Prólogo

P.O.V. Larrisa

O trânsito estava um inferno. Entrei no elevador do David Jost. Lá fora vi o carro do Ed o Audi branco e o do Ian o chevy preto. Espero que eles não tenham se metido em nenhuma encrenca, mas conhecendo eles do jeito que eu conheço, acho meio difícil.

Esse contrato foi um bocado difícil de conseguir, mas o Jost manteve a palavra e depois de ter conseguido juntar esses quatro, nada é impossível. Pelo menos não depois do trabalho de encontrá-los.

# Inicio do Flashback #

Eu tinha acabado de chegar à empresa onde trabalho, é uma de caça-talentos. Estava atrasada e tinha recebido o recado do meu chefe de que ele precisava falar comigo. Peguei o elevador até o último andar rezando para ele não ter notado os meus 10 minutos de atraso. A secretária me anunciou e eu entrei na elegante sala de seu escritório.

- Bom dia Sr. Bender – disse para ele me notar já que ele estava de costas pra mim e de frente a uma grande parede de vidro.

- Bom dia Senhorita Appel, está atrasada. – dorga, ainda bem que ele não disse em tom de bronca, foi só um comentário. O Luidi era simpático quando queria, mas adorava perfeição e não admitia erros, e quando as coisas não saiam ao seu modo ele não poupava nossos ouvidos.

- Me desculpe.

- Ontem eu estava em um restaurante japonês, daqueles que tem karaokê sabe? – afirmei com a cabeça e me perguntei o que eu tinha com isso – E eu vi quatro jovens que cantaram juntos. Eu quero que os encontre e monte uma banda. Eles juntos tem um grande futuro. São talentosos. O endereço do restaurante a Anne vai te dar.

- Sim senhor. – fiquei esperando ele dar o resto das informações.

- O que está esperando? – ele se virou pra mim novamente.

- Mas... e os nomes? Telefone para contato? Endereço deles? – perguntei ficando nervosa com aquele olhar dele.

- E você acha mesmo que eu ia ficar atrás de quatro jovens bêbados, que nem devem se lembrar do que fizeram? Eu te pago pra isso. – ele terminou de falar e eu fiquei estática. Como? Eu nem sei como eles são, quem são ou qualquer coisa. Eu to ferrada, não tem como eu conseguir esse milagre! – Está esperando o que Larissa? É pra esse final de semana. Marque um almoço pra esse sábado, a Anne encaixa eles na minha agenda. E claro que você vai ser a empresaria deles.

- Sim Luidi! – sai da sala, peguei com a Anne o endereço do restaurante, a única coisa que eu tinha. Entrei no elevador e comecei a chorar. Essa era minha carta de demissão. Pior é que eu tinha tanto talento!

# Fim do Flashback #

As portas do elevador se abriram e eu sai da lembrança daquele dia desesperador e me deparei com o que eu não queria, mas no fundo esperava.

Esse vai ser um longo, longo ano.

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