Avengers-next generation escrita por TGon


Capítulo 2
Capitulo 2- Anthony Junior


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Fiquei extremamente feliz em ver que a história foi bem recebida por vocês, espero que vocês continuem a gostar dela igual eu estou gostando de escrever!
Acabei me empolgando um pouquinho com esse capítulo, confesso, mas espero que vocês gostem!
Perdoem os erros e até o final!



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Capitulo 2- Tony Stark Jr.

 

— Bom dia, chefe. O dia está lindo lá fora! São exatamente 07h da manhã. Se não se levantar agora, se atrasará para a escola. A música de hoje é: Life is a highway.

Imediatamente a música começou a tocar e as cortinas se abriram. A voz robótica da Friday foi a primeira coisa que ouvi ao acordar. Joguei as cobertas no chão e me sentei, brigando comigo mesmo por não ter ido dormir cedo no dia anterior.

—Espero que seja um bom dia mesmo, Friday.. —Disse, passando a mão pelos meus cabelos— Mande uma mensagem para o Jake e avise ele que vou de skate hoje para a escola.

—É para já, senhor.

Levantei-me da cama, arrastando os pés pelo chão. A música continuava a tocar ao fundo, sexta-feira tinha um ótimo gosto musical. Caminhei até o banheiro e liguei o chuveiro, deixando a água cair enquanto tirava meu pijama e separava a toalha. Um banho seria o que eu precisava para acordar. Passei a noite inteira acordado, apenas mexendo com as peças de aparelhos antigos que havia encontrado no ferro velho. Precisa desenvolver um grande projeto para a Stark Expo. Todos os anos era lançado alguma grande tecnologia Stark; desde os 8 anos essas ideias vem através de mim, mas dessa vez, eu empaquei. Nada de grandioso, nada de genial.

—Sexta feira, poderia enviar para o meu celular todos os projetos que já foram inscritos para a Expo Stark? Quero dar uma olhada nos concorrentes. —Dizia, enquanto tirava o shampoo do cabelo.

—Claro, já está lá.

Agradeci mentalmente pela minha mãe ter permitido que eu trouxesse  Friday de volta a vida. Quando nos mudamos de casa, logo que nasci, minha mãe quis deixar ela para trás, pois segundo a mesma, Friday trazia grandes e péssimas lembranças do meu pai. Por isso, foi uma grande surpresa quando ela permitiu que eu a trouxesse de volta a vida. Sai do banho, enrolado na toalha, e caminhei até meu celular, pegando-o para observar os projetos. Fiz um leve movimento com ele para a frente, fazendo diversos hologramas, pequenas telas, dos projetos aparecerem espalhados pelo ar. Deixei o celular na mesa e comecei a caminhar pelo meio das imagens, observando-as com atenção.

—Projetos de energia, novos computadores, celulares. Olha, esse é legal, projeto para inclusão social de deficientes visuais. —Segurei esse holograma e joguei ele para o lado. —Esse ano nenhum projeto de robô?

—Não senhor.

—Pois eu farei isso então. —Estalei meus dedos e as imagens sumiram. — Friday, anotação: um robô, parecido com as armaduras do meu pai, mas sem ninguém dentro. Ele será movido através de energia solar e terá como ideia proteger lugares, uma espécie de segurança que não reclama do trabalho.

—Anotado, senhor. Senhor Stark, sua mãe pediu para lembrá-lo que se não descer em 5 minutos para tomar café, chegará atrasado ao colégio.

—Ah, obrigado.

Me aproximei do armário e me troquei. Fui depois para o espelho e arrumei o cabelo, fazendo um simples ‘’arrepiado’’ para o lado. Estava trajando uma calça social jeans, uma camisa de manga ¾ preta, com um símbolo de alguma banda de rock e com tênis vermelho. Peguei minha mochila e olhei para a foto do meu pai que eu tinha na prateleira próxima a porta.

—Até mais tarde, pai. —Disse, saindo por fim do meu quarto. Quando estava próximo a escada, pude ouvir uma voz vinda do quarto vizinho.

—É impressionante como essa saia não da certo com nenhuma das camisetas! —Era Morgan, minha irmã mais velha. Caminhei até a porta do quarto dela, que estava aberta, e me apoiei na entrada, soltando um baixo riso, o que chamou a atenção dela. —O que está fazendo aqui, Junior? Não sabe bater na porta?

—Ela estava aberta, não tem como bater, não acha?

—Estou ocupada demais para xingar você agora. —Ela disse, voltando a mexer nas roupas do seu armário.

—Eu posso te ajudar, se quiser.

—Não, dispenso. Obrigada.

—Tudo bem. Você tem um minuto para ficar pronta, ou vai se atrasar. —Já estava prestes a sair do quarto quando ela me chamou.

—Tudo bem, tudo bem. Eu aceito sua ajuda.

—Sabia que não iria recusar. —Sorri, entrando no cômodo. —Qual é a ocasião?

—Preciso fazer ciúmes ao Nathaniel. —Foi possível notar um certo ar ríspido na sua voz.

—E por que? — Arqueie a sobrancelha.

—Ele é um idiota.

—É um bom argumento. —Retirei do armário dela uma camisa cinza e me virei para ela. —Você é bonita de qualquer jeito, e se esse panaca não reconhece isso, azar o dele.

—É uma bela camisa, boa escolha. E obrigada. —Ela sorriu e se afastou de mim.

—Sempre a disposição.

Retirei-me do quarto e caminhei em direção à escada. Joguei a mochila nas costas e me sentei no corrimão da escada, escorregando para baixo. Era bem mais rápido e pratico do que descer todos esses degraus. Joguei a mochila no chão, próximo ao meu skate, e dirigi-me até a cozinha. Lá, uma mesa estava posta. De um lado estava Happy e do outro estava minha mãe, ambos rindo. A atenção deles virou para mim quando notaram minha presença.

—Bom dia, homem da minha vida. —Minha mãe disse, me fazendo revirar os olhos.

—Bom dia, J.R. —Happy disse, já se levantando.

—Buongiorno principessa. —Me aproximei da minha mãe, depositando um beijo em sua testa, e pegando uma maçã. —Bom dia, Happy. Hoje vou de skate com o Jake. —Peguei um pouco do suco de laranja que estava no copo de minha mãe e bebi, já mordendo a maçã e caminhando de volta a porta de entrada.

—Anthony, você sabe que eu não gosto de você andando de skate por ai, é perigoso. —Minha mãe contestou, o que fez eu me virar para ela.

—Não esquente, não é perigoso, eu sei me cuidar. —Sorri. — Até mais tarde, mãe. Falou, Happy! —Peguei minha mochila e skate, mas antes de sair pude ouvir uma pequena conversa entre Happy e minha mãe.

—Não esquente? Falou? Desde quando ele usa gírias, Pepper?

—Desde que começou a entrar na adolescência.

—Ele parece até o Tony falando.

—Ele parece o Tony só nisso? —Minha mãe riu, o que me fez sorrir de leve.

[...]

—Anda, Jake! Você é muito enrolado! —Gritei, na porta da casa do meu melhor amigo.

—Eu se fosse você, já teria o largado para trás. —Fui surpreendido por uma voz que me fez girar o corpo e sorrir ao ver quem era.

— Se eu largar ele aqui, ele me manda para outra dimensão. —Sorri. — Como vai, tio Stephen?

—Vou bem, e você? Já teve alguma ideia para um grande projeto?

—Estou bem e acredito que sim. Vou revolucionar de vez essa Expo Stark.

—Isso é bom de ouvir. —Tio Stephen sorriu, sendo interrompido pela presença acelerada de Jacob Stranger, meu melhor amigo. —Até mais tarde. Chegarei tarde em casa hoje, Jacob.

—Certo, pai. Até mais tarde. —Jake disse, já pegando sua bicicleta para pedalar ao meu lado.

[...]

Pedalávamos calmamente de volta para casa. Menos um dia naquele lugar que todos ousam chamar de escola. Jake contava sobre as novas habilidades que seu pai havia ensinado para ele e eu sorria, mas sentindo inveja por ele poder ter momentos como esse com o pai dele.

—Você ficou sabendo que o Rhodes está de trololó com a Carol? —Fui pego de surpresa com o assunto e comecei a dar risada.

—Trololó? Onde você aprendeu esse termo? No jardim de infância?

—Vai cagar, Stark. Você sabia ou não?

—Sabia, o Peter havia me contado. Mas por que o assunto repentino?

—Eu estive pensando... será que sua mãe e o Happy, bom, também estão?

Parei bruscamente com o skate e o olhei, pasmo. Happy e minha mãe? De onde ele tirou isso?

—Você sabe de algo que eu não sei?

—Bom, eu vi eles esses dias almoçando juntos, pareciam realmente um casal.

Segurei o skate com a mão e comecei a caminhar a passos lentos, com os pensamentos perdidos. Não, minha mãe não poderia desonrar a imagem do meu pai desse jeito, ainda mais com o melhor amigo dele. Meus pensamentos sumiram quando senti meu celular vibrar no meu bolso. O peguei com a mão livre e pude ver que se tratava de uma mensagem da Natasha.

‘’ Atenção a todos. Reunião no clube hoje as 17hrs. Não serão aceitos atrasos. Obrigada.’’

 

—Essa sua futura namorada é mandona, ein Stark? —Jake disse, gargalhando. Levei minha mão até o ombro dele e o empurrei, fazendo o mesmo cair da bicicleta.

—Vamos ao ferro velho antes de ir lá, preciso pegar umas peças. Você vem comigo que eu preciso de ajuda para carregar.

—Peças pra que? Nós já não fomos lá esses dias pegar? —Ele disse, se levantando e começando a empurrar a bicicleta ao meu lado. —Alias você é rico, por que não compra peças novas?

—Em primeiro lugar: minha mãe é rica, eu tecnicamente não tenho dinheiro. Em segundo lugar, tem muita coisa boa que é jogada lá e que podemos simplesmente pegar.

—Podemos vírgula, quem sempre carrega sou eu.

—É para isso que serve os amigos. —Sorri, colocando a mão no ombro dele. Ele me empurrou e correu, subindo na bicicleta. Segui o mesmo exemplo e subi no skate, indo atrás dele.

[...]

Jake e eu, após ir ao ferro velho e pegar várias peças para o projeto da Expo Stark, nos dirigimos para o nosso clube. Ele era a antiga casa dos meus pais. Há 14 anos minha mãe simplesmente se mudou de lá, deixando a casa abandonada. Mas era um ótimo lugar para que eu e meus amigos pudéssemos nos reunir, afinal, como meu pai havia deixado a nossa atual casa mobilhada, tinha tudo que era preciso lá. Inclusive a oficina intacta do meu pai. Assim que entramos na casa, a encontramos vazia. Ninguém havia chegado. Depois do anuncio dos vingadores sobre aposentadoria, a 14 anos atrás, muitos deles seguiram com vidas normais, como foi o caso do tio Bruce e do tio Clint. Mas algum deles, como o caso do doutor estranho, do Peter, do pantera e do tio Scott e tia Hope, tiveram vidas duplas, construindo famílias e combatendo o crime em horas vagas. Ah, temos o Thor também. Ele continuou em sua longa viagem com os Asgardianos da galáxia, digo, guardiões da galáxia. Se o Quill me escuta falando isso... a S.H.I.E.L.D também se reergueu, tendo como principal heroína a Carol. Rhodes continuou servindo aos Estados Unidos como o máquina de combate, que por sinal é bem melhor que patriota de ferro. Não demorou muito e todos chegaram. Quem é todos? Eu lhe apresento.

A primeira a chegar foi a Natasha, uma garota de cabelos castanhos curtos, com os olhos castanhos brilhantes e com a pele mais branca que eu já vi em toda a minha vida. Ela era a filha de 15 anos do tio Bruce. Ele a adotou logo depois que eu nasci, disse que estava pronto para experimentar como era ter uma família.

Os próximos a chegarem foram Azari, filho do pantera negra com a tempestade. Ele tem seus atuais 15 anos. Sim, ele foi mantido em segredo por um tempo, por própria segurança dele. Os últimos a chegarem foram a Torunn, filha do Thor com a lady Sif, que tem seus atuais 15 anos também. A historia da Torunn é meio complicada, tanto que nem nós sabemos direito como é. Junto com ela, chegou o caçula, Henry, de 10 anos, filho do tio Scott e da tia Hope. Esse era o nosso grupo.

—Qual foi a grande urgência da mensagem, Natasha? —Azari questionou, se jogando no sofá que tinha lá. Estávamos todos reunidos na antiga sala da família Stark.

—Vocês já ouviram a história de como nossos pais derrotaram o Thanos? —Todos concordaram com a cabeça. — Pois bem, eu estava pensando, e se a gente recriar o túnel quântico e trazer o pai do Tony de volta, a viúva negra e a Gamora? Fora os outros que morreram nessa batalha.

—Quem é Gamora? —Jacob questionou.

—É a namorada do Quill, seu bocó. Não presta atenção em nada? —Torunn respondeu, revirando os olhos.

—Mas qual seria o plano? —Azari questionou novamente, se mostrando interessado na conversa.

—Poderíamos recriar o túnel quântico, ou o portal, o que acharem mais viável. —Ela olhou para mim. — O que você acha que seria mais viável?

—Algum de vocês conhece física quântica? —Questionei, recebendo olhares confusos de todos. —Certo. Uma vez eu vi o projeto do túnel quântico, e aquilo não da certo. Ao invés de sermos mandados contra o tempo, o tempo será mandado contra nós.

—Certo, ficamos então com o portal quântico. —Natasha disse.

—E qual é o plano? —Henry finalmente questionou.

—Eu pensei em voltarmos para o passado, em um momento que as memórias deles estejam preservadas ainda e trazer eles para o futuro, igual eles fizeram com as joias.

—Mas tem um problema. —Azari disse. — Eles devolveram a joia, nós não iremos devolver eles.

—Mas meu pai disse que isso não interfere no nosso presente... —Tasha começou, e eu logo a cortei.

—Quando o passado é interrompido por algo que não é concertado, o futuro muda. Eles resolveram o problema das joias, impedindo uma mudança repentina do nosso futuro.

—Mas é só a gente não os deixar saberem muito sobre o futuro, quero dizer. Já assistiram de volta para o futuro?

—Espera, espera. —Levantei e fiz sinal de tempo com a mão. — Você está querendo dizer que o seu plano para trazer todos de volta é baseado em um filme?

—Não foi isso que eu quis dizer, Tony.

—Ah, bom. Você me assustou, porque aquilo é tudo mentira. Não é assim que a física quântica funciona.

—Mas se me permite perguntar... —Torunn cortou— Por que essa ideia repentina de viagem no tempo, sei lá mais o que e trazer todos de volta? Asgard tem uma regra sobre nunca mexer com os mortos.

Natasha ficou em silêncio, e apenas olhou para mim. Quando fui questiona-la sobre a resposta, ouvi um estrondo de algo caindo contra o chão. Ao olhar para o lado, vi Henry tentando pegar as pressas algumas das peças que trouxe do ferro velho; apenas cruzei os braços e revirei os olhos. Abri minha boca para xinga-lo, quando senti meu celular vibrar em meu bolso. Era uma mensagem da minha mãe.

‘’ Não demore para voltar para casa, teremos visitas hoje. Diga para a Natasha e para o Henry (que eu sei que vocês estão juntos) para virem com você. Beijinhos, bebezinho da mamãe. Te amo! ‘’

Revirei os olhos com o final da frase e notei o Jake rindo atrás de mim. Acidentalmente, bati meu cotovelo contra o estômago dele e voltei minha atenção para os dois convidados da mensagem.

—Natasha, Henry, minha mãe disse para vocês irem comigo para casa hoje. —Eles concordaram. — A conversa foi muito boa e tudo mais, mas o dever me chama. Tchauzinho, não sintam saudades.

Acenei dramático. Peguei meu skate e mochila e esperei por Natasha e Henry, para que pudéssemos ir para casa.

[...]

Henry corria na frente, subindo em árvores, pulando em buracos, e fazendo mais estripulias. Natasha caminhava em silêncio ao meu lado.

—Você não respondeu a pergunta da Torunn. —Quebrei o maldito silêncio.

—Ah, é que, fiquei com vergonha de dizer o motivo.

—Natasha Banner com vergonha? Essa é nova. —Dei risada, recendo um leve empurrão de ombro em seguida. —Mas por que não me diz o motivo?

—Lembra a algumas semanas quando tivemos uma conversa sobre seu pai? Que você disse que se sentia diferente, se sentia sozinho por não ter um pai? —Concordei com a cabeça. — Eu resolvi tentar te ajudar e perguntei para o meu pai como eles voltaram no tempo, e ele me disse. Então eu pensei, por que parar somente no seu pai? Eu poderia trazer o amor da vida do meu pai de volta!

—Tasha, eu agradeço muito por você tentar me ajudar, mas eu estou bem. De verdade! É claro que às vezes eu sinto falta de ter um pai, principalmente quando eu vejo vocês com os seus pais. Mas o meu pai foi tão bom comigo e com a Morgan que nos deixou várias outras pessoas para serem nossas figuras paternas.

Sorri, meio que a contragosto. De fato eu tinha várias figuras paternas. Happy, Rhodes, Bruce, Scott... mas nenhum deles era o meu pai. Nenhum deles era Tony Stark. Notei que ela contraiu um pouco os ombros, porém resolvi não insistir no assunto. Logo estávamos em casa. Abri a porta e esperei que as duas visitas entrassem, fechando-a em seguida com os pés.

—Bem vindo, chefe. Bem vindos Natasha Banner e Henry pirralho. —A voz amistosa de sexta-feira nos recebeu.

—Pirralho? Pirralho!? —Henry repetia, indignado.

—Onde está minha mãe?

—Ela ainda está nas indústrias, senhor. Mas pediu que eu o recomendasse a tomar um banho e trocar de roupas.

—Ah, certo. Cuide das visitas, Friday! —Disse, enquanto caminhava em direção as escadas.

—Sempre, senhor.

[...]

Demorei mais que o comum para descer, já que acabei me distraindo um pouco com algumas coisas no quarto. Quando desci, me deparei com Happy, Rhodes, Bruce, Scott, Hope e minha mãe, além é claro, da Morgan, Henry e Natasha. Todos iriam jantar lá.

Foi uma noite agradável. Perturbei o tio Roddy sobre o fato de ele estar de caso com a Carol. Scott entrou comigo na onda, mas acabamos levando xingo da minha mãe e da Hope. Conversamos, rimos, comemos. Parei por um momento e suspirei, com um fraco sorriso no rosto. Como seria essa noite se meu pai estivesse aqui?

[...]

Todos haviam ido para casa e a Morgan havia subido para terminar seu dever de casa. Ficou somente eu e minha mãe na cozinha, terminando de guardar as louças.

—Mãe, posso te fazer uma pergunta?

—Você pode tudo, meu amor.

—É.. a senhora por acaso está de trololó com o Happy?

—Tro o que?

—De caso, namorando, se beijando. —Fiz uma careta, mas para minha surpresa minha mãe começou a rir.

—De onde você tirou essa história?

—O Jake disse que viu vocês dois almoçando junto esses dias.

—Foi no mesmo dia que você e a Morgan foram juntos? —Ela indagou, com um olhar brincalhão.

—Acho que sim... —Ela deixou o prato na bancada e se aproximou de mim.

—Mas por que a pergunta?

—É que... eu fiquei com um pouco de raiva, raiva por pensar que a senhora estava desonrando a imagem do meu pai.

—Junior... o seu pai foi o primeiro e o único homem da minha vida, o meu verdadeiro amor. Não terá outro que vai substituir o lugar dele, jamais. —Ela sorriu, tentando me passar confiança. Retribui o sorriso, me sentindo aliviado pela conversa. —Mas de onde você tirou esse termo trololó?

[...]

Eu fechei os olhos e de repente me encontrei em um lugar todo destruído, uma guerra estava acontecendo lá. Vários corpos no chão, mas isso não impediu que a luta continuasse.

—Eu sou inevitável... —Ouvi uma voz grossa atrás de mim. Demorei alguns segundos para me virar e, quando o fiz, vi meu pai com umas pequenas pedras brilhantes em sua mão. Ele estava com uma cara de dor.

—E eu... sou... o homem de ferro.

De repente, ele estalou o dedo e as criaturas estranhas que estavam lá desapareceram. Quando olhei para o lado, vi meu pai sentado, com metade do corpo queimado. Ele levou o olhar até mim e sorriu. Um calafrio subiu pela minha costa quando o vi morrendo. Uma mão tocou no meu ombro e sussurrou:

— Você pode reverter isso...

Quando me virei, comecei a cair em um buraco profundo. Várias imagens começaram a aparecer. O tio Scott, uma van marrom, uma nave, diversos planetas, pequenas pedras brilhantes que viraram todas amarelas. Vi uma mulher caindo de um enorme penhasco e uma luz surgiu por trás de uma montanha. Senti um enorme baque quando minha costa entrou em contato com o final do buraco, e tudo ficou escuro.

—Você pode reverter isso... Você pode reverter isso... Você pode reverter isso...

Uma luz amarela se aproximava de mim, aumentando o tom de voz conforme chegava mais perto. Quando a imagem ia começar a ganhar foco, eu me forcei a acordar. Sentei as pressas na cama, tentando recuperar o fôlego. Olhei para os lados e reparei que estava em minha cama. Era o mesmo sonho que eu vinha tendo a um mês. Mas a cada dia uma coisa nova é acrescentada. Dessa vez foi à aproximação da luz. O que isso queria dizer? Precisava terminar o sonho, precisava controlar meu corpo para que ele não voltasse à realidade antes das imagens terminarem.

—Sexta-feira, anotar continuação do sonho.

—Sim senhor.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Não deixem de comentar suas opiniões, pois isso é muito importante! Nos vemos nos próximos capítulos!
Bye bye!



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