Scape escrita por blindrepata


Capítulo 8
Room


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui estamos com mais um capítulo dessa fic. Hoje é aniversário da Tati uma leitora muito especial e que gosta muito desse fic, então, parabéns Tati e espero que curta! ; )



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779078/chapter/8

Eles resolveram se hospedar em um hotel de médio porte essa noite e relaxar um pouco, pois os últimos dias foram de incertezas. No dia seguinte atravessariam a fronteira dos EUA. Fazia mais de dois meses que estavam fugindo e chegara a hora de voltar. Eles haviam conseguido evidências que os ajudariam a provar sua inocência e também conseguiram alguns aliados que os apoiariam quando colocassem os pés em NY. Mas era apreensão total que todos estavam sentindo, pois se separariam e só se encontrariam quando chegassem aos EUA.

Tasha terminou o banho e se jogou na cama se afundando em meio aos travesseiros e edredons, como era boa essa sensação em seu corpo cansado, ela usava uma camiseta larga e leve e uma calça de moletom, a temperatura dentro do quarto era agradável. A latina zapeava pelos canais da TV com preguiça quando uma batida na porta a fez se assustar. Pegou sua arma e se aproximou da porta permanecendo em silêncio na tentativa de ouvir algum barulho e descobrir quem estava lá fora.

— Sou eu, Tasha. – Uma voz sussurrou do outro lado da porta.

— Graças a Deus! – Ela suspirou aliviada ao ver quem a esperava sorridente do outro lado da porta.

— Tá fazendo o quê? Trouxe cerveja. – Ele disse mostrando quatro garrafinhas em sua mão. – Pra que essa arma?

— Sei lá. Poderia ser qualquer pessoa. Entra. – Ela guardou a arma e eles se sentaram na cama.

— Amanhã tudo muda. – Ela se arriscou colocar pra fora seus pensamentos após alguns goles de cerveja.

— Eu sei. Será difícil porque entraremos separados. Mas é arriscado demais irmos todos juntos.

— É. – O olhar de Tasha demonstrava sua preocupação. – Vamos todos nos separar e será cada um por si.

— Sim. Estamos todos juntos esse tempo todo. Eu também me sinto um tanto estranho por termos que nos separar, mas nos encontramos do outro lado. – Ele dirigiu a ela um sorriso confortável.

Tasha esvaziou a garrafa de cerveja com mais alguns goles e ficou olhando pra baixo. Ela não estava convencida de que tudo ficaria bem. Ao menos ele estava ali, com ela, Reade deve ter percebido como ela estava nervosa durante o jantar e veio lhe fazer companhia.

— Você quer ficar sozinha?

— Não. Fica aqui. – Ela colocou a mão sobre o braço dele. – Vamos procurar um filme pra assistir.

Eles tiraram os sapatos e se aninharam na cama procurando um filme na TV. Encontraram uma comédia romântica e logo já estavam rindo.

— O que foi? – Ela viu que ele não parava de olhar pra ela, e a profundidade do olhar dele a deixava sem graça.

— Você está sorrindo. Pelo menos isso eu consegui. – Reade disse carinhosamente.

Tasha sentiu seu rosto ficar vermelho e abaixou a cabeça. Ele tinha o poder de desconcerta-la de uma maneira única.

— Olha pra mim. – Reade segurou o queixo dela a fazendo levantar o rosto. – Você fica linda quando sorri. – A voz dele saiu baixa e rouca.

— Reade... – O toque do rapaz em seu queixo a fez estremecer um pouco, o olhar profundo que ele lhe dirigiu não parecia enganá-la, ela tinha certeza de ver algo mais que simples amizade ali. – O que nós somos? – Ela arriscou em um fio de voz o deixando desconcertado.

— Por que você pergunta isso? – Reade retirou a mão que estava no queixo dela e se endireitou na cama. – Amigos, sei lá!

— Não, Reade – Tasha balançava a cabeça em negativa, ela não acreditava que poderiam ser só amigos, não depois de tudo. – Nós já fizemos algumas coisas que amigos não fazem. – A voz dela saiu doce e pausada.

— O que nós já fizemos, Tasha? – Reade a provocou com um sorriso se formando nos lábios.

— Eu não preciso falar. – A morena cruzou os braços na frente do peito e franziu o cenho.
— Começou agora fala. – Ele a provocava de uma forma tão gostosa a deixando ainda mais encabulada. – Fala, da primeira vez que te beijei e você disse que éramos só amigos, depois me confessou que tinha sentimentos por mim, da noite que passamos juntos e você foi embora... – Reade engoliu em seco e sentiu um nó se formar em sua garganta. – Eu senti sua falta a cada dia que você esteve fora. – Tasha relaxou os braços ao longo do corpo e Reade tomou sua mão.

— Eu... eu, me desculpe não ter te falado onde estava. Eu também senti muito a sua falta... – Tasha também sentiu um nó se formar em sua garganta e seus olhos começaram a arder. Ela se segurou, pois não queria chorar agora. Estar com Reade a seu lado era como um remédio pra ela, perto dele ela se sentia segura, podia ser ela mesma e acabava demonstrando seus sentimentos mais que devia.

— Ei, olha nos meus olhos, isso tudo já passou. – Reade passou o indicador pela bochecha de Tasha lhe provocando um arrepio na nuca. Mergulhar na profundidade dos olhos dela o fazia tão bem, e tocar a pele dela e senti-la estremecer a seu toque, era maravilhoso. – Também teve o beijo semana passada na boate, mas aquilo não conta porque estávamos infiltrados.

— Quer dizer que foi tão natural como se você tivesse beijado Patterson ou Jane e eu Weller ou Rich? – Tasha se recompôs e o provocou.

— Não! Claro que não! – A voz dele saiu um pouco mais alta que o previsto. – Eu não beijaria se fosse uma delas. – Dessa vez a voz saiu bem doce.

Tasha olhou pra ele e sentiu seu olhar penetrante e não soube como reagir. Então se lembrou que se separariam pela manhã e voltou a ficar tensa. A vontade que ela tinha era de não se separar dele, nunca, mas sabia do risco que corriam e também que poderiam ser pegos e presos ou até mesmo mortos e nunca mais se encontrariam.

Reade estava cansado. Fazia mais de dois meses que estavam fora dos EUA. Ele queria voltar pra casa em segurança e queria passar essa segurança pra ela. Ele também estava sentindo o medo que ela sentia, pois era tudo tão incerto. Eles não sabiam se conseguiriam entrar nos EUA e nem o que encontrariam quando chegassem lá.

Quando Reade levantou o rosto dela e olhou em seus olhos novamente ele sentiu um carinho tão grande vindo do olhar dela que desviou os olhos para os lábios dela e novamente para seus olhos e percebeu um leve sorriso se formar nos lábios dela. Era o sinal que ele precisava. Ele a beijou e foi mágico, todo carinho e doçura que precisava encontrou nos lábios dela. Foi um beijo terno e demorado, não urgente e desesperado como o que trocaram na boate. Reade deslizou sua mão direita na nuca de Tasha e ela enlaçou os braços no pescoço dele.

O beijo foi interrompido e o olhar que dirigiram um ao outro dessa vez estava carregado de amor, os olhos brilhavam como quem queria mais, mais proximidade, mais contato, mais segurança. O próximo beijo foi mais intenso e urgente e o que se seguiu foi apenas consequência do sentimento que vinham guardando há muito tempo. Mesmo com tanto desejo reprimido ambos queriam ir devagar para aproveitar cada minuto juntos, explorando e redescobrindo o corpo um do outro, intensificando cada contato até que se uniram no desejo de se satisfazerem, mas garantindo o prazer um do outro. Saciados e exaustos ambos adormeceram nos braços um do outro.

Tasha acordou com um sobressalto no meio da madrugada, se levantou pra ir ao banheiro e acabou acordando Reade que percebeu sua tensão.

— O que houve? – O rapaz questionou enquanto Tasha vestia a camiseta dele.

— Não foi nada. Só fui ao banheiro. – Ela se deitou novamente ao lado dele e fechou os olhos na tentativa de espantar a insegurança que sentia.

— Vai dar tudo certo.

Reade a abraçou depositando beijos em sua testa e fronte, acariciando os cabelos dela enquanto dizia palavras doces até senti-la adormecer novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanharem! Espero que tenham gostado e podem deixar suas opiniões que serão bem vindas!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scape" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.