisionados em pedras de almas e o lobisomem designado a outro tutor. Ah, e seria convocada uma caçada aos vampiros que atropelaram o semi-humano ceifador.

— Lobisomem? – Eu olhei para meus amigos sem entender.

— Caio... – Helena disse, as lagrimas escorrendo por seu rosto. – Não, vocês não podem transferir ele... Ele é muito novo!

— Calma Helena, essas seriam as sentenças em casos normais. – Derek tentou acalma-la. – Mas a situação é diferente. Precisamos de alguns minutos para debater, então peço que os quatro aguardem do lado de fora da sala.

Jhonatan foi até a porta e a abriu para que saíssemos.

— Os quatro? – Meu pai disse surpreso.

— Sim, senhor Parish. O senhor está tão envolvido nisso quanto essas três crianças.

— Mas isso... - Meu pai tentou argumentar, mas Derek apenas ergueu a mão, fazendo-o parar de falar.

Saímos da sala e ficamos aguardando do lado de fora. Helena chorava, meu pai andava de um lado para o outro.

Dimitre estava inexpressivo, com o olhar perdido.

—Dimi? – Eu falar baixo. – Como você está com tudo isso?

— Eu... Eu não sei. – Ele disse sem olhar pra mim. – É muito estranho tudo isso. Eu posso morrer daqui a pouco e, por mais que eu tenha ouvido sobre inúmeras criaturas e seres, eu não consigo parar de pensar um só segundo nos meus pais.

Ele virou lentamente o rosto em minha direção. Eu o abracei e depois de algum tempo ele retribuiu o abraço. Foi então que senti suas lágrimas molharem minha camiseta.

— Eu nem me despedi deles sabe. – Ele disse com a voz entrecortada por soluços. – Eu apenas fugi de casa para ir naquela maldita balada e não voltei mais. Eles devem estar desesperados atrás de mim... E se me matarem Ber? Eles nem vão saber o que e houve comigo. Eu não sei Ber... Não sei o que fazer...

Eu o abracei mais apertado ainda e ficamos ali, em silêncio.

Devia ser difícil para Dimi, saber que a sua família nem teria notícias sobre o que aconteceu com o filho. Minha mãe pelo menos, segundo meu pai, havia me sepultado, mas a dele nem imaginava o que havia acontecido com ele.

Pareceu que ficamos uma eternidade fora da sala. Então quando a porta abriu, todos lá dentro estavam em pé nos aguardando.

— Entrem, já temos um veredito. – A voz grave de Derek nos chamou.

***

— Cara, que barra! – O suicida olhou para Bernardo. – Vocês sendo punidos por algo que não foi culpa de vocês.

— Pois é... As regras da cidade são bem rígidas com os seres da noite.

— Eu nem saberia como agir. – O rapaz falou. – Então aqueles três eram os chefões, isso?

— Mais ou menos... - Bernardo o encarou. – Eles são o que chamamos de “Guardiões do Selo”. Eram seis, porém só existem três deles vivos atualmente. Eles que julgam esse tipo de situação.

— Selo? Que selo é esse?

— O Sele é como chamamos a magia que impede que qualquer ser não humano de sair de Lehytica. A lenda diz que ele foi criado pelos seis Guardiões juntos a um ser divino e serve para proteger a humanidade. – Bernardo pegou o whisky e deu um gole. – Pra mim, funciona mais como uma prisão.

O rapaz suicida, já meio embriagado, demorou alguns segundos para absorver as informações.

— Quer dizer que nem você, nem seus amigos podem sair da cidade? – Ele engoliu em seco. – Você tem que ficar em Lehytica pra sempre?

—Uhum. – Bernardo disse, tomando mais um gole. – E só piora.

***

Nós voltamos a sala, todos estavam extremamente sérios. Ficamos em pé, logo atrás das cadeiras. Helena e Dimi estavam aos soluços, meu pai suava.

— Discutimos muito respeito e chegamos a um veredito plausível para a situação. - Derek disse. – Por favor, Jhonatan.

— Claro senhor. – O rapaz disse pegando uma pequena prancheta. – Ao semi-humano Bernardo Parish, será retirado de seu convívio mortal, visto que já foi dado como morto, e será treinado para se tornar um ceifador pleno.

Eu olhei para meu pai, mas ele estava fixo em Jhonatan.

— Ao humano Dimitre Sebastian Rodrigues, foi vetada a execução e foi vetado apagar sua memória, pois ficou claro que isso abalaria o desempenho de Bernardo, então ele seguirá sua vida comum sem poder revelar aos humanos o que presenciou nas ultimas noites. – O rapaz fez uma pequena pausa. – A bruxa Helena Lusbiak foi vetado ser queimada viva em fogueira, visto que ela agiu da melhor forma possível para proteger a alma do semi-humano.

— E quanto a mim? – Meu pai estava nervoso.

— A você, senhor Arthur Parish, deverá aguardar o dia da cerimonia que tornará seu filho ceifeiro e então executá-la.

Eu e meus amigos nos abraçamos e começamos a chorar. Havíamos sido absolvidos e estávamos livres.

— Eu... Eu me recuso a aceitar isso! – Meu pai bradou. – Vocês querem dizer que eu, que salvei meu filho de ter a alma levada por traficantes terei que participar da cerimonia que o tornará ceifador normalmente? Vocês são uns hipócritas! Como podem fazer isso comigo? Um dos melhores ceifadores que existe!

— Pai, fique calmo, nos vamos ficar bem. – Eu disse, tentando acalmá-lo. – O pior já passou.

— Você não está entendendo Bernardo. – Ele disse. – Essas palavras, esses joguinhos, são tudo teatrinho. É o que eles escreveram no maldito livro para se passarem por bonzinhos! – Então ele olhou para os três guardiões. – Vamos, digam quais serão nossas reais punições!

Nós três encaramos os outros três. Como assim não havia acabado?

Miranda tomou a frente dos outros.

— Você conhece bem nossas tradições não é Arthur? E como é por tradição, não podemos deixa-lo ilesos, senão tudo isso viraria uma grande anarquia. – Ela disse debochada. – Então você será preso em uma pedra da alma até o dia da cerimônia de seu filho.

Ela sorria maliciosamente. Nesse momento os seguranças se colocaram atrás de nós e nos seguraram. Eu olhei assustado para meu pai, ele se debatia.

— Não, isso não é justo! Vocês não podem me manter preso até a cerimônia. – Ele olhou para mim. – Filho, procure o Lucian, ele lhe contará... – Sua frase foi cortada por um som agudo e longo, onde meu pai estava restou apenas um cristal roxo.

— O que vocês fizeram? Por que o prenderam? – Eu disse aos prantos.

— Cale a boca, ainda não terminei. – Miranda disse, e aos poucos minha voz foi desaparecendo. – Para você, bruxinha inconsequente, como gosta de se divertir com os humanos, te proporcionaremos a experiência completa. Terá seu grimório e sua casa queimados, assim como todo e qualquer outro tipo de item mágico que possuir. Será expulsa de seu clã e se voltar a quebrar o código, não hesitaremos em queima-la viva,

Helena chorava mais a cada palavra de Miranda.

— Mas... E meu irmão?

— Ah, que bom que lembrou! Porque na hora de ir pra balada não lembrou né? Pois bem, Derek vai leva-lo para o canil junto com os outros vira-latas.

O rapaz cerrou os olhos para Miranda.

— Ele estará mais seguro entre nós, seus iguais, Helena.

— Mas ele é só uma criança, não vai saber o que fazer sem mim. – Ela soluçava.

Miranda riu.

— Até onde me consta ele já se vira bem sem você. – Então olhou para Dimi. – E você, meu caro fofoqueirinho, precisamos garantir que não vai falar nada pra ninguém.

— Mas eu não vou, eu juro. – Dimi começou a entrar em pânico, mas os homens o seguraram firmemente.

— O que vão fazer com ele? Ele não tem culpa! – Helena gritava, mas teve sua boca tampada por um segurança que a segurava.

— Igor, por favor. – Miranda disse, deslizando uma ferramenta sobre a mesa de centro, algo parecido com um imenso alicate.

Um dos rapazes pegou a ferramenta e se aproximou de Dimi, enquanto os outros dois o seguravam.

— Não! Não! – Dimi gritava, então seve sua cabeça imobilizada. Com a ferramenta, o rapaz segurou sua língua e, com um puxão, a arrancou de sua boca de uma só vez.

Eu quis gritar, mas minha voz ainda não saia. Helena também tentava, mas seu grito era abafado pela mão do segurança.

Dimi desmaiou com o choque. Sua boca vertia sangue.

Igor, o rapaz que arrancou a língua de Dimi, a colocou em um vidro e, pegando a pedra na qual meu pai estava preso, foi até Miranda e entrou-a os objetos.

— Perfeito. E quanto a você meu caro ceifadorzinho, creio que não há muito mais o que precisamos fazer, afinal, você já acabou com a vida de todos a sua volta e ainda por cima já está morto. – Miranda riu cinicamente. – Acho que acabamos por hoje, estou correta?

— Na verdade não, senhorita Miranda, ainda temos o assunto dos vampiros. – Disse Creonte, o velho, que segurava um lenço no nariz, enojado com a cena de Dimitre.

— Sim, temos que organizar uma caçada. – Confirmou Derek.

— Creio que não será necessário. – Uma voz grave disse, abrindo a porta da sala onde estávamos. – Aí estão seus vampiros.

Então três cabeças foram arremessadas sobre a mesa de centro pelo rapaz que acabara de entrar.

— Mas... O que é isso? Como explica essa intromissão senhor Kurt? – Creonte disse, se afastando da mesa.

— Ué, não queriam os vampiros que atacaram o menino? Aí estão eles. – O rapaz disse, passando por nós sem nem nos olhar.

— E como sabemos que são os vampiros certos Lionel? – Derek o encarou.

— Eu sei que são. Sei quando um de meus vampiros sai da linha e me encarrego eu mesmo de executá-lo. – Ele disse puxando uma das cadeiras estofadas e sentando. – Nossa, que bela bagunça vocês fizeram aqui! Não vejo tanto sangue humano desde o Halloween. – Ele disse rindo.

— Senhor Lionel Kurt, nós temos protocolos. Mesmo o senhor sendo descendente direto do Guardião Valerius Kurt, não pode quebra-los dessa forma. – Jhonatan disse receoso.

— Ah, por favor! Nem Valerius acreditava nesses protocolos! Eu fiz um favor a vocês... Agora, se estão se achando inúteis, podem jogar essas cabeças no sol para virarem cinzas. Aí vão ter feito alguma coisa.

— Que petulância! – Miranda o encarou. – Como você ousa falar conosco assim?

Lionel riu.

— Ah Mirandinha, fica tranquila. – Disse levantando-se. – Só estou brincando. Vê se o Derek não tá achando graça.

Nesse momento Miranda olhou furiosa para Derek, que abaixou a cabeça com a mão na boca.

— Mas enfim. – Lionel prosseguiu. – Vou saindo, tenho que aproveitar o resto da noite. Até mais crianças. – Disse acenando para nós e saiu.

— Eu vou matar esse vampirinho metido a besta! – Miranda gritava. – Ele não sabe com quem está se metendo!

— Miranda, se acalme. – Derek a interrompeu. – Estamos terminando audiência.

— Que merda de audiência o que! Pra mim já chega! Tirem esses três daqui! – Ela disse, fazendo sinal para os homens que nos seguravam.

— Mas Miranda. – Creonte tentou intervir, mas já estávamos sendo atirados para fora da sala e não ouvimos mais o que diziam.

Eu cai de joelhos no corredor. Olhei para o lado e vi meu amigo desmaiado em uma poça de sangue.

— Dimi! – Minha voz havia voltado. – Helena, venha me ajudar.

Eu coloquei Dimi sobre meu colo e tentei estancar o sangue. Helena, mesmo chorando muito, foi me ajudar.

— Não se preocupem, logo para. – A voz vinha do rapaz encostado na parede ao nosso lado. – A língua foi tirada com um instrumento mágico, então a boca dele logo vai estar boa. – Lionel se aproximou. – Venham, deixem eu ajudar vocês a carrega-lo.

— Não precisamos de sua ajuda. – Eu disse, áspero. – Nem sua e nem de nenhuma criatura de sua laia.

—Devagar ai menininho. Eu sou tão contra esse tipo de punição quanto você. São tradições arcaicas que ainda são seguidas devido a mentes fechadas que acreditam que é a melhor forma de manter a ordem na cidade.

Eu abaixei a cabeça, não tinha forças para questioná-lo.

Lionel então, com movimentos rápidos, pegou Dimitre nos braços.

— Agora venham, vocês devem estar precisando descansar depois de tudo isso.

Eu olhei para Helena e ela apenas assentiu com a cabeça. Levantamos e o seguimos até o elevador.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contos da Noite" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.