Capitulo 2. 

- VAI O QUE? – todos nós falamos surpresos encarando David, inclusive a tal bandinha Von Vier sei lá o que. David nos encarou com um sorriso amarelo. 

 P.O.V. Tom

Ok. Agora o Jost pirou de vez. Será que ele bateu a cabeça quando acordou? Porque nunca na vida que o Tokio Hotel vai ter uma banda junto em turnê. Tá talvez até por nos três tudo bem. Eu não curti muito a idéia não, afinal, já fico quase 24 horas por dia com um monte de macho e mais dois vai ser o caos, mas em compensação vão ter duas mulheres. Mas NUNCA que o Bill vai aceitar isso, ainda mais porque o Jost decidiu por nós, não perguntou, apenas comunicou.

- Jost, poderíamos conversar a sós, você e a banda? – Bill perguntou entre dentes. Jost apenas assentiu minimamente com a cabeça. Saímos da sala deixando a banda lá. Não deu nem tempo de chegarmos em outra sala, o Bill já foi soltando os cachorros.

- O que foi isso Jost, pensei que a gente tinha alguma voz nas decisões, sempre foi assim, porque justo agora você resolveu decidir por nós? Eu não quero saber de banda nenhuma, o Tokio Hotel nunca precisou de apoio moral de banda nenhuma e não vai ser agora que isso vai mudar! – o Bill estava quase tendo um ataque, não sei se ele percebeu, mas já estava gritando, me segurei pra não rir ou pra bater no Jost. Eu posso não levar muitas coisas a sério, mas se tem uma que eu levo, é a banda.

- Eu não quis menosprezar a decisão de vocês, mas eu tinha que tomar uma decisão, e não me arrependo dela, vocês deviam ao menos ouvi-los tocar antes de tomar decisões definitivas. – o Jost estava tentando arrojar com o Bill. Há, como se eu não conhecesse meu irmão o suficiente pra saber que nem o Jost o dobraria.

- Não estou discutindo com você o fato deles serem bons ou não, nem nada do tipo. Você sabe que a banda é independente e sempre foi não precisamos de trampolim para chegar onde estamos e nem vamos ser o trampolim de ninguém. – Bill já estava suando de nervoso – Tom fala alguma coisa.

- É isso aí, Jost. – eu lá sabia o que o Bill queria que eu falasse.

- Grande ajuda Tom! – o Georg zombou de mim. Como se ele tivesse falado alguma coisa melhor pra ajudar. – O Bill tá certo, outra banda junto por toda a turnê pode ser muito complicado, são mais quatro pessoas que nós nem conhecemos. – tá, talvez agora ele tenha ajudado.

- Crianças, eu sei que vocês vão se dar bem. Eles são ótimas pessoas. – ele ainda estava tentando, mas agora eu sei o que falar. Vou ajudar o Bill com essa furada do Jost. Limpei a garganta e comecei:

- Boas pessoas? Você deu boa olhada praqueles quatro lá? Se você não reparou tem um cara lá com uma cara de lesado, aposto que ele tem algum tipo de problema mental, não sei o que ele pensa que sabe fazer, mas definitivamente ele não deve saber fazer. E o outro cara? Tem idade pra ser meu pai. Qual é alguém tem que falar pra ele que se misturar com gente jovem não vai o fazer ser jovem. Ele deve ta nessa de banda só pra pegar umas garotinhas. Deve ser um pedófilo e toca o que? Violino? Ou outro instrumento clássico da idade dele? – respirei fundo e continuei – E aquelas garotas? A loirinha é uma criança revoltada.

- Ela é a vocalista! – Jost disse como se isso ajudasse.

- Ai meu Deus. Uma criança cantando, no lugar de ajudar vai fazer o público fugir do nosso show, vai achar que entrou em uma creche por engano, e ainda por cima ela nem tem estilo. Qual é Jost. E o pior de tudo, porque você deve ter ficado cego pra não ver a patricinha que esta sentada lá. Ela deve ser uma dessas filinhas de mamãe que o máximo que sabe fazer é compras, porque definitivamente pensar não deve ser com ela. E o que ela faz na banda? Toca pandeiro? Ela não deve ter nenhum senso de música, já que o único som que ela deve ouvir é os dos saltos dela. – Pronto, agora quero ver alguém falar que eu não ajudei.

 Não sei quando e nem como estava no chão. Quando dei por mim meu lábio inferior estava latejando e senti gosto de sangue, tentei entender o que tinha acontecido, nossa acho que o cara de meia idade da bandinha lá se irritou, e muito porque bateu com uma puta força, mas enquanto o Gustav me ajudava a levantar levei um choque, no ego para ser mais exato. Quem tinha me dado um belo soco foi a tal patricinha. Caraca, o que deram pra essa garota comer pra ela ter uma força dessas?

P.O.V. Lanna

- Jost, poderíamos conversar a sós, você e a banda? – Bill perguntou e o tal Jost apenas assentiu. Eles saíram da sala e nos deixaram lá como se nem existíssemos.

Ok, agora fiquei com medo de olhar pro resto do pessoal. Acho que eu fiz uma merda. Own.

- Tokio Hotel. Tokio Hotel Lanna! Como você não ouviu o nome da banda mais conhecida desse país? Como? Agora a gente aqui achando que era uma bandinha qualquer e é o Tokio Hotel! – todos me olhavam questionando, a Meg já estava espumando, ainda bem que deixamos os nossos dias de pular uma em cima da outra pra trás. Eu ia respondê-la, mas não tive nem tempo, do lado de fora já tinham soltado o verbo, então ficamos escutando.

- O que foi isso Jost, pensei que a gente tinha alguma voz nas decisões, sempre foi assim, porque justo agora você resolveu decidir por nós? Eu não quero saber de banda nenhuma, o Tokio Hotel nunca precisou de apoio moral de banda nenhuma e não vai ser agora que isso vai mudar! – era a voz do Bill que a gente ouvia. Nossa ele estava bem nervoso mesmo.

- Eu não quis menosprezar a decisão de vocês, mas eu tinha que tomar uma decisão, e não me arrependo dela, vocês deviam ao menos ouvi-los tocar antes de tomar decisões definitivas. – pelo menos o carinha lá estava tentando nos ajudar.

- Não estou discutindo com você o fato deles serem bons ou não, nem nada do tipo. Você sabe que a banda é independente e sempre foi, não precisamos de trampolim para chegar onde estamos e nem vamos ser o trampolim de ninguém. – Nossa agora ele pisou – Tom fala alguma coisa.

- É isso aí, Jost. – Nossa, que idiota. Nos todos nem respirávamos, só pra o barulho do ar entrando e saindo de nossos pulmões não atrapalhasse a gente a ouvir.

- Grande ajuda Tom! – o Georg zombou do idiota. – O Bill tá certo, outra banda junto por toda a turnê pode ser muito complicado, são mais quatro pessoas que nós nem conhecemos. – Ok, agora eu até posso tentar entender.

- Crianças, eu sei que vocês vão se dar bem. Eles são ótimas pessoas. – o carinha continuou tentando.

- Boas pessoas? Você deu boa olhada praqueles quatro lá? Se você não reparou tem um cara lá com uma cara de lesado, aposto que ele tem algum tipo de problema mental, não sei o que ele pensa que sabe fazer, mas definitivamente ele não deve saber fazer. – Olhei pro Ed, ele tinha se levantado e estava com a cara retorcida de raiva, e o Ian estava segurando o seu braço pra fazê-lo se sentar novamente. - E o outro cara? Tem idade pra ser meu pai. Qual é, alguém tem que falar pra ele que se misturar com gente jovem não vai o fazer ser jovem. Ele deve ta nessa de banda só pra pegar umas garotinhas. Deve ser um pedófilo e toca o que? Violino? Ou outro instrumento clássico da idade dele? – Meu Deus, hoje esse idiota apanha, e pela cara do Ian não vai ser pouco, pois o Ian acabou de puxar o Ed pra perto da porta. – E aquelas garotas? A loirinha é uma criança revoltada. – Como assim? Quem? Eu? Criança revolta? Revoltada é a mãe!

- Ela é a vocalista! – Jost disse.

- Ai meu Deus. Uma criança cantando, no lugar de ajudar vai fazer o publico fugir do nosso show, vai achar que entrou em uma creche por engano, e ainda por cima ela nem tem estilo. Qual é Jost. - Agora quem se levantou fui eu, eu vou matar esse idiota! Quem ele pensa que é pra falar que eu NÃO tenho estilo? Tava na porta, do lado dos garotos quando ele começou a falar da Meg. - E o pior de tudo, porque você deve ter ficado cego pra não ver a patricinha que esta sentada lá. Ela deve ser uma dessas filinhas de mamãe que o máximo que sabe fazer é compras, porque definitivamente pensar não deve ser com ela. E o que ela faz na banda? Toca pandeiro? Ela não deve ter nenhum senso de musica, já que o único som que ela deve ouvir é os dos saltos dela. – Quando nos demos conta a Meg já tinha saído da sala e andava de um jeito que nos já conhecíamos, super decidida e raivosa, em direção do imbecil. Já tínhamos uma idéia do que ela iria fazer e não deu outra, Meg deu um mega soco nele - eu é que não impedi e muito menos os meninos.

- Isso é pra você aprender a não me julgar sem me conhecer seu imbecil! – ela disse quase gritando na cara dele, que ainda estava se levantando com a ajuda do Gustav. – Patricinha são as garotas que você come, não sou igual elas não. Eu penso sim e ajo, se você ainda tiver alguma dúvida pode deixar que eu tiro com outro soco. E tem outra eu não fico só fazendo compras não, porque... porque... Eu não tenho dinheiro – para tudo: não? Como? E aquela mansão é o que? De brinquedo? O que ela ta falando gente! Olhei pros meninos e eles tinham os olhos arregalados e a boca aberta, acho que eu estava igualzinho – Eu sou pobre sacou? Eu luto pra ter o que eu quero. Minhas roupas de grife são de segunda mão e outras são imitações. Só porque eu mudo de estilo de vez em quando você acha que pode ir falando como eu sou e ainda me menosprezar? Ou a Lanna, o Ed ou o Ian? Você NÃO nos conhece. – ela se virou na direção do elevador, mas antes que ele chegasse pra ela entrar, ela se virou e disse - E pra sua informação nessa banda eu sou a baterista.

- Tá ligado no que ela disse seu idiota? Repete isso na minha frente de novo e eu ajudo ela a tirar mais sangue de você, ela pode bater beem mais forte, já ta avisado! – arrasei, ele me olhou com cara de quem tinha visualizado o capeta. Kkkkkk

- Espere, não liga pro que ele disse! Não é bem a verdade. – o Bill tentou chamar a Meg, que só se virou e cerrou os olhos ao olhar cheia de raiva, ai ela se virou de novo e continuou de costas pra gente até que o elevador chegou.

Quando as portas do elevador se abriram, Larissa olhou pra situação em que estávamos e já entendeu de cara que tínhamos nos metido em encrenca. Ela agarrou o braço da Meg e a arrastou novamente até nós.

- Nem pensar mocinha, vamos todos conversar civilizadamente. – eu segurei uma gargalhada e Meg a olhou sugestivamente, porque se tem alguém barraqueiro nessa banda, com certeza é a Larissa. Civilizadamente, hahahaha. – Desculpe pelo atraso David, o trânsito está um inferno.

- Tivemos um pequeno desentendimento. – ele disse pra Lari que encarou a boca sangrando do Tom.

- Percebi! Dou-lhe minha palavra de que a Meg não vai mais quebrar seus meninos desde que ele não faça de novo o que fez, seja lá o que for. – ela olhou pra Meg séria.

- Se eu fosse você não prometia mais do que pode cumprir. – Ian disse pra Lari com um sorriso cínico.

- Decidimos isso depois. – ela olhou pro Jost – Já leram o contrato?

Olhei pra o Jost que estava mais banco que a parede, depois olhei pros meninos do Tokio Hotel que estavam todos muito sérios, Bill tinha uma carranca homicida e o Tom ainda praguejava baixinho pelo lábio ferido.

- Que contrato Jost? Você assinou um contrato sem nos consultar? – Bill falou meio que... engasgado.

- Calma meninos, ainda esta aberto a discussões. – ele respondeu rapidamente.

- Não! Não está mesmo! David Jost pode parar de tentar minimizar sua responsabilidade. O contrato já foi assinado sim e essa reunião é só para discutirmos algumas cláusulas. – ela olhou para a cara de choque de todos, tipo todos mesmo, e continuou – Mas eu gostaria de continuar essa conversa em uma sala, se não se importarem!

Voltamos para a sala do inicio. Agora a Lari estava em uma das pontas e o Jost de outra. Eu, a Meg do meu lado, do lado dela o Ed e do lado dele o Ian. De frente pra mim tava o Bill, do lado dele, de frente pra Meg o Tom e depois o Gustav e lá na ponta de frente pro Ian o Georg. Fomos apresentados e ficamos todos com cara de bunda.

- Não sei por que a gente esta aqui se vocês já decidiram tudo! – a Meg soltou bem calma, nem parecia a mesma de 10 minutos atrás. Coisas da Meg.

- E que, sem esquecer, sem o nosso consentimento! – Bill disse com a cara amarrada.

- Bem, garotos é uma história meio complicada...

- Complicado, complicado não é! É tudo muito simples, é que nosso amigo David Jost deve um pequeno favor ao meu chefe Luidi, dono da maior empresa caça-talentos da Alemanha, ai eu cobrei. Ponto.

- E a nossa vontade? Fica onde? – Tom perguntou.

- Vontade? A sua vontade, eu não sei onde fica não, mas a minha fica bem resolvida nesse contrato, que por acaso o Jost já assinou. – Lari foi beeem direta. Tom fez uma cara de incrédulo.

- Jost você não pode fazer isso com a gente. Nós não vamos aceitar! – Bill falou decidido.

- Epa! É quebra de contrato. Você por acaso já viu o valor da multa? – Lari o encarou com um sorriso. – Só por curiosidade é claro!

- Não! Porque se você não percebeu, nós nem vimos esse contrato! – acho que o Tom está meio indignado, hehehe.

- Não seja por isso! – ela jogou uma cópia enorme do negócio pra eles lerem.

- E a nossa cópia? – o Ed perguntou.

- Ah, vocês não precisam não. Se eu decidir está bom! – Lari disse como se fosse nossa dona. – E não tem nada de tão absurdo.

- Não? E essa cláusula em que diz que temos que dividir o mesmo ônibus? – Tom disse com cara de morte.

- Ah, isso é apenas um detalhe querido! – nossa ela é muito cínica mesmo. Até chamou ele de querido.

- E essa de que não podemos nos separar mais de 200 metros enquanto estivermos fora dos palcos? Pelo menos um membro de cada banda junto? Isso é ABSURDO! – o Bill agora sim estava meio que... puto?

- Ah... Essa é pros meus bebes não se perderem. E pra ninguém se meter em confusão. – a tah... Ou ela ta fingindo que não conhece a gente ou ela acha mesmo que a gente vai se perder.

- Sem chance! – Meg deu razão pros meninos – Não tem a menor chance disso ser cumprido Larissa.

- A Meg está certa. – o Bill disse ainda sério.

- Nós somos muito diferentes, não vai dar certo! Não vamos sobreviver a um ano juntos. O Tom não durou 5 minutos. – Own o Gustav fala!

- Bem é por isso que como foi eu quem escreveu o contrato já pensei em tudoooo. Olhe a clausula 25.3 parte b. pode ler Bill. – ela esta sorrindo. Medo!

- Em caso de incompatibilidade de gênios das partes envolvidas, pode ser incluso no contrato um período de experimento de dois meses (pré-contrato) sem o completo envolvimento das partes. Caso seja provada a incompatibilidade por algum acidente ou situação ocasionado nesse período e atestado pela contratante o pré-contrato poderá ser rompido sem necessidade de pagamento da multa. - Bill fez uma pausa e olhou pra Lari – Quem é a contratante?

- Vai dizer que ainda não adivinhou? – ela disse rindo demais.

- Você? – Tom perguntou meio bobo ou meio irritado?

- Óbvio.

- Isso pode ser considerado um acidente ou situação ocasionado por incompatibilidade de gênios? – Meg apontou pro lábio do Tom que ficava cada vez maior, desesperada.

- Ann.. Não! Eu não acho que isso seja suficiente. – ela nos encarou séria.

- E o que seria suficiente? Estar em uma cadeira de rodas? – Tom perguntou realmente nervoso.

- Depende. Você ainda conseguiria tocar? – ela deu seu melhor sorriso.

- Oh Mein Gott! – Bill jogou o contrato para Jost – Você acabou de assinar nossa sentença de morte!

- Quanto drama! Acabem de ler o contrato, por favor. Não tenho o dia todo. - ela revirou os olhos e olhou para seu relógio.

- Lari, por favor, pelo menos retire essa cláusula de termos que andarmos juntos! – Meg pediu com uma cara de desesperada. Aposto que ela esta preocupada com a mentira que contou. Quem mandou dizer que é pobre, agora quero só ver como ela vai sustentar a mentira se tiver que andar sempre com um deles. Dizer que mentiu é uma coisa que ela nunca faria. Ela é orgulhosa. Não depois desse soco e todo aquele discurso de “eu sou pobre lalala”.

- Não!

- Lari! Eu vou ter problemas. – acho que ela esta tentando passar alguma coisa pra Lari, sem contar com todas as letras a mentira.

- A gente já aprendeu a dobrar a sua segura...

- Segura mãe medrosa! – o Ian emendou rapidinho pra ela não acabar. Há, a Meg ta devendo uma pra ele, e ele vai cobrar. O Ian faz essas coisas de propósito.  A Lari ainda ta olhando pra gente com cara de “que história de mãe medrosa é essa?” Eu é que não vou explicar. Não abro mais a boca hoje pra discutir nada.

- Bom, seja o que for vocês resolvem! – ela se voltou pro Tokio Hotel – Mais alguma dúvida? – nem esperou eles responderem – Que ótimo. Nos vemos nos ensaios, melhor dizendo, vocês se vêem nos ensaios. Agora eu tenho outra reunião. Qualquer coisa me ligue Jost! Até logo meninos. – e simples assim ela pegou a bolsa da Prada que a Meg deu pra ela e saiu. Saiu e deixou todo mundo com cara de quem comeu e não gostou.

- Diz que tudo o que ela falou é brincadeira. – Bill pediu meio que mandando.

- Bem que eu queria. – Jost os encarou sério. – Eu realmente precisava assinar esse contrato. Vamos tentar ser positivos: não pode ser tão ruim assim.

- Assim como? – Tom perguntou nervoso e apontou para seu machucado – Ruim assim?

- Vamos resolver isso. – o Jost se virou pra Meg – Meg!

- Sim Jost? – ela falou meiga e sorrindo, nossa agora ele está assustado. Acho que esquecemos de contar dessas mudanças bruscas de humor dela.

- Você poderia pedir desculpas pro Tom? Não foi muito educado você ter machucado ele.

- Não foi educado? E o que ele sabe de educação? Ele foi tudo menos educado conosco. – ela se levantou tipo muito puta mesmo – Acho que já ouvi de mais por um dia. – e tipo assim, saiu. Mais na porta ela parou. Será que ela lembrou que tava de carona com o Ed? – Depois vocês me dêem os horários dos ensaios. – e foi embora. Só ficamos ouvindo o salto dela e depois o silêncio.

- E você, tá esperando o que? – Ian disse pro Ed que o olhou com cara de interrogação. – Vai logo atrás desse furacão. – Não precisou falar duas vezes e ele já estava longe. – E você? O gato te comeu? – Ian disse se sentando do meu lado. Hahahaha, morri de rir com a piadinha de duplo sentido dele.

- Uma merda por semana está de bom tamanho. – eu disse ainda meio encabulada por ter esquecido o nome da tal banda, que era A banda.

- Hum... Concordo. – ele se virou pro Tom que estava na frente dele – Em uns três dias já está melhor. Experiência própria!

- Três dias? – Tom se limitou a soltar uns palavrões bem feios.

- Poderia ser pior! – o Ian tentou animar ele? – Ah e só mais uma coisa peça desculpas pra ela, porque senão você vai conhecer uma versão bem do mal da Meg.

- Porque será que em meia hora parece que o que eu mais ouvi vindo de vocês é poderia ser pior? – o Bill falou nos encarando sério.

- Porque você nos pegou em um bom dia e realmente poderia ser pior? – eu falei rindo.

- Eu não vou pedir desculpas! – Tom disse decidido.

- Agora você pode dizer que assinou sua sentença de morte. – Ian riu na cara dele.

- Aqui estão os horários dos ensaios. – o Georg falou vindo da porta e eu nem tinha reparado que ele tinha saído. Sabe como são aquelas pessoas que entram quietas e saem caladas? Então, ele e o Gustav são bem assim. Ele jogou uma lista pra gente. Será que estavam nos mandando ir embora? Acho que não.

- Vamos Lanna? – Ian disse de pé ao meu lado – Anda.

- Vamos aonde? Estou bem aqui. – respondi sorrindo.

- Embora. Estamos atrasados pra aquele compromisso. – ele disse praticamente me puxando.

- Que compromisso? Nós não temos...

- Vamos logo! – ele me cortou e ainda por cima me arrastou pra fora. – Tchau garotos, nos vemos em breve. E só mais uma coisinha. –  virou-se pro Tom. – Me chama de velho ou pedófilo de novo e eu vou te mostrar a força do papai aqui.

Saímos. Bom eu fui arrastada. Pela primeira vez eu fiquei quieta e vi o circo pegar fogo. Foi tããão legal. Mas já ta bom, na próxima eu participo. Entrei no Chevy do Ian e fomos embora.

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