Juntos por uma Eternidade escrita por CamilaHalfBlood


Capítulo 11
Capitulo 11 – A aluna nova


Notas iniciais do capítulo

Opa, passando rápido aqui que eu to indo dormir
Ficou grandinho né :3
Até a prox



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/778205/chapter/11

Capitulo 11 – A aluna nova

Pov. Edward

Para a minha espécie, o tempo consegue ser sua maior maldição, as vezes até mais sufocante que a própria cede, a forma com que o tempo pode se arrastar levando com sigo qualquer beleza de ser imortal é ao meu ver a parte mais impressionante do meu estado.

Cada dia parecia mais impossivelmente monótono do que o último, visto que eu tinha que passar pelo ensino médio novamente, como se fosse uma piada de mal gosto, já havia perdido tantos anos na escola que nem ao menos conseguia contar.

Eu olhei para as rachaduras no gesso no canto mais distante do refeitório, imaginando padrões por dentro deles que não estavam lá. Essa era a única forma de desconectar as vozes que tagarelavam como o jorro de um rio dentro da minha cabeça.

Várias centenas de vozes que eu ignorava por pura chateação.

Mas hoje estava particularmente difícil de ignorá-los, parecia que eles estavam gritando em meu ouvido, todos voltados para uma única coisa, a nova aluna que tinha chegado hoje, até sentia pena daquela pobre garota, até dois dias atrás ninguém sabia da sua existência, ou da sua prevista chegada, mas hoje que aparentemente era o seu primeiro dia, parecia que todos apenas conseguiam imaginar como ela era.

Como uma nova atração que chegara na cidade.

A euforia pela sua chegada era tamanha que eu não podia achar irritante o modo como a humanidade podia ser tão fútil.

Só havia quatro vozes que eu bloqueava mais por cortesia do que por desgosto: minha família, meus dois irmãos e duas irmãs, que já estavam tão acostumados com a falta de privacidade quando estavam ao meu lado que já nem pensavam nela. Eu dava a eles toda a privacidade que podia. Eu tentava não os ouvir, se podia.

Mesmo tentando, ainda assim… eu sabia.

Rosalie estava pensando, como sempre, nela mesma, já Emmet estava reclamando por ter perdido uma luta contra Jasper na noite passada.

E Jasper estava… sofrendo.

Sua mente tentando com afinco não pensar na dor seca e purgante que ele sentia, ou como seria melhor acabar com aquele sofrimento.

Eu contive um suspiro, mesmo que eu fosse mais controlado que Jasper, ouvi-lo pensar dessa forma, fazia a minha sede aumentar ainda mais.
“Edward”- Alice chamou meu nome em sua cabeça, e chamou minha atenção imediatamente. Era exatamente como se ela estivesse chamando o meu nome em voz alta. Eu ficava feliz que o nome que me foi dado havia saído um pouco de moda ultimamente – isso era incômodo; toda vez que alguém pensava em um Edward qualquer, minha cabeça se virava automaticamente…

Minha cabeça não se virou agora. Alice e eu éramos bons nessas conversas privadas. Era raro quando alguém nos flagrava. Eu mantive meus olhos nas linhas do gesso.

Ela ainda observava Jasper com a sua visão periférica. procurando à frente, no futuro imediato, vasculhando por visões de algum perigo.

“Acha que ele aguenta?”

Olhei para a mesa, dando um pequeno suspiro, depois voltei a olhar para o teto, ninguém notou, mas Alice sabia que estava assentindo.

Vi ela relaxar na cadeira “Me avise se piorar.”

Remexi minha boca em um pequeno sorriso, apenas um linear curvado para cima.

“Obrigada”

Já fazia duas semanas desde a nossa última viagem de caça. Esse não era um tempo imensamente difícil para o resto de nós. Ocasionalmente era um pouco desconfortável – se um humano se aproximasse demais, se o vento soprasse na direção errada. Mas os humanos raramente se aproximavam demais. Seus instintos diziam a eles o que suas mentes conscientes não podiam entender: nós éramos perigosos, mas hoje estava particularmente ruim, na verdade acho que todos haviam sentido, a sede estava um pouco mais incomoda.

Mas nesse momento Jasper era muito mais perigoso que todos nós juntos.

Ele sempre havia sido o mais complicado em aderir a nossa dieta, tinha passado muito tempo se alimentando de humanos quando fora transformado até finalmente encontrar Alice e isso tinha complicado as coisas.

Alice suspirou baixinho e se levantou, levando sua bandeja de comida – seu adereço, isso é que era – com ela. Ela sabia que ele ficaria bem, entretanto não gostava de ver o marido sofrer. Apesar de Rosalie e Emmet serem mais abertos em relação ao relacionamento deles, eram Alice e Jasper que conheciam cada traço do humor do outro como o seu próprio.

“Ela está olhando para os Cullens, como se o Edward fosse querer algo com ela!” — reconheci a voz, era de Jessica Stanley, a maior fofoqueira de Forks.

Reação por reflexo. Eu me virei com o som do meu nome sendo chamado, apesar de ele não estar sendo chamado, só pensado.

Olhei para a mesa, onde veio o pensamento, era a mesa dos “populares” só que havia uma pessoa a mais, uma garota com olhos cor de chocolate num rosto pálido, com formato de coração.

Ela não olhava para mim, diferente do que sua colega achava, mas sim para Alice que estava saindo do refeitório, desviei o olhar, enfadado, e a observei sem que ela percebesse, a menina voltou seu olhar para os meus irmãos, vi seu maxilar travar quando olhou para Jasper quase que com raiva.

Seu olhar então recaiu sobre mim por uns estantes, e logo depois desviou para Jessica.

Eu tentei escutar o que essa nova garota, Bella, estava pensando. O que ela via quando olhava para a estranha família com peles pálidas?

Era meio que a minha obrigação saber a reação dela. Eu agia como um espião, por falta de uma palavra melhor, para a minha família. Para nos proteger. Se alguém começasse a suspeitar, era apenas nós mudarmos, mas de qualquer forma isso era, em suma, bem raro, ninguém prestava tanta atenção em nós o suficiente para perceber que havia algo de errado.

Mas era como se não houvesse ninguém sentado ao lado de Jessica, um simples nada.

Quando votei a olha para a menina, me senti totalmente desconsertado, me demorando mais do que o necessário, fazendo com que Jéssica interpretasse errado minha atenção a sua mesa.

Fiz uma pequena careta com os pensamentos que começaram a emergir da mente da garota.

Voltei a procurei pelo lugar, mas novata não estava em lugar algum, o único indício que a mesma já estivera ali era os pensamentos dos seus próprios colegas de mesa.

Procurei a menina nos pensamentos das pessoas, me surpreendi quando a vi na mente de Alice, ela havia trombado com ela acidentalmente, nem ao menos Alice havia visto sua chegada, provavelmente era impulsiva, tomando decisões precipitadas. Já que pegar Alice desprevenida era algo bem difícil.

Alice em seus pensamentos adorou a menina, a forma como ela não teve medo da minha irmã, fez com que a baixinha realmente quisesse começar uma conversa com a novata.

mas logo e ela teve uma visão com Jasper e teve que ir embora, a visão era tão borrada que era bem improvável de acontecer, mas a baixinha mesmo assim não gostava de ter esses tipos de visão com o marido.

Quando Alice saiu, eu comecei a procurar outra mente, mas naquele corredor não havia mais ninguém além de Isabella.

Foi quando parei.

O que estava fazendo? Por que isso me importava? Por que uma simples humana iria me importar de alguma coisa? Ou merecia alguma atenção a mais minha?

"É apenas por não conseguir ver sua mente"— pensei comigo mesmo

Assim que bateu o sinal me levantei junto com os meus outros irmãos e fomos em direção a sala de aula, me despedi com um breve aceno, já que agora eu teria Biologia e nenhum deles tinha a mesma aula que eu.

Me sentei como de costume sozinho na minha mesa, já que era o único da sala sem par, o que eu agradecia, dependendo de qual humano fosse ser o meu par, Jessica por exemplo, seria completamente irritante, ainda mais quando eu podia ler seus pensamentos.

Minha mente novamente vagou novamente para a menina Swan.

Tinha mais alguma coisa, algo que eu conseguia identificar, me sentia estranho em relação a ela, como se já a conhecesse ou como se devesse a reconhecer, quase como um pequeno lembrete em minha mente.

Mas eu sabia que minha memória era perfeita, como tudo que envolvia essa existência, e eu me lembraria se já tivesse encontrado com ela antes, mas então por que suas feições eram tão familiares?

Coloquei as mãos nos lados da cabeça, inspirando e expirando devagar, aquela dor tinha voltado.

Eu não conseguia ver o motivo para elas terem começado, mas eu sabia exatamente quando haviam se iniciado.

A quase três dias atrás, minha cabeça doía demais, às vezes era muito insuportável, qualquer pensamento que eu lia era como que rasgasse minha mente, mas certas vezes a dor simplesmente sumia, como se nunca estivesse lá, mas até que passasse não tinha como fazer nada.

Remédio nenhum funcionava no meu corpo morto e sem alma.

Quase me levantei e sai da sala antes que o professor entrasse, mas peguei um pensamento me fez hesitar em me levantar.

"Eu soube que a aluna nova estava nessa classe também, será que ela aceitaria ser minha parceira?"

Então ela também era dessa classe, me peguei em um impasse entre ficar ali e vê-la mais de perto e conseguir ler a sua mente, talvez fosse questão de apenas ficar próximo dela para conseguir esse feito.

Foi nesse instante que a dor da minha cabeça chegou ao auge, parecia que minha cabeça iria explodir de tanta dor.

“Se eu fosse humano” — pensei com amargura – “Talvez agora já estivesse desmaiado”

Tentei em ato inútil, bloquear os pensamentos que agora jorravam em minha mente, como se estivessem gritando em meu ouvido fazendo a dor ficar ainda mais branda.

"Como ele é estranho" — o pensamento atingiu em minha mente - "Como ele pode ser tão bonito e tão ele?"

Me levantei para sair da sala de aula quando o professor entrou na sala, fazendo me sentar novamente em meu lugar, suspirei inconformado.

Tinha demorado demais.

Enquanto ele se arrumava em sua mesa, fixei meu olhar no quadriculado da lousa, me concentrando em respirar bem devagar, pelo menos nisso eu era bom, em disfarçar toda a dor, por conta disso nem minha família sabia das dores que tinham começado a me atormentar.

Felizmente todas as vezes que ela havia começado eu estava longe de Jasper, ele diferente dos outros, teria notado mesmo que eu tentasse disfarçar.

Não prestei a atenção enquanto as mentes se juntaram para falar de apenas uma coisa, nem prestei a atenção quando a cadeira ao meu lado foi arrastada para que alguém sentasse.

Mesmo não estando nada contente com um humano se sentar ao meu lado, eu sabia que logo voltaria a ter a mesa apenas para mim, afinal eles tinham muito medo de nós.

Nossa aparência podia ser encantadoras para os humanos, ato que tinha ficado muito bom em utilizar em meu favor ao longo dos anos, mas o medo que vinha do seu inconsistente, mandando-o ficar longe dos estranhos Cullens era maior que qualquer outro sentimento humano.

Nesse instante, a dor simplesmente se dispersou, eu pisquei, nunca havia acontecido tão rápido antes, muito menos súbito dessa forma, era horas de dor até ela se extinguir.

Quando olhei para o pobre ser humano que tinha se sentado ao meu lado, não pude não me surpreender quando vi Isabella Swan sentada ali.

Ela não pareceu notar que eu estava olhando para ela, seus olhos corriam pela folha do caderno escrevendo tudo o que o professor falava, mas havia algo diferente comportamento, parecia dispersa a aula, eu percebia pela mesma expressão que eu e meus irmãos havíamos adquirido ao longo dos anos, os mesmos olhos entediados, como se estivesse fazendo tudo no automático.

E eu ainda não conseguia ouvir seus pensamentos.

Nem assim, ela parecia em branco, não, não exatamente em branco, percebi, mais como uma parede, como se tivesse algo, alguma coisa que me mantivesse fora.

Nunca na eternidade tinha conhecido alguém que não pudesse ler os pensamentos, até mesmo entre os da minha própria espécie, todas as mentes sempre foram abertas para mim, tão fácil de escutar que parecia quase como se a pessoa estivesse falando em voz alta.

Mas ali estava, a humana que conseguia fugir do meu poder.

Pelo menos disso eu tinha certeza, a Swan era humana, escutava seu coração batendo em seu peito.

Foi então que notei outra coisa, ela não tinha cheiro.

Mesmo eu tendo um ótimo autocontrole com a sede, ainda conseguia sentir os cheiros de cada sangue daquela sala, mas daquela menina não.

Sem alarmar ninguém e nem chamar sua atenção, me inclinei um pouco na direção da novata.

Ela tinha cheiro, constatei.

Não era como os dos outros humanos, era muito leve e suave, por esse motivo não tinha conseguido sentir antes, ele se camuflava nos outros, e de uma forma que nunca havia acontecido antes, invés de inflar minha cede, ele parecia aliviar a minha dor, como se nem o monstro dentro de mim quisesse fazer mal a ela.

A familiaridade do seu cheiro foi quase como um banho de agua fria, já tinha sentido aquele perfume antes, eu tinha certeza, em algum lugar da minha mente eu o reconhecia, mas mesmo assim não conseguia descobrir de onde.

Quase bufei de raiva, mas me contive.

Os minutos se voaram rapidamente enquanto eu tentava decifra-la, a forma com que ela se inclinava para frente, como de vez em quando parava sua escrita para bater com o lápis na mesa, ou como olhava para fora com um ar quase sonhador.

Mas no fim não tinha conseguido dar nenhum progresso com isso, eu tentava ao máximo tentar me lembrar nem que fosse uma pista muito pequena sobre onde essa sensação vinha.

Talvez tudo aquilo só era minha imaginação, com o tédio e a monotonia do dia a dia. minha mente esteja criando isso para me manter ocupado, memória de vampiro não falhava, se de algum modo eu já estive a visto antes, me lembraria.

“Isso não é importante” — pensei enquanto voltava a minha atenção para o quadro negro.

Quando o sinal tocou fui o primeiro a me levantar pronto para sair da sala, quando escutei o lápis da novata caindo no chão, sem saber muito o que estava fazendo o pequei, talvez por instinto.

Quando ela direcionou seus olhos para mim aquela sensação pareceu se multiplicar.

— Olá – falei calmamente, escondendo o que estava acontecendo na minha mente - Meu nome é Edward Cullen - continuei. - Eu não tive a oportunidade de me apresentar. Você deve ser Bella Swan.

Ela segurou forte o lápis em sua mão também não estava me olhando mais, parecia que seus olhos não se fixavam em nada, mas ao mesmo tempo não percebesse que estivesse fazendo isso, quase como se já fizesse isso instintivamente.

A forma como ela olhou para mim, me fazia sentir estranho, nunca havia me sentido envergonhado ao falar com um humano, mas com ela era diferente.

Algo se desesperou em mim quando percebi que ela queria se despedir, de alguma forma eu não queria aquilo, então em um ato impensado a convidei para leva-la para a sua aula.

Seu sorriso que se seguiu foi tão brilhante que tive que piscar para não travar, ela parecia realmente feliz com meu convite, algo em seu olhar nesse momento pareceu desaparecer, como se anteriormente ela tivesse uma sombra em seu interior.

Me senti bem por ter feito aquilo sumir.

Mas então vi ele murchar e a tristeza inundar seus olhos e aquilo tudo voltar para ela, mas forte que estava antes ainda.

Esperei no lado de fora do carro dessa vez, esperando que eu pudesse entender o que estava acontecendo, tinha decidido perguntar a Alice, ela saberia me ajudar, seu dom de ver o futuro era muito bem-vindo nesses momentos.

“Isabella?” — Alice pensou assim que a vi – “Por que vai me perguntar sobre ela?”

Afirmei com a cabeça.

Alice revirou os olhos enquanto olhava o futuro para mim.

Olhei para o telhado, e lá estava ela, novamente escondida, novamente nem meus instintos haviam a achado, era incrível a forma como ela conseguia se esconder tão bem.

Percebi com surpresa que ela olhava para mim.

Por um segundo nossos olhos se encontraram, para então ela se desviar e sair dali rapidamente.

— Você já a viram antes? – perguntei com meus olhos ainda fixos onde ela estivera a alguns segundos atrás – algum de vocês a viram antes?

— Quem? – perguntou Emmet

— A novata – falei enquanto entrava no carro sendo seguido por eles

— Encontrei ela hoje no almoço – Alice falou frangindo a testa

— Não – falei – antes disso, antes de Forks talvez, você acha que nós já a vimos antes?

— Isabella Swan... – Alice ponderou – ela não me lembra de nada

— Talvez o sobrenome – falou Rosalie entrando no assunto – Algum parente que se pareça muito com ela

Ponderei essa ideia, a menina no máximo teria 18 anos, e mesmo que tivesse visitado o tio antes não teria como vê-la já que não fazia muito tempo que estávamos em Forks, e mesmo antes disso, nem nós Estados Unidos estávamos.

Então poderia ser uma parente distante, uma outra Swan, era talvez a explicação mais lógica para mim, a menina não era velha o suficiente para ter encontrado com ela antes.

— Não sei...Quando ela olhou para você – falou Jasper cortando minha linha de pensamento – Eu senti um lapso, tem algo estranho... alguma emoção que eu não consegui entender ainda

— Você não consegue entender os sentimentos dela? – Alice perguntou se virando para seu marido – Por que?

— Também não consigo ler os pensamentos dela – falei desviando o olhar

Todos no carro automaticamente ficaram incomodados com essa revelação, uma coisa era Jasper não capturar muito bem seus sentimentos, aquilo podia ser explicado.

Já havia acontecido em alguns casos durantes os anos, pessoas que eram necessárias algumas horas para Jasper compreender com clareza.

Mas ser imune a mim... Isso era um problema.

— Por que esse interesse na aluna nova? – a voz de Rosalie saiu com irritação quebrando o silêncio – ela é apenas uma humana

— Eu sinto que a conheço, é como uma coceira em minha mente – me remexi irritado – não consigo entender de onde isso vem

“Talvez...”— captei uma linha de pensamento, a pessoa inundou qualquer traço de pensamento com uma música tentando evitar que eu visse, mas era tarde demais.

— Alice – alertei apertando com força o volante – Pode parar

— Mas eu não disse nada

— Mas pensou – falei – e não, não é nada disso

Odeio quando vocês fazem isso – se queixou Emmet, mas continuou mesmo assim – Não percebi nada de estranho da novata, apenas que ela é bem bonita

— O que? – falou Rosalie para logo depois entrar em uma discussão com o marido.

Dei um sorriso com a estupidez de Emmet.

“Edward”— Jasper me chamou em sua mente – “Acho melhor tomarmos cuidado com essa humana”

O olhei pelo retrovisor, ele olhava para fora do carro ignorando a discussão que acontecia ao seu lado, ele não voltou a falar nada sobre o assunto e eu muito menos voltei a falar algo no caminho para casa.

Quando chegamos, Alice e Jasper foram caçar, ou pelo menos Jasper foi, Alice apenas queria acompanha-lo, Emmet ainda estava tentado conseguir as desculpas de Rosalie então foi para o meu quarto, tentei prestar atenção em um livro qualquer que havia pego em minha estante.

Mas o livro não estava prendendo tanto a atenção quanto eu gostaria, me sentia inquieto, então assim que anoiteceu sai de casa e corri até Port Angeles.

Sempre fora assim, mesmo que eu tivesse meus irmãos, sempre era o excluído, eles eram casais também afinal, eu sabia que não podia exigir nada e gostava de ficar em meus próprios pensamentos para variar.

Mas era nesses momentos que eu mais me sentia sozinho.

A noite transcorreu normalmente, as ruas estavam menos agitadas, o que para o meu humor foi mais benéfico, mesmo que ler os pensamentos ao todo fosse ruim, as vezes era engraçado ver como a mente dos humanos funcionava quando era possível ouvir apenas uma por vez.

— Estava te esperando – Disse Alice assim que eu apareci em casa – Eu quero escolher sua roupa de hoje

— Alice... – suspirei irritado – A escola começa daqui 10 minutos

— Por favor – ela pediu juntando as mãos e juntando as sobrancelhas – Vou ser rápida

— Certo – cedi – Mas não pegue tão pesado

— Obrigada – cantarolou ela correndo para o meu quarto com um sorriso enorme no rosto

Subi logo atrás dela, podia ter pedido para ela não pegar tão pesado, mas sabia que se não tivesse alguém controlando-a, ela não teria limites.

No fim se eu não dirigisse tão rápido teríamos nós atrasado, não seria um grande problema, nenhum de nós queria mesmo ir para a escola, não era uma necessidade tão grande assim, faltávamos muito por conta do sol que nem mais os humanos sentiam a nossa falta de presença.

Mas Alice insistiu que deveríamos ir, mesmo não falando exatamente o porquê, ela parecia animada então nenhum de nós ousou em interferir.

Minha curiosidade se atiçou quando entrei no refeitório, meus irmãos já estavam em nossa mesa, me recusando a procurar a novata pelo lugar permaneci com os olhos presos na minha mesa.

Emmet e Jasper estavam conversando sobre o jogo de beisebol que haviam visto no dia anterior, mas eu via na mente de Jasper que ele não estava totalmente concentrado na conversa, lançava olhares preocupados para Alice que estava quieta demais, presa em sua própria cabeça enquanto se concentrava, forçando seu dom a funcionar.

— Alice? – chamei

Ela me olhou, perdendo a concentração, me mostrando sua esperança infundada na novata, havia visto um pouco desse seu pensamento no dia anterior, mas agora ela tinha desenvolvido mais esse pensamento, ela esperava que a novata podia ser minha companheira, senti um rosnado irritado tentar sair de mim, foi quando eu vi sua preocupação e o motivo da sua concentração.

E isso me fez parar.

— Ela não veio hoje – disse Alice quebrando seu silencio.

— Quem? – perguntou Jasper

— Isabella – ela disse lançando um olhar para a mesa onde a Swan havia sentado no dia anterior

— Essa humana de novo – a voz de Rosalie saiu irritada – O que tem de mais agora?

— Eu não sabia que ela não vinha – ela sussurrou frangindo a testa – Eu achei que estava olhando o futuro dela agora, se ela tivesse decidido que iria faltar... eu teria visto

Vi a mente de Alice se concentrar, tentando ver a Swan em um futuro, alguns fleches vieram, mas era muito poucos, a maioria tão apagados que nem ao menos parecia que havia alguma possibilidade de acontecer.

— Mas ontem você a viu – falei – Quando eu pedi

— Sim, eu consigo ver ela agora, no presente – Ela se concentrou mais uma vez, dessa vez a imagem veio nítida em sua mente – mas no futuro.... é diferente, como se estivesse sumindo o tempo todo.

 

 

 

Isabella faltou o resto da semana depois disso.

A cada dia em que ela faltava, minha ansiedade aumentava, e de alguma forma eu estava preocupado com ela. Ninguém sabia do seu paradeiro nem o motivo de suas faltas, havia tentado até procurar na mente da secretaria, ela até havia ligado para o chefe de polícia tentado saber seu paradeiro, mas o mesmo não deu desculpas pelo comportamento da sobrinha.

Entretanto quando ela voltou a frequentar a escola ouve um rebuliço nos pensamentos de todos, e ela continuava tão misteriosa quanto antes, mas dessa vez havia algo estranho em seu olhar, em seu jeito de sorrir para seus amigos, parecia que algo tinha se apagado em seu interior.

Aquilo fez com que eu quisesse saber mais a seu respeito.

Naquele dia tentei novamente iniciar uma conversa com ela, não era mais uma possibilidade para mim o fato de ter a conhecido antes, agora era uma certeza, e estava determinado a descobrir como.

A dor que eu senti quando ela renegou qualquer aproximação “Por favor não insista” foi suficiente para me fazer mudar minha decisão, eu tinha respeitado seu pedido, pelo menos o máximo que conseguia.

No começo me recriminava por continuar lhe dando atenção, mesmo que acabasse sempre indo até ela com os pensamentos, mas logo eu me dei conta que não havia como fazer isso.

Depois da nossa terrível conversa, tinha passado a faltar nas aulas de Biologia, tentando ao máximo dar-lhe o espaço que a mesma queria, e tinha priorizado para todo o resto da minha família também dar esse espaço para ela, principalmente para Alice.

Pelo menos nos dias que fomos as aulas, o sol tinha chegado em Forks e como sempre nós não pudemos ir para a escola, então adiantamos nossa viagem de caça.

Não fomos muito longe, só precisávamos de um lugar com ursos, já que Emmet já estava se tornando chato com seus pedidos, então perto da fronteira foi o suficiente.

Infelizmente minha família havia começado a perceber minha ansiedade, e insistiu veemente que eu contasse o que estava acontecendo.

Mesmo que eu insistisse o máximo que eu pudesse para eles que nada estava acontecendo eu via a preocupação em suas mentes.

Eu ficava grato com isso, mas não podia deixar de ficar incomodado, e as dores também não ajudavam, elas estavam cada vez mais ficando menos intensas e menos frequentes, entretanto ainda precisava sair de casa toda vez que elas começavam.

Eu não conseguia contar para ninguém o que estava acontecendo, estava no mínimo com receio, nunca na minha eternidade tinha me sentindo assim, e fazia realmente um tempo desde que algo prendia minha atenção tanto assim, principalmente um humano, todos com seus pensamentos fúteis e arrogantes, sempre nos mantemos separados de seus mundos por proteção nossa e pela deles.

Mas eu não conseguia evitar ficar perto de Bella.

E isso me assustava.

Me levantei ruída mente da minha cama e sai do meu quarto querendo me livrar dos pensamentos, todos estavam em seus quartos então a sala estava vazia, acabei por sentar no piano passando os dedos suavemente pelas teclas, fazia mais de 30 anos que não tocava, antes era algo que eu me orgulhava e relaxava meus sentidos,  mas até isso o tempo havia levado de mim, tornando uma atividade repetitiva e sem sentido.

Corri minhas mãos pelas escalas, testando as notas. A afinação ainda estava perfeita.

Comecei a primeira linha de melodia, fazia muito tempo que não compunha também, mas a melodia experimental parecia melhor do que eu achava que ficaria, acrescentei uma linha harmônica, deixando a melodia central fluir.

Esme foi a primeira a parecer, seus pensamentos exalavam felicidade, logo depois todos estavam ali, não falavam nada apenas escutavam.

A música estava ganhando forma, mas incompleta. Eu brinquei um pouco com as teclas, mas isso não parecia certo de alguma forma.

Eu adicionei a sua linha à harmonia – minhas mãos estavam voando através das teclas agora para juntar todas as partes – modificando um pouco, tomando uma nova direção.

“É tão bom ouvi-lo tocar novamente”— disse Alice pelos pensamentos e eu sorri perdendo que também havia sentido falta daquilo.

“Toque a minha agora Edward?”— perguntou Esme mentalmente.

Mudei de direção juntando uma música na outra começando a música que havia feito para Esme, ela era calma e firme, representando a base sólida de amor que Esme era para nossa família.

Ouvi seu suspiro de felicidade atrás de mim e sorri sozinho enquanto delineava as últimas teclas.

— Isso foi lindo, meu filho – disse Esme.

“O que provocou essa mudança? É tão bom ver ele assim, apenas feliz e tão livre”— ela pensava com carinho.

— Obrigada – agradeci seu elogio enquanto fechava a tampa do piano e me levantava.

“Edward preciso falar com você, agora”— o pensamento me pegou tão de surpresa que por pouco não olhei em sua direção.

Era Jasper, estava mais para o fundo da casa com os olhos presos ao chão, mas ainda me chamava pelos pensamentos.

— Vou dar uma volta – declarei e sai em alta velocidade pela porta.

Corri por alguns metros, sabendo que ele conseguiria me seguir pelo cheiro, parei assim que fiquei fora de alcance dos vampiros da casa e esperei.

Depois de alguns minutos conhecei a ouvir ele correndo em minha direção e logo em seguida emergindo da folhagem.

— Então, qual é o problema? – perguntei.

— Ainda não, pode me seguir? – eu assenti o segundo para mais adentro da floresta, tentei ver em sua mente o que ele queria, mas o mesmo estava cantando o hino nacional em sua cabeça bloqueando verdadeiro motivo da conversa do meu poder.

Corremos por alguns minutos não entendia o por que ele queria tanta privacidade, mas do jeito que ele agia com tanta discrição, até de Alice ele parecia tentar fugir, tomava direções diferentes rapidamente como se não pensasse no que estava fazendo, tudo para que ela não conseguisse ver nosso futuro.

Acabamos por parar em uma parte da floresta bastante afastada da nossa casa, vi em sua mente a incerteza de que estava longe e protegido ali.

— Acho que Alice não irá nós ver agora, estamos sozinhos – falei fazendo ele assentir.

— Eu venho sentido coisas de você Edward, vejo a sua confusão.

“Posso te mostrar, mas por favor espere um pouco depois disso, não fuja”— terminou em seus pensamentos.

— Deixe-me ver.

Olhei em sua mente, nela via a mim mesmo pela perspectiva dele, via-me na hora do intervalo observando a novata de longe, observando Bella, os sentimentos tão densos que emanavam de mim, não era só curiosidade, era outra coisa, algo mais forte e duradouro, e a forma como eu compus e toquei na casa, confirmava suas suspeitas.

“É a mesma coisa que eu sinto pela Alice ou para qualquer um de nos, ela é sua companheira, Edward, não tem como recriar esse sentimento se ela não for”

— Não Jasper, ela só é uma humana, não posso me apaixonar por ela, sabe o quanto pode ser perigoso.

— Todos fomos humanos um dia Edward, mas mesmo assim estamos aqui, se ela é a sua companheira você pode transforma-la.

— Nunca.

— Edward seja razoável.

— Não quero que ela seja condenada, não quero tirar-lhe a alma.

— Então pense Edward, ela é uma humana, um dia irá se casar ter filhos com esse cara, ou até morrer antes disso, sabe o quanto humanos são frágeis você pode ver um futuro para você onde ela já esteja morta?

Senti a dor daquelas palavras causaram em mim, imaginar um mundo onde ela não existisse onde nunca mais veria seus olhos tão misteriosos e cálidos, ou ouvir sua voz melodiosa... Não, eu não conseguia.

“Você sabe que estou certo Edward”, pensou Jasper “Se deixar passar, nunca mais encontrara ninguém, ela é sua companheira, vocês dois sofreram com o afastamento.”

— Ela me odeia – falei dando um passo para trás – Você sabe que sim, ela nem ao menos liga para mim.

“Isso é ressentimento?”— percebi com surpresa

— Eu não sei o que ela sente – Ele parou me mostrando em sua mente os poucos momentos em que ele via ela olhando para mim - Ainda não consigo entender, mesmo eu tendo me esforçado para isso, eu apenas sei que é algo muito forte, o que quer que ela sinta por você, é muito intenso

— Não – dei um passo para trás, não querendo mais ver sua mente – Isso é mentira.

— Eu estou mentindo? – agora o tom dele estava triste

Ele estava falando a verdade e eu sabia disso, conseguia ver a verdade em seus pensamentos, mas ao mesmo tempo não queria aceitar os fatos, por que aceita-los era quase como condenar sua vida, não podia dar essa vida para outra pessoa, ela era uma pessoa boa e não merecia isso.

Ser um vampiro, um monstro.

— Não faça nada idiota, não desista tão fácil, você merece ter alguém tanto quanto todos nós, e não há como voltar atrás agora.

Não o respondi, corri para longe dali, para longe de toda aquela verdade, não queria ter que transforma-la, mas não queria perde-la.

A dor e a confusão nublavam minha mente e eu corria sem nem ao menos saber para onde ia ou ligar, esse era o meu maior pesadelo e maior sonho ocorrendo tudo de uma vez.

“Ela é sua companheira”— quanto tempo havia pensado que nunca encontraria, mas agora preferia nunca ter encontrado, era uma decisão doentia.

Condena-la ou sofrer sem sua presença pelo resto da eternidade.

De repente me vi em frente de sua casa, até meu inconsciente me levava em sua direção, como eu conseguiria mantê-la segura dessa forma?

Parei escondido nas sombras, dividido, sem saber que caminho tomar.

Subi na arvore, olhando através da janela.

Lá estava ela, dormindo em sua cama calmamente, me inclinei para pular no telhado e entrar pela janela.

“Não, vá embora, só será pior para dizer adeus depois”— pensei comigo mesmo.

Mas a imagem dela ali, sua respiração baixa, parecia me chamar, sem saber o que fazia abri sua janela e entrei prometendo que aquilo era um adeus, iria para o Alasca se necessário, mas me afastaria da mesma.

Seu cheio me nocauteou por um instante, não esperava por isso, já que na sala de aula ela passava despercebida pelo cheiro dos outros sangues presentes, mas alí era diferente, ele era impregnado no quarto todo.

Respirei fundo, sentindo o seu doce perfume, por incrível que pareça não senti sede pelo sangue dela, nada daquela usual sensação de queima da garganta, era quase como se fosse humano de novo.

Era como estar vivo.

Me dirigi a cadeira de balanço presente em seu quarto, sentando-me nela velando seu sono.

Ali com ela nesse momento a ideia de deixa-la era quase impossível, queria poder abraça-la, toca-la, mas estaria fazendo o certo? O quão egoísta eu estava sendo?

Não podemos ser amigos. a lembrança veio como um baque, estava considerando apenas os meus sentimentos, mesmo eu Jasper tivesse afirmado que ela não me odiava, tão pouco tinha dito que ela gostava de mim.

Ele afinal não conseguia entender os sentimentos dela, podia ter muito bem ter confundido aquilo com medo.

O que fazia sentido, ela era apenas uma humana a final, imagino que seu medo pela minha espécie seja o suficiente para mantê-la longe.

Mas era isso que eu queria?

Mesmo que sejamos companheiros, ela ainda não era uma vampira, um humano não sente o mesmo que nós.

Afinal não era apenas uma escolha minha, ficar e me aproximar dela ou ir embora e deixa-la viver sua vida, havia a escolha dela, me aceitar ou não.

E eu não parecia ter muita sorte já que ela parecia não suportar a minha presença.

Poderia tentar me aproximar, mostrar que nós éramos diferentes, mas tão estranhamente compatíveis, entretanto talvez seu medo me impeça até de fazer isso.

A possibilidade de uma rejeição queimava minha mente quando ela se sentou em sua cama, paralisei temendo que ela percebesse minha presença.

— Edward – ela disse com voz embargada enquanto lágrimas caiam de seus olhos.

Ela disse meu nome tão claramente que por um momento achei que a mesma havia me descoberto, mas ela apenas abraçou suas pernas e assim ficou por um bom tempo e eu continuei paralisado ali.

Ela estava chorando por mim?

Não se parecia um choro de medo, mas sim de tristeza.

Nesse momento mesmo querendo ir até ela e conforta-la eu não podia, não havia explicação para o que eu estava fazendo ali, então eu esperei por ela se acalmar e voltar a dormir.

Mas isso não aconteceu, invés disso ela se levantou pegando um livro do meio do caminho indo em direção a janela passando pela mesma.

Senti meu corpo gelar sem saber o que ela estava fazendo, esperei alguns minutos pela sua volta, mas o fato não ocorreu então desisti de esperar e sai pela janela.

Voltando para a arvore e me escondendo nas sombras.

Ela estava sentada no telhado, deixando seu peso contra a parte mais inclinada e se fixando do melhor jeito que conseguia ao apoiar na calha.

Não entendia sua fixação por ficar no telhado, sabia que todos os dias de manhã ela subia no telhado da escola, esse era outro fato que eu não conseguia compreender sobre ela, aquilo me incomodava de certa forma, era apenas um descuidar que ela poderia cair e daquela altura quebraria pelo menos algum osso.

“Quantas vezes ela já havia feito isso? Ela não tem noção do perigo que corre?”

A observei mais atentamente, ela olhava para o horizonte mordendo levemente o interior da boca com seu olhar totalmente perdido.

Então de repente ela sacou o livro abrindo o e começando a ler o mesmo.

Eu esperei horas, mas ela não voltou para seu quarto nem apresentou cansaço pela noite perdida.

Infelizmente quando o dia deu indícios que amanheceria, tive que ir embora ou não teria mais sombras com que eu me escondesse

Mas foi ali que eu decidi que não podia deixa-la - iria lutar por ela, e se no caso ela quisesse a minha companhia, então ficaria com ela enquanto ela vivesse.

E se Bella não conseguisse me amar, então eu teria que esconder minha dor. Talvez até ir embora, se esse fosse o seu desejo.

Mas não fugiria do que podia ser a minha felicidade.

“Alice estava certa afinal”— pensei sorrindo – “Ela vai me irritar até a morte agora”

Corri novamente para casa, algo dentro de mim parecia ter se encaixado, eu já não me sentia confuso ou ansioso, mas apenas feliz.

Fim do capítulo 11


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Juntos por uma Eternidade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.