Believing in the Devil. escrita por Any Sciuto
Quando Aaron Hotchner chegou em casa naquele final de dia, ele viu que o carro de Emily estava em sua garagem, estacionado. Ele havia dado a ela uma chave, pedindo quase que ela fosse morar com ele, mas tinha medo de ser direto e ela dizer não.
O apartamento tinha uma música de fundo, tranquila e aconchegante. O cheiro de algo cozinhando o atraiu para a cozinha, onde viu sua namorada com um avental e um vestido prateado de lantejoulas e saltos altos.
— Será que você leu meu livro de fantasias? – Hotch a viu se virar. – Deus do céu. Você está maravilhosa.
— Bem, espero que eu esteja mesmo. – Ela apontou para o jantar. – Eu pedi comida porque não queria que você morresse de envenenamento por sódio.
— Eu morreria feliz. – Hotch largou a pasta e pegou Emily em seus braços. – Então, resolveu vir a minha casa dar um jantar?
— Não exatamente. – Emily sentiu Hotch endurecer. – Vim aqui porque eu sei que você não tem coragem de me pedir para morar com você e Jack. E então para facilitar, eu decidi me mudar para cá. Se você desejar.
— Eu sou tão aberto assim? – Hotch brincou. – Primeiro Dave adivinhando nosso namoro e agora você vindo para cá sabendo que eu sou muito medroso para te pedir para morar comigo.
— Eu só tenho que pegar minhas roupas, armas e o Sergio. – Emily abriu o forno. – Eu pedi pizza, mas precisei esquentar.
— Para o inferno com a pizza. – Hotch pegou Emily nos braços e começou a beijar.
— Deixe queimar. – Emily falou e continuou a beijar o namorado.
Em pouco tempo eles estavam no quarto, aproveitando os prazeres de estarem juntos. Em pouco tempo eles estavam sem roupas e Hotch penetrou Emily dando prazer a mulher morena em seus braços.
Jack estava com Jéssica nessa semana e Strauss deu a todos a semana de folga por causa de Sam Cooper. Eles queriam pegar alguns casos da BAU e nenhum deles se opôs.
A semana na casa Morgan passava calmamente. Penelope dormia bastante por causa de seus remédios e então, Derek cuidava dela, estranhando o fato que ela dormia muito mais.
Derek olhou para Penelope deitada sob o sol da tarde, se sentindo triste por não saber o que fazer. Pegando o telefone, Derek discou o número de Spencer. Ele só esperava que Spencer não estivesse fazendo nada importante.
Reid estava construindo uma maquete com sal colorido quando o número de Morgan piscou no seu próprio telefone.
— Morgan? – Reid colocou outro punhado de sal. – Há que devo a honra?
— Estou interrompendo algo? – Derek manteve os olhos em Penelope.
— Estou fazendo uma maquete de sal no momento, Morgan. – Spencer sorriu. – Mas precisa de algo agora?
— É Penelope. – Morgan falou. – Eu sei que os medicamentos dão sono, mas ela dorme o tempo todo. E em algumas vezes, ela mal consegue ficar acordada.
— Eu estarei em alguns minutos. – Reid desligou, preocupado com a amiga.
Derek colocou o celular de lado e checou Penelope de novo. Ela estava dormindo e mesmo dando tapas suaves para tentar acordar, ela não respondeu. Agora ele estava preocupado realmente.
Uma batida na porta tirou Derek da sua preocupação e ele respirou fundo por ser finalmente Spencer.
— Reid. – Derek abriu a porta da casa. – Graças a deus você chegou.
— Você deveria ter me ligado antes, Derek. – Spencer colocou a bolsa em cima do sofá. – Eu queria ver Penelope.
— Certo. – Derek levou Spencer para cima. – Eu preciso da sua opinião.
— Eu não sou médico. – Spencer falou. – Mas se há algo que eu sei é sobre remédios.
Entrando no quarto, Spencer olhou para Penelope, quase sedada na cama e olhou para Derek.
— Quanto é a dosagem do remédio dela? – Spencer viu Derek pegar a garrafinha. – Quantos você dá por dia?
— 1 Pílula por dia. – Derek sabia pelo tom de Reid que havia algo errado. – Qual o problema?
— Talvez o médico dela tenha escrito a dosagem errada. – Spencer olhou para Derek. – Morgan, uma pílula dessas é capaz de sedar um elefante.
— Está dizendo que eu tenho deixado minha Baby Girl sedada? – Derek sentiu a culpa invadir. – Eu não quero ver ela assim.
— Vou chamar uma ambulância. – Spencer pegou o telefone. – Chame a equipe e mande nos encontrar no hospital.
Derek segurou Penelope nos braços esperando que ela ficasse bem. Pegando o telefone, ele ligou para Hotch, depois para JJ e Rossi.
A ambulância preparou Penelope para transporte e Derek junto com a bolsa e cartões de saúde entrou na ambulância.
O silêncio reinava enquanto o paramédico checava Penelope.
— Então ela recebeu esses remédios na terça? – O homem pediu a Derek. – Por que os remédios antigos foram trocados?
— Ele disse que os antigos não eram mais fabricados e receitou um pouco melhor. – Derek explicou. – Ele disse que eles eram diferentes.
— Senhor Morgan, eles são prescritos para hospitais. – Ele viu o medo em Morgan. – Eles são especiais e caros, há algo melhor para o tratamento de asma crônica.
Parecia que tudo começou a dar errado nesse momento. Os sinais vitais de Penelope começaram a cair drasticamente e o paramédico fez uma nova checagem, colocando uma máscara de oxigênio em seu rosto.
— Senhor Morgan, preciso da sua ajuda. – O paramédico gritou para o motorista. – Quanto tempo falta para o hospital?
— Cinco minutos. – O motorista respondeu. – Por que?
— Ela não está respirando sozinha. – Ele viu Morgan arregalar os olhos. – Eu preciso entubar ela.
Derek se afastou, permitindo que sua Baby Girl fosse atendida. Ele queria se bater por não chamar Reid e agora ela queria morrer.
Chegando no hospital, um enxame de enfermeiros recepcionou Penelope praticamente em coma profundo.
— 5 Miligramas de inibidor. – O paramédico gritou. – Você não pode passar daqui.
E então a porta foi fechada e Derek ficou do lado de fora.
— Derek! – JJ correu até o amigo. – Onde ela está? Qual a situação dela? Por que você não está lá?
— Eu não pude passar JJ. – Derek respondeu. – Penelope chegou aqui quase em coma e eu não sei a situação dela.
— Ela vai ficar bem. – JJ o abraçou como amiga. – Eu estou aqui.
— Morgan! – Emily correu para Derek. – O que houve?
— Reid disse que os remédios que o médico receitou são sedativos fortes. – Derek engoliu em seco. – O paramédico me disse que eles são remédios de hospital.
— Qual o médico dela? – Hotch perguntou, seu nível de agente jogando situações. – Eu vou investigar.
— O nome dele é doutor Palmer. – Derek retirou um cartão. – Penelope e eu fomos ver ele na terça feira. Era um dia de sol, foi depois do almoço no Off Street.
— O que você se lembra do prédio? – Hotch perguntou.
— Eu nunca estive lá antes, eu acho. – Derek respondeu. – O médico que atendeu Pen aqui no hospital mandou um email para mim com o nome dele o que é estranho porque eu não dei a ele meu email.
— Espere um segundo. – Rossi pegou o cartão e leu o endereço. – Essa rua não tem um médico de pulmão.
— Oh meu deus. – Derek começou a chorar ainda mais. – Eu levei Penelope para alguém que não pratica medicina?
— Não. – Spencer apareceu. – Eu achei que você deveria ter recebido o endereço de algum lugar então fiz uma amiga rastrear seus email e telefone.
— Acho que ela mais que uma amiga. – JJ sorriu. – Mas continue Reid.
— De qualquer jeito, o email que Morgan recebeu veio de um servidor brasileiro. – Reid viu os rostos em compreensão. – Eles vieram de Kevin Lynch. Mandei a polícia para o endereço, mas só acharam o laptop e nada de Kevin.
Derek suspirou, não sabendo o que faria. A dor de perceber que Penelope fora emboscada por Kevin mais uma vez o matando lentamente.
O médico que tratava de Penelope apareceu, parecendo aliviado.
— A senhorita Garcia está estável agora. – Ele se sentou na cadeira. – Conseguimos anular o efeito dos remédios e tratamos ela com remédios corretos.
— Eu posso ver ela? – Derek precisava ver sua mulher.
— Claro. – Ele esperou Derek sair para continuar. – Eu não quero dar a notícia que a senhorita Garcia tinha um bebê no forno, se me entendem.
— Sabe, eu ainda acho que eles não precisam disso agora. – JJ estava sendo protetora de Garcia. – Era de uma semana certo? Olha, eu sei que ela vai precisar descobrir, mas deixe o stress disso abaixar.
— Pelo visto você já passou por isso. – O médico olhou para JJ. – Eu acho que ela já precisa de muita ajuda.
— E quando ela poderia sair daqui? – Rossi perguntou. – Por favor diga que ela pode voltar na terça-feira. Nós precisamos dela de volta e ela vai fazer de tudo para ajudar.
— Só não a cansem. – Ele suspirou e se levantou.
Derek sorriu para a mulher de sua vida dormindo. Ele se sentou ao lado dela e sorriu para a mulher mais linda na opinião dele.
— Você vai melhor, Baby. – Derek suspirou. – Você vai ser melhor protegida.
Mal Derek sabia que havia alguém os observando através das câmeras do hospital.
Kevin riu de Derek e jogou outro dado no alvo em um bar na comunidade da rocinha no Rio de Janeiro.
Em pouco tempo ele se tornou quase um morador, já que tudo o que sabiam que ele veio dos EUA para viver no Brasil.
— Outra cerveja. – Kevin pediu. – Para todo mundo.
Houve gritos e brindes entre os presentes. Eles mal desconfiavam que o homem na presença deles seria capaz de coisas horríveis.
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