Ichi, Ni, San...atirar! escrita por Akahana


Capítulo 10
O Prelúdio da Primeira


Notas iniciais do capítulo

demorei, axo?
f*da-se, tô postando e eh o que conta.



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  Eu sabia no que ela estava pensando. E concordo. Era igual para todos nós. Só que, eu conheço ela. Ela não demonstra sentimentos. Ela quer se fazer de forte. Quantas vezes ela já não adimitiu que se achava fraca? Eu perdi a conta.

  No fim, nós três somos. Fracas. Que não querem se apegar à realidade. Que sentem medo. Hoje em dia, não importa mais. Sentir medo ou não. Não irá evitar que sejamos bombardeadas por terroristas insanos. Nessas horas, eu sinto vontade de cantar. Para afujentar as lágrimas, os males. Mas, talvez, aquela nerd que adorava nos chamar por apelidos idiotas, tenha sido mais rápida dessa vez.

  Enquanto escrevia algo naquele caderninho com uma foto de cachorro na capa, o mesmo de quando éramos pequenas, cantava a canção bela, mas triste que eu reconheci como o toque de seu celular. Ela parecia sorrir ternamente para o caderno. Não prestei atenção à sua voz realmente, mas na letra em japonês. Agora sabia por que aquela música me parecia familiar. Isis já havia me falado e mostrado ela na... 6ª série? É. Acho que é isso. Contava a história de uma robô criada por um cientista que perdera a filha. A criação era um milagre em todos os sentidos. Mas ele continuava procurando. Por algo que ela não entendia. Ele procurava um jeito de ela ter um Coração. Emoções. E muitos anos se passaram e ela ficou sozinha sem saber o que era um coração. O cientista já havia morrido à décadas quando a robô abriu um arquivo no computador e achou fotos da filha dele. E chorou. Ela havia descoberto o que era um coração.

  - E foi exatamente como um milagre. - Comecei quando a música acabou.- O robô que obteve um "Coração" continuou correndo. Ela cantou todos os seus sentimentos. Mas o milagre durou apenas um momento. O "Coração" era muito grande para ela carregar e entender. No final, a máquina deu curto-circuito e nunca mais se moveu. De qualquer forma, no seu úlimo suspiro ela tinha um sorriso adornando seu rosto. E ela parecia. Ela realmente parecia...

  - Um anjo. - Isis concluiu. E, nós três dissemos em uníssono, pronunciando cada palavra bem espaçada: - Arigatou, Otou-san.¹

  - Tu ainda se lembra!- Isis disse. Os olhos ainda brilhavam das lágrimas não derrubadas. Ela realmente se emocionava quando estava absorta em seua próprios pensamentos.

  - Tu não esqueceu dos apelidos e eu não esqueci disso. Estamos quites. -Retruquei brincalhona.

  - Ei! Eu também lembrei disso.

  - Ah! Papai Emo! - E ela abraçou Renata.

  Uma coisa boa na Isis é que ela disfarçava bem usando brincadeiras e apelidos. Tais apelidos que eu acho que ela usava para nos manter unidas. Mas ela era uma atriz quando se tratava disso. Era teimosa. Mesmo que ela estivesse se afogando em suas próprias lágrimas ela, quando perguntássemos, provavelmente usaria um dos olhares de ternura que ela tem e diria: "Não se preocupem comigo, Papai Emo! Mamãe Paty!". De qualquer forma, eu sei. Debaixo daquele desenho de um olho com íris vermelha, naquela pasta escolar que pude ver que ela ainda carrega, existe uma frase, escrita num momento de depressão e lágrimas.

"Só pra lembrar... Que antes de me afogar na minha própria escuridão... Eu tenho que... MUDAR O MUNDO!"

  Por isso, não se enganem. Ela não é, nem de longe, normal. Não que uma de nós fosse.


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Notas finais do capítulo

Luiza POV's



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