Eu não estava feliz. Meu salto preferido tinha quebrado e estavam jogando bombas pra todo lado. Aquele da eu realmente não iria esquecer nunca na minha vida. Enfim, lá no Japão a situação não estava melhor do que nos outros lugares no que diz respeto a guerra. Estava pior. Eu realmete não sei porque cargas d'água eu não pedi pro carinha que eu ia visitar vir pro Brasil. É (um pouco) mais seguro lá do que nos outros lugares. Eu disse um pouco, ou seja, lá tava um inferno do mesmo jeito.

  Acho que eu nunca corri tanto na minha vida, nem nas aulas de Educação Física eu corria do jeito que corri naquele dia. Minhas colegas dizem que eu não corro, saltito, mas eu não acho e... Estou divagando. Fui então prum dos únicos lugares que ainda estavam inteiros naquele local. Um galpão aparentemente abandonado. Era enorme, todo de madeira velha e mofada. Mas pelo menos dava pra fugir da chuva fina que caía do lado de fora. Não contei que estava chovendo? Pois é! Estava.

  Meu ouvido é treinado para ouvir detalhes, até por que, faço uns bicos de cantora por aí, por isso, escutei um leve "Puta merda!" vindo de uma das mesas meio quebradas. E vi duas garotas mais ou menos da minha idade saindo felinamente debaixo delas. E apontando armas pra minha cabeça. Peguei meus saltos agulha bem afiados e apontei pra elas. As duas estavam com uma arma em cada mão. Uma tinha duas espadinhas e a outra tinha duas pistolas. Eu estava fuuuuuu... A palavra ficou no ar depois que vi quem eram as mulheres. Puta merda! Eu estou mais do que fuuu...