Avengers-next generation escrita por TGon


Capítulo 3
Capitulo 3- Azari


Notas iniciais do capítulo

Olá olá pessoal!
Como estão?
Espero que gostem do capítulo, até o final!



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Capitulo 3- Azari T’Challa Munore.

Após a nossa reunião, se é que eu posso chamar aquilo de reunião, me dirigi para Wakanda. Geralmente eu iria até o instituto, mas nos últimos meses o local está um completo caos com a chegada dos novos mutantes, então passar um tempo com meu pai não seria nada mal. Chegando em casa, observei o exercito treinando, algumas pessoas levando suas vidas normais e ao fundo o palácio de Wakanda. Me dirigi até lá, arrumando a mochila nas costas. Ao entrar em casa, logo dou de cara com meu pai, que parecia furioso com algo.

—Pai? —Questionei, me aproximando. — Está tudo bem?

—Ah, Azari! —Ele abriu um sorriso e me abraçou de lado. — Está tudo ótimo. Só problemas de administração.

—Eu posso ajudar em algo?

—Não se preocupe, isso ainda não é problema seu. —Ele riu e eu o acompanhei. Logo começamos a andar sem um rumo certo, apenas para conversar. —Mas aonde você estava?

—Estava com meus amigos. A Natasha tinha algo importante para nos contar, mas acabou não sendo nada de tão interessante. —Dei de ombros.

—Vocês são grandes amigos, não são?

—Eu e a Natasha? Sim, somos. Mas meu melhor amigo é o Henry, sem dúvidas. Mesmo com a diferença de idade.

—E o Tony?

—Ele é um dos meus melhores amigos também.

—Pobre garoto, perdeu o pai antes de conhecê-lo.

—Pois é, infelizmente não são todos que possuem a mesma sorte que eu.

Meu pai sorriu e continuou a caminhar do meu lado. Acabei não prestando muita atenção no que ele falava, pois meu pensamento estava pousado no meu amigo Tony. Ele lidava muito bem com as situações que envolvem pais, mas eu sei que lá no fundo isso mexe muito com ele. Principalmente no dia que o Sr. Stark faleceu e no natal.

—Azari? Ouviu o que eu falei? —Voltei do meu devaneio e neguei com a cabeça. —Você já ouviu a história que ronda a cidade de Necropolis?

—Que história?

—Vou levar isso como um não. Venha, vamos até lá.

[...]

O caminho para a cidade era longo, foi tempo suficiente para que eu e meu pai pudéssemos conversar sobre muitas coisas, inclusive sobre o meu treinamento para ser o próximo pantera negra. Ao chegar lá, pude vislumbrar as ruínas naturais que rondavam os túmulos dos grandes guerreiros que um dia vestiram o traje dos panteras. Era a primeira vez que eu ia para lá.

—Venha. —Meu pai me puxou pelo braço, me fazendo sentar ao lado dele em algumas rochas que lá tinham.

—Que mito é esse que o senhor tem para me contar?

—Não é mito, Azari! —Ele deu um leve tapa na minha cabeça. — É a história do nosso povo.

—Certo, certo... desculpa. Que história é essa então?

—Isso aconteceu a muitos anos, quando o primeiro pantera negra surgiu. Além de ser uma sociedade tecnologicamente evoluída e abrigar o metal mais valioso e indestrutível do mundo, nosso povo é devoto do misticismo e da relação espiritual com os mortos. A nossa religião local envolve o Culto do Pantera Negra, onde adoramos e cremos no Deus Pantera. E tudo teria começado, quando o meteorito carregado de Vibranium atravessou a atmosfera terrestre e acertou em cheio o solo de Wakanda. —A história era realmente interessante, mas eu já havia ouvido centenas de vezes. Vendo a empolgação do meu pai em contar todos os detalhes com atenção, resolvi não contar, apenas iria mostrar admiração. — A partir deste dia, a população de Wakanda foi possuída por “espíritos demoníacos” e começaram a ter um comportamento agressivo, atacando uns aos outros. Foi então que um herói chamado Bashenga, conseguiu aprisionar os espíritos malignos e criou um culto religioso que defenderia a população. Bashenga tornou-se o primeiro Pantera Negra.

—Eu já ouvi falar dele! Ele é meu parente, não é?

—Sim. Esse é um dos panteras que possuem sangue real.

—Mas o manto do pantera não era passado de pai para filho? —Tombei a cabeça em sinal de confusão.

—Pode ser que sim, pode ser que não. Tudo depende de um teste. Mas, posso continuar a minha história?

—Ah, sim. Pode!

—Pois bem. O que a linhagem dos Panteras Negras fazem até hoje é proteger a população de uma manifestação de poder místico de uma pedra intergalática, aquela que trouxe o metal para nós. E mais, após a morte de um Pantera, eles são enviados para cá, pra Necropolis, a cidade da morte, onde suas almas descansam.

—O senhor será enviado para cá?

—Sim, quando for meu dia de partir.

—E o que mais tem de interessante aqui?

—Pois bem, é ai que vem a parte interessante. Dizem que ao redor do túmulo do primeiro pantera se localiza o portal do mundo das almas. Mas somente uma pessoa descendente de um ser humano digno, um pantera legitimo e alguém que já teve contato direto com a joia da alma podem abrir esse portal. É necessário três pessoas para isso.

—E já foi tentado ser aberto? —Perguntei extremamente curioso, o que fez meu pai rir.

—Não, isso é mentira.

—Ah! Então por que me contou?

—Esse conto faz parte da história de Wakanda, faz parte da cidade da morte. —Meu pai sorriu e se levantou, enquanto eu franzia o cenho. —Venha, vamos.

[...]

Passei o resto do dia treinando com meu pai. No final do dia, jantamos e fui deitar. Mas não estava com sono. Aquela história havia me deixado louco para saber se era verdade. Resolvi não me ater ao horário e me levantei, colocando uma roupa quente para me dirigir em direção a cidade da morte. Algo me dizia que aquilo não era apenas uma história.

[...]

Ao chegar no local, um arrepio subiu pelas minhas costas.

—Qual será o túmulo certo?

Perguntei para mim mesmo e voltei a caminhar. Havia esquecido de levar uma lanterna mas, para a minha sorte, eu possuía a habilidade de enxergar no escuro. Ao longe, afastado de todas as outras lápides, eu notei uma que estava totalmente desgastada pelo tempo e pelo clima.

‘’Se aproxime.’’

Ouvi uma voz que me fez soltar um gemido de susto. Olhei ao redor e não notei a presença de nenhuma outra criatura viva.

‘’Se aproxime.’’

A voz tornou a dizer. Engoli em seco e tentei deixar o pavor de lado, enquanto caminhava em direção à lápide. Chegando lá, não consegui ler o que estava escrito, então aproximei minha mão até ela entrar em contato com a pedra fria, na esperança de conseguir limpar para ler algo.

No momento em que minha mão tocou a pedra, um choque subiu pelo meu braço, me fazendo recuar alguns passos no instinto. Olhei de volta para a lápide e notei que não estava mais sozinho. Um homem negro, que usava apenas um pano para cobrir suas partes intima e a cabeça de uma pantera como chapéu me encarava. Ele segurava em sua mão direita uma lança de caça. Arregalei meus olhos e puxei o ar com dificuldade para os meus pulmões. Esse homem tinha uma energia extremamente forte.

—Você é Azari T’Challa? —Concordei duvidoso com a cabeça. Imediatamente o homem se curvou diante a mim. —Esperei anos pela vossa presença.

—Esperou por mim? —Perguntei incrédulo, enquanto apontava para mim mesmo. Recebi como resposta um aceno positivo com a cabeça. —Por quê?

—Os escritos dizem que o mais forte dos guerreiros panteras iria aparecer com os outros dois guerreiros que faltam e iria abrir o portal das almas. Assim, todos nós, antigos panteras negras, poderíamos finalmente ter o nosso descanso eterno.

—Espera ai! Está me dizendo que os espíritos de todos os panteras ainda estão presos aqui? —Ele concordou com a cabeça. —Isso é loucura! Mas como você sabe se eu sou a pessoa certa?

—Você retornou e ouviu o meu chamado, somente um pantera legitimo poderia ouvir, somente um descendente direto do primeiro guerreiro poderia ouvir.

—Mas o meu pai também poderia ouvir, quem sabe não é ele!

—Não. Somente um pode ouvir, o guerreiro mais preparado.

—Isso é muito confuso. Há apenas algumas horas eu achei que tudo isso era mentira! Que não passava de uma lenda qualquer. E agora...

—Tem certeza que você achava ser lenda? —O homem me perguntou e eu apenas parei de falar. —Se você realmente achasse ser lenda, você não teria voltado.

—Me explica uma coisa então. Como eu faço para abrir o portal? —Questionei, o que fez o homem sorrir. De repente, ele começou a levitar. Seus olhos ficaram amarelos e sua voz saia mais grossa e assustadora que o normal.

‘’Quando um o guerreiro legitimo surgir entre as montanhas, acompanhado do amaldiçoado e com a espada em mãos, a terra tremerá. Juntos finalmente irão ajudar os mortos a descansar. ‘’

Ele repetia essas palavras freneticamente, enquanto se aproximava de mim. Sua mão entrou em contato com a minha testa e senti um enorme choque percorrer meu corpo.

Várias imagens começaram a passar rapidamente pela minha cabeça e uma voz falava cada vez mais alto, conforme as imagens iam passando.

‘’Pantera. Espada. Amaldiçoado. Conhecimento. Portal. Almas. Luta. Vitória. Derrota. ’’

De repente a voz e as imagens pararam. Vi-me no topo de uma montanha, a montanha mais alta que havia na cidade dos mortos. Um portal se abriu e de lá saiu uma luz amarela que ia ganhando foco conforme se aproximava de mim. Em um sopro, a luz ficou cara a cara comigo e sussurrou:

—Adam Warlock.

Ao olhar para o lado, vi o pai do Tony lá. Ele apenas me encarava com um olhar de esperança. Tudo ficou escuro e me vi parado de pé no centro do meu quarto. Soltei um suspiro aliviado, mas ao mesmo tempo tenso. O que aquelas palavras queriam dizer? Senti meu celular vibrar e, ao pegar, vi que se tratava de uma mensagem do Henry.

‘’ Está acordado, Azi?’’

‘’Mais do que nunca. O que está fazendo que não dormiu ainda?’’

Me joguei na cama e mantive minha atenção na conversa.

‘’ Eu estava pensando, será que existe algum bug que nos faça passar no nível 4?’’

Sorri e neguei com a cabeça. Respondi-o rapidamente e bloqueie meu celular, voltando minha atenção para o teto. Será que eu conseguiria trazer o pai do Anthony de volta? Mas quem seriam o amaldiçoado com a espada?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Vem muita coisa por ai ainda!
Não esqueçam de comentar, isso me incentiva muito a continuar! Bye bye, até o próximo!



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