Amor Perfeito XIII - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 41
Apenas uma memória


Notas iniciais do capítulo

Olá, esse é último capítulo. Não iria encerrar a versão do Arthur, mas vou e como podem ver não tem definição nenhuma dos fatos e realmente tudo - por enquanto - está girando em torno de Kevin e Murilo, maaaas muita atenção a última frase na narrativa do Arthur. ♥
Boa Leitura ♥



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Arthur Narrando

Tentei de todas as formas convencer meu tio Vinicius que meu pai era doente e que nada que ele dizia fazia sentido, mas não deu certo. E o pior aconteceu. Nesse momento a minha missão era tirar Kevin de cima de Caleb. Ele o agredia de uma forma que dava medo.

— Não é assim que você vai conseguir consertar as coisas. – falei o puxando com muita dificuldade.

— Vou te perdoar por isso Kevin, só dessa vez. – aquele monstro resmungou enquanto passava a mão no sangue que saia de sua boca. – Vem comigo filhinho bonzinho para a enfermaria, preciso cuidar disso.

— Se vira sozinho. – respondi e tirei meu irmão de perto dele. Eu o encostei à parede e olhei em seus olhos. – Ei, não vai fazer isso.

— Fazer o que?

— Deixar esse ódio te dominar. Para. Vamos ser racionais, o que Vinicius vai fazer?

— Ele pode fazer qualquer coisa. Ele pode inclusive estar machucando o Murilo todo agora.

— Não. Ele é agressivo, mas ama os filhos. Não teve coragem antes e não vai ter dessa vez... Ele inicialmente não vai aceitar vocês dois pelo visto.

— Não me importo. Não vou desistir dele.

— O que eu posso fazer por você? – ele ficou me olhando por um tempo.

— Você já fez demais, obrigado. Vai dormir.

— Vai tentar dormir também? – ele deu uma risadinha. Sabia que não.

— Jamais. Vou descobrir onde eles estão.

— Se eu puder te dar um conselho eu diria para esperar até amanhã.

— Você não pode. – ele sorriu debochadamente. Nos despedimos ao passarmos perto do meu dormitório e eu tentei dormir, mesmo preocupado com os dois. Sentia que de alguma forma o que quer que aconteça com eles iria me afetar diretamente.

Kevin Narrando

A sensação do coração de se quebrar é mais ou menos igual a de qualquer osso se partindo, dói muito, é insuportável, você quer gritar de dor e muitas vezes não consegue nem emitir algum som.

Sentia uma força me puxando para baixo. E sabia que eu nunca voltaria a superfície. As lágrimas que agora molhavam meu rosto não eram mais de medo de perder Murilo e sim pela certeza de já tê-lo perdido.

Não prestava mais atenção ao que eu fazia, só sei que parei na cama dele, deitado sentindo o seu cheiro. Queria fingir que não me machucava tanto, que eu podia superar. Nunca aconteceria. As imagens dele indo embora voltavam em minha cabeça me provocando dor. Não queria sentir isso. Era ruim demais.

Mesmo enquanto espantava as imagens por alguns instantes, começava a senti-lo sendo meu poucas horas antes. Dei um grito abafado e comecei a chorar mais ainda.

A dor começou a cavar um buraco no meu peito tão grande e eu sabia que eu não seria o mesmo depois daquela noite. “Você sempre vai estar lá por ele?” lembro-me da pergunta de sua irmã... Eu tentei Alice, eu tentei. Comecei a ficar sem ar, eu tentava respirar, mas não encontrava ajudava em meus pulmões.

Não podia acabar assim. Precisava acreditar que ele iria voltar. Era só um momento, às vezes um engano ou até mesmo algo muito passageiro. Se eu aceitasse os fatos, estaria tudo acabado. O amor, a vida, a alegria... Acabados.

Era paralisante a sensação de que um buraco imenso estava sendo cavado em seu peito da forma mais devastadora possível e parecia levar tudo o que você tem por dentro, seus órgãos vitais, sua única forma de se manter vivo.

Abracei o meu corpo, tentando conter o frio que agora eu sentia. Frio esse que nada tinha a ver com a temperatura do ambiente. Apertei fortemente meu peito na ilusão que o meu coração doeria menos.

Parecia que havia arrancado um pedaço de mim e eu sabia que essa dor não iria passar. É tão bom estar com ele, é tão gostoso falar com ele, vê-lo sorrir, ouvir sua risada, chamar sua atenção, manda-lo se alimentar, dar remédio quando ele passa mal, cuidar dele bêbado. Quem vai cuidar dele agora? Será que ele vai ter juízo? Será que vai sair se envolvendo com o maior número de garotas como era antes ou ele vai respeitar o nosso namoro? Pra mim não acabou. Não vai acabar. Mas algo me dizia que era inútil ter esperança em uma permanência... E é tão estranho como em questão de segundos você pode se tornar apenas uma memória.


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Notas finais do capítulo

Eu iria postar aqui e no outro para encerra-los juntos, mas vou deixar para postar o outro amanhã (de dia, espero)



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