Máscara Omega escrita por MrSancini


Capítulo 11
Inimigo / Sentimento




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Jéssica

Como? Aquela garota, que lutara duas vezes com a Christie, chegou até aqui pedindo minha ajuda? Será que tem algo por trás disso? Por outro lado...

—Você precisa de um banho, primeiro. – Digo, olhando o estado dela.

—Hein? – Alpha está genuinamente confusa.

—Você está machucada e suja. – Respondo, pegando ela pelos ombros, a levando até o banheiro do apartamento e a colocando de frente pro espelho. – Os ferimentos não são muito graves, se conseguiu chegar até aqui, mas você não está com uma cara muito boa.

—Acho... Que tem razão. – O tom dela é tímido, e logo ela começa a tirar a roupa.

—PERA, PERA! – Levanto um pouco a voz. – Deixe-me sair do banheiro primeiro, você precisa de privacidade!

Saio do banheiro e fecho a porta, deixando a garota sozinha lá. Que tipo de vida ela tinha? Nunca parei pra pensar em como os membros de uma organização maligna vivem... Até porque, esse tipo de coisa nunca foi comum. Claro, sempre houveram ditadores ao longo da história, mas todos eram pessoas com vidas normais, e nenhum usava monstros. Só eram caras obcecados pelo poder e que cometeram atrocidades...

Nossa, pra eu estar normalizando esse tipo de coisa, o estresse deve ser grande. Preciso contar a James sobre Alpha estar aqui... Mas não vou fazer isso sem ela saber, se ela quisesse fazer algo comigo, não viria até mim desse jeito.

O jeito agora é esperar ela sair do banho. As vezes eu penso em como era minha vida antes daquela confusão toda com o Roberto. Falando nele, saiu recentemente uma nota na internet informando que ele falecera no acidente de ônibus de três anos atrás, e que a Cruz Mortífera deixara um sósia no lugar dele. A família dele não sabe como lidar... E honestamente, eu entendo a confusão deles... Como lidar com o fato de que a pessoa que esteve sob seu teto pelos últimos três anos não é quem você pensava que fosse?

Vinte minutos depois, a porta do banheiro se abre e de roupas novas, Alpha sai. Portando uma jaqueta e calça roxas, ela parece ainda desconfortável de estar na minha casa.

—As roupas... – Digo, me levantando do sofá. Ela ergue as sobrancelhas, não entendendo. – As que você estava usando. Preciso delas pra lavar.

—Ah... Tá... – Alpha abre a mochila, o rosto levemente corado e me entrega uma blusa e calça. – Obrigado.

Pego as roupas e levo até a máquina de lavar, deixando lá. Em seguida, volto para a sala, e Alpha ainda está de pé.

—Olha, pode se sentar. – Digo, e ela se senta no sofá. – Está com fome? Sei que já passou a hora do almoço, mas se quiser...

—Não... Agradeço. – Alpha parecia ser uma menina de poucas palavras.

—Tudo bem, eu acho. Mas se estiver a fim... Só dizer. – Sorrio, antes de ir ao ponto. – Agora, por quê você precisa de minha ajuda?

—O... O que você sabe da Christie? – Alpha pergunta, mas não havia malícia no tom.

—Bem, o que muita gente na cidade que a conhece sabe... – Respondo, sendo franca. – Christie perdeu a família no Dia Zero e veio morar com o tio aqui na cidade.

—Percebi que você omitiu que o corpo da Christie foi modificado pela Cruz Mortífera. – Alpha comenta, não necessariamente zangada. – Mas bem, a questão é que Christie esteve presente próxima do local do Dia Zero, fugiu com a família, mas na confusão, seus pais foram mortalmente feridos, e isso causou a morte deles... – Vejo que a garota parou, não para respirar, mas porque se tornou difícil de continuar. As mãos de Alpha tremiam.

Aquilo era novidade pra mim... Mas como aquela garota sabia desse tipo de coisa? Creio que nem Julio, o melhor amigo da Christie, sabe disso.

—A... A Christie... – A voz dela tremia tanto quanto a mão. – Ela fugiu sem parar, sabendo que seus pais, amigos e conhecidos, a vida toda dela havia desmoronado naquele incidente. E quando finalmente os tremores pararam, ela mal teve tempo de chorar a morte da família, porque... Bem, alguém da Cruz Mortífera a atingiu com um tranquilizante e num laboratório, modificaram o corpo dela usando de nanotecnologia.

—Eu sabia da perda da família e da modificação... Mas eu não sabia desses detalhes, que provavelmente só a Christie sabe. – Comento, intrigada. – Como ficou sabendo dessas coisas?

—Bem, uma das coisas que a Cruz Mortífera fez quando capturou Christie e a modificou, foi recolher o DNA da mesma. – Alpha responde, com a voz triste. – Pois eles queriam ter um plano de backup. E três meses depois, o Projeto Alpha nasceu. No caso... Eu.

—Você... Você é... – A percepção do que estava na minha frente, me assustava.

—Sim. Não por acaso o meu traje é igual ao da Christie, ou o meu tom de voz... Ou meu rosto. – Ela estava prestes a cair no choro, por alguma razão. – Eu não passo de um clone da Christie, porque a Cruz Mortífera precisava de nós duas para liderar o exército de soldados deles, junto com usuários dos outros dois dispositivos...

—E por quê você precisa de minha ajuda? – Pergunto, tentando processar aquilo tudo.

—Sanguini relatou de minha hesitação para Johann, nos combates com a Christie. – Alpha diz, com um sorriso amarelo. – Johann decidiu me reprogramar pra me tornar cem por cento obediente a eles.

—Quem é Johann? – Pergunto, intrigada.

—Johann Krauser. Um dos líderes regionais da Cruz Mortífera. – Ela responde, com lágrimas nos olhos. – O homem que literalmente me criou e treinou. Ele quem ajudou a colocar o Sanguini na posição que se encontra agora. Acontece que... Eu não quero. Posso não ter um passado meu, mas as lembranças de Christie estão frescas. Não quero perder isso, além do mais, a própria Christie me disse uma coisa.

—O quê? – Pergunto, intrigada.

—Eu era parte de uma organização que matou um bocado de gente por mero capricho. – Alpha confessa. – Considerando que estavam prestes a tirar minha liberdade de pensamento, era bem capaz de que eu acabasse matando alguém.

—Mas... Por quê eu? – Novamente, ela ainda não dissera o por quê precisava de minha ajuda.

—Foi a única pessoa que consegui pensar. Lembrei de uma coisa dita pelo Scorpio, da secretária enxerida que foi ajudar a ex-namorada dele por conta das agressões. – Ela responde, com honestidade. – Eu preciso ficar longe deles, mas também longe da Christie e do Julio... E posso te ajudar em troca.

—Ajudar? – Agora eu estava interessada.

—Sim, tenho algumas informações que lhe podem ser úteis. – Alpha responde, com um sorrisinho. – Sei que você tem ajudado o Doutor James Williams, assim como a Christie e ao Julio.

—Tudo bem que eu gostaria de informações... Mas, não é por isso que vou te ajudar. – Dou um sorriso e um tapinha no ombro de Alpha.

—Como assim? – Ela parece confusa.

—Você parece perdida. – Passo o braço pelo ombro dela. – E não parece ser uma pessoa ruim. Não posso deixar isso de lado.

—Obrigado, acho... – Alpha abre um sorriso mais genuíno.

—Como você disse que tem informações, isso vai ser um bônus meu. – Digo, me espreguiçando.

—Então... A primeira informação que posso te dar, é um conselho também. – Ela começa, assumindo um tom urgente. – Cuidado com o Sanguini, ele é perigoso e está mais próximo de você do que parece.

—Como assim? – Ergo as sobrancelhas.

—Você trabalha com ele todos os dias. – Alpha responde, totalmente séria. – Edson Santiago, diretor do Colégio de Trerriense e prefeito da cidade, é ninguém menos que o alter ego de Sanguini.

É O QUÊ? Tudo bem que eu já sabia que o prefeito era da Cruz Mortífera, mas saber que fora ele o responsável pelas mortes das pessoas no shopping... E eu trabalho com aquele desgraçado tem quatro anos.

—Você tem certeza do que diz? – Pergunto, só para confirmar.

—Sim. Já me encontrei com ele mais de uma vez, na própria escola. – O tom dela não deixa duvidas. – Tenho também algumas informações sobre a Cruz Mortífera. Johann Krauser pode ser brasileiro de nascença, porém a família é alemã. Os avós dele deixaram a Alemanha no fim da segunda guerra mundial. Algumas das pessoas que encontrei em reuniões da Cruz Mortífera seguem esse mesmo padrão: nascidas no país onde vivem, mas os avós saíram da Alemanha no mesmo período. Antes do fim da segunda guerra.

—Peraí... Deixe-me processar o que você disse agora. – Digo, quando ela termina de falar.

Membros da Cruz Mortífera ao redor do mundo tendo uma conexão em comum, todos sendo descendentes de alemães que deixaram o país antes do fim da segunda guerra mundial. Era uma coincidência macabra demais pra ser ignorada. Em qualquer outra instância, fazer uma presunção dessas seria idiota, e até preconceituoso, mas...

—Essas pessoas... Elas tinham algum símbolo em comum? – Pergunto, tentando confirmar a minha teoria.

—Sim... Você tem papel e caneta? – Alpha pergunta, para eu logo em seguida pegar um bloco de notas que fica na cômoda da TV. Nem sei por quê comprei isso de um ambulante quando estive no Rio de Janeiro, certa vez.

Ela faz alguns riscos e me mostra. Sem sombra de dúvidas, um símbolo que eu havia conhecido nos livros de história, e muito discutido. O símbolo era a suástica, que no passado fora um símbolo religioso, mas com os eventos transcorridos, tornou-se a representação dos ideais da raça ariana. O que Alpha havia desenhado, era a cruz suástica, o que significa que a Cruz Mortífera era basicamente um velho inimigo, os nazistas.

—Isso é... – Eu não consigo nem descrever. – Você não...

—Não. – Ela responde minha pergunta incompleta. – A única coisa que sei, é que de acordo com Johann, os ideais não são como os antigos... O que eu não entendi muito bem. Mas ele disse que antigamente, queriam a supremacia da raça ariana... Hoje, quem quiser estar entre os dominantes, a Cruz Negra aceita. O que Johann prega é o inicio da evolução da raça humana.

—Evolução... – Coço a cabeça, pensativa. – Me pergunto o que ele quer dizer com isso...

—Passe as informações aos seus aliados aos poucos, e por favor, não diga que sou sua fonte. Não sei se... – Alpha parece hesitante.

—Tudo bem. Aqui você estará segura. – Sorrio, apesar de tudo. – Eu vou te proteger.

 

Christie

A semana seguinte é um caos, para mim e para o Julio. O fato é que a gente mal para na escola, ou nos nossos trabalhos porque a cidade parece estar infestada de zi-bots surgindo em meio as pessoas, ou monstros atacando durante a tarde.

Sem contar as informações que Jéssica conseguira em suas investigações. O nosso querido prefeito funcionário da Cruz Mortífera era também Sanguini. O que significa que ele matou e ordenou a morte daquelas pessoas no shopping.

A primeira coisa que fazemos, assim que saímos para a escola, é nos transformar e percorrer a cidade de moto, enquanto Angela, assume a vigia da cidade no subsolo da clínica.

A imprensa tem tentado conseguir informações sobre os heróis mascarados que protegem a cidade, mas fora vídeos das lutas, não são bem sucedidos. Ainda mais pelo fato de que fugimos de moto caso a imprensa esteja por perto.

Quanto a Alpha, não a vi mais depois daquele nosso confronto. Me preocupa esse sumiço repentino, para alguém que estava tão obcecada comigo.

No fim de semana, Jéssica viera para uma reunião comigo, James, Julio e Angela. Eu e Julio estamos completamente acabados fisicamente.

—Boa tarde, desculpem o atraso. – Jéssica diz, enquanto termina de descer as escadas pro centro de comando.

—Tudo bem, estávamos dando uma olhada na cidade... – James responde. – Alguma coisa descoberta sobre o aumento dos zi-bots na cidade?

—Não, infelizmente. – Ela responde, pensativa.

—O que você conseguiu de novo? – Pergunto, observando o rosto dela.

—Como sabe que consegui algo de novo? – Jéssica pergunta, erguendo as sobrancelhas.

—Você tá com essa cara meio de que... Consegui informações novas. – Respondo, com Julio e Angela rindo.

—Tudo bem, mas as informações não são lá motivo de muitas risadas. – O tom dela é sério.

—Prossiga... – Julio diz, igualmente sério.

—Pesquisando alguns dos funcionários das empresas da Cruz Mortífera ao redor do mundo, descobri um denominador comum. – Jéssica começa. – Todos eles nasceram no país onde vivem, mas são netos ou bisnetos de alemães que saíram do país antes do fim da Segunda Guerra Mundial.

—Refugiados? – Angela pergunta.

—Não. Tampouco criminosos de guerra. – Ela responde, indo de um lado ao outro do espectro. – Pessoas comuns, saindo de uma Alemanha próxima do fim de Hitler. O fato de serem descendentes de alemães seria uma coincidência se não fosse por algumas fotos aqui.

Jéssica espalha algumas fotos pela mesa, são pessoas claramente ricas, vestidas para fazer negócios, porém, círculos feitos com caneta hidrocor apontam detalhes nessas fotos que podem ter passado despercebidos. Todas as pessoas fotografadas, tinham tatuagens em algum lugar, com a cruz suástica. Algumas disfarçadas entre outras tatuagens, todas dando a impressão de estarem sendo escondidas.

—Seria então a Cruz Mortífera, uma organização Neo-Nazista? – Julio pergunta, colocando pra fora a dúvida de todos nós.

—Sim e não, Julio. – Jéssica responde.

—Explique. – James pede, interessado.

—Veja o que os grupos neo-nazistas pregam. – Ela começa, respondendo a si mesma em seguida. – Supremacia da raça ariana e todo blá blá blá que Hitler pregava. Mas vejam os donos das empresas que estão sob o comando da Cruz Mortífera... Temos gente de etnias, gêneros e idades diferentes. Creio eu que o que a Cruz Mortífera quer propagar, não é a ideia da supremacia de uma raça, mas uma espécie de evolução forçada baseada na Lei da Selva. Sabem, a sobrevivência do mais forte. Aqueles que se juntarem a eles serão os dominantes, aqueles que aceitarem a submissão serão os dominados, e os que se oporem, serão as presas, ou cordeiros, sendo sacrificados.

—E... É claro que você não vai nos contar a fonte das suas informações, estou correta? – Pergunto, suspirando.

A informação passada também foi assim, ela nos contou o que descobriu sobre Sanguini ser o prefeito, mas não disse como e nem onde conseguiu a informação.

—Mas sabe o que tem me incomodado? – Angela fala, com uma cara de cansada. – São esses aparecimentos de zi-bots. Eles não surgem atacando a população, ameaçadores. Eles parecem estar procurando algo. Só que a aparição causa confusão, e na confusão, feridos.

—Infelizmente, tudo o que podemos fazer é vigiar a cidade. – Julio diz, se levantando. Mesmo cansado, ele iria continuar vigiando a cidade.

—Tem razão. Vamos. – Digo, acompanhando ele para o corredor de saída do centro de comando, enquanto James e Jéssica sobem as escadas e Angela nos dá um tchauzinho, antes de ir checar as câmeras.

No corredor, tanto eu, quanto ele colocamos nossos dispositivos, eu aperto o botão que transforma o meu relógio no Omega Watch, e ele aperta o botão que coloca as tiras do Delta Belt para fora.

—Julio, preciso falar algo contigo. – Digo, antes de me transformar.

—O que foi? – Ele pergunta, curioso.

—Por quê você ainda não deu o passo seguinte com a Angela? – Respondo, com uma pergunta. – Você disse que ia investir em uma relação com a garota, mas apesar dos beijos trocados, ainda não a pediu em namoro.

—É... Bem... Eu... – Julio estava sem palavras. – É difícil!

Bem, isso eu não sabia. Eu nunca me apaixonei, então não sei como é ter que pedir alguém em namoro. Mas eu conheço o Julio como a palma da minha mão. Dá pra ver que ele sente algo pela Angela, mas ao mesmo tempo tem algo o contendo.

—Julio... Conta pra mim. – Olho direto nos olhos dele. – O que está te segurando?

Os segundos passam, até que se passa um minuto e ele não responde nada. Até que ele começa a ficar vermelho.

—Eu queria... Eu queria ter dado esse passo a mais com a Angela, mas... Ainda tem algo. – Sinto como se cada palavra daquilo que Julio dizia, doesse pra ele.

—Como assim? – Fico preocupada.

—Desculpe, não posso te falar... – Ele coloca a carta Delta em frente ao LED do Delta Belt. – Transformação!

Ele se transforma em Máscara Delta, sobe em sua moto e parte, me deixando confusa. Ele não pode me dizer? Bem, se tem alguém que pode me ajudar com isso é a Angela, logo, entro no centro de comando.

—Christie! – Ela exclama, quando me vê. – Por quê não saiu com o Julio?

—Angela, fora eu, você é a pessoa mais próxima do Julio, então acho que você pode me ajudar com algo. – Começo.

—Como posso te ajudar? – Angela pergunta.

—Então, quando Julio se transformou pela primeira vez em Máscara Delta, na semana passada, ele me disse que iria dar uma chance a vocês dois, como um casal. – Continuo, no que ela abre a boca, surpresa. – Só que até agora, nada mudou.

—Você... – Ela pega nos meus ombros, um sorriso no rosto. – Tem certeza disso?

—Sim. E pela sua surpresa, estou certa. – Afirmo, feliz pela expressão no rosto de Angela, dava pra ver que ela tava gostando dele de verdade. – Eu perguntei a ele o motivo de ele não ter dado esse passo adiante. Me parece que ele está hesitando. – Suspiro, resignada. – Eu o conheço bem, mas... Ele não quer me contar. Talvez você tenha uma visão diferente.

—Hehe... – A risada dela é um tanto sarcástica. – Sabe, pra melhor amiga do Julio, você consegue ser meio burra às vezes. – Apesar da risada ter sido sarcástica, não havia nenhuma malícia ou maldade na voz dela.

—Como assim?

—Bem, não sei se você é a única pessoa que não percebeu isso, Christie. Mas o Julio também sente algo por você. – Novamente, a voz de Angela não tem nenhum traço de malícia ou ressentimento.

—HEIN? – Meu coração descompassa ao ouvir aquilo, vindo dela.


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