Amor Perfeito XIII - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 1
Como tudo começou


Notas iniciais do capítulo

Vou alternar as postagens entre aqui e lá ok?



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A crença de que existe uma força maligna e uma bondosa no mundo se tornava cada vez mais forte dentro de mim. Sempre fui correto, esforçado, responsável, zeloso... E sempre fiz com o a força bondosa prevalecesse em mim. Mas já fazia um tempo que isso não estava funcionando muito bem. Eu tinha motivos para ser revoltado. O meu pai traiu minha mãe grávida com a melhor amiga dela. Nasceu um filho do demônio que era um real vilão na vida de todos os meus familiares e amigos. Kevin era cruel, ele desconhecia a humanidade. Há não ser quando se tratava de Alice. Ele era apaixonado por ela e já deixou isso claro diversas vezes. Só que havia um problema... Eu a amava. E faria de tudo para não deixa-la ser dele.

Ainda falando sobre a força maligna... Ela estava presente quando se tratava de Alice. Eram quatro anos de diferença de idade entre nós dois. Não era para isso acontecer. Não tinha como acontecer. Ela era minha prima, o que também tornava as coisas bem complicadas e chatas. Mas o pior ainda não era isso. Alice era uma garota especial. Ela possuía uma má formação cerebral que a impediria de amar alguém para o resto da vida. Isso era trágico, infeliz, cruel... Mas já foi pior. Ela não sentia absolutamente NADA. Com o passar dos anos e as consultas trimestrais e os medicamentos, ela conseguiu reverter isso pela metade. Só que de qualquer forma, amor era algo que ela jamais sentiria. Nem pelos próprios pais.

E qual o motivo de eu amar uma garota que não podia me amar? Também não sabia. Comecei a pensar quando eu passei a amar Alice desse jeito. Quando ela nasceu, eu tinha quatro anos de idade, lembro-me de ter me encantado com seus olhos amarelos e sua boca que era grande demais para a boca de um neném. Ela foi crescendo e eu via que ela era especial, diferente... Alice raramente sorria. Raramente chorava. Quando criança o seu irmão a apelidou de Alice Apática. Ele passou dias pesquisando uma palavra que representasse o jeito da irmã. Lembro certa vez, Kevin, como o bom vilão que era sempre a machucava e ela ficava quieta, ele só foi descoberto quando o pegaram no flagra. A partir desse dia eu decidi protegê-la, Murilo era disperso demais para fazer isso. E para que a minha proteção fosse eficaz, eu precisava me aproximar mais. Acho que foi aí... Convivendo e conhecendo mais de Alice eu acabei me tornando vulnerável. Os meus pais e os pais dela nunca viram nada de errado em toda essa aproximação, afinal, minhas intenções realmente eram puras e os meus antecedentes os melhores possíveis.

Não quis que aquilo acontecesse. Não só pela diferença de idade, nem por nossa família não aprovar ou por ela ter essa condição. Mas também pelos efeitos que aquele sentimento causava. Quando eu não estava atrás de Alice, estava pensando nela e constantemente preocupado. Ela não podia se defender de nada. Ela não tinha reflexo, não possuía maldade e por isso, suas defesas eram mínimas. Queria poder tê-la comigo vinte e quatro horas e eu fazia de tudo para estar mais tempo possível em sua presença. Ela tinha pais zelosos, que cuidavam muito bem dela, Raíssa não a deixava sozinha, mas mesmo assim... Não podia evitar estar em alerta a todo instante que eu não sabia o que ela estava fazendo.


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