— Muito bem, não usem seus poderes especiais por enquanto! – Ladybug disse para a equipe – Avancem ao meu sinal!

Darkblade chegou em cima de um cavalo e se posicionou à frente do seu exército.

— Ora ora! Não é Natal, mas parece que Hawk Moth vai ganhar muitos presentes. – ergueu sua espada – Cavaleiros, avancem!

— Agora! – Marinette gritou, girando seu ioiô e indo para cima dos cavaleiros, acompanhada da equipe.

Ladybug saltou para o alto e pulou por cima de um dos cavaleiros, envolvendo o pescoço dele com o fio do seu ioiô. Enquanto isso, Chat Noir ia afastando os vilões com o seu bastão, atirando eles longe.

— Darkblade à caminho! – o felino anunciou e Ladybug finalmente derrubou o que segurava.

— Você ou eu?

— Deixa comigo. – Adrien piscou.

— Tá bem. Carapace, me ajuda a abrir o caminho!

— Beleza, chefe! – Nino e Marinette corriam dos dois lados de Chat Noir. Ele usando seu escudo e ela girando seu ioiô, impedindo que os cavaleiros chegassem nele. O herói então saltou na direção do líder que se protegeu com sua espada. Mas antes que Chat Noir se chocasse contra a lâmina, Queen Bee a puxou com seu pião, fazendo o loiro e Armand caírem do cavalo, por cima do asfalto.

Darkblade chutou a barriga do herói e ele caiu para o lado, logo, o vilão levantou e pegou sua espada. Mas antes que escapasse, Adrien ficou de pé e estendeu seu bastão.

— Não tão rápido!

Ladybug acertava os vilões com seu ioiô, notando que cada vez apareciam ou se dispersavam mais, deixando a joaninha um pouco preocupada. Da última vez foi difícil derrotar Darkblade, e agora que ele estava mais poderoso, só tendia a piorar. No entanto, precisava confiar na sua equipe.

— Rena Rouge, Bunnix e Viperion, vão derrubando o máximo de cavaleiros que puderem! – os três assentiram. – Carapace, olho no Chat Noir caso ele precise de ajuda! – Nino assentiu enquanto acertava um vilão com seu escudo. – Queen Bee, eu e você vamos impedir que eles se dispersem! Se um sair de perto, puxe ele com seu pião, ok?

— Claro! – Chloé concordou.

— Você não chega aos meus pés, garoto tolo! – Darkblade disse depois de derrubar Chat Noir. – Nunca será um bom lutador!

— Então você é um péssimo instrutor. – murmurou para si mesmo e juntou o seu bastão, pronto para ir para cima do akumatizado. No entanto, Armand avançou, o fazendo recuar. – Já que a luta de espadas está um tédio... – pulou para o lado – Vamos mudar isso! – Chat Noir girou o bastão no alto e dividiu em dois.

Darkblade avançou novamente e o herói parou a espada com uma parte do bastão e acertou a outra na barriga dele, porém só ouviu o estouro do metal batendo no material da armadura. Armand riu e chutou ele para trás novamente.

— Não sei como eu pude ser derrotado antes! – Chat Noir arregalou os olhos. O vilão estava muito mais forte do que da última vez. – Últimas palavras?

— Você já era! – antes que Armand acertasse sua espada nele, Carapace entrou na frente, usando seu escudo. O vilão se surpreendeu quando sua espada bateu no objeto, então Nino aproveitou para o acertar novamente.

Darkblade esbravejou e avançou, enquanto Carapace se defendia. Chat Noir rapidamente ficou de pé, pegando as duas partes do bastão, as juntando em uma só e correndo até eles.

Carapace conseguiu empurrar o cavaleiro para longe, ao notar que Chat Noir vinha correndo, o herói se abaixou e colocou o escudo sobre si. O loiro logo entendeu e pulou em cima do objeto, então Nino o levantou, fazendo com que pulasse mais alto. Darkblade ficou de pé e encarou o moreno, no entanto ouviu um pigarro atrás de si e virou, dando de cara com o herói felino.

— Cataclysm! – Adrien sorriu e encostou a mão envolta pelo brilho negro na armadura, desfazendo a mesma e revelando Armand com sua típica roupa de instrutor de esgrima. – Agora sim! – o loiro acertou seu bastão com tudo no homem, que se distraiu quando foi surpreendido pelo poder especial do herói.

Armand caiu no chão desmaiado, porém seu exército continuava de pé. Ainda precisavam achar o akuma.

— Alguém está vendo a espada do Darkblade? – Carapace gritou.

— Não. – Ladybug respondeu, ocupada empilhando cavaleiros desacordados. – Prioridade máxima, achar o akuma!

— E o que eu faço com ele? – Chat Noir questionou, segurando Armand em seus braços.

— Leva ele pra longe! – o loiro assentiu e usou seu bastão para saltar para o topo do prédio. – Procurem o akuma! – gritou.

Ladybug girava seu ioiô, acertando os cavaleiros, enquanto procurava pela única espada que deveria ser diferente, no entanto não encontrava. Pensou em usar o Lucky Charm, mas antes que o fizesse, pensou em um plano melhor.

— Rena Rouge! – pousou ao lado de Alya. – Preciso que use seu poder. – Marinette explicou o que ela deveria fazer e logo a morena assentiu e saiu do campo de batalha.

— Ainda nada do akuma! – Viperion disse de costas para Ladybug, acertando um soco em um vilão.

— Acredito que vamos encontrar em breve. – disse a joaninha, olhando de canto para ele.

— Aonde está a minha espada? Tragam a minha espada! – Darkblade apareceu no meio da batalha. Não demorou muito e um dos seus cavaleiros apareceu, ajoelhando-se na sua frente e estendendo o objeto akumatizado. – Valeu aí! – Darkblade se desfez, revelando Rena Rouge, uma ilusão feita pelo seu poder especial – Pega Ladybug! – a heroína jogou a espada para Marinette, que saltou e a pegou no ar. Em seguida jogou no chão com toda força, a quebrando no meio.

— Chega de maldade pra você, akuma! – capturou a borboleta negra e abriu o ioiô, fazendo com que ela saísse branca. – Tchau, tchau borboletinha! – acenou e atirou seu ioiô para cima – Miraculous Ladybug!

***

— Você foi simplesmente incrível liderando a equipe, de verdade! – Marinette sorriu ao ouvir o parceiro dizer isso.

Ambos estavam conversando no terraço da garota. Ela já havia desfeito sua transformação, já Chat Noir tinha parado para alimentar seu kwami e logo iria para casa.

— Obrigada! – Adrien parou para admirar os traços de Marinette. Mal podia acreditar que agora sabia quem era a garota incrível por trás da máscara. E mal podia acreditar mais ainda que ela era a garota que é tão incrível sem a máscara quanto com ela.

Marinette notou que o loiro a analisava e corou, desviando seu olhar para cima, como se estivesse distraída. Adrien notou sua atitude, achando engraçado. No entanto, aproveitou que estava trajado de Chat Noir – e possuía mais confiança assim – para se aproximar mais da garota. A azulada o encarou o herói um tanto atônita.

Adrien deu um sorrisinho, fazendo com que automaticamente ela fizesse o mesmo. Em seguida, segurou a mão dela e depositou um beijo.

— Boa noite, my lady.

— Boa... Noite. – deu uma pausa, assimilando a interação que tinha acabado de acontecer.

Chat Noir se afastou e pegou seu bastão. Subiu no parapeito do terraço, pronto para ir embora, mas antes encarou Marinette por cima do ombro.

— Ah! E você ainda me deve um encontro, precisamos marcar. – piscou e saltou, indo para longe com seu bastão.

Marinette permaneceu encarando o herói até que ele sumisse de vista. Deu um passo à frente, segurando o parapeito e suspirando, sentindo seu coração bater mais rápido.

Não imaginou que ao aceitar ir em um encontro com Chat Noir, estaria aceitando ir à um encontro com o amor de sua vida. E foi nesses pensamentos que Marinette foi viajando até chegar em uma parte muito específica.

— Eu já beijei o Adrien... Duas vezes! – arregalou os olhos e Tikki a encarou atenta. – Tudo bem que a primeira vez foi pra salvar ele e a segunda vez eu nem me lembro. Mas nós já nos beijamos...

— Wow! Isso sim é uma reviravolta! – Marinette permanecia parada, encarando o entardecer parisiense, sem acreditar que realmente tinha beijado o amor da sua vida duas vezes.

Bom, certamente Adrien não se lembrava da vez do Dark Cupid – embora Nadja Chamack tenha mostrado as fotos no seu programa de entrevistas tendencioso, que a levou a ser akumatizada – e obviamente não se lembrava da vez do Oblivio – no entanto também tinha visto uma foto, dessa vez graças à Alya. Só que o que ela se perguntava era, ele pensava sobre isso? Se pensava, não agiria tão normal como age, não é? Ou apenas ela surtava por esse tipo de coisa?

Marinette balançou a cabeça afastando esses pensamentos e voltou para dentro do seu quarto. Em seguida, puxou o banner do teto e analisou as poucas informações contidas nele.

Precisava focar no real problema que era não deixar Hawk Moth conseguir as joias de jeito nenhum. Então, começou a pensar em possibilidades de como o vilão poderia consegui-las, embora fosse difícil seguir sua linha de raciocínio por esse caminho.

A maior incógnita que tinha no seu plano, era a verdadeira identidade de Hawk Moth. Todo esse tempo como Ladybug e Chat Noir, a única vez que que a dupla chegou perto de descobrir, foi um alarme falso.

— Eu não acredito que já acusei o pai do Adrien de ser Hawk Moth! – bufou, batendo a mão na testa. Não imaginou como o garoto poderia ter se sentido.

Mas são águas passadas. Ao menos ela esperava que fossem.

Marinette encarou novamente o banner e decidiu que não podia mais continuar com a esperança de bolar uma estratégia para impedir Hawk Moth sem sua maior variável, a identidade dele. Portanto, decidiu mudar o planos. Seu principal objetivo agora não era a estratégia toda e sim descobrir de uma vez por todas quem era o homem por trás da máscara de Hawk Moth.